domingo, 29 de janeiro de 2012
Pequeno Milagre (Simon Birch) - CinEducação
http://youtu.be/zGgtJsUVDZ8
http://youtu.be/dnnmIGsMC9E
O filme acima (vídeo 1), Pequeno Milagre (Simon Birch, título original), já tinha assistido em DVD, tempo atrás e adorado, e agora descobri na íntegra no You Tube e socializo aos seguidores e visitantes do Educa Tube, para uma breve reflexão sobre educação, arte e cultura, usando o marcador (palavra-chave) CinEducação, da série de postagens que destacam cenas ou o filme inteiro, com enfoque educacional.
O vídeo 2 é a canção tema do filme, interpretada pelo cantor Baby Face, videoclipe com imagens da referida película.
Considerações do Educa Tube sobre cinema e educação em o Pequeno Milagre:
Como tenho feito com outras indicações, assisto ao filme, com um bloco de notas ao lado, pra pausar a cena, e fazer apontamentos. O filme em questão inicia com cena com a participação especial do ator Jim Carrey, que interpreta no presente o jovem Joe Wenderworth. O Joe adulto diz, referindo-se ao seu amigo Simon Birch: "Por que ele foi o instrumento da morte de minha mãe, mas também a certeza da existência de Deus".
Ainda nas cenas iniciais, a severa professora Srta. Leavey, da escola dominical, passa seu conteúdo de forma burocrática para alunos sérios e sonolentos e sempre deixando a classe, no meio da aula, para ir fumar escondido.
A história se passa nos anos 1950, em uma pequena cidade norte-americana, mas ainda reflete muito da cultura presente nos dias de hoje, do professor como o centro do saber. Mas é importante contextualizar o tempo e o espaço para os alunos, antes de iniciar a rodar o filme.
Pequeno milagre é um filme que nos cativa, emociona, nos faz rir na exata medida. Trata de bullying (aos 11 minutos), tem cenas de bom humor (aos 9 min.) e de descobertas (aos 16 min.), quando de forma hilária e natural Simon fala de uma de suas colegas, por quem é apaixonado: "Os peitos de Marjorie estão crescendo, logo serão seios".
Mostra a vida de Simon Birch, personagem principal, que é rejeitado pelos pais, já no nascimento, por ser uma criança diminuta e com problemas de saúde. Simon se apega ao amigo Joe e principalmente à mãe deste Rebecca, que passa a ser sua mãe substituta, dando a ele o carrinho que não tem no lar.
A vida, o amor, o trabalhos são pequenos milagres que nem sempre sabemos perceber ou valorizar... E Simon Birch descobre também o poder da amizade. E busca o sentido para a vida, quando diz: "Eu não preciso de provas, eu tenho fé (17 min.)
Joe, o narrador da história, vai apresentando a sua vida aos poucos ao espectador: "Quase tudo irritava minha avó, principalmente Simon" que esta considerava um anormal.
Aos 20 min. a mãe de Joe, Rebecca traz um amigo para jantar com o filho e a mãe, chamado Ben Goodrich, professor de teatro, engraçado e aspirante a namorado que instiga curiosidade dos meninos Joe e Simon (como deveria fazer com seus alunos), trazendo em um pacote e e dentro dele um surpreendente presente. Diante da resistência de Joe, deixa o embrulho na sala e vai para a cozinha jantar, enquanto os meninos curiosos acabam se supreendendo: era um tatu embalsamado que passa a ser um "mascote" (23 min.).
Usar teatro e outras formas de arte para alunos se expressarem diferente do normal, usando objetos, expressão oral e corporal é um dos recursos que o arte-educador - o educador do século XXI - pode se valer eventualmente, junto com outras manifestações artístiscas e culturais (dança, música, cinema, esportes etc). Estimular a curiosidade para a pesquisa, para as descobertas também é um diferencial para esta geração audiovisual, tátil e versátil.
Os pais não ligam se Simon passar fora de casa, mas o carinho da mãe de Joe compensa o descaso dos pais (e quantas vezes já não se viu isso refletir na vida real e nas escolas?). Mas o professor não deve ser o pai substituto de ninguém, não é esse seu papel social, nem da escola ser o lar providencial. Porém, acaba sendo e sofrendo com isso as cobranças, inclusive, de quem deveria zelar pelo aluno/filho.
Aos 27 min. a mãe de Joe chama Simon de "meu bonequinho", de forma carinhosa e nada pejorativa. A forma de dizer as coisas é também o diferencial numa relação. O que remete a fala do filme "Três Solteirões e um Bebê", em que a persoangem de Ted Danson fala "barbaridades" para a menininha de colo, mas em um tom suave, dizendo justamente isso: "Não importa o que se diz, mas o jeito que se diz as coisas". Na vida real ocorre justamente o oposto: importa sim, o que se diz, mas desde que se saiba dizer da forma adequada. Educar é dialogar, establecer trocas, estimular a expressão e o convívio em grupo.
Simon é um menino contestador, como toda criança que começa a usar a lógica e entender as contradições da vida em sociedade, o que fica claro na discussão com o reverendo Russell:
- O que café com biscoito tem a ver com Deus? Simon, indaga ao padre, que ofereceu lanche, após a aula, em que advertiu e puniu o menino considerado anormal por quase todos, inclusive pelo religioso. Aos 29 min. Simon questiona a quermesse e outras coisas da igreja, em relação e oposição às idéias de Deus. É colocado de castigo pela professora. O reverendo severo, contraditorio ao pensamento religioso que prega também não lhe dá trégua. Para eles, como para muitos ainda, contestar e idagar não sção sinônimos de querer respostas e ter descobertas, mas simplesmente de pessoa inconveniente. Saber lidar com estas questões requer domínio de classe e de conteúdo, metodologia e didáticas eficazes, mas acima de tudo, dar vez e voz ao alunado, que em grupo eles próprios tirem suas dúvidas, e que o professor seja o mediador dessa interação...
A fé não tem posição, reverendo, diz Simon. Mais uma vez o padre deixa-o de castigo.
Estava dando "lição", alega a professora. São outros tempos, em que o castigo era prática usual e aceitável, temos que contextualizar isso também com os alunos/filhos.
Aos 34 min., sem opções no banco de reservas, o professor e treinador dá uma chance a Simon, no jogo de baseball. E ai o filme sofre uma guinada de rumo...
Aos 35 min. Simon, pela primeira vez na vida, consegue rebater uma bola que atinge certeira e mortalmente a cabeça Rebecca.
Relações rompidas entre Simon e Joe por causa da fatalidade, eis um gesto de aproximação: Aparecem na escadaria da casa de Joe os cartões de figurinhas do astros do baseball de Simon, a coisa mais preciosa que ele tem e dá ao amigo, para compensar a perda da coisa mais preciosa que Joe tinha... Joe retribui, dando o tatu que ganhou de Ben para Simon. Otrocas se estabelecem não apenas nas alegrias, mas principalmente nas tristezas, outra lição do filme.
Joe com pai ausente (e desconhecido), Simon também ausente, mas de corpo presente.
- Acidente não existe, Deus tem um plano para todos nós... diz insistetemente Simon.
- Pare de arranjar explicações para tudo, retruca o filho de Rebecca.
Joe começa a sentir e lembrar do perfume da mãe, e como odiou quando começou a desaparecer das coisas da casa... A sua mãe foi a única mãe de verdade que Simon teve. Simon e Joe tentam saber quem era pai deste. Um segredo que mãe levou com a morte. Muitos parecem ser os candidatos: Sr. Baker, professor de natação escola, primeiro suspeito. Mas não é... Com a decepção, Joe quebra armário da escola e é preso. O policial busca pena alternativa... Mas para os pais, Simon ficar na prisão serviria de lição (sic). Mas é o prof. de teatro Ben Goodrich que vai livrá-lo da prisão e compreensivo, passa a entender os motivos. Afeição, afetividade, carinho, conversa aberta podem mudar o comprtamento de um jovem, sim.
Simon tem a consciência da temporalidade e da imediatidade de seu viver... Diz ele: O tempo é um monstro com quem não se discute, ele reage como um caracol quando somos impacientes, depois como uma gazela... (1h 02min).
Na parte final do filme, ocorre a encenação do presépio de Natal, mas de forma enfadonha, por causa professora (também Teatro), Srta. Leavey, que não dá escolha aos alunos... Eles têm que ser os personagens com os quais não possuem identificação, o que não favorecerá em nada a aprendizagem. O anjo, é escolhido justo o menino mais pesado que será içado no palco de forma temerária. Simon, o menino Jesus, por causa tamanho diminuto.
- Será que Deus tem um plano para cada um de nós. Acho que Deus fez do jeito que sou, por algum motivo, diz Simon. Para ele a fé é um instrumento de Deus.
Enquanto alunos insatisfeitos fazem o que é determinado, a professora sai pra fumar escondido, como faz sempre, chamando os alunos de monstros. Falta diálogo, interação.
Os alunos promovem uma paródia ofensiva à srta. Leavey, alterando a letra do canto religioso que deveriam ensaiar.
Simon conhece Bíblia e discute no mesmo nível com professor, quando fica mais uma vez de castigo. O reverendo não admite diálogo.
- Existe uma razão para tudo, antes tinha certeza, agora tenho dúvidas, quero que diga que Deus tem um plano pra mim e pra todos nós, diz Simon ao padre, que fica quieto e nada diz. O reverendo Russell e a esposa dele são as pessoas mais infelizes que conhecemos, diz Joe.
Noite natal, Simon vai para casa, mesmo sabendo da rejeição dos pais. Na vida real, rejeição de uns, omissão e descaso de outros. A escola acaba sendo o segundo lar, quando não o primeiro. Mas estrutural e socialmente falando, não é esse seu papel. Escola é lugar de instrução, a família que é o primeiro local para se dar noções de educação e civilidade. Há que se rever urgentemente este contarto social entre escola-família-sociedade; rever os papeis, as funções e obrigações de cada um.
Por fim, para não contar o final do filme, nem estragar a surpresa do leitor/espectador, ocorre a surpreendente descoberta do pai, e um acidente que requer o resgate, mas acima de tudo, a iniciativa e a liderança na adversidade... Um filme que trata do poder da amizade e das lições que a vida nos dá...
Assistam o filme, aqui no Educa Tube ou no You Tube, e se interessar podem baixá-lo, usando o recurso chamado Real Player, que instalado no computador permite que se salve o referido na subpasta meus Vídeos da pasta Meus Documentos. Assim, o educador pode criar sua videoteca particular para fins educacionais com seus alunos, usando o filme como um todo, ou apenas cenas e fragmentos deste, ou editando e recortando cenas, usando o Movie Maker (editor de vídeos do Windows ou KDenlive, do Linux Educacional), por exemplo, onde ainda poderá colocar legendas para destacar algum conteúdo ou tema. de simples reprodutor, pode passar a ser produtor de conteúdo educaiconal, também. Para pensar, refletir e executar...
Para baixar o Real Player, clique AQUI.
http://www.baixaki.com.br/download/realplayer.htm
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluiradoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
ResponderExcluirEste filme é realmente uma lição de vida...
ResponderExcluir