sábado, 28 de fevereiro de 2015
O Menino da Internet: a História de Aaron Swartz (documentário sobre tecnologia e sociedade)
O vídeo acima, O Menino da Internet: a História de Aaron Swartz, foi indicação via Facebook da colega e amiga Elis Zampieri, educadora de Curitibanos, Sc, Brasil e editora do blog Sobre Educação, e trata-se de documentário que "narra a história do jovem Aaron Swartz (1986-2013), um jovem programador norte-americano que acreditava na mudança radical do mundo através da internet e da computação. Durante toda a sua vida, Aaron usou a programação computacional como uma forma de nos ajudar a resolver problemas e tornar o mundo um lugar mais democrático, justo e eficiente. Em uma destas tentativas, Aaron irá usar a rede do MIT (Massachusetts Institute of Technology) para realizar o download massivo de milhões de artigos acadêmicos de uma base de dados privada chamada JSTOR. Nesse meio-tempo, o Ministério Público dos Estados Unidos irá conduzir um processo criminal contra Aaron, que termina por levá-lo ao suicídio. Fonte: Daniel Valentim".
Um vídeo não apenas para tratar das possibilidades de uso da tecnologia na educação, mas para conhecer um pouco de um jovem, como muitos que existem nas escolas, que tem vontade de aprender e ensinar; que antecipou a wikipédia, com o portal Open Library (Biblioteca Livre) e que quando aluno, seu professor não entendeu seu potencial, e o criticou, rotulando-o como muitos fazem.
Professores dominadores, controladores, precisam rever seus conceitos, pré-conceitos e preconceitos sobre jovens que nem sempre são contestadores, mas que podem ser grandes aliados no processo de ensino-aprendizagem como apoiadores, monitores, facilitadores do uso das TIC, mídias e redes sociais na educação.
Um menino de 26 anos, pois vivia dentro da lógica de uma criança antes de ser convertida às convenções sociais, e às vezes à hipocrisia e tudo mais, já que investia em projetos com informação publica e conceitos como domínio público e aceso público a todos, quando de manifesto pela difusão livre de conteúdo.
Um jovem idealista que se inspirou noutro idealista, Tim Berners-Lee, o pai da moderna internet (www) que doou seu conhecimento sem obter lucro. Ambos defendem o acesso ao conhecimento como um direito humano.
Entretanto, como todo o revolucionário, seja digital ou não, sofreu um processo judicial por parte do governo dos EUA, que queria fazer dele um "modelo exemplar de punição" aos hackers e que o levou a um caminho sem volta.
Em um mundo cada vez mais consumista e individualista em que tudo é patenteado, Aaron não queria ganhar dinheiro, mas fazer um mundo melhor para as pessoas, defendendo o direto à liberdade para se conectar e pesquisar tudo, algo que tem a ver com a "cultura remix", de utilizar partes de um todo e recriar algo novo, que é essencial aos educadores hoje diante de seus alunos , podendo produzir conteúdo educacional relevante, mas que é barrado por limitadores e direitos autorais.
Como um amigo comentou, Aaron era aquele sujeito que risca um fósforo atrás do outro na ventania, até que um dia um deles acende e logo incendeia tudo, e todos... Um incentivador de produção coletiva, de deixar abertas suas invenções no mundo virtual para que outros pudessem utilizar e melhorar suas criações. Um documentário que traz uma visão tanto positiva e negativa web, como o próprio Aaron possuía, e dizia que só o tempo definirá se o que vencerá é a invasão de privacidade ou a liberdade de expressão e criação.
Assim como a internet, na educação, as TIC, mídias e redes sociais, bem como livro didático, televisão e tudo mais poderá ser bem utilizada ou não. Essa duplicidade somente o bom professor, junto com seus alunos poderá definir com o tempo, experimentando possibilidades, avaliando resultados, trocando experiências, como o menino da internet bem fazia.
Um documentário que serve para refletir sobre o mundo que vivemos e o mundo que desejamos para nós, nosso filhos, netos e os que virão depois...
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