quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Fora de vista: Animação mostra as aventuras de menina que perde seu cão-guia (e o poder da imaginação)
O vídeo acima Out of Sight (Fora de vista, tradução livre) é um curta-metragem de animação que descobri no portal Catraquinha Livre, e conta as aventuras de uma menina cega que perde seu cão-guia.
Trata-se de "projeto de graduação de três estudantes da faculdade de artes de Taiwan, a National Taiwan University of Arts, que conta a história da pequena Chico", que passeia pela rua com seu cão-guia e alguém rouba sua bola. O cão corre atrás do ladrão e a menina se vê sozinha e guiada por tato, olfato e imaginação.
Ao se desviar do caminho que já conhecia, a menina adentra em um mundo desconhecido, dependendo de outros sentidos e do imaginário, criando literalmente uma outra dimensão.
Muitas vezes o educador se apega por demais aos seus cães-guia: livro didático, datashow, multimeios etc E essa dependência deve ser acessória e não principal, pois se falta energia elétrica, cai a conexão com a internet e todos acabam tendo que apelar para o famoso Plano B, que é a imaginação.
Promover pequenas expedições ao entorno da escola favorecem a imaginação quando sobrepostas ao conteúdo da disciplina. Estimular o olhar do aluno para a criticidade, seja de placas, anúncios, arquitetura dos prédios, para a estrutura das casas, das ruas, a sonoridade das ruas, o sotaque das palavras dos transeuntes. Enfim, uma gama de possibilidades existem para ser exploradas com simplicidade e criatividade. Além da abordagem de temas como inclusão, acessibilidade, alteridade...
O curta de animação é um ótimo material para uma provocação didática e metodológica, além de tecnológica e educacional, que o Educa Tube Brasil sugere aos educadores do século XXI e aos gestores escolares.
Fora da vista da escola há um mundo imaginário do aluno que precisa ser descoberto e incorporado ao fazer pedagógico, assim como cabe ao educador incorporar seu imaginário (sua bagagem sentimental) à sua prática escolar. Ser professor não é ser apenas mero reprodutor de conteúdo, mas produtor de material didático criativo a partir de sua experiência de vida, inclusive, como quando foi aluno, sua percepção, sua sensibilidade.
Sejam guias de si mesmos, usando a imaginação, a metodologia e didática mais adequadas a realidade local...
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