domingo, 5 de junho de 2016
Educação vertical: alunos de povoado na China descem penhasco de 800 metros para estudar
O vídeo acima Children climb rattan ladder on a vertical cliff to get home from school (Crianças sobem escada de galhos de videira em um penhasco vertical para chegar em casa da escola, tradução livre), descobri via rede social, através do portal Blue Dot Magazine.
Como o título indica, mostra a rotina de crianças que moram na província de Sichuan, China, e para ir de casa à escola precisa descer e subir uma altura de aproximadamente 800 metros, por moraram num penhasco, em utilizando uma escada gigante composto por 17 escadas menores, trançadas com galhos de videira.
São em torno de quinze alunos, entre seis e quinze anos de idade, que vivem na aldeia Atuler, localizadas no alto das montanhas, e que conforme o China Daily, fazem essa perigosa viagem diariamente, sem nenhuma rede de segurança, às vezes, juntamente com outros moradores da descem até cidade vizinha para a venda de seus produtos, como nozes e pimentas.
Os ancestrais daquelas crianças se refugiaram naquele local tão isolado por conta da guerra e conflito tribal, porém, atualmente essas descidas e subidas se revelam problemáticas. Segundo dados, os "aldeões em Atulan, que vivem com menos de US $ 1 por dia, estão relutantes em se mover como eles vão perder suas terras".
A notícia dá conta também que "Devido a falta de financiamento, um elevador elétrico que estava operando ao longo da borda do penhasco foi desligado, mas o chefe do partido da região, Lin Shucheng, prometeu tomar medidas para eliminar a escada antiga".
Como noutro post do Educa Tube Brasil, que mostra um professor indiano que há 20 anos atravessa um rio a nado para poder dar aula numa vila bem distante de sua casa, este desafio dos estudantes chineses só demonstra o poder da educação que se não faz mover montanhas, como dizia um ditado popular, faz superar o desafio de subir e descer a uma delas, em busca de formação.
Educação vertical, a que se refere o título que dei a esta postagem, é mais do que a questão espacial, do subir e descer algum relevo, mas de uma didática e uma metodologia relevantes que deem significado ao ato de educar e promovam significação ao estudante, levando em conta a realidade local e o saber universal... A metáfora da verticalização do ensino, deve-se ao fato de que o bom professor deva sempre promover uma profunda reflexão de seu alunado, seja para este conhecimento formal, tanto como para a realidade local em que aquela comunidade escolar está inserida. A imersão ao meio, seja ambiente intra ou extraclasse, usando meios (ferramentas) digitais, analógicas, impressas ou saídas de campo, tanto faz... O que importa é que a imersão seja via criticidade e emancipação do aluno pelo estudo, viva ele numa grande metrópole ao nível do mar ou uma vila, aldeia sobre uma montanha...
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