sexta-feira, 17 de maio de 2013
Bebê ensina adulto a usar o iphone: aprendiz de feiticeiro?
O vídeo acima, Andre Sá aprendendo a usar o iphone, descobri visitando o blog De Tudo um Pouco, da colega e amiga Janaina Costa, de Belém, PA, Brasil.
Um vídeo aparentemente despretensioso, postado por pais que gostam das gracinhas de seus filhos, mas que me serviu para refletir bastante sobre a questões da tecnologia, educação e a sociedade, através de uma palavra que é a chave para entender o jovem deste século: curiosidade.
Não que os jovens do século passado e dos demais não fossem também curiosos, mas eram dominados por outra palavra forte: Erro! Com medo de errar, acabavam não ousando, não mexendo, não "fuçando" como fazem as crianças na atualidade. Se algo tem um botão, para eles não é sinônimo de perigo e, sim, de descobertas...
Mas boa parte dos professores, nascidos e formados no século XX, cresceram ouvindo de pais e professores: Não mexe, senão estraga. Até os brinquedos, que foram feitos para brincar, deveriam ser cuidados para não estragar. Usados com cuidado e depois guardados.
Com a atual geração, há que se pensar nestas questões: 1º) a criança sequer está alfabetizada na língua materna e já joga games em idioma estrangeiro; 2º) sequer entrou para a escola e já sabe manipular melhor que seus pais a TV, vídeo, DVD, games, fones celulares e qualquer equipamento eletroeletrônico e 3º) a maioria deste recursos tecnológicos são proibidos ou subestimados em boa parte dos ambientes escolares.
Muitas vezes já brinquei nas redes sociais com a questão de que, do jeito que cada geração vem mais conectada às tecnologias, breve, ao invés do cordão umbilical, nascerão com um cabo USB. E em função disto, o colega e amigo Paulo Medeiros, educador de Blumenau, SC, Brasil, me enviou, via Facebook, a imagem abaixo, que é bem o que tenho comentado (crianças nascendo sem cordão nem cabos, tampouco amarras):
A menina do vídeo, nascida no século XXI, já cortou por conta própria o cordão umbilical de seus pais, no que tangem ao uso das tecnologias e, daqui alguns anos, quando adentrar à escola, se esta ainda estiver com a mesma estrutura e o mesmo pensamento do século XIX, com professores nascidos no século XX, perceberá que toda esta tecnologia que ela vivencia, domina, e atua de forma natural, sem fios nem amarras, é em boa parte proibida nas instituições escolares ou, quando permitidas, usadas mais como recreação e não como ferramenta educacional.
Seja o moderno iphone, ou um celular mais simples, que tenha câmera para filmar e fotografar, podem ser grandes aliados do educador, em projetos de criação coletiva em sala de aula e/ou no entorno da escola, seja documentando as atividades, seja capturando imagens e outras possibilidades, para depois serem editadas em vídeo para publicação no You Tube, em blog, redes sociais etc.
Evidentemente que a menina acima, mexer com desenvoltura em equipamentos sofisticados não se trata de nenhuma feitiçaria, tampouco paranormalidade, mas para a dita normalidade do ambiente escolar, muitos destes aparelhos são mais recreativos do que pedagógicos, mas por desconhecimento do que por má vontade... Como educadores, precisamos, antes de proibir, conhecer as possibilidades, sejam para o bem como para o mal de um equipamento, seja eletroeletrônico ou não... Gosto sempre de dizer que tanto uma prosaica faca de cozinha como um livro didático podem ser apenas ferramentas ou armas, dependendo de sua utilização...
Breve o Educa Tube fara postagem especial do uso do telefone celular na educação.
Maravilhoso! É preciso que olhemos com atenção para esses sinais que as crianças e jovens nos mostram. E nós, educadores,temos a responsabilidade de orientá-los para a boa utilização das informações que eles tanto sabem acessar.Abraço!
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