Espelhos humanos: comovente experimento social com europeus e refugiados em busca da nossa humanidade

O vídeo acima, que batizei de Espelhos humanos, descobri no Facebook de Giovana Suita, educadora de Rio Grande (RS), Brasil e trata-se de um relevante e comovente experimento social, promovido pela Anistia Polônia, de colocar por 4 minutos frente a frente europeus e refugiados pedindo apenas que ficassem por aquele curto período olhando no olho do outro. O Resultado é emocionante: o espelhamento, a identificação do um com o outro, da leitura do olhar, da leitura das histórias de vida que estas pessoas que fugiram da guerra, da fome, do terror, em busca de uma segunda chance muitos deles solitários, perdendo casa, emprego, família, tudo...
Se observamos bem, as crianças são as primeiras a reagir a esse olhar e logo já estão brincando; os jovens reagem em seguida e depois os adultos, mais reservados inicialmente mas depois interagindo.
Somos todos humanos, embora nem todos pareçam agir com humanidade. Experimentos assim, que promovam a alteridade, o espelhamento, são essenciais para preservar a dignidade humana, ainda mais em tempos de ondas de ódio e intolerância mundo afora. Nem passamos um século do Holocausto judeu e estamos revivendo crises humanitárias na Síria e outros países destruídos por invasões externas e guerras fratricidas pelo poder e riquezas naturais abundantes.
"Somos todos iguais", apesar de nossas diferenças políticas, econômicas, culturais, religiosas e tudo mais... Entretanto, as tragédias humanitárias que acontecem no Oriente, na África e na América Latina não repercutem na grande mídias, como as que ocorrem na Europa e na América do Norte. Mas isso é uma questão de lógica inversa da própria grande mídia que reflete apenas o que lhe interessa. Falta essa empatia, essa alteridade, mas justamente grandes interesses geopolíticos, econômicos, militares etc é que pautam os grandes meios de comunicação, que silenciam sobre algumas tragédias e repercutem amplamente outras...
Conhecer o outro é um dos meios de evitar o estereótipo e o medo que geram o discurso de ódio, a intolerância e os conflitos humanos...Conhecer o outro, em escala menor, na sala de aula, no bairro é uma forma de evitar também outros conflitos como bullying. br />