domingo, 26 de junho de 2016
Somos todos primos uns dos outros, uns mais próximos e outros mais distantes (experimento social)
O vídeo acima "Somos primos uns dos outros" , foi indicação via Facebook da colega e amiga Marisa Barreto Pires, educadora de Rio Grande (RS), Brasil e trata-se de comovente e instigante experimento social, divulgado pelo portal E-Dublin, que "é o maior site de ajuda a brasileiros vindo fazer Intercâmbio na Irlanda".
O experimento do Momondo consistiu em uma viagem baseada no DNA, primeiro imaginária, e depois em convidar a essas pessoas extremamente nacionalistas e com um discurso até xenofóbico a descreverem seus antepassados, falarem de países e povos que não gostam, e depois se submeterem a um teste de DNA para ver o resultado (duas semanas depois), que é surpreendente, comovente e emocionante. Sem falar em instigante, pois mostra justamente que do ponto de vista genético, somos todos aparentados, e de certa forma todos primos uns dos outros, alguns mais próximos, outros mais distantes...
Como a própria apresentação do vídeo declara: "Pra começar a entender as outras culturas do mundo, às vezes só precisamos fazer uma jornada dentro de nós mesmos". E esse breve e profundo vídeo mostra justamente isso, ou como também demonstra: "O seu lugar não é seu... é nosso". Devemos ser menos singulares e mais plurais em nossas vidas, pois muitas vezes os mais variados discursos mais afastam do que unem as pessoas mundo afora...
Muitos dos preconceitos são frutos de pré-conceitos que nem sempre são baseados em comprovações mas em desinformações...
E cabe sim a devida distinção entre povos e governos, pois muitas vezes são governos radicais, extremistas e/ou imperialistas é que causam conflitos entre povos, que causam criam estereótipos, que promovem aculturação de uns pelos outros... Há que se promover a pluralidade respeitando a singularidade de cada um, há que se distinguir a universalidade de direitos e não a globalização das misérias. Muitas vezes governos, e não povos, socializam os prejuízos e privatizam os lucros.
E uma constatação: se todos se submetessem a testes de DNA, talvez, de fato, não existisse mais extremismos no mundo, ou não dessem ouvidos a discursos extremistas, racistas, xenófobos etc, estimulando, muitas vezes, por determinados governos, partidos políticos, grupos reacionários, pessoas intolerantes etc. Essa história de raça pura, de raça superior, de povo eleito etc, cedessem lugar a um ecumenismo, nem tanto religioso, mas sociológico... De todos nos vermos como seres humanos únicos mas comuns à espécie humana... Seres humanos com humanidade, respeitando a dignidade humanos de todos os primos e irmãos...
Muitas vezes, talvez, essas pessoas preconceituosas estão discriminando, sem saber, suas próprias origens, ou seja, a si mesmos!!! O exame de DNA pode ser considerado esse mágico espelho, espelho meu...
"Você tem mais em comum com o mundo do que imagina", e somos ou deveríamos ser uma grande comunidade global, apesar das diversidades culturais. "Um mundo aberto começa com uma mente aberta", sem tantos muros, nem discursos que fomentam o ódio entre os povos, estimulados por grupos que não se interessam por um mundo em paz.
Vivo a dizer que vivemos um tempo em que mega corporações são mais ricas e poderosas que qualquer Nação (qualquer uma!!) na face da Terra, e que além de estimularem a guerra fratricida entre povos, lucram vendendo remédios, armas, se apropriando das riquezas naturais de muitos povos e promovendo ondas de refugiados mundo afora, que causam indiretamente os discursos de ódio a essas pessoas que fogem da terra em guerra.
Muitos dos conflitos, mundo afora, aos desinformados não interessa saber, mas são frutos da cobiça de corporações transnacionais, ou seja, que estão acima de qualquer nação, que constituem verdadeiras empresas-0estados, como foram na antiguidade as cidades-estados, antes do surgimento das Nações...
Mais do que um exame de DNA, faz-se necessário também incentivar a pesquisa, a reflexão e a criticidade históricas para evitar que discursos de ódio imperem, mesmo com sua rasa superficialidade. Para isso, aprender a ler o mundo, mais do que livros é papel social de todo educador, seja pai ou professor.
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