quinta-feira, 27 de março de 2014
Nós, laços e dobraduras: entre a simplicidade e a complexidade do ensinar e do aprender
Os vídeos acima, fazem parte de uma série de três filmes criados por empresa para mostrar como otimizar o tempo, dando um simples nó de gravata, amarrando o cadarço de tênis e dobrando em segundos uma camiseta, que descobri na internet.
Coisas que para uns parecem simples, para outros de grande complexidade.
Assim é a vida, o trabalho, a educação e até o amor... E o grande mérito do educador é justamente mostrar a seus educandos que por mais complexo que pareça um conteúdo, ele poderá ser visto de forma simples, prática e eficiente, se utilizadas metodologia e didática eficientes, como os vídeos em questão.
Há que se pensar formas simples e eficazes de unir teoria e prática, metodologia e didática, currículo e conteúdo, quantidade e qualidade... Estes vídeos são formas criativas de propor este tipo de ações.
Muitas vezes em minha vida escolar, vi que era possível ter duas ou mais formas de explicações sobre um mesmo tema. Uma simples e outra complexa. Lembro de certa vez, um dedicado e iniciante professor de matemática no ensino médio, na disciplina de matemática financeira fazer um imenso rodeio que um criativo e experiente professor de estatística, colega seu, fez o mesmo cálculo de forma simples, direta e eficiente. É o que chamo de os atalhos da vida e do saber... Lembro-me, inclusive, de professor de matemática no ensino fundamental utilizar de brincadeira - quase piada - para mostrar as possibilidades e magias da Matemática. Ou seria MateMágica?
Se a ordem dos fatores não altera o produto, a forma de como se passa um conteúdo (simples ou complexa), pode alterar o resultado no desempenho escolar de um aluno... Deixando claro que o simples não é de forma alguma o banal. Tampouco, o complexo algo que seja considerado quase sobrenatural. Se assim o forem, há alguma didática equivocada. Aquele professor que só sabe explicar - ainda que com a maior boa vontade - várias vezes, mas sempre no mesmo jeito, não é um bom educador... Da mesma forma que aquele professor que exige de seu aluno já nos primeiros encontros o mesmo conhecimento seu, agregado por anos e anos de estudos e que cobra em uma prova algo de extrema complexidade sem a devida explicação.
Sempre digo que toda crítica deve ser antecipada por uma autocrítica, do mesmo jeito que toda avaliação deveria reproduzir posteriormente uma autoavaliação, seja do professor como do alunos.
Simplificar não é banalizar um conteúdo, mas torná-lo mais atrativo, curioso, divertido e significativo a todos...
Se "Nem tudo é tão simples assim", como mostram os vídeos, da mesma forma, nada precisa também ser tão complexo que não se possa ensinar e aprender de diversas maneiras... Há que se ensinar alunos a atar laços e desatar nós, dobrar esquinas da vida e redobrar conhecimentos de mundo da mesma forma que se faça igualmente com gravatas, cadarços e camisetSa, antes tão complexos e difíceis, até a assistência dos referidos vídeos...
Os bons professores e alunos são aqueles que sabem compartilhar suas resoluções de problemas, sejam eles simples, médios ou difíceis...
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