quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Crianças e músicas clássicas, isso muda o mundo (para refletir e motivar)
O vídeo acima, Crianças e músicas clássicas, isso muda o mundo, descobri no You Tube, como introdução a outro vídeo e considero uma boa oportunidade para valorizar justamente a música na ambiente escolar.
Gosto muito de comparar o ato de educar ao de reger uma orquestra sinfônica, em que o professor ou mestre é o grande maestro de sua turma, em que cada um tem uma função no todo, sendo cada um o instrumento de um pequeno concerto diário escolar. O mestre é o regente de classe e deve reger sua turma como o maestro faz com seus música. Em alguns momentos haverá um solista, mas na maior parte é necessário o trabalho em conjunto para um resultado satisfatório a todos.
Muito se critica as músicas atuais, e a cada geração sempre ocorre este movimento de pais reclamando dos gostos musicais de seus filhos. Gostos à parte, há um tipo de música que não é por acaso que se chama clássica, por conta de seus "acordes e despertares", tanto que um dos filmes mais revolucionários já criados 2001 - Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, que antecipou a vista da Terra do espaço, antes mesmo que os astronautas de Apolo 11 o fizessem, tem como tema principal Assim falou Zaratustra, e toda a trilha sonora com diversas músicas clássicas.
Mais ainda: Tenho discutido nas redes sociais que vivemos numa espécie de ditadura do "mais do mesmo". A mídia escolhe um tipo de música a cada ano ou época, e massifica, sem dar chances a outros ritmos. É 101 % da programação somente com aquele gênero musical. Então, as crianças, sem a intervenção dos educadores (pais ou professores), jamais conhecerá outros tipos de canções.
Daí a importância de discutir a diversidade artística e cultural no ambiente escolar, mostrando que existe vida inteligente fora da Terra e inclusive em seu interior, além do que a mídia determina o que devemos conhecer e gostar... Ninguém pode gostar de algo que não conhece. Mas ninguém deve gostar apenas do que lhe oferecem... Para refletir, debater e motivar...
Abaixo, cena do filme 2001: Uma odisseia no espaço, que serve para outro debate, sobre o conhecimento adquirido de geração a geração e o início de tudo, através do "Primeiro Engenheiro". Sempre digo que geniais foram os homens das cavernas, os primeiros primatas que desceram das árvores, aprenderam a caminhar por si só, aprenderam a caçar, criar as primeiras ferramentas, descobriram o fogo, inventaram a roda, fizeram os primeiros cálculos, construíram as primeiras habitações, passaram a cultivar a terra, criar os primeiros instrumentos musicais etc... Depois disto, tudo ficou mais fácil para os seus sucessores, que foram apenas aprimorando o conhecimento adquirido de pai para filho, até os dias de hoje.
É magistral e simbólica esta sequência do filme (vídeo abaixo), em que demonstra a transição entre o antigo e o moderno (O Alvorecer do Homem), do osso jogado ao céu pelo nosso ancestral, até transformar-se na imagem do módulo da estação espacial, orbitando a Terra, ao som de Assim Falou Zaratustra, adaptação sinfônica de Richard Strauss, da obra do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
Interessante vídeo abaixo, intitulado Tecnologia - Quem, Onde, Como, Pra Quê, que utiliza fragmentos do filme de Stanley Kubrick aliado a cenas de telejornalismo da atualidade, justamente para nos propor uma reflexão sobre até que ponto evoluímos do tempo das cavernas e da luta pelo poder... Enquanto tecnologias, os avanços são imensos... Enquanto sociedade, muitas vezes os países, principalmente os mais ricos, ainda agem como as tribos de primatas que pegaram o osso, fizeram armas e tentaram subjugar os demais... E neste caso, fez-me lembrar da transição também musical entre a sinfonia de Zaratustra, mais beligerante, para a valsa de Strauss, mais leve e dançante, quando mostra imagens da nave flutuando no espaço. A música - tanto como o cinema - é uma linguagem universal que proporciona diversas possibilidades de uso no ambiente escolar.
Abaixo, sinfonia completa de Richard Strauss, Assim Falou Zaratustra:
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