terça-feira, 1 de maio de 2018
A arte está em toda parte: Prótese Michelangelo e o diálogo universal e atemporal entre arte, ciência, educação e tecnologia
O vídeo acima Prótese myoelétrica Michelangelo da Otto Bock , descobri na rede social e trata-se de uma criativa e originalíssima invenção que faz um diálogo universal entre a ciência e a arte, a cultura e a educação, tecnologia e a ficção.
A "Prótese myoelétrica Michelangelo da Otto Bock", foi inspirada nas mãos feitas pelo pintor e escultor renascentista Michelangelo Buonarotti e possui "(...) dedos que permitem a coordenação fina e uma precisão exemplar", segundo notícia do portal Amputados Vencedores.
Tenho dito a meus alunos de Literatura que "A Arte está em toda parte" e este invento é uma prova cabal disso, por incorporar aspectos artísticos e culturais ao fazer científico e tecnológico. E não é o único caso. Existem inúmeros. Apenas para citar alguns, cabe lembrar:
- O supercomputador HAL 5000, do filme de Stanley Kubrick, 2001: Uma odisseia no espaço, lançado em 1968 e inspirado no livro homônimo de Arthur C. Clarke, em que o supercomputador que detinha o conceito de inteligência artificial (naquela época, pura ficção científica, em relação a que temos hoje em dia) e que era uma alusão as letras do alfabeto que antecediam à sigla da gigante da computador, a empresa IBM. Não por acaso, atualmente, a IBM tenha uma super inteligência artificial chamada Watson, que aprende sobre arte, cultura etc em convivência com as grandes obras da humanidade...
- Há também a alusão aos mitos clássicos, como Édipo e Electra nos arquétipos freudianos, bem como a moderna psicologia que se vale das personagens dos contos de fada e a literatura infantojuvenil para denominar certas situações, como o Complexo de Cinderela e a Síndrome de Peter Pan, entre outras...
Portanto, a arte, que está em toda parte, é uma linguagem universal e atemporal, desde as inscrições nas cavernas de Lascaux, na França, datadas de mais de 15 mil anos, estão presentes no cotidiano da humanidade. Vez em quando, alguém se apropria das artes para produzir seus inventos e criações.
O professor do século XXI deve pensar em se tornar um arte-educador, por causa dessas múltiplas possibilidades de dialogar com o alunado e a comunidade, por tudo isso que foi exposto e pelo fato de que a atual geração é essencialmente audiovisual, que segue youtubers, gamers, blogueiros, tuiteiros etc.
Para completar esta postagem, segue link abaixo de desafio feito por este blogueiro educacional a sua colega e amiga, professora Andrea Barreto, do blog Dica de Ciências, que também vale-se frequentemente das artes e cultura para refletir sobre educação e tecnologia:
Uma Prótese chamada Michelangelo, no Dica de Ciências
Observação: Posteriormente à publicação desta postagem, encontrei na rede social e no portal Porvir esta notícia que vem ao encontro do tema "Arte em toda parte" e que recomendo a leitura, pois nela a "cineasta May Taherzahed discute como o engajamento de estudantes e professores é capaz de trazer a solução dos problemas que enfrentam juntos":
Como a arte pode reforçar a aprendizagem e as mudanças sociais
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