segunda-feira, 4 de março de 2013
La surconsommation (consumo excessivo): a nova "cadeia" alimentar (consumidos e consumidores)
O impactante vídeo acima La surconsommation (consumo excessivo), que rebatizei de A nova "cadeia" alimentar, por motivos óbvios que comentarei mais adiante, foi indicação via e-mail do professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
La surconsommation é um curta-metragem que mostra de forma avassaladora, através da força das imagens, esta nova "cadeia" alimentar em que os animais, dito irracionais, estão cada vez mais confinados, para ganhar peso e serem abatidos numa moderna linha de produção, enquanto os humanos, e ditos racionais, ora são consumidos, ora consumidores... Consumidos pelo estresse das grandes cidades, pelo modelo consumista de ter mais do que ser, do individualismo, da busca pelo lucro fácil, pela fortuna instantânea que tem colocado o próprio planeta em desequilíbrio socioambiental. Uns cada vez mais ricos, outros cada vez mais pobres.
Citando Albert Einstein: "O homem que não tem os olhos abertos para o mistério passará pela vida sem ver nada."
E precisamos abrir os olhos, ver, rever, debater, discutir, refletir e pensar um novo modelo civilizatório, mais calcado na coletividade do que na individualidade, mais no compartilhar do que no competir, mais nas ações que visem o bem comum e não apenas os bens materiais de alguns incomuns mortais, cada vez mais donos do mundo, como certos conglomerados econômicos, que são mais ricos que muitos países (as empresas transnacionais).
A cena final do vídeo fecha o círculo vicioso deste modelo nocivo a todos os seres vivos deste planeta.
Enfim, já ficou mais do que provado e comprovado de que com este nível excessivo de consumo, seria necessário mais de três planetas, embora boa parte da população viva sob condições subumanas, que nem alguns animais, confinados em guetos, favelas, invasões de terras, por não terem onde viver, morar dignamente. São todos sobreviventes deste progresso...
Certa vez li matéria de jornal que dizia que estudos das Nações Unidas indicavam que se toda a riqueza produzida no mundo fosse dividida igualitariamente (uma utopia!), cada um dos 7 bilhões de habitantes do planeta teria uma renda per capita de cerca de quatro mil dólares. Não haveria ricos nem pobres, certamente, mas também de nada adianta dividir, redistribuir renda sem uma nova tomada de consciência global, uma nova matriz social, pois a Terra não suportará por mais tempo este consumo excessivo. O que é preciso a mudança cultural que leve em conta a sustentabilidade e a continuidade da vida no planeta.
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