sábado, 19 de janeiro de 2019
A fábrica de cordas e a metáfora do entrelaçar de ações e relações no entrecruzar do conhecimento
O vídeo acima Making rope of tarred hemp (Fazendo corda de cânhamo alcatroado), foi indicação via Facebook pelo amigo Fernando Luis, músico e poeta de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.
Trata-se de pequena amostra da produção de cordas de grande espessura, feita por Sarah e seu aprendiz Niclas, em Älvängen, Suécia. Um processo feito junto com Bernt, que mostra o comprimento e o entrelaçamento de várias cordas para criar uma de espessura maior e mais resistente. Um processo cuidadoso feito na Casa Hardanger.
Observando esse vídeo, fiquei a refletir sobre o próprio processo de ensino-aprendizagem e das relações e entrelaçamentos entre mestres e aprendizes, da informação gerando conhecimento mútuo passado de geração a geração.
Seja o fio condutor da narrativa, seja o fio da tecnologia que nos une, ou até mesmo a tecnologia sem fio todo o conhecimento é fruto dessas trocas de saberes entre mestres que um dia foram aprendizes. Ninguém nasce sabendo e até mesmo o autodidatismo, em algum momento precisará de um professor, de um mestre para tirar dúvidas e aperfeiçoar técnicas e procedimentos intuitivos.
Como nessa fábrica de cordas, a escola precisa bem conduzir esse entrelaçamento de saberes. Um projeto inter e multidisciplinar precisa ter esse elo de ligação entre as partes envolvidas que crescem mutuamente (que aumentam sua espessura, força, durabilidade e potência). Da informação frágil ao conhecimento sendo entrelaçado no transcorrer da vida estudantil, o fio condutor deverá ser não apenas acumular informações mas assimilar de fato vivências, experiências, unindo teoria com prática.
Um exemplo de como a metodologia (o uso de recursos e equipamentos) e a didática (a forma de sua utilização), passadas a cada geração, só fortalecem o resultado.
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