segunda-feira, 6 de março de 2017
Nível Expert: entre o convencional e o eletrônico, o manuscrito e o copiar e o colar (humor digital)
O vídeo acima Nível Expert, foi indicação via Facebook do amigo Fernando Luis, músico e poeta de Rio Grande (RS) Brasil e editor do blog Zé Urbano.
Trata-se de divertido vídeo que serve a uma análise crítica sobre o choque de gerações e as tecnologias de cada época, entre o convencional e o eletrônico.
O vídeo mostra uma sala de aula, que a despeito das características do traje do professor, poderia ser uma sala de aula e escola de qualquer parte do mundo, em que os alunos usam a tecnologia de forma, digamos, heterodoxa, durante uma prova, apelando para a famosa "cola". Só que uma cola eletrônica, a começar com a tela de projeção colocada à frente dos alunos para ludibriar o professor, enquanto os alunos consultam seus telefones celulares, notebook, cadernos, livros etc.
Mais do que criticar a cola em si, cabe destacar que antes do advento das tecnologias da informação e da comunicação, colar numa prova requeria certa maestria, a começar pelo colador que precisava passar a limpo um resumo do conteúdo a ser estudado, feito de forma manuscrita em pedaços de papel. Só o ato de copiar já fazia a memória ser ativada e muitas vezes o colador nem precisava usar a cola, pois tinha memorizado o conteúdo durante sua confecção. Mais: para colar bem, o estudante precisava ter um mínimo de organização; ou seja, ter estudado antes, para saber o que procurar e onde. Em suma: a cola era o meio acessório.
Afinal, de fato, quem é o Expert? Aquele que burla o sistema num instante mas que não tem bagagem de conhecimento? Ou aquele que assimila a informação e transforma em conhecimento a longo prazo? Entre o imediatismo e a durabilidade, o que importa é a esperteza de quem sabe o que faz e não o que faz para dar a impressão que sabe...
Atualmente, mesmo quando não se trata de colar em prova, muitos apenas copiam e colam um texto que acharam no portal de buscas das pesquisas solicitadas pelo professor. Se manuscrever e muitas vezes sequer ler, logicamente que o conteúdo não é assimilado nem memorizado. Neste caso, a tecnologia mais atrapalha do que ajuda, se o colador não souber onde encontrar o que procura.
Ainda que uma peça de humor, o vídeo em questão pode ser um ótimo material para um bate papo ou debate entre pais e filhos pais e alunos sobre tecnologia, educação, memória, história e muito mais. Para os pais contarem a seus filhos, e os professores aos alunos, como faziam suas pesquisas, como organizavam seus estudos numa época em que a tecnologia não tinha a atual dimensão que damos a ela...
Pois já perguntava, muito tempo atrás T. S. Eliot (poeta modernista, dramaturgo e crítico literário inglês nascido nos Estados Unidos, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1948): "Onde está a sabedoria que nós perdemos no conhecimento? Onde está o conhecimento que nós perdemos na informação?"
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