segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Humano e robô publicitários disputam prêmio criação e vence, logicamente, o mais inventivo
O vídeo acima "Céu azul", trata-se de primeiro de duas campanhas publicitárias, da empresa japonesa, que descobri no portal Blue Bus, e que envolve a disputa entre um humano e uma inteligência artificial, respectivamente, e segue abaixo, o vídeo que foi produzido pelo robô diretor de criação, e depois breve apresentação e reflexão de ambos.
Então, conforme o Blue Bus, o "Robô diretor de criação competiu com publicitário de carne e osso", e o resultado foi surpreendente, pois, segundo a notícia:
"A agência de publicidade McCann do Japão contratou um diretor de criação robô para competir com um ser humano. Em junho, a McCann criou 2 comerciais para a marca Clorets Mint Tab, da Mondelez, e pediu que as pessoas votassem online naquele que comunicava melhor a mensagem do produto. Um dos comerciais (o primeiro acima) foi criado por Mitsuru Kuramoto, diretor de criação e roteirista de TV. O outro, por AI-CD β, a inteligência artificial. Ambos foram instruídos a criar um filme que comunicasse a ideia que as pastilhas de menta refrescam o hálito instantaneamente, com efeito que dura 10 minutos. A votação ficou aberta entre os dias 06 de junho e 28 de agosto e, quando votaram, as pessoas não sabiam quem tinha criado qual anúncio. No fim das contas, o diretor de criação de carne e osso venceu – 54% contra 46%. O publicitário com inteligência artificial não se saiu mal, portanto, mas o Ad Age lembra que ele teve muita ajuda de gente de verdade. Primeiro porque trata-se basicamente de um programa que analisa trabalhos criativos antigos e propõe um conceito geral para uma nova campanha. Nesse caso, a sugestão de AI-CD β foi a seguinte – “transmitir a sensação de ‘selvagem’ com uma canção em tom urbano, deixando uma imagem de refrescância com um sentimento de liberdade.” E segundo porque, a partir de então, humanos assumiram o trabalho".
Algo que, primeiramente, lembra a disputa de campeonato de xadrez entre o mestre Gary Kasparov e o Deep Blue, o supercomputador da IBM, que como o AI-CD β, foi alimentado com um poderoso banco de dados com produções humanas, ou seja, uma compilação de base de dados existentes. Enquanto que o ser humano, logicamente, é criativo, e consegue com inventividade produzir algo novo e inovador, a partir da transformação do já existente. E isso se chama CRIATIVIDADE, que a Inteligência Artificial ainda não pode criar do nada, precisando se espelhar no que já existe, e humano.
Por isso mesmo, em minhas andanças pelas escolas, a convite de equipes diretivas e professores, tenho salientado justamente que as máquinas substituirão àqueles robotizados, mas que os professores criativos, inventivos, que incorporem conceitos que já vêm embutidos nos equipamentos eletroeletrônicos (como convergência, mobilidade, portabilidade, conexão etc), sempre terá seu espaço, seja no cotidiano escolar ou na sociedade.
Como sempre destaco: "Precisamos humanizar as máquinas e não robotizar as pessoas". O aluno-modelo do ensino tradicional é um "robozinho" humano que apenas segue comandos binários (sim - não); enquanto que o aluno-modelo de uma educação inovadora é alguém criativo, participativo, integrado a um grupo, compartilhando ideias, descobertas e saberes.
Abaixo, documentário de 2003 Fim de Jogo (Game Over Kasparov and the Machine) sobre essa outra disputa envolvendo humanos e máquinas, em um campeonato histórico de xadrez:
A seguir, link para postagem recente do Educa Tube Brasil que dialoga com estas disputas entre homens e máquinas, e que desempate em favor da humanidade, por mostrar que Watson (Plataforma Cognitiva), potente tecnologia da gigante dos computadores IBM, dialoga com o grande poeta, compositor e Bob Dylan, lembrando cena do filme 2001, de Stanley Kubrick:
O poeta e cantor Bob Dylan dialoga com Watson IBM (a plataforma cognitiva) que lembra HAL de 2001: Uma odisseia no espaço
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