O verdadeiro "efeito dominó" na educação e na sociedade

O vídeo acima, que intitulei O verdadeiro "efeito dominó", e que encontrei no Portal G1, trata-se de incrível apresentação "durante um desfile militar realizado na Tailândia, [em que] o público ficou impressionado com a coreografia caprichada do batalhão, mostrando muita sincronia e criatividade. Fazendo vários passos sincronizados, os militares conseguiram criar uma ilusão de 'efeito dominó' com toda a formação, com direito até a cenas em que os soldados parecem se movimentar em 'câmera lenta'".
Um excelente material para trabalhar desde questões como coreografia, dança, expressão corporal, nas aulas de educação física e educação artística; bem como para refletir sobre o "efeito dominó" que os educadores - seja pais ou professores - exercem em seus filhos e alunos, pois cada geração influencia e causa - por ação ou omissão - um "efeito cascata" nos mais jovens, naqueles que virão depois de nós e que herdarão nossos valores e limites ou a falta deles...
Ótimo também para falar de disciplina, não militar, mas educacional, que requer organização, dedicação, exercício diário de estudo, pesquisa, reflexão, argumentação para fatos do cotidiano, estimulando assim a criticidade bem fundamentada e não apenas a "crítica pela crítica". Falar sobre a sintonia e sincronia que devem ter a teoria e a prática, seja no ambiente escolar como no familiar e social...
Afinal, de nada adianta ter uma teoria progressista (um belo discurso!) sem a devida sintonia e sincronia com uma prática libertária. E o Educa Tube Brasil tem seguidamente ressaltado a questão de que, de certa forma, a educação tem evoluído muito nesse discurso progressista, mas ainda mantém, enquanto instituição, uma prática conservadora em relação ao ato de educar no tempo e no espaço, replicando em alguns casos os padrões do século XIX, já no século XXI... Mudar este movimento retilíneo e uniforme é papel de cada educador, seja pai e/ou professor, participando ativamente dos Projetos Político Pedagógicos de sua escola, aproximando-os à realidade do mundo atual.
No Brasil, somos pródigos em legislações avançadas, em discursos progressistas, mas lentos em executar atividades que sincronizem e sintonizem teoria e prática. Há ainda a ideia do magister dixt (do mestre disse!), de o professor como o centro do saber e da escola, quando este centro do mundo educacional deveria ser o aluno; tentar entender esse Admirável Mundo Novo, e não apenas proibir uso de boné e outros elementos que fazem parte da identidade infanto-juvenil, com a suposta argumentação de que isso fere a autoridade da escola e do professor... Estabelecer um diálogo efetivo entre gerações, entre professores e alunos, promovendo um efeito dominó, benéfico à sociedade é o desafio e o dever de cada gestor escolar e público, em que ambos precisam afinar discursos e práticas, numa sintonia e sincronia entre as esferas públicas e privadas, sejam elas municipais, estaduais e/ou federais. É este o único caminho à educação e à sociedade...