quinta-feira, 24 de abril de 2014
Como os filhos enxergam as mães: uma nova perspectiva para as mães e os professores
O vídeo acima Como os filhos enxergam as mães: uma nova perspectiva para as mães, descobri no You Tube e trata-se de uma série de entrevistas com mães sobre o que pensam de si mesmas e depois com seus filhos e o que estes acham de suas mães.
O resultado é surpreendente: os filhos têm olhar diferente sobre os pais, menos crítico, mais benevolente, valorizando as pequenas coisas da vida: companheirismo, amizade, amor, atenção, carinho, brincadeiras etc.
Assim também seria com alguns educadores se soubessem a opinião de seus alunos sobre seu trabalho. A não participação em aula, não significa necessariamente que os alunos estão alheios, apenas são mais reservados, cabendo ao professor tentar diversas formas de interação, além da sala de aula, como redes sociais, e-mail, SMS, skype, WhatsApp e outros, que são o habitat natural desta geração digital.
Recentemente, quando em meu estágio docência no curso de Letras, ministrando a disciplina de Introdução aos Estudos Literários II, tive 43 alunos e nem todos participavam ativamente em aula, só uma minoria mais desinibida. Como tenho memória fotográfica mas dificuldade para memorizar nomes, utilizei-me da estratégica de avaliar a turma com uma prova dissertativa e alguns trabalhos a distância. Pedi que cada aluno enviasse um email fazendo sua apresentação e dizendo das expectativas quanto ao curso e a vida; além de trabalhos que envolviam pesquisa sobre temas relacionados ao conteúdo. Em certo momento, lendo relatos de de vida de meus alunos, a trajetória individual até chegar ao curso, senti-me, de certa forma, como a professora Erin, no filme Escritores da Liberdade - filme essencial para todo educador assistir e aprender a interagir com sua turma.
A partir destes e-mails pude traçar um perfil de cada aluno e distribuir durante o semestre que convivemos, um livro para cada aluno, o mais próxima de sua personalidade. Por exemplo, um aluno que dizia que estava nas Letras, mas sua primeira opção erra o Direito, doei o livro "O Príncipe", de Maquiavel, um tratado político e filosófico que todo bom advogado deveria ler. E demonstrei a ele e a toda turma a importância das Letras, em geral, e a Literatura, em específico, no cotidiano da humanidade, desde sempre.
Apesar disso, muitos interagiam fluentemente por e-mail, mas nas aulas, se já não os conhecesse melhor, via digital, pensaria que eram apáticos, que não estavam gostando das aulas, quando na verdade eram tímidos.
Nossa autocrítica às vezes é severa demais, sendo interessante sondar a opinião alheia sobre nós, como no vídeo em questão.
Abaixo, segue análise crítica de "O Príncipe", de Maquiavel, da série Grandes Livros, do You Tube:
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