quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Tolerância: curta-metragem de animação para abrir um debate com a comunidade escolar



O vídeo acima Tolerantia (Tolerância), de autoria de Ivan Ramadan, produzido na Bósnia e Herzegovina (2008), com diversas premiações, trata-se de curta-metragem de animação que descobri no You Tube e traz uma forte mensagem contra a intolerância.
Sobrevivente da Era do Gelo, no centro da Bósnia, quando muda o clima, descongela e passa a reunir blocos de pedras e construir a sua pirâmide, sem saber que outro faz o mesmo, bem próximo. Mas cada qual pensa diferente e ao invés de um ver no outro um vizinho, passa a atacar um ao outro, tornando-se inimigos, arremessando as próprias pedras de suas construções. A menção ao centro da Bósnia e o fim da Era do Gelo, provavelmente seja para contextualização das origens dos conflitos étnicos na região, desde sempre, fruto justamente desta intolerância, que existe em outras partes do planeta, como Israel x Palestina, Irlanda e Inglaterra, País Basco X Espanha, as duas Coréias, e uma lista imensa, se formos catalogar, pensando no macrocosmos, e colocando a lente sobre o microcosmo, as brigas entre famílias no Nordeste brasileiro, de alguém vingar a morte de um familiar, matando um integrante da família adversária e outras coisas mais... A própria imagem do final da Era do Gelo, opinião do Educa Tube, seja uma metáfora para mostrar que vez em quando a intolerância fica congalada, anestesiada, mas que de era em era, de tempos em tempos, como ciclos, torna a descongelar e se mostrar, por fazer parte da natureza humana, que precisa ser trabalhada através do convívio social, da estipulação de regras de convivência mútua.
Ótimo material para discutir as relações humanas, o convívio em sociedade e no ambiente escolar. De debater sobre situações intolerantes que ocorrem todos os dias ao nosso redor, seja no trânsito, no esporte, na política, na religião, na escola, na família, em toda parte...
Nas redes sociais percebe-se que nem sempre a opinião do outro, que diverge da nossa, é respeitada, muitos confundindo argumentação com ofensa pessoal. Há nessas discussões mais ataques pessoais do que defesa de projetos... Já comentei até que a palavra escrita não tem sotaque, e por isso, muitas vezes, uma frase simples é interpretada com um tom áspero que ela pode não possuir pelo emissor, mas que é sentida equivocadamente pelo receptor. Que há mal entendidos, pela falta do diálogo e pela falta do exercício da alteridade, do colocar-se no lugar do outro. E mais que tudo, da falta do exercício da autocrítica, pois muitas vezes criticamos no outro, coisas que, quando estamos na situação do outro, fazemos o mesmo... Entre a diversidade e a adversidade, existem mais do que algumas letras para fazer a diferença...
De fato, as divergências, se administradas com intolerância, levam ao erguimento de muralhas, de castelos, de monumentos vazios e da destruição mútua (e assistimos isto seguidamente nos telejornais, de países vizinhos em guerra, de conflitos seculares por conta de questões religiosas, disputas de território, de riquezas e tudo mais), quando se deveria saber conviver juntos, construir juntos, divergir juntos, respeitando a opinião alheia, sem que fosse preciso partir para o ataque pessoal, seja com ofensas, ou literalmente, como no vídeo, com pedras e paus, e na vida real, com tiros, bombas e coisas piores...
Há uma frase circulando nas redes sociais que diz justamente isso: "Não aumente o tom da voz, melhore os seus argumentos". Endosso. Defender um ponto de vista é natural, agredir um adversário, não...
Enfim, um belo vídeo para abrir uma saudável discussão, afinal, o vídeo ironicamente se chama tolerância, para mostrar justamente o oposto; assim como muitos discursos que começam progressistas mas escondem uma prática ultraconservadora, do tipo: "Não é que eu seja preconceituoso...", para logo em seguida fazer um comentário racista e/ou preconceituoso. Paradoxos do cotidiano que precisamos debater na sala de aula, na escola como um todo, não apenas com alunos, mas entre colegas educadores - que também possam agir de forma intolerante, sem se dar conta - e levar para a comunidade escolar, além dos muros da instituição esta discussão. O bullying, por exemplo, tão discutido hoje em dia, às vezes surge de uma pequena pirâmide que é construída pedra sobre pedra, até tornar-se um imenso monumento à intolerância. E o bullying na escola, não é apenas entre alunos, existe outras formas. Há bullying de aluno contra professor, de pais e/ou responsáveis contra professores, por conta da defesa intransigente que alguns adultos fazem dos atos injustificáveis e indefensáveis das crianças e jovens, mhitas vezes por conta da omissão, tentando se redimir dos erros, encobrindo os seus e acobertando os deles...
Enfim, um vídeo para trabalhar com alunos, professores, gestores e toda comunidade escolar...

Curtas-metragens de animação Pixar para refletir sobre educação, tecnologia e sociedade



Caros seguidores, visitantes e colaboradores do Educa Tube, segue abaixo uma série de curtas-metragens de animação da Pixar Animation Studios, que assisti primeiro no Disney Channel e depois encontrei no You Tube, cada qual com uma breve reflexão educacional do Educa Tube, seja para motivar alunos, seja na formação de educadores sobre didática e metodologia, seja pela discussão entre professores e alunos sobre as TIC na Educação.
A Pixar, conforme a Wikipédia: "é uma empresa de animação digital (Pertence a The Walt Disney Company) estadunidense, vencedora de diversos Oscars, localizada em Emeryville, Califórnia (Estados Unidos). Especializada em alta tecnologia de computação gráfica, a Pixar é a desenvolvedora do software de renderização padrão da indústria, o RenderMan, usado para geração de imagens de realismo fotográfico de alta qualidade".
Vejam abaixo alguns deste curtas que encontrei no Cinemaeafins (os que sairam do ar, no You Tube, por questões de direitos autorais, consegui em nova versão, no mesmo portal, para fins pedagógicos):

KNICK KNACK



Knick Knack, divertida animação, considero como uma analogia entre a bola de cristal e o aquário, e a televisão e a internet. Ambas, por conta de suas telas de vidro, lembram em parte uma bola de cristal que pode prever o futuro (para uns) e um aquário que aprisiona peixes (para outros). Tudo é questão de ponto de vista e de forma de utilização tanto da TV como da Web no ambiente escolar. Se for utilizada dentro de uma proposta educacional, vinculada ao conteúdo e competências pode servir de ferramenta de apoio, se usada só como recreação, mas como forma de dispersão. As telas podem ser tanto a liberdade do bom educador, como a prisão do mau professor. Pode ser meio para uns e finalidade para outros... Se meio (de comunicação e recurso para atingir o conhecimento) pode ser válido e relevante; se apenas fim por si só, de utilizar o equipamento como objetivo principal, sem uma proposta político-pedagógica adequada, poderá apenas divertir, mas educar não é apenas propor uma diversão. Precisa ser muito mais do que isso...
Segundo a Cinemaeafins: "(...) em 1989, a Pixar produziu “Knick Knack” curta que teve como grande desafio, a animação dos flocos de neve. O que é mais interessante nesse curta é saber que existem duas versões dele. As bonecas que aparecem no animado original apresentavam seios fartos, que foram reduzidos quando o curta-metragem estreou nos cinemas em 2004. O divertido curta-metragem foi inspirado nos desenhos de Chuck Jones, da Warner Bros, e conta a história de um mal-humorado boneco de neve, chamado Kick, que vive preso em um globo de cristal, sempre vendo de fora as festas que os outros enfeites participam. Após ser convidado por um dos enfeites, ele faz de tudo para se libertar do globo de cristal, mas quase todas suas tentativas são em vão.
Tempo de Duração: 3:34

QUASE ABDUZIDO (LIFTED)



Lifted (Quase Abduzido) é outro curta de animação que se presta a uma pequena reflexão sobre a tecnologia na educação, pois mostra uma nave alienígena com dois extra-terrestres (o mestre e o aprendiz) tentando abduzir um humano que dorme tranquilamente em uma casa no campo. No caso do divertido curta, os papéis estão invertidos, pois o aprendiz, parece-me boa parte dos educadores (chamados de imigrantes digitais), que veem o teclado de um computador como o painel da nave alienígena, com dezenas de botões sem saber qual apertar... E o mestre (o nativo que já nasce neste mundo tecnológico) é o aluno, que na questão da mecânica e manuseio dos equipamentos eletro-eletrônicos é um expert no assunto. Mas lembrando que não é um gênio, pois sabe usar apenas o que lhe interessa (redes sociais, celulares, comunicadores tipo MSN), mas muitos desconhecem recursos básicos do editor de texto, slides, etc., pois não os utilizam no dia a dia, cabendo ao professor incentivar a produção colaborativa. Se disser o que pretende e deixá-los pesquisar, logo terá gratas surpresas. Entretanto, cabe salientar que o maquinário é substituível, mas o usuário é permanente, e que por mais que a tecnologia avance, sempre será preciso a função de um professor, pela sua experiência de vida, pelo seu conhecimento formal. O Google, You Tube e outros portais podem ter muita informação disponível, mas o professor é que sabe separar o "joio do trigo", a informação fidedigna da mera teoria da conspiração. O ideal é que a educação incentive o diálogo entre gerações, professor e alunos trocando informações que gerem conhecimento mútuo para que a Nave Escola possa decolar e fazer voos longos, e sem atropelos.
Esta geração mexe e remexe e por experimentação e erro, acaba fazendo suas descobertas, a geração anterior foi domesticada na cultura do "não mexe que estraga" e ainda sofre desse trauma, ao lidar com equipamentos com muito botões...
Conforme o Cinemaeafins: "Durante a noite, em uma fazenda isolada, um estudante alienígena chamado Stu começa a fazer diversas tentativas para abduzir um humano que dorme tranquilamente. Monitorado por seu professor, Mr. B, o atrapalhado alienígena não tem uma tarefa fácil, causando diversos estragos, pois todos os botões no enorme painel são idênticos. Em questão de segundos Mr. B resolve vários problemas para que assim possam ir embora do planeta Terra. Dirigido por Gary Rydstrom, “Quase Abduzido” (Lifted) foi lançado nos cinemas em 2007, antes da exibição de “Ratatouille”.
Tempo de Duração: 5:00

O JOGO DE GERI (Geri's Game)



O Jogo de Geri (Geri's Game)
é outro curta de animação (1997) que permite diversas interpretações, a começar pela questão social da velhice, em que um idoso joga uma divertida partida de xadrez sozinho, sendo adversário de si mesmo, ao trocar de lado e de personalidade (um introspectivo e tímido e outro mais alegre e debochado). Há a questão da alteridade, do colocar-se no lugar do outro, e do incentivo ao próprio jogo de xadrez no ambiente escolar, por conta do raciocínio lógico e matemático. E o final do curta mostra espirituosidade e bom humor.
Abaixo, Eu comigo mesmo... (Geri's Game Real), a versão humanizada desta animação, com um ator idoso reproduzindo a mesma história da famosa animação da Pixar, vídeo que recebeu Prêmio Um Rubão Andaluz, de Melhor Refilmagem de Animação 2006:



COISAS DE PÁSSAROS (For The Birds)



Por fim, o curta de animação Coisas de Pássaros (For The Birds), já destacado em postagem pelo Educa Tube, que pode ser um bom material para tratar de bullying no ambiente escolar, pois mostra diversos pássaros pousando em um fio de um poste-de-luz, mas que ao perceberem o pouso e tentativa de aproximação e amizade de um pássaro maior e desengonçado, passam a ridicularizá-lo, provocá-lo, até atacá-lo, mas a lei do retorno (e da ação e reação) dá a todos uma bela lição. Vejam o final e reflitam sobre o mesmo...
Enfim, quatro curtas-metragens de animação da Pixar e uma refilmagem para refletirmos sobre a Educação, a Tecnologia e a Sociedade.

Observação: Se algum destes vídeos sair do ar, favor me informar, via comentários deste blog que tento encontrar outra versão.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Quem você pensa que é? Pontos de vista mudam...



O vídeo acima, Quem você pensa que é? Pontos de vista mudam..., encontrei visitando o portal e-Professor, na guia Web TV e trata-se de uma visão bem didática entre o macro e o microcosmos, numa viagem através de imagens (que podem ser feitas via Google Earth) e suas devidas proporções matemáticas e lembrou-me outros dois vídeos, já indicados aqui tempo atrás. Vejam links abaixo:

ZOOM CÓSMICO

ZOOM, de ISTVAN BANZAI

Material para refletir sobre nosso papel na sociedade (como um pontinho na multidão), sobre proporções e perspectivas... E para dinâmica e trabalho em grupo.
O interessante é ver a semelhança entre as proporções maiores do Universo e as menores do interior de uma planta ou ser humano, que se assemelha bem, um ao outro, dadas, logicamente as devidas proporções. Fato que me remeteu a um conto de minha autoria em que comparo o Universo a um garoto de 13 bilhões de anos... (qualquer dia publico em meu blog literário ControlVerso)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cinco anos mudaram tudo: o impacto das TIC no mundo atual



O vídeo acima, Cinco anos mudaram tudo, encontrei visitando o portal e-Professor e a guia Web TV e é um ótimo material para refletir sobre as mudanças que ocorreram nos últimos anos, a partir da ampliação e uso da internet, das mídias e redes sociais. Mostra inclusive a força da rede mundial de computadores na primeira eleição de Barack Obama, nas revoltas acontecidas no Oriente etc. Mas ainda falta a educação se apropriar dessas ferramentas, não apenas para produzir conteúdo, mas divulgar, refletir, debater, criar um canal de comunicação com a comunidade escolar, seja através de blogs, perfis em redes sociais, portal, etc.
Cada vez mais importante pensar não apenas maquinários no conceito de convergência (rádio, TV, câmera digital, internet, GPS, sms etc, tudo num só equipamento portátil), mas o usuário convergindo em rede social educacional se pensado as TIC como um recurso que veio para interligar as pessoas, independente do tempo e do espaço.
O Google, o You Tube, Wikipédia, Facebook, Twitter e outros recursos de busca, de trocas e de divulgação tornaram a aldeia global mais próxima e até além do que era pensado nos anos 1970 por Marshall McLuhan. Dizia ele que "o meio é a mensagem". E hoje, mais do que nunca, a mensagem precisa se apropriar do meio para dar significado às TIC no ambiente escolar e social.
O social, o local e o móvel (universal). Com os novos avanços tecnológicos, o que poderemos esperar para daqui mais cinco anos?

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Escola Verde, em Bali (arquitetura em bambu): sustentabilidade e realidade local



O vídeo acima, Escola Verde, descobri via portal eCycle e trata-se de experiência educacional, em Bali, ilha da Indonésia, e que possui sua arquitetura feita de bambu, respeitando fatores climáticos, sociais e culturais da região.
Conforme apresentação da eCycle:
"Escola na Indonésia apresenta o conceito de sustentabilidade já nos primeiros anos de ensino: A Escola Verde é um projeto pioneiro e inovador. A ideia veio de seu fundador, John Hardy, depois que sua mulher o levou para assistir o filme do Al Gore “Uma verdade inconveniente”. Ele ficou impressionado com a história e decidiu aposentar seu próspero negócio de designer de jóias e fundar uma escola que garantisse cidadãos mais cientes e responsáveis pelos problemas do planeta. O lugar fica em Bali, na Indonésia, e conta com alunos de todas as partes do mundo. A primeira turma de 100 crianças foi formada em 2008.
Mudanças já na estrutura: A estratégia de aprendizado consiste na filosofia holística, que pressupõe a procura de identidade, significado e propósito de vida nas relações que se cria dentro de uma comunidade. Os alunos são educados para ser parte de um conjunto humano e não competirem entre si. A escola não tem a aparência esperada de um prédio tradicional. Toda a estrutura do lugar é feita de bambu, um material que existe em abundância na região e permite construções de baixo impacto ambiental. A necessidade de Hardy é tentar transformar o mundo por meio da educação e acrescentar a consciência ambiental nas gerações futuras.
Dentro do mato: As crianças dispersam a atenção muito facilmente, principalmente quando são obrigadas a ficarem sentadas por mais de uma hora. Na escola verde, as salas não têm paredes e as distrações com o ambiente fazem parte do processo pedagógico, ou seja, o que era falha vira estratégia educacional. Pessoas do mundo inteiro se mudam para a Indonésia para que seus filhos possam fazer parte dessa experiência mais integrada com a vida e com o meio ambiente. A escola cresceu bastante ao longo dos anos, mas ainda conserva seu ar intimista e hippie.
Para mais informações, acesse o site do projeto (em inglês).

O interessante nesta experiência inovadora é justamente levar em conta a realidade local, aproveitando a natureza, o clima, a cultura, sem vir com aquele modelo pronto, de cima para baixo, mas justamente, incorporando o fator local ao universal. A escola é de bambu, não por ser um modismo, ou verniz ambientalista, mas que a realidade do local a faz ser natural por si só... Quantas vezes já vimos escolas suntuosas, erguidas em bairros periféricos que são depredadas, não por que a comunidade é delinquente, mas muitas vezes por que delinquentes e pessoas da comunidade, inclusive alunos, não veem este "elefante branco" como algo natural, mas uma imposição. Algo de governo e não da própria comunidade.
O próprio projeto pedagógico leva em conta esta questão local. Como menciona Ronald Stones, diretor da Escola Verde: "Primeiro é ensinado inglês, matemática e ciências, depois estudos ecológicos e ambientais direcionados à sustentabilidade, com o design da escola levando em conta esta realidade de seu entorno, e por terceiro passo trabalhar as influências geográficas e culturais, com as artísticas. O objetivo é que estes 3 projetos pilotos sejam feitos em equilíbrio, sem fechar as portas para a educação convencional". Os alunos aprendem em forma de círculo universal, todos convivendo de forma sustentável, em equilíbrio com o meio e o grupo.
Pensando em sustentabilidade em sentido amplo, e no espaço escolar como um ambiente em pleno acordo com o meio em que está incluído, creio que projetos simples, bem organizados e autênticos ao meio em que estão inseridos são os que mais dão certo e têm continuidade. Mega projetos, que exigem grandes somos de recursos humanos, tecnológicos e financeiros, podem até obter resultados satisfatórios, mas demandam tempo e exigem uma estrutura adequada, para manter esta continuidade. Quem é da educação sabe bem que, por exemplo, na questão das TIC na Educação, não basta ter laboratórios de informática bem equipados, sem um responsável pela manutenção do maquinário, sem internet veloz, sem recursos financeiros para reposição de peças e equipamentos sucateados etc.
A Escola Verde é um sinal verde para projetos sustentáveis em sua simplicidade, criatividade e autenticidade, se levados em conta a realidade local, tornando-se, em contrapartida, por tudo isso, um projeto também universal, tanto que, no caso da escola em questão, vêm alunos de todo o mundo conhecer a experiência inovadora.
Abaixo, palestra com John Hardy, designer de joias e co-fundador da Escola Verde, feita ao TED, e que me foi gentilmente sugerida via Facebook por Elenara Stein Leitão, arquiteta de Porto Alegre, RS, Brasil, editora do blog Arquitetando Ideias.




sábado, 23 de fevereiro de 2013

Salve o Planeta - Uma campanha inteligente para crianças de 3 a 103 anos



O divertido vídeo acima, Salve o Planeta - Uma campanha inteligente para crianças de 3 a 103 anos, e trata-se de campanha do canal Animal Planet, ensinando o melhor uso da energia e a preservação do meio ambiente, que encontrei visitando o portal eCycle.
A divertida animação é o que chamo de aprender brincando, e serve de fato para crianças de 03 a 103 anos de vida, pela força das imagens e da mensagem. Embora o vídeo seja falado em inglês, não prejudica o entendimento, pelo contrário, facilita o trabalho do educador (seja pai ou professor) em atividades de interpretação e leitura de imagens. E posterior produção de textos ou debate.
De todas as animações que foram compiladas neste vídeo de pouco mais de 7 minutos, a que mais gostei foi a que trata do transporte de garrafas de plástico, contendo água, e que os animais usam suas características, como o canguru a bolsa natural, o pelicano, seu bico e papo, e o camelo, sua corcova. Aliás, falando nisso, uma perguntinha: quem tem uma só corcova é camelo ou dromedário? Boa pesquisa... :-)))
Recomendo também a leitura do texto Oito dicas simples que ajudam seus filhos a praticarem a sustentabilidade, também no portal eCycle, onde localizei o referido vídeo, e é um ótimo material para reflexão e atividades educacionais e socioambientais.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

e-Professor: aprendizagem em rede e Web TV





A imagem acima é do portal e-Professor, que me foi indicado via Facebook da colega e amiga Elis Zampieri, professora da educação especial e coordenadora pedagógica da APAE de Curitibanos, SC, Brasil, editora do blog Sobre Educação.
Conforme dados coletados no referido portal: "O e-professor nasceu de um trabalho de conclusão de curso na primeira turma de pós-graduação em Design de Multimídia da Universidade Anhembi Morumbi em 1999. Idealizado como trabalho final e acompanhado de monografia, o projeto teve como ponto de partida, o resultado da pesquisa que revelou a dificuldade do professor - do ensino básico à pós-graduação - em incorporar o uso de tecnologias (na época NTICs) na sua prática cotidiana de aulas."
No e-Professor há, além de cursos e oficinas, também a Web TV, com diversos vídeos que podem ser utilizados por educadores, como o belo curta de animação O ÚLTIMO TRICÔ, logo abaixo, que achei na Galeria do portal, e é considerado por este como uma analogia à gestão escolar, e que proponho em seguida também a minha reflexão educacional, tecnológica e social.



De certa forma, educar, além de estabelecer um diálogo com educando (e com outros educadores), lembra também a sina de Penélope, em sua mítica ilha de Ítaca, enquanto aguardava o regresso de seu marido e rei Ulisses, vitorioso na Guerra de Tróia, que durara dez anos, e que levará mais 10 anos para concluir seu retorno ao lar. Enquanto isso, para não aceitar a morte de Ulisses e não ser obrigada a casar novamente, Penélope promete que assim que termine uma grande tapeçaria, enfim, escolherá o sucessor ao trono de Ítaca. Como estratégia para aguardar seu amor, tudo que fazia de dia, desfazia, desfiava à noite, precisando recomeçar tudo na manhã seguinte e assim por diante... Um pouco mais de 20 anos são o tempo que um professor (25 se mulher, 30, se homem) para exercer a sua profissão, antes da aposentadoria. Lembrando frase da educadora Sonia Bertocchi, editora do blog Lousa Digital: "Professor se aposenta, educador jamais".
De certa forma, o bom educador, ciente de seu amor pela profissão, aguardando ou não o retorno de Ulisses (ou do reconhecimento profissional e salarial) tem a consciência de que educar é um ato de recomeçar a cada dia, reconstruir-se e reconstruir suas práticas pedagógicas. Às vezes, querendo ter o controle da situação, como a personagem na animação, mas sendo dominada pelo produto de seu trabalho, que ora torna-se maior do que imaginava... Educar é desafiador e um desafio constante... E quando isto ocorre, é preciso escolher entre o tricotar com as agulhas ou o recortar, com a tesoura... Todo educador precisa ter essa dupla missão na vida de seus educandos: ora incentivar a produção, ora fazer os devidos recortes de espaço e tempo no conteúdo, avaliar se é necessário continuar, ampliar um trabalho ou cortar partes desnecessárias. Esta orientação é essencial e insubstituível e nenhuma máquina, por mais bem programada que seja, conseguirá simular a experiência humana, com seus risco, rabiscos, linhas e entrecruzamentos, transformando informação em conhecimento...

Educoteca: a biblioteca digital da Educopedia (com livros jogáveis e transmidiáticos)





A imagem acima é da EDUCOTECA, a Biblioteca Digital da EDUCOPÉDIA (imagem abaixo), que já foi destacada pelo Educa Tube (e como o próprio nome indica) é a enciclopédia educacional, produzida e compartilhada pelos professores municipais da cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e me foi sugerida via Facebook por Francisco Velasquez, educador do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Como o Educa Tube sempre destaca: Educar é dialogar. E Educação é um processo universal, seja público ou privado, federal, estadual ou municipal, e toda iniciativa que reúna material de e para professores, tem o apoio do blog e seu editor.
O acervo da EDUCOTECA é composto de diversos tipos de Livros em PDF e também virtuais, que são "jogáveis e transmidiáticos", como informou o prof. Francisco, e estão divididos por faixas etárias (Adulto, Infantil e Juvenil), com autoria de Alunos e Professores, nas categorias: Contos, Drama, Fábula, Informativo, Narrativa, Poesia e Romance, e Temas como: Ação, Amor, Aventura, Comédia, Educação, Épico e Ficção.



A imagem acima é da EDUCOPÉDIA, que pode ser acessada por qualquer educador, como VISITANTE, clicando nesta opção ao entrar.
Abaixo, links para visitação:
EDUCOTECA

EDUCOPEDIA

Sobre a EDUCOPÉDIA, reproduzo comentários abaixo, que constam da tela de acesso ao portal:

"A Educopédia é um recurso educacional fantástico para os jovens e crianças do Rio de Janeiro e do Brasil, e uma inspiração poderosa para países e cidades em todo o mundo que estão tentando fazer com que seus sistemas educacionais desenvolvam habilidades básicas e do século 21 de forma inovadora. A Educopédia combina riqueza de conteúdo, novas formas de aprender e infraestrutura tecnológica - os três são vitais, possibilitando que os alunos avancem em seu próprio ritmo, mas o mais rápido possível." David Albury, Diretor de Design e Desenvolvimento do Global Education Leaders' Program, GELP

"Como plataforma de aulas digitais do município do Rio de Janeiro, a Educopédia é importante para milhares de alunos e professores. O recente licenciamento da plataforma como um recurso educacional aberto (ou REA), permitindo que outros a copiem, usem, adaptem, ou re-compartilhem seus conteúdos representa uma enorme oportunidade para aumentar o acesso e a qualidade da educação pública não só no Brasil, mas em toda a Comunidade Lusófona global. A UNESCO está muito feliz com a expansão da Educopédia para outras cidades no Brasil e estamos confiantes que o exemplo dado pelo Rio será admirado por vários parceiros globais." Abel Caine - Especialista da UNESCO para Recursos Educacionais Abertos

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Dia da Terra (Earth Days): documentário ambientalista (2009)

























O vídeo acima, trata-se do documentário Earth Days (Dia da Terra), que descobri no You Tube (em 12 partes) e foi apresentada pelo Canal Futura.
Um material que além do valor histórico, serve para pensarmos sobre a consciência ambiental, e como é possível motivar as pessoas físicas apesar dos poderosos interesses dos grupos econômicos.
Elaborado em 2009, inicia com belas falas de ex-presidentes dos EUA, desde 1963, iniciando com JFK até George Bush... 50 anos de discursos de boas intenções com o meio ambiente, mas poucas ações práticas para a resolução dos graves problemas socioambientais...
Em seguida, apresenta nove perfis de pessoas que contribuíram para a criação deste movimento ético, político e socioambiental: o biólogo, o conservacionista, o organizador, a radical, o previsor do tempo, o astronauta, o político, a motivadora, o futurista, reunidos em uma produção audiovisual de Robert Stone, com diversas imagens de época.
Chega a ser irônico ver e ouvir políticos conservadores aderindo ao movimento ambientalista, mais por questões superficiais de sobrevivência política do que consciência socioambiental; de perceber que as previsões de pesquisadores nos anos 1970, muitas delas alarmantes, já estão acontecendo (superpopulação, aquecimento global, efeito estufa, contaminação, poluição, descaso com o meio ambiente, consumismo etc), e assistir ao processo para desacreditar o movimento, feito por seus detratores, dentre eles o ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan, que de certa forma mudou a face do mundo, a partir de sua gestão e modelo de desenvolvimento.
Curioso saber que durante a crise energética (petróleo) na década de 1970, tendo o movimento ambientalista Dia da Terra como referência, podendo a partir dele mudar a matriz política e social do planeta - liderados pelos EUA -, com a eleição do conservador e ex-ator Ronald Reagan (1981), a Terra teve adiada a possibilidade de tomar um rumo adequado à questão ambiental, retrocedendo no tempo... Continuamos na Guerra Fria, insistindo com os combustíveis fósseis e contra as energias renováveis, da exploração dos recursos naturais sem pensar nas gerações futuras. O próprio discurso de Reagan - dura crítica ao seu antecessor, o moderado Jimmy Carter - é emblemático, bem como o fato de uma de suas primeiras ações na Casa Branca foi ter mandado retirar os painéis de captação de energia solar do telhado da residencial presidencial, instalados pela gestão anterior.
Um riquíssimo documento histórico que merece ser divulgado e debatido no ambiente escolar.
Abaixo apresentação do referido documentário no You Tube:

O Dia da Terra foi criado pelo senador estadunidense Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.
. História
O evento foi à culminação de uma série de tendências que começaram nos anos 50 em que os cientistas começaram notar como a industrialização impactava o ecossistema da Terra. Então, em 1962, o livro inovador de Rachel Carson "Silent Spring", que documentou os efeitos dos inseticidas no ambiente, causou uma sensação internacional e conduziu-a eventualmente à proibição do DDT nos Estados Unidos.
Em 1970, a preocupação com o crescimento populacional, a fome em massa, a poluição do ar e da água o grupo se uniu em um movimento para apoiar um ambiente mais limpo e saudável.
Tudo isto e mais esta no filme "Earth Days", que foi mostrado em PBS'American Experience em 19 de abril Dirigido por Robert Stone o filme mostra não somente como o movimento verde começou, mas os sucessos e falhas desde o dia seminal em 1970.
"O que nós estávamos tentando fazer é criar uma consciência pública totalmente nova que causasse a mudanças das regras do jogo", disse Denis Hayes, coordenador nacional do Dia da Terra.
Hayes é um dos ativistas ambientais chaves de uma dúzia, entrevistados no documentário Miller-McCune.E com mais três deles pediu para avaliar o estado do ambientalismo em 2010.
Paul Ehrlich foi o autor do livro best-seller "A bomba da população" em 1968 É atualmente o professor de estudos de população e presidente do "Centro de biologia da conservação na Universidade de Stanford".
Stephanie Mills tornou-se famosa graças a um discurso de abertura 1969 do seu colégio, "O futuro é uma farsa cruel".Ela é editora e escritora filiada ao "Planned Parenthood" e atualmente é uma defensora de bio-regionalismo, um movimento, dedicado a culturas sustentáveis e locais.
Denis Hayes era o organizador principal do dia de terra original. Desde então Incentiva a Energia Solar e continua a presidir o conselho da rede internacional do "Dia da Terra".
A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.
Em 1972 celebrou-se a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar os líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicá-los.
O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.
O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.
No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta, tanto a nível global como regional e local.
"A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Sentimo-nos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."
Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra converteu-se em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas utilizam-no como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.
Este dia não é reconhecido pela ONU.
Maiories informações:
http://www.earthdaysmovie.com

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Portal Desenhos para Colorir (desenhos animados e infantis para impressão)









Imagens acima, do portal DESENHOS PARA COLORIR, indicação de meu filho Allan, de 8 anos, e como o próprio nome indica, contém diversos desenhos animados e infantis para impressão para que as crianças possam pintar. São muitas opções de imagens de desenhos animados, de filmes de animação, de personagens de histórias em quadrinhos etc.
Vejam link abaixo, para o referido portal:

DESENHOS PARA COLORIR

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O Efeito da Visão Geral e o olhar panorâmico do educador



O vídeo acima "Overview" (Visão Geral), descobri visitando a página do Portal eCycle, no Facebook.
Um belo curta-metragem, produzido por Guy Reid, Steve Kennedy e Christopher Ferstad, com imagens fabulosas da Terra e do espaço, com cenas adicionais cedidas pela ESA - European Space Agency e NASA, trazendo depoimento de astronautas sob o Efeito da Visão Geral, que é o fenômeno que afeta a vida daqueles que veem o planeta - pequena esfera azulada dentro de uma imensidão escura e infinita -, e passam a refletir sobre o sentido da vida, mudando inclusive sua visão de mundo e tudo mais. Além disso, traz depoimentos de filósofos e teóricos que refletem sobre as primeiras imagens do espaço e sua repercussão no imaginário humano.
Conforme apresentação do vídeo no portal Vimeo (só encontrei a versão em inglês):
"O efeito da visão geral, descrito pela primeira vez pelo autor Frank White, em 1987, é uma experiência que transforma a perspectiva dos astronautas do planeta e lugar da humanidade sobre ela. Características comuns da experiência são um sentimento de temor para o planeta, uma profunda compreensão da interligação de toda a vida, e um renovado sentido de responsabilidade de cuidar do meio ambiente.
O filme também apresenta insights de comentaristas e pensadores sobre as implicações mais amplas e importância deste entendimento para a sociedade, e nossa relação com o meio ambiente."

Dentro desta "perspectiva forçada", pensando numa Visão Geral da Educação, considerando a escola e a comunidade escolar como pequenos sistemas solares, e o educador como este astronauta, às vezes solitário em seu fazer pedagógico, penso que é preciso conhecer a realidade local para poder-se também ter essa visão global, e vice-versa, na questão da interação com o meio ambiente e o meio escolar...
O Google Earth (software com imagens de satélite), que nos proporciona um passeio pelo planeta e até o sistema solar é um ótimo recurso midiático para tratarmos de questões globais, mas não há expedição mais fecunda do que às vezes sair em um breve passeio pelo entorno da escola, vendo in loco a realidade daquela comunidade, juntamente com alunos e outros colegas, em atividades inter e multidisciplinares. Tais saídas de campo estabelecem esta visão particular que aliada a visão geral dos multimeios poderá proporcionar diversas reflexões entre professores e alunos.
Enquanto educador, penso na necessidade deste olhar panorâmico: a escola como uma pequena ISS (Estação Espacial Internacional), vendo o espaço, não o sideral, logicamente, mas o local, o social, o particular daquela comunidade, como algo a ser redescoberto diariamente. E assim como na ISS, que possui entre seus "habitantes" astronautas que são também pesquisadores nas mais variadas especialidades, do mesmo jeito deveria ser a escola. Mais que um oásis da Informação, um arquipélago do Conhecimento...

Livro e Game: clássicos da literatura brasileira ganham versão em games





A imagem acima trata-se do Portal Livro e Game, que disponibiliza clássicos da literatura brasileira em versão para jogo. Uma iniciativa do portal Cátedra, da PUC-RJ, Brasil, com apoio da Unesco, como um dos recursos para incentivar a leitura. Segundo o próprio portal Livro e Game surgiu para mostrar aos jovens internautas que os clássicos são divertidos e interessantes.
O Educa Tube apoia esta interessante e divertida iniciativa de unir literatura e jogos.

Vejam abaixo, link para o referido portal:

LIVRO E GAME - clássicos da literatura brasileira em versão para jogar

Estão disponibilizados para jogar e ler o enredo em formato HQ os clássicos O Cortiço, Memórias de Um Sargento de Milícias e Dom Casmurro:



O CORTIÇO, de Aluísio Azevedo

Em O Cortiço, primeiramente é necessário responder a um questionário, tipo Quizz para conseguir contos de réis para construir casas (a quantidade depende do número de acertos sobre questões do enredo do livro. Bem Interessante). Abaixo, o resultado de minha primeira jogada, construindo um cortiço. Venci e fui agraciado com o título de Barão. Coincidência ou não, há 20 anos atrás, quando ingressei na Educação, fui designado para a E.E.E.F. Barão de Cêrro Largo. :-))



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Substituto: o reality show da educação, apesar de ficção (cinema e educação)



O vídeo acima é o trailer do impactante filme O Substituto, de Tony Kaye, com Adrien Brody (O Pianista), como o professor Henry Barth e foi indicação via Facebook de Sara Macedo, de Rio Grande, RS, Brasil.
Pesquisando na web, encontrei-o completo e dublado no próprio You Tube e socializo abaixo link para visualização do referido filme, recomendando assistência de alunos do magistério, dos cursos de pedagogia e das áreas da educação, dos professores, mas acima de tudo, do pais e/ou responsáveis pelos alunos, pois considero este filme, apesar de peça de ficção, um quase reality show da educação (mostrando os pontos positivos e negativos do sistema de ensino atual, independente de escola, estado, país...), enquanto penso os chamados Reality Shows como mera peça de ficção de má qualidade, pois não retratam em nada o mundo real...
Link para assistir online no You Tube:

O SUBSTITUTO

Um filme essencial para pais, professores e aspirantes a educadores assistirem, de preferência em grupos, para após promover um debate sobre o que é narrado, que é parte da realidade de nossas escolas, pois a crise da educação é reflexo da crise da família e da sociedade, do modelo consumista, do TER mais do que do SER. Para discutir inclusive a formação dos futuros professores, que é calcada na teoria, mas que requer uma nova abordagem prática para este "Novo Mundo" em que boa parte dos pais se desonera de seu papel social de primeiro educador, que a escola é considerada por todos como a salvação da sociedade, mas que na verdade é apenas o reflexo desta.
Um filme que parece documentário, com o depoimento inicial de alguns professores que começaram como substitutos, que tem técnicas de animação - a partir de desenhos em giz num quadro negro estilizado, a cada nova cena - e que conta a história de um professor suplente em uma escola decadente... Uma pequena obra-prima que, apesar de ficção, considero sim um quase reality show (enquanto os programas que se dizem show de realidade, para mim, são mera ficção, encenação, jogo de interpretação de papeis). Imperdível e que todo pai deveria assistir junto ao filho.
O professor Henry Barth, um substituto que chega para cumprir um mês de trabalho em uma escola com alunos bem abaixo do nível das séries, mas que para a direção da mesma o mais importante é ministrar o currículo... Aquela coisa mecânica de que despejar informação é mais importante do que proporcionar o conhecimento. A própria palavra Substituto toma diversos sentidos durante a trama, ao meu ver, quando parece-me que os professores, em parte, tornaram-se substitutos dos pais. Mas professores são temporários na vida de um aluno e os pais é que deveriam ser permanentes. Entretanto, parece que para alguns, a situação se inverte, e os ensinamentos de bons professores se torna algo eterno na vida de alguns alunos. Infelizmente, para alguns alunos, os professores tornaram-se "substitutos" de seus pais...
Há cenas fortes, reflexivas, para diversas discussões:
- Diretora reclamando que sua escola se tornou depósito dos piores alunos do bairro e que usa a expressão "invadir território", como se a escola pública deve-se ser gerida como espaço privado e particular;
- Professor tentando passar DVD pra turma desinteressada e sequer ouvindo suas palavras (aqui, um pouco de despreparo e do que chamamos vídeo enrolação, que o aluno percebe o sentido do mero passatempo);
- Reunião de pais que poucos veem e quando aparecem é para a defesa irrestrita dos atos de seus filhos (atos às vezes injustificáveis que estes responsáveis justificam sem conhecimento da realidade);
- O bullying de alunos e pais contra professores estressados, despreparados, angustiados;
- Professores resistentes às mudanças, mesmo sabendo que o mundo mudou.
Apesar deste cenário caótico, que não foge à realidade de muitas escolas, mundo afora, Henry Barth, uma personagem, se assemelha a muitos professores que tentam conviver com seus próprios problemas e fazer a diferença na vida de seus alunos. Falta à educação e aos educadores uma nova psicologia educacional, do como lidar com a resolução de problemas, não apenas de conteúdos e competências, mas de relações humanas. É preciso pensar a educação como um sistema humano e não apenas um sistema de ensino preparatório de mão-de-obra ou para ingresso na universidade. Educar é muito mais do que isso, é estabelecer diálogo, troca de ideias, de experiências etc. E o educador - profissional do saber - precisa ter o mínimo de condições de trabalho, a começar com turmas menores, trabalho cooperativo com outros educadores (diálogo sobre dúvidas e certezas), apoio familiar e governamental, sem falar em boa remuneração, plano de carreira justo e motivador, capacitação continuada, avaliação adequada, material didático que possa ser construído a partir da realidade local e não de uma cartilha global.
Henry Barth, personagem de ficção e professor de literatura, que consegue empatia com os alunos e precisa conviver com problemas de ordem pessoal, tem muitas semelhanças com diversos educadores mundo afora, que se parecem com soldados largados no front (Vietnã, Iraque, Afeganistão), em um ambiente hostil e que precisam a cada dia lutar pela sobrevivência, com pouca munição e sem apoio de retaguarda... E o pior, que muitas vezes, como nos relata a história, é atingido pelo chamado "fogo amigo", bombardeado pelas críticas e cobranças da sociedade que nem sempre apoia o seu trabalho. Convenhamos que a analogia forçada não deixa de se aproximar perigosamente da realidade... E que a cada ano, mais difícil é a tarefa de educar quem vem para a escola carecendo de princípios éticos e outros mais, pois não lhes foi dado tais pré-requisitos sociais, mas muitos ganham dos pais e/ou responsáveis bens materiais como computador, fone celular, internet ainda em tenra idade... Dão a "arma" mas não ensinam a usar de forma adequada... Bens materiais que são descartáveis, enquanto bens sociais como gentileza, respeito, cordialidade, crítica e autocrítica são permanentes e necessários.
Uma fala de um professor é emblemática quando diz que vivemos em um "Holocausto publicitário, emburrecendo, sem competência pra nos defender, para preservar as nossas mentes". Noutra cena forte, a diretora é chamada de "fóssil e está extinta", diz empresário do ramo imobiliário, temendo desvalorização dos imóveis da região por causa do baixo rendimento escolar e de outros problemas na escola. Noutra, o pai exige da filha o que não conseguiu para si...
Se alguns professores se consideram invisíveis, perante sua turma, muitos alunos também se consideram invisíveis diante de seu educador. Falta justamente este diálogo. Quando o professor interage, os alunos participam, se apegam, esta invisibilidade cessa, mas é um processo longo, que requer certo preparo e apoio... O que se precisa substituir urgentemente é esta lógica de que professor é herói ou bandido, e que é responsável ou culpado por tudo que acontece, inclusive fora dos bancos escolares. Professor, substituto ou não, é ser humano, é profissional, não é Pai Substituto... tampouco Salvador da Pátria.
Recentemente li texto de uma colega e amiga que escreveu artigo de opinião para jornal aqui da região, a partir da conversa entre dos pais, um deles culpando justamente os professores pela tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, que vitimou quase três centenas de jovens universitários, pois segundo um deles, se não tivesse ocorrido a greve dos professores universitários, os jovens estariam em casa. Um absurdo total, pois isenta de responsabilidade os donos do estabelecimento por superlotação e negligência, os músicos por imprudência em usar fogos em ambiente fechado e com material inflamável no revestimento acústico do teto, os órgãos fiscalizadores que não fizeram seu papel de fiscalizar tudo isso. Esquece este senhor que tratava-se de festa para arrecadar fundos para formatura, e se não tivesse ocorrido a greve, tal evento teria ocorrido em data anterior, sob as mesmas condições e não evitaria a tragédia. Tragédia mesmo é saber que o professor precisa ser super-heroi e ter visão de raio X, voar e tudo mais, na opinião de alguns pais invisíveis...
Vejam abaixo o link para o artigo mencionado:

DIÁLOGO NA TRAVESSIA, por Rita Perez Germano (educadora)

Enfim, o filme O Substituto promove esse diálogo e discussão sobre o papel do educador e da educação na sociedade. Como diz Barth: "Muitos de nós acreditam que podem fazer a diferença... e quase sempre nós acordamos e constatamos o fracasso". O sucesso depende do envolvimento da turma, dos colegas, da comunidade escolar, dos gestores escolares e públicos. Sem isto, o educador, por melhor e mais bem intencionado que seja, tornar-se-á refém dos próprios medos. Comprometer-se com o trabalho e comprometer a família e a sociedade com a educação deve ser muito mais do que estabelecer culpados, mas sim, incentivar e divulgar os acertos, que existem, mas que não aparecem no horário nada nobre da televisão e da mídia em geral. É mais fácil mostrar cenas de bullying do que projetos pedagógicos premiados.
Um filme provocador, com cenas fortes, que promove o debate e que finaliza com cena extremamente delicada, poética e apropriada para um professor substituto de literatura, lendo fragmento de A Queda da Casa de Usher, de Edgar Allan Poe, com a câmera circulando pela escola. O professor, de certa forma, é temporário na vida de um aluno, mas o educador (pai ou responsável) deveria ser permanente, eis a lição que o filme nos reserva.
Abaixo, uma das músicas da trilha sonora do filme, Empty (Vazio), de Ray LaMontagne:



sábado, 16 de fevereiro de 2013

Literatura Digital: Biblioteca de Literaturas de Língua Portuguesa





A imagem acima, do Portal Literatura Digital: Biblioteca de Literaturas de Língua Portuguesa, mantido pela UFSC, Brasil, foi-me indicado via Facebook pela colega e amiga Jussara Botelho Franco, educadora de Rio Grande, RS, Brasil.
O Literatura Digital possui em seu acervo diversas obras literárias: atualmente são 74.117 documentos, 17.170 autores cadastrados e 3.380 obras digitalizadas.
Um ótimo material para pesquisa de professores e alunos.
Conforme dados apresentados no referido Portal:

"Nossa Biblioteca Digital é uma das poucas no Brasil que é fonte primária e gratuita de textos literários em versão integral na internet. Trata-se de obras do Brasil e de Portugal, a partir das melhores edições disponíveis.
Projeto nascido no NUPILL – Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e Linguística e no LAPESD – Laboratório de Pesquisa em Sistemas Distribuídos, a Biblioteca Digital de Literaturas de Língua Portuguesa é a maior biblioteca digital de literatura brasileira e portuguesa que existe, aberta a usuários de interesses bem variados, do leitor diletante ao pesquisador especialista.
Além da consulta às obras digitalizadas, é possível acessar um catálogo com dados biobibliográficos dos autores brasileiros e portugueses; também estão disponíveis documentos do acervo pessoal de alguns autores do Estado de Santa Catarina. Nosso acervo é uma rica fonte de pesquisa sobre história literária, sendo possível realizar pesquisas a respeito dos autores, das obras publicadas, datas de publicação, editoras, gênero das obras, entre outras. É importante ressaltar que as obras digitalizadas são em menor número do que aquelas cujas informações estão também disponíveis.
Nossa proposta é criar um ambiente de leitura e ensino-aprendizagem de literatura, a partir do aproveitamento da biblioteca digital, incluindo ferramenta de anotações. Qualquer usuário pode utilizar a Biblioteca e o Banco de Dados Digital, sem necessidade de inscrever-se, nem de entrar com nome e senha. Contudo, para aqueles que se cadastram como usuário e entram no sistema com nome e senha, abre-se a possibilidade de fazer anotações nas obras digitalizadas que for lendo. Em qualquer lugar do mundo, a qualquer momento, esse leitor, ao entrar na Biblioteca com seu nome e sua senha, terá acesso às anotações que já fez e poderá realizar outras. (grifo do Educa Tube)
A Biblioteca Digital é uma atividade incessante, ou seja, estamos frequentemente acrescentando e corrigindo dados, pois eles são sempre sujeitos a omissões e a incorreções. Portanto, gostaríamos de pedir a colaboração de todos os usuários para o aperfeiçoamento dos dados, enviando-nos todas as dúvidas e sugestões que acharem relevantes (nupill.ufsc@gmail.com)."

60 Segundos: Informação e Conhecimento



O vídeo acima, 60 Segundos, descobri via Facebook de Maíra Nobre, educadora de Aracati, CE, Brasil, pedagoga do IFCE e editora do blog Aprender com.
Trata-se de filme do jornal Estado de São Paulo sobre as distinções entre informação e conhecimento. Veja a íntegra do texto abaixo:

Texto 60:
"Informação é diferente de conhecimento. Informação passa, conhecimento fica. Informação está em todo lugar. Conhecimento é difícil de achar. Informação envelhece, conhecimento é para sempre. Informação vem até você. Conhecimento leva você mais longe. E se hoje a informação é de graça, qual o valor do conhecimento?"

Observação do Educa Tube:
A analogia da informação com a cena da bicicleta e o conhecimento como o andar sobre a mesma, remete a questão da própria informática (informação automática), e lembrou-me as comparações que eu fazia quando formador de outros educadores no uso das TIC, mídias e redes sociais na educação. Aprender a utilizar um computador (ou qualquer recurso tecnológico) é como andar de bicicleta, depois que se aprende, se memoriza, é só manter o equilíbrio e embalar, seguindo em frente. Na vida, no amor, no trabalho também saber manter o equilíbrio é desafiador. às vezes parece que não conseguiremos, até que um insight, uma ideia, uma proposta e conseguimos superar nossas aparentes limitações. Da mesma forma que manusear este mesmo computador também pode ser comparado a dirigir um carro em auto-escola, com a vantagem para o usuário em relação ao condutor, que o teclado é o volante, o mouse o câmbio, e não há necessidade de utilizar os pedais...
Brincadeiras à parte, este pequeno vídeo, que promove diversas reflexões, serve principalmente para se pensar esse binômio: Informação - conhecimento. Nem toda informação gera conhecimento, mas todo conhecimento promove no aluno meios de avaliar a informação, saber o que é real e o que é ficção; separar o joio do trigo, o verídico da manipulação.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Os Segredos da Linguagem Corporal: documentário do History Channel e palestra do TED






O vídeo acima, Os Segredos da Linguagem Corporal (2008), trata-se de interessante documentário que descobri via Twitter de Daniel K. Foisy, de Montreal, Canadá.
Depois de sair do ar, encontrei novos links, na plataforma Dauly Motion [o primeiro, na ínegra, em inglês, e o segundo, uma parte dublada em português de Portugal].
Conforme apresentação do vídeo, na versão antiga, no You Tube [que saiu do ar]:
"Os segredos da linguagem corporal é um documentário produzido pelo canal de TV a cabo The History Channel, onde o tema é a leitura da linguagem corporal e a interpretação de seus significados. O documentário conta com vários exemplos reais da interação humana em diversos contextos, que ilustram as explicações dos especialistas."
Um material que traz dados interessante e relevantes sobre a linguagem em geral e a corporal, em específico, e que serve para os educadores refletirem sobre tais segredos e códigos presentes nas relações humanas e no ambiente escolar e social, que podem lhes servir de subsídio e de estratégia de interação.
Afinal, o bom professor precisa às vezes utilizar-se de recursos de bom mágico e bom ator para encantar e manter a atenção do alunado, valendo-se e muito da expressão corporal, da voz (marca maior de todo educador), de gestos e tudo mais...
Vendo o documentário, fiquei conhecendo dados surpreendentes como:
- 93% do que comunicamos aos outros é não-verbal;
- Apenas 7% da comunicação humana se transmite por palavras, segundo pesquisa (um fato, pois as palavras não dão conta de tudo, tanto que quando mandamos mensagens puramente escritas, via e-mail ou redes sociais, há diversos mal entendidos, pela falta dessa complementação visual, do "sotaque" visual desta comunicação, digo eu);
- figuras públicas controlam a maneira como as vemos e o debate histórico entre Kennedy x Nixon (TV e rádio), pela presidência dos EUA no início dos anos 1960 mostra esses contrastes em pesquisas feitas com ouvintes e com telespectadores. A questão visual e a auditiva proporcionaram àqueles que assistiram ou ouviram, resultados diferentes. Pelo rádio, Nixon venceu o debate; pela TV, por conta do carisma e da linguagem corporal de Kennedy, este saiu-se melhor.
Como educadores, ainda que não sejamos profissionais da imagem (como políticos, atores, celebridades), temos ou deveríamos ter a consciência que os gestos e a expressão corporal, a voz e outros recursos midiáticos influenciam a forma de interação com um grupo. Tom de voz inapropriado (muito baixo ou muito alto), gestos teatrais e bruscos, podem causar efeito contrário ao que desejamos, ainda mais que, diferente de atores e políticos, o bom professor precisa incentivar o diálogo, estabelecer uma comunicação de mão dupla entre ele (o emissor) e a plateia (receptor), que também deverá emitir sua opinião sobre o que é exposto, discutido, debatido em sala de aula.
Outro exemplo didático de como a linguagem corporal influencia o nosso cotidiano, é quando (mediante câmeras escondidas) são analisados o comportamento e a linguagem corporal de dois vendedores de carro, que parecem muito com os bons e maus professores. O primeiro gosta do que faz, o outro faz por obrigação, um é natural, o outro artificial (vejam o vídeo e comprovem).
Na parte 2 do documentário acima, os especialistas em linguagem corporal demonstram como ser um bom observador, pois os olhos não mentem, tanto que celebridades quando estão em situação desconfortável apelam para os famosos óculos escuros, seja dia ou noite.
Conforme dados pesquisados, existem gestos facilmente identificáveis por um bom observador e sete expressões faciais consideradas universais. A tecnologia, através de software leitor de expressões faciais identifica 65 músculos do rosto humano, e com este conhecimento, estão sendo feitos estudos diversos de mercado (gosto de clientes através de suas expressões na hora da compra e venda), na segurança de aeroportos e locais públicos etc.
Segundo o pesquisador Aeckermann, "existem mais de 3 mil expressões faciais", assim sendo, os gestos e as expressões faciais e micro-expressões abarcam 55% da comunicação humana e 38% através da voz (tom e intensidade, velocidade e ritmo).
Enfim, um ótimo documentário para educadores refletirem sobre a linguagem corporal no ambiente escolar.
Para complementar e atualizar essa postagem, encontrei uma palestra do TED de Amy Cuddy, intitulada "Nossa linguagem corporal modela quem somos", vide a seguir:



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Além da Sala de Aula: cinema, educação e as pedagogias do Exemplo e do Afeto



O belo filme acima Além da Sala de Aula (2011), que incluo na série (marcadores) CinEducação (cinema e educação) deste blog, é inspirado na história de vida e no trabalho da professora iniciante Stacey Bess, que é contratada para dar aulas aos filhos dos sem-teto de um abrigo em Salt Lake City (EUA), em meados dos anos 1980, e que mostra como - através do que o Educa Tube chama de Pedagogias do Exemplo e do Afeto - a referida educadora consegue superar os medos iniciais de todo profissional, encaminhado para uma função sem a menor estrutura e com intuição, inspiração, cordialidade, vai superando preconceitos dela mesma em relação ao demais e dos outros em relação a ela própria. Tudo é improvisado no local, sequer existe uma escola, apenas um galpão que é utilizado como sala de aula precária.
Algumas anotações e reflexões do Educa Tube, durante e após assistir o filme (para os educadores lerem ao final do filme também, comparando suas impressões sobre o mesmo):

Stacey Bess é encaminhada pelo Dr. Ross até Mrs. Trumble, professora substituta em projeto experimental com alunos sem-teto. A história de uma professora do tempo da máquina datilográfica, do telefone discado e da fita de áudio K-7. Mal chega à "escola" e é recebida com advertência da profa. Trumble: "Quando as coisas saírem de controle, passe um filme, escreva seus nomes no quadro." A substituta que foge dali com certo pavor, não tem livros, acha que a merenda compensa, diz que as crianças se comportam como animais (alguém já ouviu isto antes, ou já passou por algo parecido?). E finaliza Mrs. Trumble, para espanto e medo de Bess, que aquilo é: "Uma creche de crianças a caminho do reformatório".
A novata professora vê no quadro a temida "Lista: Nomes Vergonha" e a apaga. Os alunos quando veem a nova professora chegar dizem: "A bruxa se foi e a palhaça entrou..."
Bess se identifica com Maria, aluna nova no local, assim como a nova professora, que mostrando sua família, casa e férias para crianças sem teto percebe as imensas diferenças sociais. Pede que compartilhem o que fizeram nas férias: uma foi visitar pai na prisão. Um trem passa, e parece um pequeno terremoto; um rato aparece, a professora o enfrenta, colocando-o para rua... Alunos se surpreendem que ela não gritou nem fez nada, a não ser resolver o problema com calma, depositando um bloco de concreto sobre o buraco de onde o rato saiu, quando o trem passou... As crianças terríveis para a outra professora, ficam fascinadas com a nova educadora. É deixada uma pulseira sobre a mesa com a frase: "Minha amiga". Bess passa a usá-la e ao final do filme se saberá quem foi que a presenteou. Vejam...
Não, definitivamente não era o que ela esperava de seu primeiro contato com o novo trabalho, e volta apenas para que seus filhos não saibam que ela desistiu... Quantas vezes não desistimos por causa de nossos alunos, família, vocação... Quantas vezes já pensamos em desistir, diante do cada vez maior desafiador ato de educar, e acabamos desistindo de desistir, por que amamos nossa profissão?
Dr. Ross, diretor de pessoal, não atende fone, não dá estrutura, não conhece escola, um burocrata do saber... Apesar disso, impossível que um bom educador não se identifique com a sua turma e não estabeleça uma relação de afetividade, a partir do diálogo e por conta dele...
Bess leciona para seis níveis de ensino juntos e uma constatação que tem: "Seis anos na escola e não me prepararam para isso...", criticando a própria formação que recebeu, que não a preparou para o mundo real. Ao seu redor, mesmos personagens comuns a toda escola, seja pública ou privada: a mãe fumante que delega à professora a educação de sua filha, o pai alcoólatra; alguns dependentes químicos, mas também pessoas que se importam umas com as outras e querem auxiliar, dentro de suas limitações.
Stacey Bess, sem receber material da instituição, loca vídeos em VHS (alguém se lembra do antigo videocassete?), mas a TV da sala é roubada por casal que troca o que encontra por drogas. Então, a professora escolhe como líder o aluno mais rebelde, Danny, e começa a pintar sozinha a sala, com tintas e outros utensílios, que a mesma adquiriu às suas custas. Um sem-teto a ajuda pintar sala de aula, uma aluna ajuda a limpar quadro negro. Ela gasta mais do que ganha com a sala de aula para mudar o espaço, antes abandonado. Dá voz aos alunos, através da emblemática figura do policial: para um a figura do policial é traumática por ter sido preconceituoso e desrespeitoso com a mãe sem teto; para outras duas meninas trancadas e abandonadas pela mãe, enquanto esta ia namorar, a figura do policial foi a do salvador. Ótima cena para discutir o maniqueísmo social, pois todos temos prós e contras, um lado positivo e negativo em nossas ações e omissões...
Bess é solidária e cooperativa, tanto que convida um idoso sem-teto, que é talentoso desenhista e pintor, para ensinar alunos a desenhar e pintar. Mais: delega a aluna Maria tocar o sino, chamando a turma para a aula.
O novo diretor de pessoal Dr. Warren, que vem substituir o burocrata Dr. Ross (aos 52 min. do filme), desconhece a quantidade de crianças no abrigo, pois os dados de alimentação vão para este setor, e ele não tem conhecimento da realidade. Assim como seu antecessor, jamais foi ao local. Mas ao conhecer a realidade local, passa a enviar material escolar (mobiliário e livros), até um piano de sua filha, que não tem mais utilidade em casa, doa para o abrigo. Uma mãe que conhece música toca com certo talento.
O exemplo e a afetividade de Stacey Bess são "componentes curriculares" de sua prática escolar e cativam tanto alunos como seus pais. Chega a adotar temporariamente a aluna Maria, quando o pai da mesma é expulso abrigo por beber. Por fim, as coisas começam a se encaminhar quando Bess promove a primeira reunião com pais, e ajuda a mãe de suas alunas a ler. O marido de Stacey, em curso de verão, passa a ser treinador de esportes. Uma educadora que sem recursos, conseguiu envolver uma comunidade carente, sem ter as condições ideias de trabalho, mas fazendo a diferença dentro de suas possibilidades. Um exemplo de como é possível desenvolver uma metodologia eficiente, sem ser refém da tecnologia (que pode ser uma ótima aliada, mas jamais o carro-chefe de um educador).
Duas pedagogias que o Educa Tube destaca: a do Exemplo e a do Afeto, presentes neste belo filme. Exemplo sem afeto, é repressão; afeto, sem exemplo é omissão... A junção dos dois, ou melhor, a intersecção de ambos numa pessoa, é que pode fazer toda a diferença... E para exemplificar isso, segue abaixo, um vídeo para ampliar a reflexão, chamado Mantendo a disciplina na sala de aula - Séries de Educação para Docentes que descobri no You Tube, e que "demonstra como a disciplina era mantida nas salas de aula tradicionais do século passado".



As Pedagogias do Exemplo e do Afeto podem ser o caminho mais longo, mas o mais certo de se chegar a algum lugar. E tem muito exemplo de colegas e amigos educadores, e de filmes sobre prática de outros professores, que relatam que exemplo e afeto precisam ser siameses na prática do educador, seja ele pai ou professor.
O filme Além da sala de aula, mostram bem isso... Sobre gestão escolar... A profa. Bess tinha um gestor que só se preocupava com a gestão de pessoal, ou seja, prover recursos humanos (mesmo que eles não tivessem a menor estrutura de trabalho, pois estrutura era com outro)... Quando do segundo gestor, em uma cena, ela diz que tinha 20 alunos sem-teto, ele se surpreende. E ela comenta: mas o Sr. não lê meus relatórios de merenda? E ele diz: isso vai direto para o encarregado do setor de alimentação. Pois é, ele e seu antecessor jamais foram conhecer o local. Mas ai, quando in loco, e a coisa muda completamente... Burocracia não tem afeto e é sempre um mau exemplo...
E eu fico me perguntando: O que fazer com os tablets, daqui 6 meses, no máximo, 1 ano, quando inventarem outra maravilha tecnológica? Se a metodologia não mudar, é fazer mais do mesmo sempre, com um "brinquedinho" novo... Moderninho? "Modernoso"!
Para mim, na educação, tem só dois tipos: o educador e o burocrata do saber... O primeiro, esta no olho do furacão; o segundo, vê a educação a distância, bem distante mesmo... Que bom que existem professores desafiadores, como o caso de Stacey Bess e outros mais, que nos fazem acreditar que apesar das limitações, com exemplo e afeto podemos superar os desafios, sem esquecer de cobrar dos gestores, uma vista in loco para conhecer a realidade local. Redundância? Não, pois o mundo é redodno e dá muitas voltas...
Aproveito para destacar frase que a professora Marli Fiorentin, via Facebook, me escreveu, quando discutíamos justamente sobre as pedagogias do Exemplo e do Afeto, frase curta e profunda: "Nada convence como o exemplo e nada resiste ao afeto". Precisa dizer mais?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Smurfando na Linguagem de Sinais: desenho animado e educação especial



O vídeo acima, Smurfando na Linguagem de Sinais, encontrei no You Tube e é um ótimo material (desenho animado) para trabalhar a importância da linguagem, da comunicação, da inclusão, da interação, da socialização e da educação especial no ambiente escolar e na sociedade.
Sinopse: "Gargamel lança sobre o Smurf Poeta um feitiço e ele perde a voz. Papai Smurf pede a Lacônia (uma fada muda) que ajude o Poeta a compor um poema para o recital da primavera na linguagem dos sinais. (vídeo legendado)".
Descobri também no You Tube alguns interessantes curtas-metragens, falados em Linguagem de Sinais. Vejam abaixo:
A VIRADA, filme com atores surdos:



Filme surdo (falado em Língua Brasileira de Sinais - Libras), ELA E O ROBÔ:



E o comovente curta UM PAI DIFERENTE:

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Portal Filmes Educativos - Material Pedagógico - Lista de mais de 400 filmes





A imagem acima, trata-se do portal FILMES EDUCATIVOS, que possui em seu acervo mais de 400 filmes que poderão ser usados como material pedagógico, nas mais variadas áreas como: surdez, autismo, síndrome de down, deficiência visual, física...
Não há, em princípio, como fazer download dos filmes, mas a lista serve como catálogo, podendo ser adquiridos (aparentemente) mediante doação.
No menu do portal, a opção CURTAS traz alguns vídeos interessantes, que podem ser assistidos ali e/ou localizados também no You Tube.
No mesmo menu, há opções downloads de softwares utilizados na educação especial, como DosVox, HeadMouse, Teclado Virtual e outros.
Esta interessante indicação foi feita via Facebook, pela colega e amiga Tyara Oliveira, educadora do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abaixo, link para o referido portal:

FILMES EDUCATIVOS

Acessem a opção de curtas-metragens, link abaixo, e vejam ótimos vídeos que podem ser utilizados na educação especial e no ensino em geral, não apenas para tratar de inclusão, mas de cidadania e sociedade.

FILMES EDUCATIVOS - CURTAS

Dentre os diversos curtas, recomendo O Som do Silêncio (ou Sinais silenciosos de amor) e Percepção Surda, logo abaixo:



O Som do Silêncio, encontrei no You Tube como o título de Sinais silenciosos de Amor, e conforme apresentação: "(...) é um curta-metragem proporcionando uma janela para o mundo da surdez e mostra o importante papel do Serviço de Retransmissão Nacional desempenha na vida de milhares de australianos".



Conforme apresentação no You Tube: "Escrito, dirigido e estrelado por surdos de 16 anos, irmãs gêmeas, "Percepção Surda" entrelaça ASL Inglês falado e para o mesmo enredo e narra o conto de alguns dos preconceitos que elas observam quando estão em público. Enquanto os clientes auditivos ao redor delas são atraídos pelo uso de suas mãos para falar. Um grupo de meninos imaturos faz o divertimento das irmãs, que discutem como pessoas de mente fechada podem ser."

Pesquisando mais, encontrei o canal de vídeos no You Tube, chamado Blog Cultura Surda, com rico material sobre o tema. Vejam link abaixo:

Blog CulturaSurda,net - Canal de vídeos

Observação do Educa Tube Brasil:

Recentemente tentei acessar ao Portal Filmes Educativos e, apesar de estar no Google, não é possível seu acesso. Enquanto não descubro o motivo, sugiro aos professores que visitarem a esta postagem que acessem a outro link semelhante, logo a seguir, de FILMES EDUCATIVOS, da Plataforma ISLE EDUC, onde o "visitante encontrará um incrível acervo de filmes educativos, tanto com relação à conteúdos escolares, como motivacionais, sobre o professores e suas experiências":

FLIMES EDUCATIVOS - PLATAFORMA ISLE EDUC

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O mundo afogado em CO2: impactante animação gráfica sobre o meio ambiente



O vídeo acima, impactante animação gráfica, chamada Emissões de gás do efeito estufa em Nova Iorque gera uma tonelada esferas de gás dióxido de carbono, descobri via Twitter do Portal eCycle, que possui uma página eCycle, que visa "uma pegada mais leve, consumo sustentável em conteúdos e soluções para descarte consciente de objetos."
O mundo afogado em CO2 é o título da postagem do Portal eCycle, que tomei a liberdade de reproduzir nesta postagem, por ser exatamente o que se vê no referido vídeo, algo que se sente na realidade nas grandes cidades e não se consegue ver a olhos nus...
Conforme dados extraídos da notícia da eCycle:
Empresa transforma a poluição do ar em imagens.
Nova York, a maior cidade do planeta, é também uma das que mais emitem dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases associados ao efeito estufa, cujo desequilíbrio é determinante no que se refere à ação humana em sua contribuição para o aquecimento global. Apenas em 2010 foram mais de 54 milhões de toneladas, sendo 75% originárias dos grandes edifícios e o restante dos veículos que passam pelas ruas da cidade. Mas o que significam, na prática, esses dados?
Para responder essa pergunta, o Carbon Visuals, um site que divulga dados sobre a emissões de carbono, utilizou sua técnica inovadora para tornar visível a quantidade de CO2. Nela, o gás carbônico é transformado em esferas de 10 metros de diâmetro, cada uma contendo uma tonelada.
De acordo com cálculos realizados pela empresa, cada esfera é gerada em 0,58 segundos, o que mostra a situação preocupante da cidade. Em uma hora são emitidas 6.240 toneladas de CO2. Mesmo com os planos de redução de emissões de carbono da cidade – entre 2005 e 2010, houve uma diminuição de 12% e que, até 2017, deve chegar a 30% -, ainda há muito a ser feito, sob pena dos efeitos das mudanças climáticas em curso.
Como 70% de toda a emissão de gás carbônico tem início nas cidades, seriam necessárias diversas medidas macro e micro para que esse tipo de problema começasse a ser resolvido.


Fonte:
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/38-no-mundo/1290-o-mundo-afogado-em-co2.html

Visitem página da eCycle no Facebook.

Oversharing. Até onde vamos com o excesso de compartilhamento?



O video acima, Oversharing. Até onde vamos com o excesso de compartilhamento?, trata-se de palestra de Rosana Hermann, jornalista de São Paulo, SP, Brasil, editora do blog Querido Leitor, durante o Campus Party Brasil 2013, e foi indicação da colega e amiga Elis Zampieri, professora da educação especial e coordenadora pedagógica da APAE de Curitibanos, SC, Brasil, editora do blog Sobre Educação.
O termo oversharing (excesso de compartilhamentos, tradução livre do Educa Tube) serve de guia para a esclarecedora e divertida fala de Rosana Hermann, que deveria ser compartilhada com a comunidade escolar, para tratar e debater temas como privacidade e superexposição, valores e limites, cuidados sobre informações que podem ou devem ser evitadas nas redes sociais.
Quando Rosana contou da publicação de uma edição especial de uma determinada revista com a vida completa de certa pessoa, a partir de fotos e dados que a mesma publicou no mundo virtual, lembrei de postagem (link abaixo) publicada no Educa Tube, sobre vídeo em que suposto vidente descobria muitas coisas de pessoas, a partir do que elas publicavam nas redes sociais. Vejam abaixo, pois é curioso, surpreendente e relevante, sob ponto de vista tecnológico, educacional e social.

A MAGIA DA TECNOLOGIA: alerta sobre informações expostas na internet

Interessante a forma divertida que Rosana apresenta um tema complexo e polêmico, amparada em boas imagens e ótimas pitadas de humor, tornando a apresentação, como um todo, descontraída e didática. Gostei muito de conceitos como "pessoas sem filtro", que justamente não filtram as informações que repassam, do "paparazzis" de si mesmos, da identidade virtual... E principalmente do breve debate que se fez após a palestra, com perguntas dos presentes. Um deles perguntou a Rosana se não havia um comportamento infantil nas redes sociais, diante de um brinquedo novo... Rosana confirmou dizendo que ainda estamos na primeira infância do comportamento em rede social... Outro indagou se a internet cria ou potencializa comportamento humano, e ela disse que legitima. Enfim, um bom material para fazer também este debate no ambiente escolar.
Abaixo, link para outras palestras no Campus Party, através de seu canal de vídeos no You Tube:

CAMPUS PARTY - VÍDEOS

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Livros versus E-books: reflexão sobre tecnologia e metodologia na educação



O vídeo acima, Livros versus E-books, foi-me indicação via Facebook por Reirorera Oliveira Alves, de São Paulo, SP, Brasil.
O ótimo material produzido para a Editora Intrínseca, e que penso serve também para discutir justamente sobre tecnologia e educação na sociedade, pois demonstra de forma clara, objetiva e direta, em apenas 3 minutos, como não importa a tecnologia em si (seja livro impresso ou leitor eletrônico de textos digitais), mas a metodologia de sua utilização, desde que incentive o hábito da leitura na família, escola e sociedade.
Um vídeo que me remeteu a questão de outro vídeo, um dos primeiros que postei no Educa Tube, chamado justamente Tecnologia versus Metodologia (vídeo abaixo), em que faz uma crítica a utilização da tecnologia no ambiente educacional, apenas como substituição de equipamentos modernos por outros considerados ultrapassados (tipo retroprojetor e televisor por computadores e datashow), para repetir a mesma a mesma prática escolar da mesma forma (em duplo sentido: forma, modo de utilização; forma, utensílio para a execução de uma receita de bolo).



Da mesma forma que a questão não é definir qual é o melhor, se o livro impresso ou o e-book, digo o mesmo com o eterno debate sobre software proprietário (Windows) e Software Livre (Linux). Igualmente, como o primeiro vídeo demonstra, cada qual tem seus prós e contras. Tudo na vida, de pendendo do uso que se dê, ou do que pretendemos fazer, poderá ter seu lado positivo ou negativo. Existem coisas que eu prefiro no Windows, outras no Linux. Por exemplo: a instalação de qualquer programa e reconhecimento de qualquer equipamento no Windows é bem mais simples que no Linux; entretanto, os programas que já vem instalados no Linux, como o Linux Educacional, como uma série de jogos educacionais e outros aplicativos, favorecem e muito ao educador. Tudo na vida depende mais da metodologia do que da tecnologia. Tudo na vida tem inúmeras possibilidades.
Quanto a questão principal do livro versus o e-book? Apesar de trabalhar com tecnologia educacional, ainda sou um leitor inveterado de livros impressos, por toda a questão que o vídeo traz, além do fato de não conseguir ler textos muitos longos em telas frias, preferindo este contato mais tátil com o papel, para anotar, rabiscar, fazer "orelhas" nas folhas. Mas é uma questão de gosto pessoal.

Para ampliar esta questão sobre livro impresso e digital, mais uma provocação. O ótimo vídeo chamado Book (novo dispositivo bio-ótico organizado de conhecimento), que com ironia e criatividade fala de uma das maiores tecnologias inventadas pela humanidade. Vejam abaixo: