domingo, 3 de julho de 2016
Textos e contextos, imagens e mensagens, singulares e plurais, particulares e universais
O vídeo acima, achei no Facebook da página da Awebic, e à primeira vista, segundo alguns comentários na página, alguns, vendo apenas as imagens, as acharam assustadoras e realmente parecem. Entretanto, ao ler o texto abaixo, que explica tudo aquilo, descobre-se tratar-se do Haka, uma dança tribal neozelandesa, dança tradicional da cultura maori, um ritual, feito como grito de guerra para intimidar o inimigo, mas também usadas em celebrações de boas-vindas a convidados especiais. Neste caso, foi uma surpresa que os convidados dos noivos fizeram ao casal, emocionando muito a noiva com traços dos nativos e o noivo com traços de imigrantes europeus. Uma bela união de culturas e tradições.
Em tempos globalizados, padronizados, aculturados, muito bonito ver Haka, dança tribal neozelandesa em ritual de casamento, que lembrou dança viking da seleção islandesa na EuroCopa 2016, do Waka Waka sul-africano etc. Somos seres humanos plurais mas também singulares; universais e particulares; comuns e diferenciados; nativos e imigrantes, passageiros e tripulantes dessa Nave-Mãe chamada Terra.
Este vídeo serve também para uma reflexão sobre textos e contextos, imagens e mensagens nas redes sociais e a necessidade de uma adequada observação antes de curtir, repassar e comentar de forma apressada e/ou inadequada, como muitos fazem de apenas ler a manchete sem ler todo o texto, gerando falsas polêmicas onde não existe polêmica alguma, mais por desinformação e preconceito do que outra coisa.
O próprio preconceito, o racismo e a discriminação são frutos da desinformação e/ou de uma leitura apressada de textos e imagens, seja na rede social digital ou não...
Como educadores, sejamos pais ou professores, precisamos estimular a criticidade, a partir da leitura de textos e imagens na íntegra e não apenas em sua superficialidade.
Garanto que sem um texto explicativo, esse vídeo poderia inicialmente passar como um ataque intolerante e carregar dezenas e centenas de comentários apressados e superficiais. Educar é justamente esclarecer, ampliar horizontes, derrubar muros e estender pontes entre culturas diversas da nossa. Se queremos ser entendidos, precisamos também entender o outro...
Abaixo, dois links com o grito viking da seleção islandesa e postagem sobre o Waka Waka sul-africano:
Jogadores da Islândia comandam festa na arquibancada com "gritos vikings"
Por trás do Waka Waka, no História Digital
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