domingo, 12 de maio de 2024
Turismo literário: ideia de projeto e experimento imersivo de incentivo à leitura dirigida de livros clássicos [textos e contextos]
A imagem acima, encontrei na página do Facebook de Claudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, e me inspirou na ideia de um projeto e experimento imersivo de incentivo à leitura dirigida de clássicos da literatura mundial, cujo nome provisório sugiro ser TURISMO LITERÁRIO, ou algum outro nome que remete ao projeto que já utilizo com meus alunos, intitulado PASSAPORTE LITERÁRIO que consiste, há sete anos, em indicar leituras, distribuir e desapegar de livros, trazer convidados para falar sobre leituras e escritas e, por fim, fazer saídas de estudos em locais que remetam a períodos históricos e literários, como igrejas, museus, bibliotecas, hoteis históricos, cafeterias, etc.
As grandes ideias, geralmente, surgem nem sempre de propostas diretas, mas de comentários que promovem "insights", como o dela, que apenas comentou uma atividade individual que me proporcionou imaginar sua adaptação para o contexto escolar, educacional, valendo-me das TIC como aliados ao ato de ler.
A ideia de Claudia Costin é usar o Google Search no fone celular, e já imaginei tambpem o uso do Google Earth, o Google Street View, o YouTube e outros recursos digitais para dinamizar uma aula interdisciplinar, por exemplo, de Literatura com História, analisando textos e contextos artísticos, históricos, literários e culturais, entre o passado de produção [escrita] e o presente da recepção [leitura], incentivando aos alunos lerem livros clássicos da literatura mundial como A Ilíada, A Odisseia, A Eneida, como outros, mais como a literatura nacional e OS Sertões, de Euclides da Cunha, e o início do século XX nos sertãos baianos; os contos de Machado de Assis sobre o Rio de Janeiro do século XIX; Vidas Secas, de Graciliano Ramos e o sertão de Alagoas; Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, e o interior de Minas Gerais; O tempo e o vento, de Erico Verissimo, e o pampa e região noroeste do Rio Grande do Sul; Capitães de Areia, de Jorge Amado e os demais livros deste autor e a paisagem da Bahia, e por aí vai...
Imersão, leitura, contextualização, motivação, eis algumas palavras-chave a serem estimuladas nos jovens do século XXI.
Lembro de quando jovem, quando vim da pequena cidade de São José do Norte para a vizinha Rio Grande, cidade portuária, bem maior, saía com meu irmão Marco para caminhar pela nova cidade, para conhecer seus cantos e recantos, munido apenas de um mapa dobrável de papel. Na época inexistia a internet, fone celular, nos primórdios dos anos 1980. E aí seguíamos trilhando caminhos sem conhecer nada, e lá pelas tantas, "quem tem boca vai a Roma", se achássemos placas indicativas das ruas, saíamos a perguntar aos transeuntes o nome deleas e tentar localizar no mapa impresso e dali voltar, de novo, caminhando, até o centro da cidade. Urbanauta eu sempre fui, quando nem usava esse apelido nas redes sociais digitais, que significa o astronauta da cidade.
Para complementar esta reflexão e postagem, indico, a seguir, indico vídeo sobre o projeto Passaporte Literário, que desenvolvo com alunos do ensino médio, na cidade do Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul:
PASSAPORTE LITERÁRIO: experiência imersiva na realidade local em "3D e 360 graus"
Por fim, disponibilizo aos interessados o vídeo de como utilizar o Google Earth em sala de aula:
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
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