sexta-feira, 18 de março de 2016
Contra a intolerância, palavrões fofos e fofinhos (Humor, arte e propaganda criativa)
O vídeo acima Palavrões fofos, trata-se de divertida, criativa e original campanha publicitária, bem apropriada a esses tempos de intolerância generalizada, em que qualquer coisa é motivo para agressão, seja no esporte, na política, na religião etc.
Há que se valorizar as palavras, e sua forma artística de utilização. No comercial em questão, elas são usadas de uma forma humorada e criativa, que fez a colega e amiga Jenny Horta, educadora do Rio de Janeiro (RJ), Brasil, dizer na rede social, onde compartilhei o material que "Isso me lembrou meu avo: quando se irritava, mandava chupar um prego até virar parafuso! Nunca o vi falar um palavrão".
Algo que também me lembrou canção do grupo artístico e musical O Teatro Mágico (que mistura circo, teatro, música, dança, arte em geral), na canção "Eu Não Sei Na Verdade Quem Eu Sou", em que um de seus versos poéticos, diz textualmente algo que é a pura verdade e tem tudo a ver com a Educação: "Velhinhos são crianças nascidas faz tempo!/ Com água e farinha colo figurinha e foto em documento!/ Escola é onde a gente aprende palavrão. [grifo deste blog]/ Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração!".
De fato: Longe do ambiente familiar, em que os pais, apesar de alguns deslizes, normalmente não falam palavrões (antigamente, hoje nem tanto assim!), as crianças começam a ter noção com o mundo real, e não tão mágico, nem também tão trágico, mas autêntico, através da escola, onde os palavrões entre os alunos começam a ser compartilhados, socializados, além das demais brincadeiras e descobertas...
O palavrão faz parte da cultura de qualquer país, cidade, grupo social. É inevitável e, em algumas situações, quase inevitável. Experimentem tropeçar, cair, levar um tombo, um choque, cortar um dedo e não dizer algum palavrão fofo, fofinho ou algo mais! Impossível. É quase ato reflexo.
Mas evidentemente, ainda que culturalmente existente, e aceito com normalidade em certos locais, como estádios de futebol e outros, há também que saber respeitar o outro, a opinião alheia. E ai que essa propaganda, aliada ao videoclipe, proporciona uma reflexão sobre como podemos ser críticos sem precisar sermos grosseiros, sermos humorados sem a necessidade de apelar para a vulgaridade, as expressões chulas e de baixo calão, como tem ocorrido em diversas discussões, nas redes sociais, sejam elas digitais, atrás de uma tela, ou num grupo de colegas, amigos, parentes...
Saber ser divertido, criativo, mas acima de tudo humorado em situações de estresse, de tensão, às vezes, não é regra, pode desanuviar o meio em que vivemos, despressurizar o ambiente social, propiciando que a lucidez, a cordialidade e a civilidade possam de novo prosperar... Afinal, citando o eterno Pequeno Príncipe, de Exúpery: "És responsável pelo que cativas", e também pelo que incitas, agrides, ofendes, deprecias... É a famosa lei do eterno retorno: "Quem planta vento, colhe tempestades", que "Gentileza gera gentileza" e por ai vai... Como os versos finais desta bela canção de O Teatro Mágico: "Mas eu não sei na verdade quem eu sou/ Já tentei calcular o meu valor/ Mas sempre encontro sorriso/ e o meu paraíso é onde estou/ Eu não sei na verdade quem eu sou".
Não sabemos quem somos, mas descobrimos a nossa identidade, através das palavras, mas mais ainda de nossas ações... O que me lembra León Tolstoi, quando disse: "Queres ser universal, canta a tua aldeia!". Eis aí a receita ideal para professores e alunos saberem quem são e outros mais poderem conhecer essa visão de mundo que cada realidade local sabe cantar e contar, através de projetos, atividades e eventos educacionais...
Olá, Zé Roig!! Nesse conturbado e polêmico momento político, sua publicação é super valiosa. Sinto que muitas pessoas vem entrando na enxurrada de informações (ou deformações ?) carregadas de pré julgamentos que nem se dão conta de sua agressividade.
ResponderExcluirPS: fiz um trocadilho, sem querer, o correto é vai chupar um parafuso até virar prego! Kkkk É a idade...
Sim, vivemos momentos extremamente complexo, e como noutros momentos históricos, o ódio faz pessoas amigas, familiares se digladiarem, verbalmente ou até vias de fato. Quando tudo isso passar, essa Onda, passar o o bloco do Sanatório Geral (cantado por Chico) também, nós daremos risadas, mas alguns se envergonharão das atitudes, e nem direito ao esquecimento terão, pois o print não permitirá! Um abraço, e vou corrigir o trocadilho... :-)
ExcluirOlá, Zé Roig!! Nesse conturbado e polêmico momento político, sua publicação é super valiosa. Sinto que muitas pessoas vem entrando na enxurrada de informações (ou deformações ?) carregadas de pré julgamentos que nem se dão conta de sua agressividade.
ResponderExcluirPS: fiz um trocadilho, sem querer, o correto é vai chupar um parafuso até virar prego! Kkkk É a idade...