O condicionado: poeta e morador de rua que vivia numa "ilha" no meio da rua foi resgatado por jovem admiradora

O vídeo acima O condicionado - O mundo precisa assistir esse vídeo, descobri no Twitter e trata-se de algo fabulosa, em todos os sentidos, poético, filosófico, social.
Raimundo Arruda Sobrinho, além de morador de rua é poeta, que vivia num local que batizou de ilha (um canteiro entre duas ruas) e teve sua vida mudada a partir da empatia de uma jovem que se interessou pelo seu fazer poético e conseguiu descobri sua família e reintegrá-lo a ela.
De acordo com a apresentação do vídeo no YouTube: "Raimundo Arruda Sobrinho era sem-teto em São Paulo, Brasil, por quase 35 anos , e tornou-se conhecido localmente para sentar-se no mesmo local e escrever todos os dias. Em abril de 2011, ele fez amizade com uma jovem chamada Shalla Monteiro. Impressionado com sua poesia e querer ajudá-lo com seu sonho de publicar um livro , ela criou uma página no Facebook para caracterizar a escrita de Raimundo. Nem poderia ter esperado o que aconteceu em seguida".
Para saber mais sobre Raimundo e sua poesia há página no Facebook mantida por Shalla: facebook.com/ocondicionado.
Segundo consta: "Este curta-metragem usa imagens de um documentário sobre Raimundo baleado em São Paulo em 2011 e 2012, juntamente com entrevistas e cenas filmadas em Goiana, Brasil, em janeiro de 2014".
Uma grande lição de vida, de empatia, solidariedade e reinserção social.
Como o próprio poeta declarou em verso: "Desgraçado do homem que se abandona. (...)". E muitas vezes os moradores de rua foram antes abandonados pela família e depois pela sociedade. Mas que bom que existem humanos como Shalla, que com sua intervenção escreveu uma poesia viva na própria vida e na de Raimundo.
Quando digo que a Poesia maiúscula da vida é que mantém nossa humanidade e preserva sanidade mental, não é mera força de expressão poética, mas a pura realidade e a vida do poeta Raimundo é um indício disso, de sua filosofia de vida... A arte está em toda parte, a Natureza é a artista original e todos nós som os meros "imitadores" das cores, flores e belezas do mundo. A arte e a cultura são linguagens universais e atemporais e saber lidar com isso no contexto escolar é o grande desafio do educador do século XXI.