quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Vamos Brincar de Imaginar: A brincadeira e a imaginação unem gerações
O vídeo acima, Vamos Brincar de Imaginar, foi indicação via Twitter do poet'amigo Douglas Felliphe, de Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil, e editor do blog Você em pauta e trata-se de uma propaganda que valoriza o poder da imaginação e do brincar, tão necessários ao desenvolvimento humano, em geral, e da criança, em especial.
Uma grande ideia convidar aos pais (avós) para depoimento aos filhos, sobre a importância do brincar e imaginar, junto com as crianças.
Todo educador, seja pai ou professor, deveria assistir a esse vídeo para resgatar um pouco do brincar e do imaginar com seus filhos, como fazem a maioria dos avós. Do aproveitar um tempo com seus filhos, quando ainda crianças estão se desenvolvendo. E o ato de brincar com uma criança nos rejuvenesce, e nos faz voltar a ser crianças, ainda que por alguns momentos. Não se trata de quantidade, mas de qualidade.
Tenho o duplo privilégio de ser um pai-avô e estando atualmente apenas estudante, como ele, de poder brincar com meu filho, quase neto. Tornei-me pai aos 41 anos, depois de ser padastro numa "vida passada", fruto de outro relacionamento nesta mesma existência. Mas, findo o relacionamento, casei novamente e pude tornar-me pai. Hoje, meu filho tem 10 anos e eu 51 anos, e nas reuniões de pais na escola, sou um dos mais velhos da sala. Não me importo e creio que estou na minha melhor fase, pois além de tudo, como bolsista, cursando doutorado em letras, como escritor e poeta, tenho tido mais tempo para acompanhar o crescimento de meu filho, que me inspirou, inclusive, alguns projetos educacionais, como a Lego Poema ou Poesia de Montar, ao observá-lo brincar de jogo de montar com peças coloridas.
Como o tempo, já poetei isso: "Passamos a ser pais de nossos pais e eles filhos de seus filhos". É a ordem natural do tempo.
E como educadores, precisamos resgatar essa criança que nos habita ao lidarmos com crianças e jovens. Como professores, precisamos aprender e ensinar brincadeiras com as crianças: eles nos ensinando suas brincadeiras eletrônicas (uso das tecnologias, jogos, etc) e nós, as artesanais (de construir e empinar pipa, fazer carrinhos com sucata, jogar bola, andar de bicicleta, pular corda etc).
Como diz o texto de apresentação do referido vídeo: "Cada brincadeira, cada momento que você passa com os seus filhos vai ficar marcado para o resto da vida. Para mostrar isso aos pais, convidamos os maiores especialistas nisso: seus próprios pais".
E como o vídeo fala de brincadeiras e imaginações entre avós e netos, aproveito para retribuir a indicação do poet'amigo Douglas Felliphe, indicando também seu blog, VOCÊ EM PAUTA, destacando o belíssimo texto de sua autoria, sobre as brincadeiras de imaginar entre ele e a sua avó:
Minha avó não sabia ler e nem escrever. Mas sabia eternizar
Minha avó não sabia ler e nem escrever. Mas sabia eternizar.
E assim ela foi eternizando em mim, os verbos que não leu e nem escreveu, apenas escutou....
Eu na minha infância, apenas enxergava seus movimentos. Ela pegava um livro, olhava para ele e começa a contar historias. Não lia, apenas contava. Oras, ela não sabia ler, mas eu, eu sabia escutar....
Fonte: http://www.vocepauta.blogspot.com.br/
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