sexta-feira, 12 de junho de 2020
"Tem uma coisa": Poesia delicada de Natália Barros na interpretação visceral de UMANTO
O vídeo acima, Tem uma coisa, é uma belíssima poema de Natalia Barros, que descobri via Twitter de UMANTO, cantor, compositor, músico, artista e empreendedor de Santos, São Paulo, Brasil.
Um exemplo da Poesia Maiúscula da Vida que dá sentido ao nosso dia a dia por não ser apenas um jogo de palavras, mas de sensações, emoções, de ver o mundo e enfrentar os desafios do viver naquilo que chamo de #ResistênciaÉtica e #ResidênciaPoética.
Somente a Poesia é capaz de dizer o indizível, de fazer ver o invisível, de através de metáforas, simbolismos, linguagem figurada tentar aproximar a emoção à razão.
A ARTE POÉTICA, desde Aristóteles, nos mostra que podemos dizer a mesma coisa das mais variadas formas: em verso, prosa, declamação, canto... Entre a palavra pensada e a dita, entre a escrita e a impressa "existem mais coisas que podem supor nossa vã tecnologia", parafraseando Shakespeare.
E com o bardo inglês, na definição magistral do nosso grande Machado de Assis (1839-1908): “Um dia, quando já não houver império britânico nem república norte-americana, haverá Shakespeare; quando se não falar inglês, falar-se-á Shakespeare.”
Exemplo claro do valor da poesia e dos poetas, pois a geopolítica se transforma, a linguagem se reinventa, mas o SENTIR POÉTICO permanece, pois "sou humano e nada do que é humano me é estranho".
Homo sum: nihil humani a me alienum puto [tradução: Sou homem: nada do que é humano me é estranho.] Frase atribuída a Publio Terêncio Afro, dramaturgo e poeta romano, nascido entre 195-185 a.C. e falecido em torno de 159 a.C.
O homem (autor) mundano e profano, mas sua palavra é eterna e transcendental. O homem William não existem mais há cinco séculos, mas sua Poesia vigorará enquanto a Humanidade existir, pois, como disse o crítico literário Harold Bloom sobre o poeta e dramaturgo inglês, na obra de Shakespeare encontra-se A INVENÇÃO DO HUMANO. Cada personagem, cada fala, cada poema e peça teatral traz toda a grandeza e pequenez humana retratadas com fidelidade, ainda que seja tão-somente uma obra de arte, descolada da realidade.
Othelo não existiu, mas existem muitos como ele, enciumados por conta do discurso ladino de um Iago que o faz perder seu grande amor Desdemôna. Dom Casmurro é Shakespeare, assim como Machado de Assis continua vivo a cada dia que alguém abre um livro seu e começa a folhear, ler e refletir como num espelho, espelho meu.
A Poesia Maiúscula da Vida TEM UMA COISA de brinquedo de montar, como no poema de Natalia Barros, interpretado de forma visceral pelo UMANTO.
Por sinal, quem gosta de Poesia, recomendo segui-lo no Twitter, link AQUI.
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