quarta-feira, 1 de julho de 2020
"Qual professor marcou a sua vida?" [depoimento do prof. Zé Roig sobre como aprendeu conceitos como autoria, originalidade e outros em sala de aula]
O vídeo acima, Qual professor marcou sua vida?, é o resultado de uma campanha da FDG - Fundação de Desenvolvimento Gerencial (Gestão Educacional), de Nova Lima, Minas Gerais, Brasil, que vi no Linkedin, e me interessei em aderir, produzindo esse audiovisual em homenagem à professora Maria Lúcia Pinheiro, minha professora de Artes no Ensino Médio, no início dos anos 1980, lá em São José do Norte, cidade vizinha de Rio Grande (onde resido atualmente), ambas no extremo sul do Rio Grande do Sul e às margens da Laguna dos Patos.
No referido vídeo, conto um pouco do papel artístico, educacional e social dessa professora em minha trajetória acadêmica, de trabalho e de vida, pela influência que dois conselhos delas me proporcionaram: um sobre a questão da cópia e da originalidade e outro sobre a questão da autoria e da identidade. Tais conselhos foram fundamentais em minha trajetória acadêmica, pois sempre procurei tanto na graduação como na pós-graduação lembrar de ser original e autoral e isso me proporcionou relativo reconhecimento, tanto como pesquisador como atuando como professor, escritor e poeta.
Como comento com meus alunos, muitas vezes, só iremos dar a dimensão exata dos conselhos de nosso educadores, sejam eles pais, responsáveis ou professores, quando já na idade madura. Tive o privilégio, ainda no ensino fundamental, como a professora Ada Espírito Santos, de Geografia (sobre limites, além dos geográficos) e no médio, com a professora Maria Lúcia Pinheiro (sobre originalidade e autoria), de aprender muito mais que o conteúdo programático e curricular de suas disciplinas; aprendizagem de vida que seguiu na graduação, com o professor Péricles Gonçalves, em Direito Constitucional (sobre clareza e concisão) e na pós-graduação, com minha orientadora de mestrado e doutorado, profa. Dra. Raquel Souza (sobre a poética do espaço e do devaneio), entre outros diversos professores, mestres e doutores fantásticos que tive, e que educaram meu olhar e minha consciência artística, educacional e social.
A todos eles, e a cada um deles, serei terna e eternamente grato, por tudo que representaram e ainda representam ao meu fazer pedagógico e literário, e em minha vida cidadã...
Da mesma forma que, além desses professores reais, que tive o privilégio de conviver e ser aluno, devo aos professores da 7ª Arte (O Cinema), algumas influências também, como o professor fictício John Keating, do filme Sociedade dos Poetas Mortos e seu Carpe Diem (aproveite o dia!) e à professora real Erin Gruwell, do filme Escritores da Liberdade (e seu diálogos com seus alunos através de diários e de O Diário de Anne Frank).
De John Keating (vídeo abaixo), sigo seus passos em saídas de estudos por locais históricos da cidade, nas aulas de Literatura, levando os alunos para experiências imersivas, sem óculos VR, mas pela realidade local, visitando casarios, museus, livrarias, bibliotecas, igrejas, cafeterias, hotéis antigos que retratem períodos de escolas literárias, de pequenas viagens no tempo, dentro do projeto PASSAPORTE LITERÁRIO, de certa forma, pelo método peripatético dos filósofos clássicos gregos, de dar aula caminhando e conversando com seus discípulos.
De Erin Gruwell (vídeo a seguir), herdei a questão do incentivo à leitura, a produção de resenhas literárias e a distribuição de livros, também presente no Passaporte Literário, podendo melhor conhecer cada aluno, através de suas escritas e leituras.
Abaixo, um pouco do projeto Passaporte Literário, que iniciou em 2018, com alunos do ensino médio da escola em que atuo, como professor de Literatura e Produção Textual:
Observação: Quem quiser deixar nos comentários deste blog também algum depoimento sobre "QUAL PROFESSOR MARCOU SUA VIDA?", fique à vontade, pois estas reflexões podem ampliar os horizontes de muitos alunos e dar o reconhecimento a outros professores que tentam fazer sempre o seu melhor...
Que depoimento lindo! Como aprendemos com as pessoas com as quais convivemos,trabalhamos ou estudamos.
ResponderExcluirAs lembranças, o aprendizado e a lição de vida que conseguimos extrair de cada uma delas é algo valioso para o nosso arquivo de memória. Fica eternizado.
Exato! Nossa bagagem sentimental é fruto dessas interações, das pessoas que cruzaram nosso caminho, e que tivera uma parcela de contribuição ao que nos tornamos. Lições que a vida e a escola nos proporcionam...
ExcluirRealmente, nos enriquece e muito. Sou fruto dessas interações, convivências e então, a bagagem vai se aprimorando junto com novos aprendizados.
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