sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Poemando com Pequenos: blog literário e educacional





A imagem acima é do blog literário e educacional POEMANDO COM PEQUENOS, uma bela iniciativa da colega e amiga Vanessa Vieira, educadora de Armação de Búzios, RJ, Brasil.
Conforme apresentação da idealizadora: "(...) o blog foi criado para publicação das poesias que venho produzindo com meus alunos (Ensino Fundamental), iniciativa que, surgiu de minha paixão pela literatura da poesia, mas que foi crescendo quando ingressei para um grupo no Facebook, o VIDRÁGUAS, e fui incentivada pela companheira e escritora Carmen Silva Presotto, a postar sempre os trabalhos produzidos com os alunos. E assim, quando possível procedi. Alguns tempos depois, fui convidada pela mesma a participar do Projeto Pontuação: Poesia em quadrinhos na escola, uma ideia de Hosamis Pádua, que (veja) foi reavivada a partir das leituras dos poemas publicados lá no grupo. Também fazem parte do projeto, Luiza Maciel Nogueira Cátia e Luana Neres. Depois de algumas conversas recebi da Carmen a camisa do Projeto e alguns livros para que, com eles, pudesse encaminhar o projeto na Escola onde trabalho".
Toda iniciativa educacional que incentive o hábito da leitura e da escrita entre alunos, ainda mais quando se trata de poesia, conta com total apoio do Educa Tube Brasil, que socializa aos interessados e visitantes do blog, bastando clicar no link abaixo:

POEMANDO COM PEQUENOS

Veja também a página do projeto literário no Facebook, a seguir:

POEMANDO COM PEQUENOS - FACEBOOK

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

2 + 2 = 5 (uma alegoria sobre a resistência humana frente toda tirania)



O vídeo acima 2 + 2 = 5 (Two & Two), descobri no You Tube e trata-se de um impactante curta-metragem inglês (2011), com direção e roteiro de Babak Anvari (Irã), que mostra uma escola governada por um regime rigoroso, onde os alunos são informados (amestrados e adestrados) sobre fatos simples que já não são considerados mais verdades.
À primeira saudação de boas vindas do diretor da escola, através do sistema de som da sala de aula, segue a primeira e única lição de um professor tirano a seus alunos perplexos e uniformizados: o conformismo, a submissão.
Educar não é padronizar, uniformizar, pasteurizar processos de ensino-aprendizagem, afinal, cada aluno, turma, escola, cidade, estado, país, continente é um pequeno universo em si mesmo, com suas peculiaridades, realidades, sonhos, cultura, linguagem e tudo mais.
Um vídeo contra todo tipo de opressão, a começar pelo ensino de valores distorcidos que não permite o diálogo. Uma alegoria à resistência do espírito humano, frente à toda ditadura e tirania que tenta eliminar o senso crítico, o contraditório, o bom senso e que fica cristalino quando um dos jovens alunos contesta aquele feroz professor, intransigente em seus valores. Um libelo à liberdade de expressão e ao conhecimento humano livre de pressões e opressões. Por uma educação libertária.
Forte e impactante... A violência simbólica é o retrato da violência emocional, política e social que muitas crianças sofrem, mundo afora, não apenas em algumas escolas, mas em casa e na sociedade... O menino que questiona é duramente reprimido. O aluno que questiona não é bem visto. O professor autoritário jamais reconhece o seu erro. Mas toda aprendizagem é feita por conta de erros que promovem acertos...
A pedagogia do medo não forma pessoas autônomas, livres e com iniciativa, mas pessoas conformadas com as desigualdades, sistematicamente negadas ou negligenciada por quem detém o poder pelo poder...
Um vídeo para ver, debater, refletir e divulgar...
Compartilho abaixo, comentário de John Oliver, feito ao portal IMDb, sobre o referido curta:

Esta avaliação destina-se principalmente a professores e pais.

Aqui está um vídeo sobre o lado escuro da educação. Isso me faz lembrar de como tiranos, cultos e extremistas usaram aprendendo a contaminar toda uma geração. A morte física é retratada aqui, mas outras formas de punição foram usados ​​historicamente para forçar as crianças a acreditar em mentiras.
Uma das enormes responsabilidades dos educadores é o de proteger e defender a sala de aula a partir de tais abusos.
Ensinar é uma profissão honrosa que é muitas vezes subestimada. Mas, historicamente, aqueles com uma agenda sinistra tentaram aproveitá-la para os seus fins. Nunca se esqueça a grande responsabilidade de vidas impressionáveis ​​tocantes.
A sala de aula é de certa forma um solo sagrado para a transmissão de conhecimentos e desenvolver a capacidade cognitiva.
Este vídeo amplifica a importância da educação, pela dramatização extrema de seu mau uso.


O Educa Tube aproveita esta postagem para fazer um link com o ótimo e também impactante videoclipe 2 + 2 = 5, da banda Radiohead, logo abaixo, feito a partir de cartoons de Gastón Viñas, e que possui o mesmo título. Mas lembrando que o título original do curta-metragem é Two & Two. O que não impede que tenha se inspirado no clipe abaixo, embora situe-se mais num contexto educacional, e o videoclipe, no universal.



Dois ótimos materiais para trabalhar na formação de professores e com alunos do ensino médio sobre a escola ideal e a possível... Sobre a escola real e a invisível...
Um tema para um profundo debate sobre a escola do século XIX, os professores do séc. XX e os alunos do século XXI...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Tabela Periódica em 118 vídeos produzidos pelos professores da Universidade de Nottingham





A imagem acima, trata-se de ótima iniciativa dos professores da Universidade de Nottingham, Inglaterra, de elaborarem 118 vídeos com todos os elementos da TABELA PERIÓDICA, e que descobri graças ao portal Canal do Ensino: Guia de Educação.
O material foi produzido pelo jornalista Brady Haran e outros químicos que trabalham na Universidade de Nottingham, e disponibilizados ao mundo.
Os vídeos tem duração de em torno de cinco minutos cada e ao serem ativados é possível na função CC (closed caption ou legenda oculta) trocar o idioma das legendas. Um ótimo conteúdo para professores e alunos de Química.
Para assistir aos vídeos, basta clicar no link abaixo:

TABELA PERIÓDICA EM 118 VÍDEOS

Abaixo, um dos vídeos do acervo digital, sobre o elemento químico Hélio:



A seguir, link para o canal de vídeos Periodic Videos, no You Tube:

TABELA PERIÓDICA EM VÍDEOS

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Linguagem do Amor: curta-metragem que fala sobre a comunicação em sentido universal



O vídeo acima A Linguagem do Amor, descobri por acaso no You Tube e inicialmente parece apenas uma simples história de amor, mas com o tempo se percebe que o termo "linguagem" é totalmente apropriado ao belo curta-metragem, que trata de comunicação, diversidade e adversidade.
Dois jovens sentados num banco de praça, cada um com seu caderno de estudos, até que o rapaz cria coragem de tomar iniciativa de conversar com a moça, que de fones de ouvido, apenas sorri. No segundo dia ele estabelece outro tipo de comunicação: manuscrita, através de bilhetes em pedaços de papel. Pede-lhe seu número de celular, mas ela misteriosa e surpreendentemente diz não possuir um. Um jovem sem celular parece algo inacreditável nos dias de hoje, mas no final haverá uma lógica explicação.
Ao terceiro dia, a moça revela que é surda e deve usar fones de ouvido, talvez, para que ninguém tente conversar com ela, por conta da dificuldade de se comunicar com quem não entende a língua de sinais.
Toda inclusão requer uma interação, e toda interação requer uma descoberta, um do outro, seja no amor por algo ou alguém.
Sensível, delicado, reflexivo, com música ao fundo Peaches, da banda New Heights (videoclipe ao final desta postagem). Um curta-metragem para discutir a inclusão educacional e social...



Mobilização relâmpago alerta sobre violência contra a mulher e a indiferença da sociedade



O vídeo acima, Ni Putes Ni Soumises - Le happening contre l'indifference (Nem Prostitutas Nem Submissas - O acontecimento contra a indiferença, tradução livre do blog), descobri no portal Comunicadores e é um interessante flash mob (mobilização relâmpago) para alertar sobre a violência contra a mulher e a indiferença da sociedade.
É curioso, depois espantoso e inacreditável que as pessoas passem pelos integrantes do flash mob organizado pela associação Ni Putes, Ni Soumises e a agência BETC de Paris, com a participação de mulheres com maquiagem pesada que simula graves lesões no rosto e no corpo, e sigam indiferentes, como se aquelas fossem pessoas invisíveis. Todos parecem zumbis, tanto as pessoas maquiadas, quanto os demais transeuntes que passam sem parar, mesmo quando as supostas vítimas fingem desmaiar e cair ao chão...
Um exercício de provocação que demonstra em pequena escala a realidade universal: a indiferença da sociedade para a violência, não apenas contra as mulheres... Impressionante, preocupante e revoltante, pois vemos a cada dia pessoas serem agredidas nas casas e ruas e as pessoas, talvez acostumadas com a violência que jorra das telas das TVs, já banalizadas com tudo isso, assistem de forma omissa, sem se envolver... Mas um dia, a violência poderá bater à sua porta e lá comodamente se instalar e vir a morar!
Flash mobs, conforme a Wikipédia: "são aglomerações instantâneas de pessoas em certo lugar para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social" e tem sua origem "aproximadamente [em] 1800, porém não da maneira como o conhecemos hoje. O termo foi usado para descrever um grupo de prisioneiras da Tasmânia baseado no termo flash language para o jargão que estas prisioneiras utilizavam. Ainda nesta época o termo australiano flash mob foi usado para designar um segmento da sociedade, e não um evento, não demonstrando nenhuma outra similaridade com o termo moderno ou os eventos descritos por ele". Algo como representação de "fatos sem fala e sim por atos", algo que um alunos meu de Literatura comparou ao chamado teatro pobre, que não requer uma palco nem script, em que a improvisação e a participação voluntária e natural da plateia gera o próprio espetáculo.
Existem diversos flash mobs, sobre os mais variados temas (artes plásticas, música, dança etc), usando e abusando da criatividade. E que a educação e os educadores poderiam se apropriar, com seus alunos e comunidade para diversos tipos de mobilizações relâmpagos, com enfoque artístico, cultural, educacional e social...
Abaixo, um flash mob em que atores recriam em 3D os quadros do mestre da pintura Rembrant:



Abaixo, outro flash mob, desta feita numa estação de transportes coletivos, ao som da ópera Carmina Burana:



A seguir, um realizado em uma prisão (2009), em que dançam canção de Michael Jackson:



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Corujas Digitais: Novas formas de ensinar e aprender (portal educacional)





A imagem acima é do Corujas Digitais, um site sobre tecnologias educacionais, para professores, alunos e pesquisadores da área. Uma interessante iniciativa de três educadores que moram em três cidades distintas:

Francine Ramos, formada em Ciências Contábeis e Letras, ensina professores a usarem uma lousa digital, mora em Sorocaba, SP, Brasil. É blogueira, adora ler e acredita que as tecnologias podem colaborar muito com a evolução da educação.

Jeniffer Santos, formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pós-graduanda em Comunicação Organizacional e Tecnologias, mora em Salvador, BA, Brasil. De vez em quando sobe no telhado para ler e escrever.

Marcelo Alves, maestrando en Ciencia de la Educación e pós-graduado em Gestão Escolar, mora em Alagoinhas, BA, Brasil. Amante dos saberes, vive uma relação com a docência e a gestão escolar ao passo que flerta com as Novas Tecnologias Digitais...

Cada vez mais, o Educa Tube Brasil tem certeza que o futuro da educação e da sociedade é o intercâmbio - tanto artístico, cultural, educacional e social - que promove a interação entre educadores, mundo afora, seja por mídias e redes sociais digitais, como por atividades convencionais em sala de aula. Estimular essas trocas de experiências e saberes é o papel social do educador do século XXI, que deverá ser também um mídia educador e um arte educador, utilizando-se das TIC, mídias e redes sociais como meio para atingir uma finalidade: a informação que gere conhecimento mútuo.
Vejam abaixo o link para o referido portal educacional:

CORUJAS DIGITAIS - SITE SOBRE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

Visitem também, em seu acervo, dados sobre a Escola Vittra, de Estocolmo (Suécia), considerada uma escola inspiradora, em que " Rosan Bosch transformou as áreas comuns de uma escola sueca em um ambiente de aprendizagem inspiradora [para professores e alunos e] que reúne educação e lazer":

ESCOLA VITTRA, UMA ESCOLA INSPIRADORA

Conforme dados: "Vittra Södermalm tem 350 alunos e está localizado em um edifício histórico no centro de Estocolmo. O novo projeto se esforça para apoiar métodos pedagógicos da escola e dá aos professores e alunos a oportunidade de trabalhar em diferentes configurações, dependendo da situação de aprendizagem. A solução de estrutura compreende pequenas “cavernas” de concentração e contemplação, uma caverna colorida com estofados vermelho, mesas altas orgânicas para o trabalho em grupo, e um mobiliário de sala de estar macio para encontros informais".
Abaixo, algumas imagens da Escola Vittra:

ROSAN BOSCH - ESCOLA VITTRA

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Animação entre o acordar e o despertar para a inclusão educacional e social (Cinema e Educação)




O vídeo acima, Cordas, trata-se de um comovente e encantador curta-metragem de animação espanhol, que ganhou o Prêmio Goya em 2014 e que foi inspirado nos filhos do seu criador, Pedro Solis, que possui filha apaixonada pelo irmão com paralisia cerebral. Um curta que tem emocionado o mundo e que o Educa Tube, socializa, graças a sugestão via Facebook do colega, amigo e irmão (por parte da Educação), Robson Freire, educador do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e editor do blog Caldeirão de Ideias.
O curta nos fala das várias cordas que nos acordam para a vida, o trabalho, o mundo, o amor...
Conta a história de duas crianças, Maria, que vive em um orfanato, e um menino Nicolás que chega àquele local e logo é percebido como diferente perante as demais crianças. Menos Maria, que não fica indiferente àquela situação, tentando se comunicar, sem desistir de buscar formas de interação com aquele menino.
As cordas, mais do que mecanismos de movimentação, são recursos tecnológicos simples e eficientes para aquele momento, assim como o são outros, em uma escola convencional, caso algum educador não desista de se comunicar, dialogar com seus alunos, tenham eles necessidades especiais ou não. Afinal, todos nós, possuímos certa necessidade e a comunicação ou tentativa de é uma das melhores formas de interação.
Muitos educadores conseguem superar desafios, limites, tentando outras formas de didática e metodologia... Não basta ser o professor "bonzinho" que não se cansa de explicar um conteúdo, só que sempre da mesma forma. Se não é entendido de um jeito, repetindo-se continuará sem se fazer entender. Há que se ter o famoso "Plano B", uma segunda opção de se fazer compreender...
A menina Maria é considerada estranha para quem vive no ambiente convencional e, como ela, o Educa Tube conhece diversas outras Marias que fazem a diferença, diante da indiferença de uns e a resistência de outros em acordar, despertar para uma nova realidade.
Há cordas que promovem elevações, como o mecanismo do teatro clássico grego Deus ex machina, que feito de cordas e roldanas, suspendia os atores pelo palco, imitando o voo dos deuses. Há cordas que promovem nós e laços... E que com o uso da imaginação, promovem uma integração, como a menina Maria fez no curta-metragem...
Acordemos, então, como educadores - sejamos pais ou professores - para a vida, o mundo e o amor... Acordemos - estejamos de acordo que educar é um ato de comunicação entre pessoas diferentes...
A cena final deste encantador vídeo nos desperta para a certeza de que ninguém se torna educador por mero acaso, como bem dizia um outro grande educador: "Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática" (FREIRE, Paulo. 1991: 58).
Acordemos então. E que esteja acordado entre pais, professores, alunos e funcionários de uma escola que devemos saber lidar, tanto com as diversidades, como as adversidades no ambiente escolar e social.
Ah, o editor deste blog, possui, por acaso (?), no pulso esquerdo um cordão preto (vide foto abaixo), feito e dado há anos por uma aluna que possui uma deficiência física que não a impediu de seguir seus estudos e vida, mundo afora. :-)))



Observação: Infelizmente o referido curta, por questões de direitos autorais (e econômicos) é retirado do ar frequentemente. Atualizei a postagem em 15/03/2020.
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Protetor para mídias e redes sociais (comunicação, educação e sociedade)



O vídeo acima Social Media Guard, que pelo sentido das imagens, preferi traduzir livremente para "Protetor para Mídias e Redes Sociais, trata-se de criativo, divertido e crítico comercial de refrigerante, mas que serve para tratar de comunicação, educação e sociedade em tempos de conectividade total: na casa, na escola, no trabalho, em toda parte... A grande maioria das pessoas possui um perfil em rede social, utiliza telefone celular, tablet ou computador para acessá-lo. Hoje é fácil em ruas, parques, restaurantes, qualquer local ver pessoas conectadas ao mundo virtual e aparentemente alheias ao que acontece ao seu redor.
Segundo dados de apresentação do referido vídeo: "(...) o mundo gasta 4 milhões de anos on-line todos os meses", e que a empresa de refrigerantes, numa brincadeira apenas, apresenta a “cura” para os viciados em redes sociais. "Trata-se de uma espécie de colar veterinário (o nome correto é Colar Elizabetano – um instrumento utilizado no pós-operatório veterinário, restringindo os movimentos do animal) que impede que os usuários consigam inclinar a cabeça para visualizar seus celulares e possam, assim, prestar atenção no que acontece ao seu redor e aproveitar da melhor forma".
É inegável o poder das mídias e redes sociais, ora superestimadas, ora subestimadas dentro e fora da escola... Mas é também inegável que tais recursos tecnológicos são apenas ferramentas, acessórios que promoverão ou não o intercâmbio artístico, cultural, educacional e social. Como bem lembrou certa vez, em palestra, a professora Sônia Bertocchi: "Twitter, Facebook e outros são ferramentas e não redes sociais. A rede social quem faz é o usuário" e ele, pensa o Educa Tube Brasil, que dará a destinação a sua rede, nem sempre com enfoque educacional e social. Porém, todo educador deverá ter a consciência de que ele é um formador de opinião, um formador de conhecimento. Seu papel social, utilizando uma rede social digital ou física (na escola, na família, na comunidade etc) é que sempre será relevante, tanto quanto o avanço tecnológico. Entretanto, em um mundo cada vez mais conectado, faz-se necessário profundo debate sobre a questão metodológica e didática do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), Mídias e Redes Sociais no currículo escolar do século XXI. Antes de incluir maquinário, há que se incluir adequadamente os usuários dentro de um contexto de ensino e aprendizagem, em que as tecnologias sejam um dos recursos a mais para sua qualificação.
A propaganda acima nos faz refletir sobre a medida exata do que deve ser valorizado, do que de fato é comunicação... Nem sempre estar vinculado a um grupo, a uma rede social nos faz integrantes efetivos de uma comunidade, como bem destaca o filósofo Alain De Botton na entrevista (link) abaixo:

AS DIFERENÇAS ENTRE REDE SOCIAL E COMUNIDADE, POR ALAIN DE BOTTON

De Botton, em entrevista ao evento denominado Fronteiras do Pensamento, tratando de Comunidades e Mídias Sociais, e divulgada pelo portal OBVIOUS, diz: "Não é porque eu gosto de filmes espanhóis, e você também gosta, que temos algum tipo de laço. Não, não temos. Não fazemos parte de uma comunidade porque gostamos das mesmas coisas. Quando falamos em comunidade, falamos em algo mais profundo do que inclinações culturais, ou o que o valha. Falamos de laços enraizados num ideal, laços que não se desatam porque eu e você não concordamos em algum ponto".
Veja logo a seguir, breve vídeo com Alain De Botton, filósofo, autor de livros preciosos como Arquitetura da felicidade e Como Proust pode mudar sua vida, entre outros:



Para pensar e debater sobre a ideia de comunidade escolar, em que não se deve padronizar procedimentos, respeitando a diversidade cultural da sociedade.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Festa: Hoje a regra é aproveitar e ser feliz (Música e Educação)



O vídeo acima, A Festa, de Ivo Mozart, trata-se de belo videoclipe com participação de Di Ferrero, Gee e Cacco, da banda NX Zero e serve como ótima dinâmica de grupo para o retorno às aulas.
Com versos simples mas poéticos, a canção A Festa permite uma boa reflexão educacional: "A festa já vai começar/Pode aumentar o som/Quando todo mundo chegar/O clima já vai estar bom/Não temos tempo a perder, não/Só temos tempo pra nos divertir/Hoje a regra é aproveitar/E ser feliz".
Quando se fala em tempo, não se pode pensar nessa questão do imediatismo, do conteudismo, em que o tempo parece sempre pouco, e que se leva mais em conta os 200 dias letivos e as 800 horas aula. O que fica evidente nessa sequência de versos: "Uma gota no oceano/Ou um simples grão de areia podem mudar tudo/Reescrever a história, transformar dor em glória/Em um segundo/Minha cabeça está a mil pensando só no que interessa/O cara que um dia foi criança hoje tem muita pressa/Todo dia uma prova e cada verso se renova".
Esta frase "O cara que um dia foi criança hoje tem muita pressa", dá pra divagar sobre justamente a questão do tempo de aprendizagem - não importa a idade do aluno - que deve ser respeitado e não padronizado, pasteurizado. Há que se incluir na prática educacional, em todos os níveis, do básico à pós-graduação, a brincadeira, a música, a dança, o teatro, o lirismo, a arte, a cultura, o afeto...
O erro faz parte da aprendizagem escolar e há que se reconhecer essa questão, seja pelo aluno como pelo professor: "Quando a gente erra é pra aprender/Dê um pause em tudo e vem viver/Delete o que não serve e leve/Só o que há de bom em você".
"Permita-se sintonizar/Pois nossa alegria pode enfrentar/Qualquer barreira" é mais do que verso livre, é pedagogia pura, de conhecer o universo do aluno, buscando essa sintonia, para diminuir as fronteiras entre a teoria e a prática.
Enfim, múltiplas possibilidades de uso da música na educação.
Abaixo, link para a íntegra da letra da referida canção:

A FESTA, Ivo Mozart (letra)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Grande Fábrica de Palavras: Ler Mais, Ler Melhor (Literatura, Educação e Sociedade)



O vídeo acima A Grande Fábrica de Palavras, trata-se de texto de Agnès de Lestrade e ilustrações de Valeria Docampo, publicado pela Editora Paleta de Letras, de Portugal, que descobri por acaso, quando visitava uma Livraria, procurando um livro para dar ao meu filho.
Já nas primeiras páginas o pai se encantou mais que o filho, e o bom livro é aquele que permite diversas camadas "geológicas", pedagógicas, filosóficas, artísticas e culturais.
Segundo apresentação do vídeo que recomendo a todos os educadores - sejam pais ou professores - para leitura junto aos seus filhos, não importa a idade, série, curso, há "estranho país onde as pessoas quase não falam, e onde é preciso comprar e engolir as palavras para pronunciá-las".
Literatura infantil e universal, sobre o poder da comunicação e a banalização das palavras. A grande fábrica que produz palavras, pode ser uma metáfora sobre o conhecimento, sobre o valor (sentimental, financeiro, cultural ) dos livros e das ideias.
Imaginem num país onde falar custa caro - criticidade, possibilidades educacionais ou lúdicas -, os ricos podem falar a vontade, na mídia e em toda parte, mas os pobres não tem vez nem voz. Uma ficção que imita a realidade. Afinal, quando se lê mais, se lê melhor, não apenas as palavras mas o mundo ao redor...
Um ótimo livro e vídeo para discutir o poder das palavras, dos livros, do conhecimento e da própria educação.
Abaixo, vídeo com versão do livro em língua de sinais (em espanhol), La gran fábrica de las palabras en lengua de signos:




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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dramaticidade e Educação: O drama moderno do professor (Entre a realidade e a ficção)




O vídeo acima Professor é preso por atentado ao pudor!, foi me indicado via Facebook da colega e amiga Suzi Barros, arte educadora de Rio Grande, RS, Brasil.
Trata-se de vídeo falso (aliás, uma crítica à drmática situação de alguns professores), em que parece essas inúmeras reportagens da TV tradicional, que só mostram aspectos negativos da Educação, em que um suposto professor é preso por atentado gravíssimo ao pudor por mostrar o demonstrativo de seu salário aos alunos. Uma brincadeira criativa para discutir o verdadeiro valor, não apenas econômico mas social, da Educação e dos educadores.
Um suposto telejornal, com falso repórter - na verdade todos são atores - vai investigar o que fez o professor Chio estar preso, entrevistando a diretora da escola, o delegado de polícia, pais e alunos...
O mais irônico e trágico desse vídeo é o depoimento do falso professor que, perguntado se desejava liberdade ou continuar preso, não hesita na resposta: "- Eu preferi ficar preso. Com o salário que eu ganho e não consigo me alimentar direito. Pelo menos aqui, a minha comida está garantida".
Culpa-se muito os políticos pelo descaso coma Educação, pelos baixos salários pagos aos educadores, pela falta de infraestrutura das escolas e tudo mais. Entretanto, se pararmos para pensar, a mídia tradicional também tem seu papel de culpa nesse ciclo vicioso, quando dá mais destaque a situações vexatórias e de violência escolar, do que a projetos - e existem muitos - exitosos, feitos muitas vezes de forma individual por professores criativos, dedicados, inovadores, que ficam restritos apenas à sala de aula, à escola e quando muito à comunidade escolar.
Sem exagero, podemos afirmar que situações de violência escolar sempre têm espaço amplo de cobertura, são destaque na mídia, chegam até tornarem-se manchetes de jornais e telejornais. Enquanto isso, práticas educacionais relevantes, na maioria dos casos, quando divulgadas, são notas de rodapé de página, com espaços curtos de tempo e espaço nos veículos de comunicação de massa.
Essa lógica perversa e inversa da mídia e da sociedade, de buscar sempre a mentalidade de "reality show" é que deve ser mudada, a começar pela valorização do que é relevante e não apenas o que dá audiência...

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Se eu pudesse... Se você pudesse mudar alguma coisa na sua vida, o que seria?



O vídeo acima If I Could (Se eu pudesse), descobri no Twitter e é bem interessante pois com a pergunta inicial "Se você pudesse mudar alguma coisa na sua vida, o que seria?" nos provoca uma reflexão sobre o que fomos e no que nos tornamos, das escolhas que fizemos e do efeito dominó que nos fez chegar onde estamos.
Conforme notícia do site Bluebus: "Em determinado momento da sua vida, o publicitário Filipe Trabbold decidiu ir atrás de um sonho antigo – viajar. Juntou dinheiro, pediu demissão e saiu pelo mundo. Antes de iniciar sua grande aventura, no entanto, pensou no que poderia fazer durante 3 meses enquanto conhecia novos lugares e culturas. Foi assim que surgiu o ‘If I Could’ (Se Eu Pudesse). 'Eu abordava pessoas nas ruas e nos parques e algumas que conheci nos hostels em que ficava. Apenas questionava: se você pudesse mudar alguma coisa em sua vida, o que seria?', conta Filipe sobre o seu projeto. As melhores respostas foram reunidas em um vídeo – veja acima. Se você já sabe o que mudaria na sua vida – alguma vez já pensou sobre o assunto? – pode participar enviando seu vídeo para o site ificouldfilm.com."
O Educa Tube Brasil e seu editor nada mudariam, pois como a personagem do filme De volta para o futuro, caso alterasse algo do passado, quem sabe poderia mudar toda a vida, apagar até as imagens dos retratos!
Como educador, poeta e escritor, penso que a beleza da vida é justamente a ousadia, o arriscar e assumir os erros, aprendendo com os mesmos... Sem trauma não há amadurecimento, sem dor não se sabe valorizar as vitórias. Sem a crítica não há a autocrítica. Portanto, se eu pudesse mudar alguma coisa na minha vida eu nada faria, sequer uma vírgula trocaria do lugar... Evitaria colocar pontos finais, mas deixaria muitas reticências pelo caminho... Afinal, a vida - como um ótimo livro e um bom filme - precisa de um final em aberto...
E vocês, o que mudariam?

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A poesia dos dias: A poderosa encenação continua. Qual será o seu verso?



O belo e comovente vídeo acima Your Verse Anthem, descobri via Twitter do jornalista Ricardo Setti e trata-se de comercial do iPad Air, ilustrado com belas imagens e versos do poeta Walt Whitman (1819-1892) e narração do ator Robin Williams.
A seguir, uma parte da fala de personagem de Williams, no filme Sociedade dos Poetas Mortos, e posteriormente versos de Whitman: “Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas poesia, beleza, romance, amor… é para isso que vivemos”.
Abaixo, a mesma fala e versos em cena do filme Sociedade dos Poetas Mortos (1989), em que o professor Keating fala de vida e de poesia aos seus alunos (um filme imperdível, que todo educador deveria assistir):



Ótimo material para tratar de educação, tecnologia, poesia e sociedade...
Todo bom educador é de certa forma um bom ator, que interpreta um papel social nessa encenação que é o ato de educar nesse palco que é a escola. Todo bom educador deveria ser também de certa forma um poeta, não no sentido literal e estrito do termo, mas na acepção mais ampla, de encantar o aluno com a poesia das letras e números.
Afinal, o Educa Tube Brasil em diversas oportunidades ressaltou que "Há uma misteriosa gramática entre números e equações e uma curiosa matemática entre letras e orações"...