sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
O Menino de 2 Milhões de Anos : Documentário - NatGeo
O vídeo acima, O Menino de 2 Milhões de Anos, trata-se de Documentário do canal NatGeo é uma grande lição de vida e amor ao trabalho, ao mostrar a incrível descoberta feita por Matthew Berger, filho do paleoantropólogo Lee Berger.
Conforme apresentação do vídeo no You Tube:
"Um menino de nove anos faz uma das maiores descobertas arqueológicas da história quando tropeça no esqueleto de dois milhões de anos de um menino pré-humano, jogando tudo que achávamos que sabíamos sobre nossa origem pelos ares. Datado de pouco menos de 2 milhões de anos, a criatura teria vivido em um momento chave, envolto em mistério, na linha do tempo. É uma das maiores lacunas na cronologia evolutiva da humanidade, o momento em que os cientistas acreditam que os hominídeos estavam deixando seus atributos simiescos para trás. Agora, um homem controverso no centro de tudo isso luta por uma nova forma de fazer ciência e prova que o espírito da descoberta ainda vive. À medida que exploramos o mistério de como uma recém descoberta espécie pré-humana viveu e morreu, podemos começar a responder à pergunta de como nos tornamos humanos."
Um ótimo material para professores de história, e educadores em geral, poderem refletir sobre o conhecimento em si, e sobre as verdades absolutas que a própria História, com certas descobertas, tende a reorganizar.
E o mais interessante neste vídeo de 44 minutos é o fato de um menino encontrar o esqueleto de outro menino, este de 2 milhões de anos; de uma criança acompanhar e auxiliar seu pai no trabalho, aprendendo e ensinando; algo que a educação em geral precisa incorporar, de o educador ser aprendiz e o educando às vezes também educador.
E o mais interessante ainda é a postura ética e profissional de Lee Berger, paleoantropologista que após a descoberta, disponibilizou moldes dos fósseis para 74 cientistas, iniciativa inédita na área, e depois para todos que quisessem auxiliar na pesquisa. O conhecimento deve ser universal, e as trocas também.
O chamado astrolopitecus sediba prova que, apesar do conservadorismo de alguns, nada é definitivo, estamos sempre aprendendo e descobrindo coisas novas que vão, ora de encontro, ora no contraponto ao pensamento até então instituído. As características do sediba, com partes modernas e outras primitivas, coloca em cheque a própria visão da evolução. A ponta de um iceberg ainda e ser explorado. Ou como disse um pesquisador: estes fósseis são como âncoras para algo maior.
E o mais curioso de tudo é que os esqueletos foram encontrados perto de uma árvore. Ainda que não seja a árvore da vida, pode-se dizer que trouxe um novo olhar sobre a vida na Terra. E como bem declara Lee Berger, ao final do vídeo, é preciso "ver o mundo com olhos de criança, assim que as grandes descobertas são feitas, por que saímos do nosso caminho". Um conselho que curto, comento e compartilho além das redes sociais, e especificamente para os educadores e seus ambientes educacionais. Ter olhos de observador, manter o seu lado criança vivo, dialogando e dando vez e voz ao alunado, como Lee Berger fez com seu filho, e grandes descobertas podem ser feitas dentro da sala de aula e na comunidade escolar.
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