sexta-feira, 10 de abril de 2020
A arte e a vida no cotidiano: a intertextualidade entre Moriyama, Hopper, Tati e Shyamalan
A imagem acima, que encontrei no Twitter de Maurício Santoro, realmente lembra essa cena fotografada por Victor Moriyama, do famoso Edifício Copan - nesses tempos de isolamento social - com as "pinturas sobre a solidão urbana" de célebre pintor Edward Hopper, conforme alguns exemplos logo a seguir:
A imagem abaixo, foi anexada posteriormente, ao vê-la na linha do tempo do colega e amigo Robson Garcia Freire.
A partir dessa postagem no Facebook, o amigo João Reguffe lembrou de cenas do filme "Playtime", de Jacques Tati (vide abaixo o trailer), que de fato remetem também a Hopper e ao Edifício Copan.
Por fim, em função dessas alusão, lembrei do filme Fim dos Dias, de M. Night Shyamalan, que trata de uma estranha pandemia que surge de repente, começando com o desaparecimento das abelhas e depois forçando o isolamento das pessoas. Uma estranha intertextualidade entre ficção e realidade.
Somos seres sociais e sociáveis, e nossa vida em sociedade é fruto da bagagem histórica, política, mas também artística e cultural. Em alguns momentos, a sensação é de que a vida imita a arte, noutras, justamente o contrário. O que une o trabalho de Moriyama, Hopper, Tati e Shyamalan é a questão da solidão urbana, principalmente nos grandes centros humanos e urbanos, as grandes cidades. A pandemia do coronavírus ou Covid-19 tem nos feito refletir sobre a vida e a arte, sobre o mundo e a família, trabalho e coletividade, sobre tempo e espaço... A arte e a cultura, nesse momento, como tenho dito há tempos, é o que preserva nossa humanidade e mantém nossa sanidade diante dos desafios que vivenciamos. Que possamos sair desse isolamento, mais humanos e solidários, mais fraternos e colaborativos, e menos solitários...
Parece mesmo! Arte viva! Fotografia, do grego: photo (luz) grafia (escrita). Fotografia = escrita com luz. Poesia pura em imagens!
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