quinta-feira, 2 de julho de 2015
Pintura famosa de Edvard Munch "O Grito", animada ao som de Pink Floyd (intertextualidade)
O vídeo acima The Scream (O Grito), trata-se de criativa animação da famosa pintura O Grito (1893), de Edvard Munch, pintor expressionista norueguês, em que o animador romeno Sebastian Cosor dá vida unida a famosa canção "The Great Gig in the Sky" (1973), da banda inglesa Pink Floyd. Abaixo, versão de estúdio da canção The Great Gig in the Sky (O melhor show no céu, tradução livre do blog), do álbum The Dark Side of the Moon (O lado escuro da lua):
Saber ler uma imagem é tão importante como interpretar um texto escrito.
E o vídeo em questão é um pequeno exemplo de como a intertextualidade e a interdisciplinaridade podem funcionar na prática, a partir da junção de áreas distintas do conhecimento humano, através de sobreposição da arte plástica com a música, do cinema com a educação, pois é possível com um pequeno vídeo como este tratar de pintura, música, dança, história, tecnologia etc.
É possível trabalhar a questão da tecnologia em sentido amplo, que permitiu essa animação dar vida a uma obra de arte estática, incorporando a ela elementos sonoros, de movimento, graças a criatividade do autor. É uma releitura animada e sonora de uma obra fixa, de uma belíssima peça de museu.
O que era estático, tornou-se móvel, como a própria questão da metodologia e da tecnologia no cotidiano escolar devem ser pensados noutro contexto, de mobilidade, de outros ambientes de aprendizagem, além da sala de aula (laboratório de informátca, sala de vídeo, teatro, biblioteca, saídas de campo) que proporcionem a mobilidade do professor, dos alunos e dos equipamentos, não tão fixos à mesas e cadeiras e a salas de aula tradicionais. Que a sala de aula possa ser móvel, nesse sentido, podendo ser levada para um museu, um teatro, um palco, uma rua, qualquer parte.
Promover esse diálogo e mobilidade entre arte, cultura e sociedade com a comunidade escolar, diretamente entre professores e alunos, e indiretamente, convidando pais e/ou responsáveis para assistirem ao resultado dessas experimentações, é um dos grandes desafios do educador do século XXI, que precisa ser um mídia e arte educador. Afinal, público e notório que a arte é uma linguagem universal, que qualquer pessoa, independente do idioma e país em que viva será sensibilizada por uma canção, uma pintura, uma manifestação artística, que poderá ser o fio condutor de uma boa dinâmica de grupo, seja em um projeto de aprendizagem, numa atividade extra-curricular ou na prática escolar em geral.
Recentemente o Educa Tube Brasil destacou uma possível aula de história da arte através de um divertido videoclipe de uma banda pop, em que os integrantes desta se travestiam de personagens de famosas telas de grandes mestres da pintura universal, e igualmente trata-se de uma ação intertextual e interdisciplinar, comunicando-se música e artes plásticas, vejam logo a seguir:
A história da arte através de um criativo videoclipe
Para saber mais sobre a criativa e original animação de Sebastian Cosor, recomendo link abaixo (em inglês), do portal Open Culture (Cultura Aberta):
Edvard Munch’s Famous Painting The Scream Animated to the Sound of Pink Floyd’s Primal Music
Ainda sobre a intertextualidade das ates plásticas com a música, pesquisando sobre a obra de Munch, descobri que o pintor escreveu um poema, também intitulado O Grito (abaixo), que serve a um trabalho envolvendo igualmente a literatura:
“O Grito”
‘Estava andando pela estrada com dois amigos
O sol se pondo com um céu vermelho sangue
Senti uma brisa de melancolia e parei
Paralisado, morto de cansaço…
… meus amigos continuaram andando - eu continuei parado
tremendo de ansiedade, senti o tremendo Grito da natureza’
Edvard Munch
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