quarta-feira, 13 de julho de 2011
O Mundo da Janela na TV
Fonte: http://youtu.be/na0J1eQN7jg
O vídeo acima, O Mundo da Janela da TV, descobri por acaso, no You Tube, procurando por outro curta-metragem, chamado O Branco, cuja temática é a deficiência visual, indicado pela professora Nirlei Rodrigues, da educação especial, aqui em Rio Grande - RS - Brasil, e que depois pude assisti-lo em vídeo, graças a profª. Beatriz Gautério, que gentilmente emprestou a sua cópia, recebida em curso de formação na área da deficiência visual.
Mas nada é por acaso - aprendi na vida -, nem mesmo o acaso...
O curta acima, trata de uma longa discussão: a televisão, sua programação, influências e possibilidades. Quis o destino que procurando por um vídeo tenha encontrado outro tão relevante.
Abaixo, apresentação do vídeo no You Tube:
"Curta-metragem criticando a estética idealista da TV e revistas, que promove a frustração e a exclusão social.
Após ver o mundo de sua janela, uma menina decide incluir na TV pessoas felizes e reais, sendo elas de qualquer etnia, classe social, deficiente ou fora do padrão de beleza.
Roteiro,Imagens,Trilha e edição por D.K., estrelando Mariana Ponce Cardos"
Opinião do Educa Tube:
Na educação, a televisão, apesar dos pesares da programação da TV Aberta, ainda é pouco explorada em seus programas produzidos específicamente para a educação, e que atualmente estão disponibilizados no ciberespaço, vide TV Escola e sua Videoteca, o Canal Futura e seu acervo no Futuratec, disponível para download, etc.
Ou projetos como o Curta na Escola, que disponibiliza curta-metragens com proposta pedagógica para divulgação em blogs e uso educacional. Diversas são as possibilidades, como por exemplo o acesso ao conteúdo do Programa do MEC Mídias na Educação, que disponibiliza para visitação e download o conteúdo deste, em seus três ciclos: básico, intermediário e avançado, onde em alguns de seus módulos existem propostas de utilização da mídia Televisão.
A televisão no ambiente escolar, salvo projetos diferenciados de educadores e nem sempre propostas efetivas da escola, como um todo, é usada mais como recreação, substituição ou complemento de atividades diante das adversidades climáticas etc.
Muitas vezes isso ocorre simplesmente por desconhecimento dessas possibilidades e/ou de filmes e vídeos que possam contemplar essas atividades.
E existem diversos filmes que podem ser usados com finalidade educacional, através da junção DVD Player, televisão (e se o público for composto por mais de uma turma, também o uso do...), datashow e da fusão de dois, três ou mais períodos de aula e de disciplinas, de forma inter e multidisciplinar. É questão de planejamento e execução de forma colaborativa (professor e seus alunos) e cooperativa (professor entre seus pares).
Abaixo, algumas indicações que fiz de filmes que o professor deve assistir com seus alunos, antes de se aposentar. E que a professora Sonia Bertocchi comentou no Twitter, que "professor se aposenta, educador jamais". E concordo plenamente. Educador atua 24 horas ao dia, 365 dias por ano, independente de carga horária, de turno de trabalho, de dias letivos etc. Quem cumpre horário, conta tempo de serviço e restringe-se apenas dia, hora e local para educar é o "profissional ou o burocrata do saber". Educador é muito mais do que isso e jamais pode se restringir apenas a isso...
DEZ FILMES IMPERDÍVEIS QUE O PROFESSOR DEVE ASSISTIR ANTES DE SE APOSENTAR
Sempre digo: "A escola é mero reflexo da sociedade e não o contrário"; já a televisão é um espelho distorcido do real, pois muito pouco retrata em seus "realities shows" a realidade da educação, seu lado posotivo, apenas amplia a questão da violência escolar, que é algo que existe além do muro das escolas.
As TVs abertas, hoje em dia, ao invés de divulgar notícias, criam as suas próprias, têm seus próprios atores, músicos e prêmios. De aberto mesmo, só o sinal da programação. E as possibilidades de interação estão por demais vinculadas aos índices de audiência e/ou da polêmica que possa gerar uma maior audiência, num ciclo vicioso demais.
Queria, um dia, que fizessem de fato um reality show chamado "A Escola", para aqueles que acham que o ambiente escolar é povoado apenas pelo que os telejornais noticiam, para que os espectadores saibam que existe sim projetos educacionais relevantes que jamais chegam ao grande público, pois não flertam com a polêmica nem dão audiência, dentro desta lógica perversa que se inseriu na grande mídia. E que existem educadores que fazem a diferença. Conhecer o verdadeiro show de realidade que muitos formadores de opinião e apresetadores de programas de variedades, com base apenas no "achismo" julgam saber.
Caso concreto disso, foi a participação da professora Amanda Gurgel em programas de grande audiência e que debati a respeito no Twitter. Ainda que seu desabafo seja justo e concorde com cada linha do que falou, tenho a consciência de que ela só teve seus 15 minutos de fama por causa da estrondosa audiência de mais de 10 milhões de visitas no You Tube. Se fosse qualquer outro fato, catapultado ao topo das visitas do referido canal de vídeos e também teria sua presença gatantida no horário nobre e dominical da televisão.
Para corroborar com isso, lembro de greve ocorrida no final da década de 1990, aqui no Rio Grande do Sul, em que mais de 20 mil trabalhadores em educação, em assembleia fizeram uma passeata pelas ruas centrais de Porto Alegre, capital do Estado e que no telejornal daquele dia só mostraram com destaque a chegada do Papai Noel e a Xuxa, a Rainha dos baixinhos; enquanto que os responsáveis pelo futuro real e não apenas o imiginário dos "baixinhos" e "altinhos", os educadores
Uma lógica perversa que precisa se tornar inversa a esse modelo vigente de televisão. Cabe aos educadores se apropriarem destas possibilidades de uso, seja através das indicações feitas nesta postagem, seja no uso criativo e em sua devida divulgação através de blogues educacionais, etc.
Um projeto que desenvolvi de uso das mídias e das TICs na educação, e já divulgado neste blog é o Projeto Clipes que parecem Curtas: Palavra cantada, história contada, link abaixo.
Clipes que parecem Curtas: Projeto unindo mídias, literatura e língua portuguesa
Nele, usei videoclipes que pela sua estrutura narrativa, a despeito da palavra cantada, parecem com um curta-metragem, pela força de suas imagens, independente do idioma da canção. Não importava tanto o que era cantado e mais o que era contado através das imagens, propondo a interpretação dessa linguagem verbal e não-verbal através de produção textual com alunos das séries finais do ensino fundamental (2010) e ensino médio (versão 2011), conforme detalhamento no link acima.
Enfim, de acordo com o título do vídeo que deu razçao e vazão a esta postagem, O MUNDO DA JANELA NA TV, temos que sempre contextualizar o material, que embora possa nem sempre ter sido produzido com fins educacionais, mas que podem ser adaptados ao seu uso no ambiente escolar, desde que dentro de uma proposta pedagógica que envolva a escola como um todo, incentivando a participação de todos. Que a TV, hoje a grande janela dentro de cada lar, possa refletir também um poco da realidade da escola e do mundo lá fora, como faz a menina recortando personagens de seu cotidiano e colocam sobre as imagens que se sucedem na janela virtual, chamada televisão.
Televisão (visão a distância, visão distante) precisa ser o reflexo da realidade e não querer criar uma realidade virtual, ou uma realidade alternativa, como bem demonstra a sua atual programação... Eis minha reflexão...
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