segunda-feira, 1 de abril de 2013
Memórias do Chumbo: O Futebol nos Tempos do Condor (ARG, CHI, URU e BRA)
O vídeo acima, Memórias do Chumbo: O Futebol nos Tempos do Condor, trata-se de Documentário feito pelo jornalista e historiador Lúcio de Castro, exibido no canal ESPN-BRASIL (Foi ao ar de 18 a 21/12/2012). A série contém 4 episódios: Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, e foi indicação via e-mail pelo colega e amigo Albio Fabian Melchioretto, educador de Blumenau, SC, Brasil e editor dos blogues Volta às aulas e Filosofando....
Um ótimo material para professores de História e educadores em geral refletirem e debaterem com seus alunos sobre um momento político que a atual geração, nascida em período democrático, não conheceu e, alguns, sequer ouviram falar, não apenas do envolvimento da ditadura no futebol, mas das torturas, perseguições políticas, e outros fatos que precisam ser resgatados, para não serem repetidos.
Abaixo, dados sobre a referida série:
"A série mostrou que os anos do condor estiveram presentes no futebol obedecendo a um receituário e ideário comum aos países que fizeram parte da sinistra multinacional do terror. As mesmas práticas que foram adotadas pelos participantes em todos os setores das sociedades onde pousou se fizeram presentes no mais popular dos esportes. Umas das grandes convicções formadas ao fim de todo esse tempo em arquivos, entrevistas e leituras é a de como o aparelhamento e controle do futebol foi sistematizado e pensado ao longo das ditaduras militares do continente. Você vai ver isso na série “Memórias do Chumbo – O Futebol nos Tempos do Condor”.
Explicado didaticamente como se deu esse controle no capítulo que encerra, o quarto e último, sobre o Brasil. (Argentina, Chile e Uruguai antecedem). Se num primeiro momento o futebol não necessariamente esteve no campo de visão dos golpes militares (excetuando a Argentina, onde essa preocupação com o futebol se fez presente desde o primeiro comunicado), tão logo o poder se consolidava, os regimes enxergavam a necessidade de controle do futebol e o potencial de utilização. Documentos até aqui desconhecidos e entrevistas são definitivos para tal constatação".
Leiam também o esclarecedor artigo abaixo, envolvendo futebol, política e ditadura:
"Memórias do Chumbo" - A implacável vigilância sobre João Saldanha
Vejam também documentário, link abaixo, chamado O DIA QUE DUROU 21 ANOS, a partir de registros do jornalista Flávio Tavares, veiculado pela TV Brasil, e que encontrei disponível em 3 partes no You Tube, com fotos, vídeos, arquivos de áudio, cópias de documentos do mesmo período ditatorial, mostrando o envolvimento da diplomacia estadunidense no golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil. Um vídeo essencial para entender aquele momento histórico, seus atores, motivações, desdobramentos. Um documentário a partir de documentos, anteriormente considerados secretos, e que vieram a público, por conta de pesquisa e desclassificação dos mesmos.
Uma postagem especial do Educa Tube no dia que marca os 49 anos do golpe militar de 1964, iniciado em 1º. de abril e que durou 21 longos e nebulosos anos, que torno a dizer, precisam ser resgatados para não serem repetidos, por culpa do quase desconhecimento de uma nova geração...
O DIA QUE DUROU 21 ANOS - DOCUMENTÁIRO TV BRASIL (2011)
E dentro desta perspectiva de resgate histório e manutenção da memória sobre a ditadura brasileira, indico abaixo também, o documentário "Que Bom Te Ver Viva", sobre aqueles que sobreviveram as torturas, com participação da atriz Irene Ravache.
Abaixo, sinopse do vídeo, no You Tube:
"O filme aborda a tortura durante o período de ditadura no Brasil, mostrando como suas vítimas sobreviveram e como encaram aqueles anos de violência duas décadas depois. "Que Bom Te Ver Viva" mistura os delírios e fantasias de uma personagem anônima, interpretada pela atriz Irene Ravache, alinhavado os depoimentos de oito ex-presas políticas brasileiras que viveram situações de tortura. Mais do que descrever e enumerar sevícias, o filme mostra o preço que essas mulheres pagaram, e ainda pagam, por terem sobrevivido lúcidas à experiência de tortura. Para diferenciar a ficção do documentário, Lúcia Murat optou por gravar os depoimentos das ex-presas políticas em vídeo, como o enquadramento semelhante ao de retrato 3x4; filmar seu cotidiano à luz natural, representando assim a vida aparente; e usar a luz teatral, para enfocar o que está atrás da fotografia - o discurso inconsciente do monólogo da personagem de Irene Ravache".
Observação do Educa Tube: Caso algum desses vídeos saia do ar, favor deixarem comentário para que eu possa localizar outra versão dos mesmos.
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