sexta-feira, 29 de março de 2013
Igor, O Menino que Ousou Sonhar (documentário sobre os efeitos do acidente na usina nuclear de Chernobyl)
O vídeo acima, Igor, O Menino que Ousou Sonhar (Igor, A Boy who Dared to Dream), descobri no You Tube e trata-se de documentário que passou no canal GNT, sobre o menino Igor, uma das primeiras vítimas do acidente da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, e que nasceu com sequelas, com apenas um braço e pernas atrofiadas, e que veio da Belarus (ex-república socialista soviética) para a Inglaterra em 1994, para submeter-se a tratamento para se adaptar a membros artificiais (braço mecânico e botas especiais). Igor sonhava que tinha pernas e braços iguais aos das outras crianças e sonhava também que teria uma família só sua, tendo como mãe provisória a inglesa Bárbara Bennett.
Igor não estudava até vir para a Inglaterra, e estava atrasado em seus estudos. Além dos estudos regulares, recebia atendimento especial em uma das unidades da escola que o acolheu. Seu crescimento foi monitorado por uma clinica e exames regulares eram feitos para detectar câncer na tireóide, algo comum entre as crianças de Belarus, por conta do acidente nuclear.
Assistindo ao documentário, comecei a refletir sobre questões educacionais.
Primeiro, quanto a prótese, braço para ele criado, que teve o dilema de escolher entre funcional e o estético. O que era estético não era funcional e vice-versa. Assim parece algumas coisas na educação, ora funcional, ora meramente estética, como a adoção de computadoras na escola, para impressionar mais aos pais do que aos alunos, como bem disse certa vez a professora Léa Fagundes.
Igor, por conta das sequelas tinha o crescimento dos membros superiores, enquanto os membros inferiores estavam atrofiados, e mal comparando, parece com a situação do ensino no Brasil, em que o Superior tem bastantes recursos e estrutura, enquanto que o médio e, principalmente, o fundamental, que é a base, a fundação da própria educação, carecem dos mesmos recursos. Como pensar em sistema de ensino com essas distorções visíveis?
Das constatações que a mãe adotiva Bárbara Bennet teve, a principal foi que "Tentando fazê-lo parecer normal tenho a impressão de causar-lhe mais mal do que bem". E de fato, deve ser respeitado a diferença, a limitação física e a deficiência, como uma diversidade, uma diferença que não o impediu de conviver, interagir, aprender...
Os sete primeiros anos de Igor foram vividos ao lado da Chernobyl, criado num orfanato, junto a crianças que ninguém queria. E lá no orfanato o menino contou a uma enfermeira o seu sonho de ser uma criança normal e ter uma família. Na Inglaterra, se recusou falar russo e a lembrar do passado. Mesmo assim se integrou a sociedade inglesa.
Não consegui descobrir dados sobre a situação atual de Igor, mas este documentário serve para que não esqueçamos tragédias como a de Chernobyl e de exemplos de superação de adversidade.
Abaixo, documentário O desastre de Chernobyl:
Igor atualmente tem uma filha.
ResponderExcluirQue interessante. Grato pela informação! :-))
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