sábado, 31 de janeiro de 2015
"A Culpa É do Teatro": curta vencedor do I Festival de Vídeo Estudantil de Rio Grande, RS (2014)
O vídeo acima, A Culpa É do Teatro foi o grande vencedor do I Festival de Vídeo Estudantil da cidade do Rio Grande, RS, Brasil, ocorrido em 2014, uma realização do Núcleo de Tecnologia Municipal da Secretaria de Município da Educação em parceria com o Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pelotas, através do projeto de extensão "Oficina de produção audiovisual nas escolas" e que o editor do blog Educa Tube Brasil teve o privilégio de intermediar estes dois pólos de ensino, apresentando-os um ao outro.
Conforme dados: "Esse projeto foi desenvolvido entre os meses de maio e dezembro de 2014, na cidade de Rio Grande, tendo como objetivo motivar a produção audiovisual desenvolvendo a leitura de diversos gêneros textuais e audiovisuais como atividades pedagógicas vinculadas ao currículo escolar".
Nesse primeiro ano de Festival estudantil na cidade, foram inscritos oito curtas, produzidos pelos alunos das escolas da rede municipal de ensino de Rio Grande. Foram eles: A culpa é do teatro (E.M.E.F. Frederico Ernesto Buchholz), A escola mal assombrada (E.M.E.F. Dolores Garcia), Ass.: Joana (E.M.E.F. Coriolano Benício), Família, um caminho para uma nova vida (E.M.E.F. Sylvia Centeno Xavier), Nada é impossível (E.M.E.F. Helena Small), O ataque do zumbi capenga (E.M.E.F. França Pinto), O estranho caso do cadáver na praia (E.M.E.F. Cristóvan Pereira de Abreu) e Pedro e Marina (E.M.E.F. João de Oliveira Martins).
O o mais interessante no curta vencedor foi a total interação entre professores e alunos, e inclusive entre instituições de ensino pública e privada, haja visto que o curta produzido por alunos e professores da E.M.E.F. Frederico Ernesto Buchholz contou com a cedência do Teatro do Colégio Salesiano Leão XIII para que fossem rodadas cenas externas e internas do referido vídeo, o que ampliou as possibilidades da narrativa e verossimilhança com o que era contado. Além disso, foram gravadas externas em prédios históricos da cidade, e adaptadas salas de aula e de setores da escola para filmagem da trama.
E mais interessante de tudo, foi a votação, feito somente por alunos das escolas, mostrando que muitos deixaram de votar no vídeo da própria escola para escolher de fato os que mais gostaram, algo que é uma grande lição de cidadania, de espírito esportivo e criticidade a ser seguida.
Atividades quem envolvam arte, cultura, cinema e educação promovem interação entre gerações, de pais e filhos, professores e alunos.
Parabéns a todos os envolvidos, seja o professor Josias Oliveira (UFPel, Pelotas, RS), idealizador do Festival Estudantil, já acontecendo a três edições na cidade vizinha de Pelotas; seja o Sr. André Lemes, Secretário Municipal de Educação do município de Rio Grande, que acolheu a ideia de imediato; seja pela professora Josiane David, coordenadora do NTM/SMEd, que coordenou o projeto e motivou professores da rede pública municipal a participarem com seus alunos; seja a todos os demais participantes e premiados, que valorizaram o evento e projeto com seus trabalhos criativos e diferenciados.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Fotografias: curta-metragem de animação
Photographs from B.Ki.Animation on Vimeo.
O vídeo acima, Photographs (Fotografias), trata-se de curta-metragem de animação que descobri na rede social e é ótima oportunidade para trabalhar com alunos, além da mensagem por trás de uma imagem, seja ela fotográfica e estática, seja em movimento, cinematográfica, mas principalmente pelo valor de colecionar bons momentos na vida, fotografando-os ou não.
Uma boa oportunidade também para trabalhar questões como as fotografias antigas dos álbuns de família até o de álbuns digitais atuais, das mensagens que uma animação ou um filme contém, nas entrelinhas, lidando com interpretação de texto e imagens.
Cada vez mais tenho observado filmes que abusam de efeitos visuais mas quase não têm história ou mensagem definida.
No curta em questão, conta a história de uma senhora que descobre no meio de entulhos uma antiga máquina fotográfica, tipo polaroid, e começa a refazer antigas imagens de sua infância, adolescência e maturidade.
Nossas lembranças são nosso maior tesouro, e propor a alunos que tragam fotos antigas de seus pais, avós, familiares e tentar reproduzir nos mesmos locais, com eles próprios como atores principais - como fez a personagem - seria uma ótima forma de estimular a troca de lembranças, o diálogo de gerações.
E para isso, utilizar antigos álbuns de fotografias, de figurinhas, desenhos animados antigos pode ser uma fonte de estimulação para esta conversação entre o mundo jovem e do adulto.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Olhe acima da tela e veja o mundo ao redor, além da Matrix digital
O vídeo acima, Look Up (Olhe para o alto), descobri na rede social, através do site Vídeos Virais, e é um convite à reflexão sobre o modo de vida atual, em que muitas vezes, por estarmos por demais conectados às telas, deixamos de ver a vida ao redor. Uma boa oportunidade de dialogar sobre como ver e viver a vida além do "espelho espelho meu" digital. Sem falsos moralismos, não é preciso radicalizar e jogar fora o celular, mas saber dosar as coisas, com equilíbrio, vez em quando se desligando, se desconectando das telas de TV e olhar mais para as janelas.
Hoje é mais fácil saber quem não possui um celular com conexão, por mais simples que seja. Entretanto, estar conectado não significa promover a interação social, que requer afetividade e muitas vezes um contato visual direto e real.
O vídeo traz diversos temas para serem explorados pelos educadores - sejam pais e/ou professores - com seus alunos e filhos. Principalmente, na questão de mostrar aos jovens como era a vida de seus pais e professores quando também jovens, sem tantos aparatos eletroeletrônicos, como videogames, computadores, internet etc. Falar sobre as tecnologias que existiam à sua época etc.
Como tudo na vida, há aspectos positivos e negativos em tudo. Assim como as TIC, mídias e redes sociais, até mesmo uma simples faca de cozinha para passar manteiga no pão, pode ser utilizada como arma letal. Tudo na vida requer bom senso, equilíbrio, crítica e autocrítica.
E para ampliar o debate, indico link (logo abaixo) sobre texto que encontrei no Pavablog, e que se comunica, dialoga com o vídeo acima:
Estudo comprova que a dependência em smartphones é prejudicial à saúde
Destaco a seguir, alguns fragmentos do texto indicado:
"‘Sem o celular, eu me sinto nu'. Muita gente já ouviu ou falou essa frase. Agora, um trabalho da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, comprovou que o vício pelo uso de smartphone pode levar a consequências físicas prejudiciais ao usuário, como alteração alteração da pressão sanguínea".
Uma sensação de quem usa celular já deve ter sentido, inclusive eu senti várias vezes sim, essa falsa nudez, sem falar no efeito da mensagem ou chamada fantasmas que temos vez em quando também, e ao olharmos para a tela do aparelho nem chamada nem mensagem existem.
Ainda conforme texto no Pavablog:
"Segundo o psiquiatra André Brasil, a pesquisa comprova a gravidade das alterações comportamentais que a dependência do celular provoca. 'A falta do aparelho causa estados parecidos com o viciado em cigarro. O usuário fica impaciente e irritado quando não tem o smartphone por perto', diz".
Por essas e outras coisa, frequentemente faço expedições ao mundo real, observando as coisas ao redor, sem a cabeça por demais baixa, diante de uma tela, sacando, evidentemente, o celular, quando for para fotografar algo inusitado: um pôr-de-sol, uma bela paisagem, algo peculiar.
Como educador e especialista em TIC e Mídias na Educação, logicamente, não ou contra o uso destes equipamentos, dentro e fora da sala de aula, mas como tudo na vida, reitero a necessidade do uso moderado, do bom senso, do equilíbrio de ações, de que o maquinário seja menos importante que o usuário. Do contrário, corremos o risco de criar e acreditar piamente numa Matrix digital (tal qual o filme de mesmo nome), em que é criado um mundo paralelo, em que as pessoas são sugadas de sua energia vital por máquinas as quais estão conectados, vendo um mundo irreal, um grande holograma em 3D.
E neste sentido, o vídeo se presta a boas reflexões, artísticas, históricas, filosóficas, sociológicas, pedagógicas etc.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Entre a dança das cadeiras e o efeito dominó, o real papel da rede social educacional
O vídeo acima, que lembra uma verdadeira rede social, descobri via Facebook da amiga Edilene Pouillies, educadora de São Paulo, SP, Brasil, a partir de compartilhamento inicial do Dr. Fábio Augusto.
Um ótimo material para uma breve reflexão, justamente sobre o verdadeiro espírito de uma rede social na educação, que é servir de apoio inicial, seja via TIC, mídias ou simples cadeiras. O usuário é o bem principal, e o maquinário, o acessório nesse efeito, que se não tiver liga, empatia, torna-se mero dominó de peças derrubando umas às outras.
Como educadores, temos que manter esse equilíbrio de ações para que o ato de educar não seja nem dança das cadeiras nem efeito dominó... E esse vídeo ilustra o papel das TIC na educação, como um apoio inicial (jamais uma bengala virtual). E por tecnologias sabemos que pode ser mais que internet, datashow, informática, mas lápis, cadeira, giz, saídas de campo, livros e tudo mais.
Como uma roda, sem chimarrão, cada jovem sustenta o corpo de seu colega à frente em seus joelhos. Se um deles não resistir à pressão e ao peso do outro, toda a roda pode ser exposta à queda.
Uma grande lição em poucos minutos, este vídeo nos disponibiliza, pois toda rede social deve ser calcada nas trocas de pesos e contrapesos, certezas e incertezas, descobertas e dúvidas entre seus integrantes...
Educar não é promover a dança das cadeiras, em que se toca uma música e retira-se uma cadeira de vez e ao parar a canção, todos tentam sentar-se ficando de fora aquele mais lento, de menor agilidade. Não deve visar a reprovação, evasão, nem a aprovação pela aprovação, mas estimular a aprendizagem e ensino qualificados de todos. Tampouco é efeito dominó em que um caindo, os demais tombam um atrás do outro...
Há que se buscar o equilíbrio de ações, projetos, atividades, metodologias, didáticas e interações, como no vídeo exemplifica muito bem., de forma divertida, criativa e humorada.
Observação: SE o vídeo não abri direto no blog, é possível visualizá-lo no link abaixo:
Uma curiosa rede social
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Ondulação: um único ato de cuidar cria uma onda interminável
O vídeo acima Ripple - Inspirational Short Film, intitulado "Ondulação", trata-se de curta-metragem, indicado via e-mail pelo professor Robert Betito, de Rio Grande, RS, Brasil e de acordo com portal Metamorfose Digital: "(...) é o nome desta peça, encomendada pelo Movimento Care & Share de Cingapura, que visa conscientizar as pessoas sobre os benefícios de cuidar e compartilhar com os demais. Tudo começa com uma família pelejando para pagar suas compras no supermercado e, infelizmente, o dinheiro contado não é o suficiente para comprar o bolo de aniversário que a pequena quer levar para o avô. Mas ainda bem que o gerente do mercado é um jovem bom e agradecido e oferece o brinde à família por um motivo especial".
Como a lei do retorno, aquilo que o menino recebeu no passado é retribuído ao homem que o ajudou. E encerra com uma bela frase: "a simple act of caring creates an endless ripple" (tradução livre do blog), ou seja, "um único ato de cuidar cria uma onda interminável".
Como uma onda, realmente, podemos motivar uns aos outros, pais a filhos, professores a seus alunos e assim por diante. Ainda que as mídias e redes sociais às vezes mostrem um lado negativo da sociedade, existem diversas pessoas que fazem a diferença, seja profissional como socialmente, e cabe a cada um divulgar essas ações, seja em blogs, perfis de redes sociais, ou num simples bate papo com amigos.
Muitas ações que fazemos, nem sempre temos a consciência da amplitude que ela toma. Pode parecer-nos apenas uma gota no oceano. Não importa. Seja uma poça d'água, um pequeno lago é formado de gotas e mais gotas. O importante não é sermos os melhores (sermos competitivos demais), mas fazermos nosso melhor, de forma coletiva e não tão individualista.