domingo, 17 de junho de 2012
Arquitetura da destruição (documentário)
O vídeo acima, Arquitetura da destruição (em 12 partes), trata-se de "Documentário produzido e dirigido pelo cineasta sueco Peter Cohen e narrado por Bruno Ganz, que trata do uso da arte e da estética pela Alemanha nazista. Foi lançado originalmente na Suécia em 1989".
Um material relevante para trabalhar história e sociedade, aliado a cinema e literatura, respectivamente, apresentando aos alunos o filme Escritores da Liberdade e o livro Diário de Anne Frank, que se comunicam de forma intertextual com o documentário, ampliando o debate, como conteúdo curricular ou extra-classe.
Arte, cultura, propaganda, história, sociedade, totalitarismo, nazismo, facismo, eugenia, Segunda Guerra Mundial, holocausto são alguns temas relacionados.
Inclusive, na parte 11, quando trata da metáfora construída pelos nazista contra os judeus, comparando-os a vermes, insetos, para justificar o plano de extermínio, remeteu-me à leitura de A metamorfose de Franz Kafka e a cena de Escritores da Liberdade, em que a professora Erin critica duramente as ações de bullying contra um de seus alunos afro-descendente que é caricaturado na figura de um macaco. Erin compara aquele desenho às charges em jornais nazistas comparando judeus a ratos.
Enfim, um documentário que dialoga com cinema e literatura, com arte e cultura, com educação e sociedade.
Abaixo resumo do documentário Arquitetura da destruição pelo portal HISTORIANET:
TÍTULO DO FILME: ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO
DIREÇÃO: Peter Cohen
NARRAÇÃO: Bruno Ganz
Suécia 1992 - 121 minutos
RESUMO
Este filme é considerado um dos melhores estudos sobre o Nazismo. Lembra que chamar Hitler de artista medíocre não elimina os estragos causados por sua estratégia de conquista universal. O arquiteto da destruição tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
Esse documentário traça a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade; em oposição defende o ideal de beleza como sinônimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o "corpo" do povo.
Nasce assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estará disposta a erradicar os males que possam afetar essa obra.
Do ponto de vista social, o embelezamento é vinculado diretamente à limpeza. A limpeza do local de trabalho e a limpeza do próprio trabalhador. Os nazistas consideram que ao garantir ao trabalhador a saúde e a limpeza, libertam-no de sua condição proletária e, garantem-lhe dignidade de burguês, eliminando portanto a luta de classes.
A Guerra é vista como uma arte. Com cenas de época, oficiais, mostra-nos a visita de Hitler à Paris logo após a ocupação: O Fuher chega de avião durante a madrugada, visita a Ópera, o Arco do Triunfo, alguns prédios imponentes. Volta para a Alemanha no mesmo dia.
O domínio sobre a França, Bélgica, Holanda possibilitaram aos nazistas a pilhagem de obras de arte. Em 1941 a conquista da Grécia; nova viagem de Hitler, que tinha na beleza da antigüidade um de seus modelos.
O filme dedica ainda um bom tempo à perseguição e eliminação dos judeus como parte do processo de purificação, não só da raça, mas de toda a cultura, mostrando o processo de extermínio. É interessante perceber que, durante toda a guerra, mesmo no período final com a proximidade da derrota, os projetos arquitetônicos do III Reich tiveram andamento, pretendendo construir a nova Berlim, capital do mundo.
Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=102
Posteriormente a publicação deste post, achei no próprio You Tube a versão integral em inglês, abaixo, que para ativar legendas, basta clicar em play, depois na opção CC.
Esse documentario evia passar em todas as escolas do Brasil.
ResponderExcluirParabens.