sábado, 15 de janeiro de 2022
A educação dos sentimentos por António Damásio ao Fronteira do Pensamento [ou as Pedagogias do afeto e a do espelho]
O vídeo acima, A educação dos sentimentos, descobri no YouTube e trata-se de palestra do médico e neurocientista português António Damásio ao evento Fronteiras do Pensamento, em 2013.
Segundo sinopse do referido vídeo, "[...] vencedor do Prêmio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica e Técnica, António Damásio, detalha e exemplifica como se dá, na prática, uma das características que diferenciam os seres humanos de outras espécies.
Segundo ele, apesar de haver uma base biológica para os sentimentos, um dos aspectos que distingue os sentimentos nos seres humanos é a possibilidade de serem educados, embora sejam naturais.
E um dos aspectos da nossa vida cultural é que ela não é selvagem. Ou seja, o ser humano tem a possibilidade de ser educado pelos pais, pela escola e pelo meio ambiente em que vive. E esta educação é essencial para a expressão, a continuação e até o melhoramento destes sentimentos".
A educação dos sentimentos é o que chamo de Pedagogia do afeto ou Pedagogia do espelho, pois é inegável o poder do afeto, da empatia e da alteridade no processo educactivo, seja na família, na escola, no trabalho e em toda a sociedade. Damesma forma, agimos como espelhos uns dos outros, imitando desde criança a fala, o andar, depois as ideias e ideiais de quem nos circunda e com quem convivemos.
Damásio fala de uma base biológica que temos, e penso que essa base biológica vive em interação com a base sociológica e filosófica, artística e cultural, histórica e social com os demais, pois somos seres sociáveis, como dizia Aristóteles: "[...] o homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie". E esses tempos padêmicos e quase distópicos deram razão ao ilustre filósofo grego, pois o confinamento social demonstrou a importância do convívio em sociedade, não apenas por meios digitais, mas presenciais. Na educação, por exemplo, por melhor que seja a Inteligência Artificial, ela por si só é incapaz de substituir um bom professor, que carrega em si, não poderosos algoritmos, mas uma bagagem sentimental imensa de experiências que servem de mapa do tempo, de mapa mental, de trajetos, sensações e emoções compartilhadas em grupos.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
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