sábado, 20 de abril de 2019
Diálogo atemporal, universal e tremendamente atual entre cinema, educação, religiosidade e sociedade
A cena acima entre Jesus e Judas, no filme A Última Tentação de Cristo, que encontrei na rede social, é emblemática, pois trata-se de um diálogo atemporal, universal e ainda tremendamente atual: "Se você não muda o que está dentro das pessoas, o ódio, o veneno, a ganância, você só mudará os romanos que estarão nos dominando. Mesmo se você sair vitorioso, ainda estará cheio de veneno. Você tem que quebrar a corrente da maldade".
Diante dessa onda de intolerância, discurso de ódio, xenofobia, racismo, discriminação, misoginia e tudo mais, chega ser curioso que o que mais propagam isso, trazem nos perfis e avatares a expressão "cristão", "cidadão de bem", "patriota" e outras que são tão contraditórias a suas ações extremistas.
A arte em geral, e a literatura e o cinema, em especial, em seu diálogo intertextual, sempre provocam em espectadores e leitores profundas reflexões, como essa cena do referido filme de Martin Scorsese, de 1988.
Trabalhar com cenas de filmes aliadas a trechos de livros, com clipes e poesias, "tudo vale a pena se alma não é pequena", já disse Fernando, uma Pessoa singular falando sempre no plural. No dia que aprendi que "!Navegar é preciso, viver não", trata-se de precisão por equipamentos e não de necessidade, esses versos, o poema e a própria poesia no sentido amplo passou a ter outro significado pra mim. Dar significação ao processo educacional, mostrar a importância da socialização, do aprender uns com os outros, do motivo de aprender Literatura, Matemática e qualquer outra disciplina, abre a mente do aluno para o próprio sentido do viver.
Entre o Cristo histórico e o religioso, entre o literário e o filosófico, quantos ensinamentos podemos ter com as passagens bíblicas, suas parábolas e metáforas, independente de ser religioso ou não.
A arte a cultura e a sociedade precisam sempre dialogar.
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