sexta-feira, 15 de março de 2013
"A finalidade da educação não é validar a ignorância, e sim, superá-la" - Lawrence Krauss, físico teórico
O vídeo acima, Parem de Validar a Ignorância, foi indicação via e-mail do prof. Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil e trata-se de fala de Lawrence Kraus, físico teórico estadunidense, e que destaco como título desta postagem uma de suas frases: "A finalidade da educação não é validar a ignorância, e sim, superá-la".
De fato, por causa da intolerância religiosa e do desconhecimento científico, muitas inverdades são mantidas como dogmas, quando na verdade, a ciência e o bom senso já revogaram este pensamento arcaico.
E como educadores, devemos pensar a educação como um instrumento de emancipação do indivíduo, através do livre pensar, do estímulo a argumentação e sustentação de pontos de vistas, da réplica e tréplica, da autonomia da pesquisa e do respeito ao conhecimento humano e dos avanços da Ciêncía, Tecnologia, Educação e Sociedade. E não apenas a defesa do pensamento monolítico, em todos os sentidos.
Conforme apresentação do vídeo no You Tube:
Em protesto contra a decisão do Conselho Estadual de Educação do Kansas de permitir que o design inteligente seja ensinado nas escolas públicas como uma alternativa para o criacionismo, Bobby Henderson audaciosamente argumentou que "O Monstro do Espaguetti Voador" também deva ser ensinado em tempo igual nas salas de aula.
A ideia por trás dessa paródia pitoresca era simples. A tolerância religiosa é uma coisa. Outra coisa é ensinar as crianças alegações infalsificáveis.
Segundo o físico Lawrence Krauss, autor de "Um Universo a Partir do Nada: Por que Existe Algo ao Invés do Nada", a noção de que a Terra tem 6.000 anos de idade, em oposição aos 4,55 bilhões de anos de idade, é simplesmente um erro, e um erro muito grande de fato. Ensinar um erro, diz Krauss, tem conseqüências. Seria como "ensinar as crianças que o tamanho dos Estados Unidos é de 5 metros. Para ver o quão grande isto é um erro", diz Krauss.
Qual é o significado?
Como Krauss gosta de dizer, "a finalidade da educação é o de superar a ignorância, não validá-la." Em outras palavras, não podemos desvirtuar nosso ensino de Ciência, Krauss argumenta. Na verdade, precisamos ser mais ousados.
"O próprio fato de que muitas pessoas estão dispostas de alguma forma a acreditar que a Terra tem 6.000 anos de idade", argumenta ele, "significa que temos de fazer um trabalho melhor ao ensinar Física e Biologia, e não um trabalho pior."
Krauss tem problema em particular com o fato de que alguns políticos são obrigados - por qualquer razão - a disseminar a ideia de que a Terra tem 6.000 anos de idade. Ele sinaliza a Marco Rubio, um senador dos Estados Unidos que ganhou as manchetes a vários meses atrás, quando ele disse que não sabia qual é a idade da Terra.
Ao qualificar suas observações, Rubio também disse isso : "Eu acho que a idade do Universo não tem nada a ver com a maneira com que a nossa economia vai crescer."
Krauss discorda, e diz:
A tecnologia e biotecnologia serão a base do nosso futuro econômico. E se permitirmos que um absurdo seja disseminado nas escolas, nós faremos um desserviço aos nossos alunos, um desserviço aos nossos filhos, e estaremos garantindo que eles vão ficar para trás em um mundo competitivo, que depende de uma força de trabalho qualificada capaz de compreender e manipular a tecnologia e a Ciência.
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