sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Literatura e Controle social: Os mundos distópicos de Orwell e Huxley e a atualidade
O vídeo acima, Literatura e Controle social, explica de forma didática, direta e objetiva "o mecanismo de controle social como foi imaginado por George Orwell, autor de 1984, e Aldous Huxley, autor de Admirável Mundo Novo!".
Como pergunta o perfil que postou: "Qual dos mundos se parece mais com o nosso?"
Orwell e Huxley foram dois grandes escritores que captaram o surgimento de regimes totalitários em sua origem, mas como o próprio vídeo demonstra, George Orwell pensava o mundo presente à sua época, tanto que 1984 é um espelhamento de 1948, ou seja, a inversão dos dois dígitos finais. Orwell tratava do fascismo ao seu tempo.
Já Aldous Huxley, mais visionário, captou a tendência da humanidade desde a antiguidade, pelo famoso panis et circus (pão e circo), e a alienação que decorre do prazer sem limites, de uma programação permissiva, e o mais paradoxal de tudo: do controle social que advém desse aparente descontrole da falta de limites e valores, através de uma programação focada na cultura inútil e não na cultura geral.
Vemos hoje, que mesmo com a informação dispersa na rede mundial e nas redes sociais, as pessoas acreditam piamente em boatos, em charlatões, na desinformação. Daí o papel social cada vez maior do professor como aquele que desperta o senso crítico do aluno. Talvez por isso mesmo, governos e/ou políticos autoritários queiram cercear por todos os meios a autonomia do professor, inventando pretextos (Escola Sem partido, por exemplo), para atingir este controle social.
Um ótimo vídeo para incentivar a leitura de livros e de mundos, distópicos e reais; para discutir filosofia, sociologia, arte e cultura, história e memória, política e sociedade.
Como bem escreveu Willian Mac-Cormick: "A escrita é bomba de efeito moral. Por vezes lacrimeja, paralisa, assusta. Mas, geralmente, traz consigo um efeito colateral".
Posteriormente à publicação desta postagem, encontrei nas redes sociais esta instigante entrevista feita em 1958 por Mike Wallace com Aldous Huxley, que complementa o vídeo acima:
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