terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Mobilização relâmpago alerta sobre violência contra a mulher e a indiferença da sociedade
O vídeo acima, Ni Putes Ni Soumises - Le happening contre l'indifference (Nem Prostitutas Nem Submissas - O acontecimento contra a indiferença, tradução livre do blog), descobri no portal Comunicadores e é um interessante flash mob (mobilização relâmpago) para alertar sobre a violência contra a mulher e a indiferença da sociedade.
É curioso, depois espantoso e inacreditável que as pessoas passem pelos integrantes do flash mob organizado pela associação Ni Putes, Ni Soumises e a agência BETC de Paris, com a participação de mulheres com maquiagem pesada que simula graves lesões no rosto e no corpo, e sigam indiferentes, como se aquelas fossem pessoas invisíveis. Todos parecem zumbis, tanto as pessoas maquiadas, quanto os demais transeuntes que passam sem parar, mesmo quando as supostas vítimas fingem desmaiar e cair ao chão...
Um exercício de provocação que demonstra em pequena escala a realidade universal: a indiferença da sociedade para a violência, não apenas contra as mulheres... Impressionante, preocupante e revoltante, pois vemos a cada dia pessoas serem agredidas nas casas e ruas e as pessoas, talvez acostumadas com a violência que jorra das telas das TVs, já banalizadas com tudo isso, assistem de forma omissa, sem se envolver... Mas um dia, a violência poderá bater à sua porta e lá comodamente se instalar e vir a morar!
Flash mobs, conforme a Wikipédia: "são aglomerações instantâneas de pessoas em certo lugar para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social" e tem sua origem "aproximadamente [em] 1800, porém não da maneira como o conhecemos hoje. O termo foi usado para descrever um grupo de prisioneiras da Tasmânia baseado no termo flash language para o jargão que estas prisioneiras utilizavam. Ainda nesta época o termo australiano flash mob foi usado para designar um segmento da sociedade, e não um evento, não demonstrando nenhuma outra similaridade com o termo moderno ou os eventos descritos por ele". Algo como representação de "fatos sem fala e sim por atos", algo que um alunos meu de Literatura comparou ao chamado teatro pobre, que não requer uma palco nem script, em que a improvisação e a participação voluntária e natural da plateia gera o próprio espetáculo.
Existem diversos flash mobs, sobre os mais variados temas (artes plásticas, música, dança etc), usando e abusando da criatividade. E que a educação e os educadores poderiam se apropriar, com seus alunos e comunidade para diversos tipos de mobilizações relâmpagos, com enfoque artístico, cultural, educacional e social...
Abaixo, um flash mob em que atores recriam em 3D os quadros do mestre da pintura Rembrant:
Abaixo, outro flash mob, desta feita numa estação de transportes coletivos, ao som da ópera Carmina Burana:
A seguir, um realizado em uma prisão (2009), em que dançam canção de Michael Jackson:
Reconhecer a importância deste seu acervo é algo óbvio. Mas, no dia de hoje, eu decidi não apenas passar... resolvi, como uma obrigação moral, agradecer e registrar o meu encanto pelo seu trabalho.
ResponderExcluirQuero que saiba que passar por aqui, quase todos os dias, é algo essencial para a minha atuação como educadora e imagino que aconteça o mesmo com muitos que visitam, ou melhor, "frequentam" este blog, mas que por algum motivo, assim como eu, deixam de comentar o quanto são gratas.
Parabéns pela sensibilidade e pela iniciativa. Eu agradeço, os meus alunos agradecem, a Educação agradece.
; )
(Uma Professora do Rio de Janeiro)
Prezada Professora do Rio de Janeiro, como educador, agradeço sua visita e comentário. Fico satisfeito em saber que meu blog mantém os objetivos que me fizeram criá-lo: ser um repositório de vídeos e recursos de e para educadores. mas sempre reitero a importância da sindicações de colegas, amigos e visitantes, que sem isso, o acervo não teria esta amplitude. :-)) Um abraço e viva a rede social educacional, colega.
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