quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021
Portal da Crônica Brasileira com riquíssimo acervo digital e "O pai da ideia", crônica centenária de Lima Barreto, terrivelmente atual (Literatura, História e Produção Textual]
Imagem acima é do PORTAL DA CRÔNICA BRASILEIRA, foi uma preciosa indicação via Twitter da amiga Milena, jornalista de Maceió, Alagoas, Brasil e trata-se, como o nome indica, de um espaço para reunião e divulgação dos grandes cronistas brasileiros.
Dentre eles, destaco no link a seguir, a crônica "O pai da ideia", de autoria do genial Lima Barreto, escritor, jornalista, cronista e dramaturgo carioca, que foi escrita há pouco mais de um século, em 14 de fevreiro de 1920, na Revista Careta, mas que parece terrivelmente atual neste fevereiro de 2021.
O PAI DE IDEIA - LIMA BARRETO
Crônicas são ótimos materiais para aulas de Língua Portuguesa, Produção Textual, Redação, História, Filosofia, Sociologia etc.
No caso da crônica, "O PAI DA IDEIA", há um contexto muito semelhante a esses anos 20 do século XXI, no que tange a pandemias e epidemias, basta ver a imagem abaixo, do parágrafo inicial do texto citado:
"O pai da ideia" trata da apropriação de ideias originais por pessoas mais conhecidas, e a negação do verdadeiro autor, coisa que continua atual naquele país que Lima Barreto, com sarcasmo e ironia se referia. Quantas dão hoje Control C + Control V nas ideias de terceiros, sem mencionar a autoria alheia? Quantas figuras ilustres passam a ter notoriedade por ideias que não lhes pertencem? É, naquele país, passado um século, pouca coisa mudou na estrutura do final do século XIX e início do século XX, a começar por revoltas da vacina, negacionismo, racismo, intolerância, acumulação de capital, concentração de renda, desigualdade social etc.
Lima Barreto é um dos maiores escritores brasileiros, e, como poucos, soube radiografar a vida dos subúrbios cariocas, o racismo, a discriminação, o moralismo, o determinismo, a eugenia, o higienismo e outras mazelas do Brasil, que custam a ser erradicadas, mesmo passado mais de um século. Seu clássico, O Triste Fim de Policarpo Quaresma, sempre recomendo aos meus alunos do ensino médio, como um dos expoentes do Pré-Modernismo, ao fazer uma dura crítica ao ufanismo patriótico daqueles tempos da República Velha. Ler O Triste Fim de Policarpo Quaresma é sentir-se numa pequena máquina do tempo. Leitura obrigatória, atemporal e universal.
Abaixo, alguns dos autores que constam no acervo digital:
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
Que bacana, Zé! Acredito em uma Internet onde o compartilhamento de ideias seja crescente, construtor, agregador. Vida longa a esse recanto e parabéns!
ResponderExcluirE que agradeço a colaboração espontânea, Milena. precisamos manter a roda viva do conhecimento girando. Um abraço!
ExcluirNaquelas terras, hoje, segundo informes em meios diversos e difusos, dizem que o plágio evoluiu de maneira surpreendente e ascendeu à categoria “negacionista”. Agora não se nega somente a existência do plágio. Nega-se inclusive a vida do Autor e também de milhares conterrâneos do coitado escriba.
ResponderExcluirUm texto terrivelmente atual, Sergio. Que da pra trabalhar em Língua Portuguesa, Literatura, Produção Textual, Redação, Filosofia, Sociologia e muito mais. Os clássicos são sempre atuais e universais. O negacionismo nunca esteve tão presente no cotidiano. Mas a Literatura tudo cura, por isso, tão combatida. Um abraço e obrigado pela visita e comentário.
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