quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Árida: game brasileiro que coloca mulher negra e nordestina como heroína no ambiente virtual do sertão do século XIX
O vídeo acima ARIDA: BACKLAND'S AWAKENING, trata-se de vídeo Trailer do game de produção nacional (tipicamente brasileiro) que coloca mulher negra e nordestina como heroína. O jogo virtual, produzido pela Aoca Game Lab, de Salvador (Bahia), Brasil, é inspirado no sertão nordestino do século 19.
"Árida", que estará disponível em janeiro de 2019, segundo a apresentação do portal, é "Uma aventura de exploração e sobrevivência em pleno sertão brasileiro do século XIX. Avance pelas regiões mais áridas para coletar itens, resolver quests e encontrar o destino da jovem Cícera".
Conforme análise do portal Rede Brasil Atual: "é uma aventura que desconstrói estereótipos e valoriza identidades de personagens em meio à seca e à Guerra de Canudos".
Unir história, literatura, arte e cultura, jogos e sociedade são necessidades da atualidade. Colocar um pouco da realidade na virtualidade e vice-versa. O jogo ou gameficação é uma metodologia que a educação precisa melhor explorar no ambiente escolar, não apenas como passatempo, lazer, atividade recreativa, mas como produção e/ou reprodução, adaptação de conteúdo programático ao universo e imaginário do jovem estudante.
Para maiores detalhes sobre o referido jogo virtual, basta clicar no link abaixo:
AOCA GAME LAB
Designer gráfico e instrucional, storytelling, gameficação, aprender brincando, narrativas visuais, isso e muito mais precisa ser discutido e inserido no ambiente escolar para tornar o ato de educar algo menos centralizado na figura do professor e mais na do aluno. O objetivo da escola é o aluno e conhecer seu universo é uma viagem cada vez mais necessário. Estabelecer diálogo, comunicação, intercâmbio entre essas duas culturas: a do professor com a do aluno. E dessa comunicação, produzir material relevante e significativo para ambos. Reinventar a escola, como num jogo, de fases, como a vida. A descola é um imenso jogo de fases entre a educação infantil (e especial), o ensino fundamental, o ensino médio, depois o ensino superior e a pós-graduação. Cada password leva a um outro ambiente, com maior grau de dificuldade, cenário, personagens e histórias.
O jogo Árida envolve pesquisa histórica e social, arquitetura, geografia, sociologia, filosofia, memória, arte, cultura e tecnologia. De acordo com o RBA: A pergunta mais frequente dos jogadores que buscam novas experiências por meio de jogos eletrônicos é: "Qual o botão que atira?". Porém, "Na contramão do padrão dessa indústria, o game baiano Árida surge com o objetivo de divertir, mas ao mesmo tempo educar, desconstruir estereótipos e ser uma plataforma de reconhecimento identitário".
Um jogo com um elemento provocador e reflexivo, pois, para o RBA, "Inserido no contexto do sertão nordestino durante o século 19, o jogo é uma aventura com elementos de exploração e sobrevivência. Ele traz a história da jovem Cícera, que auxilia os sertanejos a superar a seca. O protagonismo da mulher negra e nordestina é considerado uma 'ocupação' dentro do universo do jogo".
Um game que busca uma identidade social e também visual, em vista de que "Inicialmente, o jogo seria ambientado na região de Canudos, interior da Bahia, durante o confronto entre o Exército e os integrantes do histórico movimento popular liderado por Antônio Conselheiro, no fim do século 19. Entretanto, após iniciarem as pesquisas, os desenvolvedores decidiram agregar questões simbólicas de outras regiões do sertão baiano. Para isso, o grupo recebeu a colaboração de historiadores e especialistas na Universidade do Estado da Bahia (Uneb)".
Segundo Victor Cardozo, diretor de arte do projeto, "A franquia será dividida em quatro episódios. A data de lançamento do primeiro episódio do game está prevista para o primeiro trimestre de 2019, com o computador como plataforma inicial. Victor explica que haverá um amadurecimento e uma dramatização do ambiente, na qual a arte será transformada ao decorrer da história".
Um jogo pra evitar estereótipos, preconceito, discriminação, intolerância e muito mais.
Já que muitos jogam Red Dead Redemption (vide vídeo abaixo), ambientado no Velho Oeste dos EUA, nada mais apropriado que também conhecer o ambiente árido do sertão brasileiro.
Para maiores detalhes, acessam o link abaixo, com a notícia completa:
Game de produção nacional coloca mulher negra e nordestina como heroína
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