quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Nós acreditamos: curta-metragem sobre bullying, masculinidade tóxica e mudanças sociais em busca de um mundo melhor
O vídeo acima We Believe: The Best Men Can Be (Nós acreditamos: os melhores homens podem ser) é um curta-metragem de empresa de lâminas de barbear e ao mesmo tempo publicidade e campanha de The Best Can Be contra o Bullying que me foi indicado via Facebook e trata-se de um ótimo material pare reflexão sobre educação e sociedade e como indica Guilherme Martinez, traz crítica a masculinidade tóxica e "Comportamentos esses que muitas vezes são justificados com o 'boys will be boys', algo semelhante a “deixa os garotos serem garotos'".
Inicia o curta-metragem com uma cena diante do espelho, de um homem com barba (afinal é uma empresa que fabrica barbeadores e lâminas para barbear), para depois suceder uma série de cenas envolvendo o bullying de crianças e jovens que serão os homens de amanhã... Uma sucessão de cenas de assédio moral, e que não é possível esconder mais. Por muito tempo isso foi tolerado, escondido ou muitos fingiram não saber e não ver... Mas os tempos mudaram e não é possível mais retroceder a essa época obscura. Muitos ainda "resistem" em aceitar que seus procedimentos não são mais toleráveis e nem é questão de "politicamente correto", mas de situações que são inaceitáveis e injustificáveis em pleno século XXI, como: racismo, discriminação, intolerância, sexismo, misoginia, assédio sexual e moral, preconceito, homofobia e tantas coisas dissimuladas no cotidiano.
Velhas desculpas e modelos antiquados de enquadrar comportamentos, sem aceitar a diversidade e a liberdade (o livre arbítrio) de cada um estão com os dias contados. O mundo mudou, mas muitos se recusam a perceber, ou percebendo, se recusam a aceitar. Mas é um caminho sem volta, e cada a cada educador - seja pai ou professor - ter essa consciência de que filhos e alunos devem ser criados para o mundo e não para si. E o mundo e a natureza possuem uma beleza, harmonia, sintonia e sincronia naturais. Cabe a humanidade entrar em sintonia e sincronia com o natural que existe em cada um, evitando modelos artificiais, impostos uns aos outros. Que cada um tenha a liberdade para fazer suas escolhas sem ter que prestar contas a tribunais de rede social que julgam de forma sumária, sem direito à defesa, condenando sem apelação muitos jovens a serem o que grupos ou pessoas decidem ser o melhor.
Assédio (bullying) é crime e deve ser tratado como tal.
O mundo mudou e as pessoas não estão mais aceitando passivamente e estão denunciando práticas seculares, milenares que não devem ser mantidas nem cultuadas, mas punidas, pois não deve ser mais aceitas nem escondidas da sociedade.
Eu acredito que o mundo está mudando, que a sociedade precisa mudar, que essa nova geração poderá fazer o diferencial, se conectada além dos equipamentos e redes sociais digitais. Ser humano é ser solidário com o semelhante, independente da classe social, cor da pele, crença, orientação sexual, nacionalidade etc. Ser forte não é agredir ou intimidar os demais, mas justamente defender quem é agredido e discriminado. Esse, sim, alguém humano demais. Como pais ou professores, precisamos ser espelhos (não distorcidos) para filhos e alunos, defendendo o bom senso, a lógica, a civilidade, a cidadania, a igualdade, liberdade fraternidade e, mais que tudo, a equidade, que é dar condições a que pessoas diferentes possam ter as mesmas condições de acesso à educação, saúde, segurança e muito mais. Uma sociedade justa não é aquele que todos são iguais, mas a que permite que os desiguais possam ter acesso também ao que é natural aos demais.
Como a mensagem final do curta diz: "É apenas nos desafiando a fazer mais, que podemos nos aproximar do nosso melhor. Para dizer a coisa certa, agir da maneira certa. Estamos agindo. Junte-se a nós".
Parafraseando título de filme antigo: "Render-se nunca, retroceder jamais".
Observação: Ativem legendas e tradução, a partir dos ícones na canto inferior direito da janela de reprodução.
Para ampliar a questão, indico o artigo abaixo:
Você sabe o que é masculinidade tóxica?
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