sábado, 8 de outubro de 2016
As crianças de hoje diante da tecnologia dos anos 1980 e breve reflexão sobre a educação e a sociedade
O vídeo acima Kids of Today vs 1980's Technology, descobri no You Tube e é um divertido material editado por Jeremy Auten que coloca as crianças da atualidade diante de tecnologias do passado, lá dos anos 1980 e serve justamente para desmistificar a ideia de genialidade que alguns têm sobre a atual geração, que tem seu valor, mas que demonstra que cada geração tem sua forma de interação com as tecnologias em curso.
Os professores de agora, quando crianças utilizavam essas tecnologias, agora peças de museu, também com desenvoltura. A questão não é qual geração soube melhor lidar com as tecnologias do seu tempo, mas que todos podem aprender uns com os outros. E que atualmente são as crianças que ensinam os adultos no uso dos equipamentos eletroeletrônicos.
O grande diferencial, ao meu ver, é conceitual. As máquinas da atualidade trazem embutidas os conceitos da interatividade, da intuitividade, da convergência, da mobilidade, da portabilidade. Conceitos que não estavam tão presentes nos equipamentos do passado, que eram maiores, mais pesados e pouco integrados.
Hoje, um pequeno smartphone contém diversas funções que antigamente eram feitas em separados, como fotografar, gravar áudio, gravar vídeo, telefonar, ouvir música, jogar, assistir TV, sem falar funções que surgiram uma década depois, com o advento da popularização da internet, como mensagem de texto, correio eletrônicos, download, pesquisa online, troca de arquivos digitais etc.
Por isso, não podemos criticar a geração passada por ser menos intuitiva, interativa, móvel e convergente, se esses conceitos eram inexistentes à sua época.
Da mesma forma que não podemos nos precipitar, ao ver este vídeo, achando que a geração atual só sabe manipular as tecnologias em curso. Logicamente é uma geração que incorporou os conceitos de seu tempo e não consegue imaginar coisas que faz hoje de forma integrada, sendo usadas de forma separada e com limitações: Botões, joy stick quando hoje tudo é com toque na tela ou outro tipo de controle, até por sensro de movimento (Kinect); fita magnética quando muitas vezes a mídia nem é mais física e é compartilhada de forma digital por bluetooth, wifi, whatsApp, etc. Tudo parece mesmo "crazy" (louco) para os jovens da atualidade.
Entretanto, podemos, sim, criticar àqueles educadores, sejam pais ou professores, que são refratários à interação com novas tecnologias no cotidiano, pois é um processo irreversível, a medida que avançam as pesquisas e os protótipos de realidade virtual, realidade aumentando, de internet da coisas (que é justamente integrar e fazer interagir os equipamentos eletroeletrônicos entre si).
O futuro, não apenas da educação, mas da própria sociedade é incentivar a interação, a interatividade, a mobilidade e a convergência mais do que entre pessoas e máquinas, mas das pessoas entre si, de pais com filhos, de professores com alunos, de escola com a comunidade.
Avançamos muito enquanto tecnologias, mas precisamos que as metodologias na educação se adaptem a esse novo mundo que é dominado pelas crianças e jovens fora do ambiente escolar, e que na escola ainda é visto com receio, quando poder ser mais um aliado ao fazer pedagógico, como é o livro didático.
Nem 8 nem 80. A tecnologia não pode ser vista como um bicho-de-sete-cabeças nem como uma varinha mágica. Não pode ser bengala nem adversário. É um elemento a mais a ser avaliado.
Vídeos como este servem para refletirmos juntos sobre a importância dessas viagens no tempo entre jovens e adultos, para trocas de experiências, para debate de ideias, para estabelecer um diálogo entre gerações.
Observação: As legendas e sua tradução podem ser ativadas, clicando no ícone ao lado da engrenagem e depois nessa (pra selecionar o idioma), no lado inferior direito da janela de reprodução do vídeo.
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