terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Do Giz ao Tablet: por que a tecnologia não revolucionou a educação (documentário educacional)
O vídeo acima Do Giz ao Tablet: por que a tecnologia não revolucionou a educação , documentário que descobri na rede social. através do portal Terra - Educação, que como a apresentação do mesmo indica, trata-se de entrevista "com 35 pessoas totalmente imersas no universo da educação e a realidade é que ninguém tá feliz com a escola como ela é hoje. Os professores, os pedagogos, os pais, e muito menos os alunos, estão satisfeitos com o formato atual de educação". Senso comum de que a escola inventada no século XIX e ainda mantida sua estrutura básica até este século XXI, precisa urgentemente ser reinventada.
De acordo com o portal Terra - Educação: "O documentário tem como objetivo discutir o papel da escola de hoje, frente as diferentes mudanças que as novas gerações trazem e que a tecnologia deveria proporcionar". Do Giz ao Tablet mostra justamente este período entre o tradicional e o considerado mais moderno, entre tanto, como o Educa Tube Brasil tem reiterado em, diversas postagens: novas tecnologias requerem novas metodologias de interação entre professores e alunos e a comunidade escolar. De nada ainda substituir o mimeógrafo pelo computador com impressora, o retroprojetor pelo datashow, o giz pelo tablet, que são acessórios, ferramentas que complementam o ato de educar, se a didática e a metodologia continuar centrada no Magister Dixt (mestre disse), se o aluno for considerado apenas receptor de informação, se equipamentos que possibilitam mobilidade são utilizados de forma fixas em espaços rígidos, enfileirados; se o ensino mecanizado, centrado na memorização apenas tornar pessoas robotizadas... Enfim, se o pontual estiver acima do estrutural, já que o tablet, logo será peça de museu como a máquina datilográfica.
Para corroborar com o vídeo e texto deste blog, recomendo entrevista com Angel Pérez Gómez (Professor da Universidade de Málaga, na Espanha, defende uma mudança radical nos currículos e metodologias para adequar as escolas à era digital), que me foi indicada via Twitter pela colega e amiga Sibele Fausto, de São Paulo, SP, Brasil:
Angel Pérez Gómez: “Novas tecnologias com velhas pedagogias não servem para nada”
De fato, novas tecnologias com velhas pedagogias nada servem, pois repetem a mesma metodologia com novos recursos, apenas adaptando-os ao que já existia, sem promover transformações, apenas adequações ao modus operandi de sempre. Novas tecnologias requerem, sim, novas metodologias. Mais que isso, de sensibilidade para adaptar a tecnologia à realidade local, pois nem sempre o que funciona a contendo numa escola ou região, será assimilada ou surtirá o mesmo efeito noutra. A tecnologia será sempre o acessório do bem principal que é o ato de educar uns aos outros.
Como destaca Angel Pérez Gómez: "Ou as escolas mudam ou vão desaparecer em pouco tempo".
Não digo desaparecer, mas perder seu sentido social, isso sim, pois o modelo tradicional de educação tem se desgastado e mostrado ineficiente, desagradando a todos os envolvidos nele, de alunos e professores, a pais e funcionários, até gestores escolares e públicos.
Com os multimeios, as TIC, ,mídias e redes sociais, a escola, tanto como a sociedade tem sofrido mudanças, e estes recursos, às vezes tão criticados, podem ser sim, aliados, se utilizados em forma colaborativa, dentro e fora da escola, além do tempo e espaço tradicionais. Blogs, redes sociais, e-mails, SMS, internet, tablets, smartphones podem, se utilizados com planejamento, infraestrutura, avaliação tornarem-se também recursos pedagógicos extraclasse, complementando conteúdos que não possam ser trabalhados em sala de aula, por questões de logística, seja no tempo ou no espaço. Propor atividades extras, como assistir um filme, ler um livro relacionado a tema discutido e depois retomado em sala de aula, criar uma comunidade virtual para troca de ideias, esclarecimento de dúvidas entre professores e alunos, um blog para publicação de pesquisas e projetos, que poderá, enquanto em execução, ser restrito apenas aos integrantes da turma e professor, e após sua conclusão, disponibilizado a toda comunidade escolar e ao mundo digital, para estabelecer outras trocas entre turmas da mesma escola ou de outras escola e cidades.
Já dizia o poeta Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena", e e atualmente, graças as TIC, o que era antes uma imensa aldeia global, integrada aos poucos via televisão, hoje, digo eu, tornou-se uma pequena aldeia digital, acessada por telas que deveriam ser janelas para o mundo e muitas vezes são apenas tratadas como espelhos de Narciso, para auto-exposição. Como tudo na vida, há sempre elementos pró e contra, cabendo os educadores (pais ou professores) discutirem, avaliarem, planejarem formas adequadas de utilização.
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