sábado, 26 de junho de 2021
"O golpe na aula online!": audiovisual de humor para reflexão sobre a educação em tempos de pandemia, tecnologia remota, ensino híbrido etc
O vídeo acima, "O golpe na aula online!", é uma peça de humor que encontrei no Tik Tok e depois, pesquisando, achei no YouTube para carregar para meu blog educacional como forma de reflexão sobre educação, tecnologia e pandemia.
O vídeo mostra uma aula digital de um professor e seus alunos. É uma ironia, uma obra de humor e como tal precisa ser analisada em com contexto de pandemia que já dura mais de um ano e meio. Contexto esse que impactou por demais as relações interpessoais, principalmente no que tange o Planeta Educação.
Não estávamos preparados para enfrentar uma pandemia nessa escala mundial, ninguém estava. O mundo não estava preparado para isso. Entretanto, todos, de uma forma ou de outra, precisaram se readaptar, se reinventar, lembrando máxima do evolucionismo, atribuída a Darwin, mas que é de autoria de Leon C. Megginson, professor da Louisiana State University nos Estados Unidos, em que disse: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
De fato, em plena pandemia, não apenas pessoas físicas, mas jurídicas, perceberam que sobreviveria não o mais forte, rico, inteligente, mas aquele que conseguisse se adaptar às transformações tecnológicas, sociais, políticas, econômicas. Antes da pandemia, já se tinha essa sensação, observando os impactos das TIC no cotidiano, mas era algo mais gradual e não em escala mundial como desde janeiro de 2020.
Professores, alunos, pais, trabalhadores em geral, a sociedade regional, nacional e mundial, todos precisaram rever seus conceitos e pré-conceitos sobre as tecnologias, sobre a própria educação. Ficou público e notório que nenhuma máquina e/ou Inteligência Artifical poderá substituir adequadamente o bom professor, o contato presencial, a empatia, a alteridade, as trocas de saberes na escola, na sala de aula ou em saídas de estudos. O homescholling provou isso, em discurso sem a devida prática, pois aprender em casa é algo acessório e complementar, jamais o principal no processo educacional. Assim como as máquinas, os aplicativos, os dispositivos eletrônicos são ferramentas de apoio, aliados ao processo de ensino-aprendizagem, mas não se autocontrolam, sem a intervenção humana, principalmente se não forem agregadados à experiência de vida, à bagagem sociocultural e afetiva do professor em diálogo com a do aluno.
Humor à parte, quem lida com educação a distância, quem é professor digital bem sabe a complexidade de "trocar o pneu com o caro em movimento", expressão muito utilizada em Lives sobre o tema de "educação na pandemia", pois envolve muito mais do que acesso à tecnologia, ao uso de dados pelo aluno e professor. Há que se ver que novas tecnologias requerem nvas metodologias, que o tempo e espaço digitais são totalmente diversos do tempo e espaço presencial. Que a conexão, a estrutura logística, que os equipamentos, aplicativos etc podem facilitar ou dificultar a vida escolar. Não basta apenas planejamento, há que se ter suporte técnico, formação continuada, espaço para trocas de saberes e resolução de problemas.
Enfim, a pandemia veio para mostrar muitas coisas referentes às relações humanas e também essas relações com a própria tecnologia digital, que poderá ser uma ótima aliada ou não, sem o devido planejamento, infraestrutura, adequação e readaptação a um novo modelo de ensino, seja remoto ou híbrido.
Há que se pensar em uma nova pedagogia, durante, e, principalmentem na pós-pandemia; já que não voltaremos á normalidade, quando tudo isso passar, como não retornamos ao mundo anterior à revolução francesa, à revolução industrial, ao 11 de setembro e muito mais... O mundo mudou e precisamos mudar, como disse ex-presidente norte-americano. Frase que dialoga com as ideias do professor Megginson, que se comunicam com as de Darwin e assim por diante...
O vídeo acima, poderá ser utilizado numa dinâmica de grupo, justamente para promover um debate entre professores, professore e alunos, professores e comunidade escolar sobre a Educação 3.0, muito além da pandemia.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
Perfeito!! Acredito que se reinventar está sendo o grande desafio de muitos professores nessa nova modalidade de ensino. Não é fácil sair do lugar seguro, já tão conhecido. Mas o momento exige e é preciso buscar. Adoro teu blog!
ResponderExcluirOI, Mila. Que bom que gostou, pois procuro sempre adaptar conteúdos diversos à temática educacional. E atualmente, a pandemia tem sido um divisor de águas para mostrar que as máquinas não substituem o bom professor, mas aquele educador robotizado, sim, corre o risco de extinção, se não se adaptar aos novos tempos. Sair da zona de conforto sempre foi complicado, precisou de uma pandemia pra agilizar processos de TIC na educação que estão ai desde a década de 90. Obrigado pela visita e comentário. Abrs,
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