sábado, 30 de junho de 2012
Educação: Um jogo de palavras "Além da Imaginação" (filosofia, curta-metragem, videoclipe, linguagem e sociedade)
O vídeo acima Wordplay (Jogo de palavras), trata-se do episódio 3, da nova temporada de 1985, do seriado The Twilight Zone (no Brasil, conhecido como Além da Imaginação), dirigido por Wes Craven e roteiro de Rockne S. O'Bannon, e conta a história de "Um homem (Robert Klein), quando pressionado a aprender os nomes da nova linha de produtos de sua empresa, começa a perceber que todos ao seu redor passam a usar um vocabulário que ele desconhece."
"Twilight Zone" [Além da Imaginação] é o avô de "Black Mirror", pode-se dizer, sendo um seriado produzido por Rod Serling, trazendo a cada episódio histórias fantásticas que podem ser vistas como críticas ao cotidiano, como nesse caso, em que um adulto, de repente, para de entender todos ao redor. Hoje, pode-se comparar com aquele que não se atualizam nas tecnologias, por exemplo, mas serve a diversas interpretações, dependendo do recorte que o professor queira dar. É possível abordar a questão da própria linguagem, que vai se alterando com o tempo,das transformações sociais e tecnológicas e muito mais.
Vejam ao final desta postagem a sinopse de Wordplay (Jogo de Palavras), encontrado no blog Postcards From The Zone.
Dito isto, cabe, antes de tudo, salientar que por muito tempo procurei pelo referido vídeo (que assisti quando tinha vinte anos de idade), para usá-lo em projetos que tratam do processo de ensino-aprendizagem, por conta deste curta-metragem narrar a história de alguém que um dia passa a não ser entendido pela família, amigos, colegas de trabalho, enfim, todos aqueles que passam a falar um novo idioma, incompreensível para ele, na medida que as palavras passam a ter outros sentidos. Literalmente um jogo de palavras. Uma inversão do sentido normalmente utilizado, até então.
Apesar de ter encontrado inicialmente apenas a versão em inglês, no You Tube [e recentemente, em 2020, a legendada], este fato não impede a compreensão da história, justamente por ser tratar, como o título pressupõe, de um Jogo de palavras. Trata-se da busca pelo entendimento do outro, de um exercício de alteridade na diversidade. Não é preciso ter uma "bola de cristal" para entender o sentido das imagens e da narrativa acima. Mas, antes de tudo, é preciso ser um bom leitor de imagens.
Atualmente, há diversos jogos de palavras e choque de linguagens, entre pais e filhos, professores e alunos, cada qual falando o seu idioma particular, às vezes até um incompreensível "dialeto tribal" para os que estão de fora daquele grupo social. E, no que tange as tecnologias, mídias e redes sociais no ambiente escolar, ainda muitos profissionais do saber evitam entender estas linguagens, como faz a personagem do vídeo, até que, sem outra saída, ele recorrerá à cartilha do filho para poder compreender os novos significados que as palavras possuem em seu cotidiano. O que lembra também aquela piada do "Joãozinho do Passo Certo", que sempre achava que todos no batalhão marchavam errado e somente ele que estava certo em seu pisar, marchar... Viver em comunidade é estabelecer um diálogo entre gerações e entre saberes. Ir além da imaginação e utilizar-se do imaginário do aluno para trabalhar conteúdos educacionais.
O educador do futuro precisa conviver com essa multiplicidade e saber estabelecer uma forma interlocução. Cabe ao educador do século XXI saber usar em seu favor, e no benefício da aprendizagem mútua, um novo jogo de palavras, mais significativas, motivadoras e reflexivas. E para isso não é preciso o uso de uma bola de cristal, mas que uma tela de ou que aparenta cristal líquido, como das mídias e redes sociais, ou da televisão, como algumas das ferramentas que poderão favorecer esta interação.
O mais interessante é que só recordei deste episódio da série "Além da Imaginação", quando elaborei o projeto Clipes que parecem Curtas, que utilizei com alunos do ensino fundamental e depois médio, videoclipes que possuíam uma narrativa literária e cinematográfica. Um deles, Crystal Ball (Bola de Cristal), da banda Keane (videoclipe abaixo), de 2006, quando assisti pela primeira vez tive uma reação intertextual imediata com Wordplay. Acredito até que o citado episódio tenha servido de inspiração ao videoclipe, pois desde as primeiras cenas iniciais da casa são parecidíssimas, do homem se despedindo da esposa e filho e indo para o trabalho de carro, do escritório e outras coisas mais que me deram a sensação de dejá vú.
No referido projeto, passava estes videoclipes e pedia aos alunos que me contassem a história narrada, mesmo que contada numa língua estrangeira, trabalhando com a questão da linguagem, das formas de linguagem verbal e não-verbal, com a narrativa, a interpretação de texto e a produção textual. No caso do clipe Bola de Cristal, os alunos criaram finais alternativos e a experiência foi muito satisfatória a todos.
Daí em diante, tentei sem sucesso localizar Wordplay (Jogo de palavras), pois desconhecia título, ano, atores, diretor e tudo mais, lembrava-me apenas da história em si e do seriado; até que, enfim, graças a pesquisa na filmografia da série e o resumo de cada episódio, achei na Wikipedia o que tanto procurei.
Entre o episódio de seriado de 1985 e um videoclipe de 2006, 21 anos se passaram, mas a relação INTERTEXTUAL permanece, tanto que se observarmos, a primeira cena do clipe, na imagem abaixo (print da minha tela do computador), à esquerda, e a primeira imagem do episódio do seriado à direita, são semelhantes, duas casas em que um ai de família, com esposa e filho tem uma vida rotineira indo para o trabalho e retornando pra casa, percebendo certas mudanças, quando a IDENTIDADE, (clipe) e LINGUAGEM (no episódio). Há outros detalhes que deixo a cargo do espectador perceber e comparar e aqui nesta postagem deixar seu comentário.
Abaixo, o belo videoclipe Bola de Cristal da banda Keane, que se visto junto com o vídeo Jogo de Palavras pode promover uma rica intertextualidade, aproximando professores e alunos, pais e filhos, pois ambos tratam de temas atuais, como a questão da individualidade, da identidade, da afetividade, do distanciamento e da perda de laços fraternos, algo que é recorrente hoje, quando se trata de mundos virtuais.
Material também para refletir e motivar. E para tratar não apenas de linguagens invertidas, mas de lógicas invertidas, seja na rede de computadores, na rede social digital ou na sociedade em geral. Para tratar também de valores humanos, da importância da comunicação e do diálogo na família, escola e sociedade.
Se pararmos para refletir, com o passar do tempo, as palavras e as coisas que estas nomeiam passam a ter outros significados, às vezes, compostos, outras opostos ao sentido original. Um dos exemplos mais cristalinos é a palavra AVATAR (é uma manifestação corporal de um ser imortal segundo a religião hindu, por vezes até do Ser Supremo), portanto, de origem religiosa e que foi apropriada recentemente pela tecnologia, como sinônimo de perfil, real ou imaginário de quem ingressa nas redes sociais e até título de filme, usando os mais impressionantes efeitos visuais. Por incrível que pareça teologia e tecnologia também se comunicam, ainda que de formas diversas.
Para ampliar a leitura desta postagem, o Educa Tube lança um desafio aos professores de inglês, para, com seus alunos, traduzir e legendar este vídeo e colocá-lo no You Tube, como exercício prático, utilizando a tecnologia como o facilitador deste trabalho, junto ao ensino da língua inglesa, em questão. Caso aceito o desafio, o Educa Tube também agradeceria o envio do link do vídeo para anexá-lo a esta postagem, ampliando os horizontes educacionais. Inter e multidisciplinaridade.
SINOPSE DE WORDPLAY (JOGO DE PALAVRAS) - TRADUÇÃO LIVRE DO EDUCA TUBE:
Direção: Wes Craven, Roteiro: Rockne S. O'Bannon, Elenco: Robert Klein, Annie Potts, Primeira exibição: . 04 de outubro de 1985.
Bill Lowery (Robert Klein), um vendedor veterano de equipamentos médicos, é jogado em uma espécie de limbo, quando sua empresa começa a vender uma nova linha de produtos com nomes bastante difíceis. Depois de passar uma noite no sofá, adormece enquanto a aprendia. O dia de Bill começa a tomar um rumo estranho. Primeiro, sua mulher Kathy (Annie Potts) começa a usar as palavras em sentido diferente. Bill acha isso engraçado, mas Kathy apenas dá de ombros. O próximo a agir um pouco estranho é o seu vizinho de porta, que chama seu cachorro uma "enciclopédia". No trabalho, Bill ouve colegas mais jovens falando mal dele, dizendo: "você não pode ensinar a um cachorro velho novos trombetas", enquanto o seu colega mais velho brinca como os garotos também usando expressões confusas. Então chefe de Bill usa a palavra "throwrug" (ou algo nesse sentido) no lugar de aniversário, e, finalmente, o que realmente alarma Bill é um jovem que lhe pergunta onde ele pode levar sua namorada para um "dinossauro" . De volta para casa, Bill é saudado por Kathy, que em vez dos comentários normais de como o seu filho não está se sentindo bem - ele não comer nada de seu "dinossauro". Neste ponto, Bill ainda reluta em acreditar que algo deu terrivelmente errado no seu canto do universo, começa a descobrir que as palavras passam a ter outras significações a todos, menos a ele. Deste ponto em diante, a situação piora progressivamente para o pobre Bill. Em vez de apenas uma palavra estranha não faz sentido aqui e ali, ele é incapaz de compreender praticamente tudo o que é dito a ele - e seu nome misteriosamente muda para outro. Finalmente percebendo algo está muito errado, Bill volta para casa, onde ele é recebido por sua esposa preocupada, que tenta explicar-lhe que seu filho está bastante doente. Bill suspeita de pneumonia, e se apressam a levar a criança ao hospital, onde os médicos iniciam um procedimento de emergência. O procedimento é um sucesso, e filho de Bill vai viver - um fato que percebemos apenas a partir do rosto feliz de Kathy, como, também, todos os personagens ainda falam o jargão. De volta a casa e um pouco aliviado, Bill passa uma noite confortável com sua esposa, então foge para o quarto de seu filho e começa a olhar para os seus livros escolares - determinado a se adaptar e aprender a língua.
Fonte: http://postcardsfromthezone.blogspot.com.br/2005/12/103-wordplay.html
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Escritores da liberdade (cinema, literatura e educação)
As cenas acima (no You Tube), do filme Escritores da liberdade, de Richard LaGravanese, conheci através de indicação do colega e amigo Robson Garcia Freire, educador de Itaperuna - RJ - Brasil, e editor do blog Caldeirão de ideias.
Se fosse apenas um filme, produto de ficção, já seria fabuloso por si só, pela mensagem que contém, mas sendo inspirado em uma história real, o considero fenomenal.
Ainda mais pela problemática que aborda, servindo para tratar também de metodologia e didática, e que o incluo na série de filmes cujo marcador CinEducação propõe justamente sua utilização no ambiente escolar, seja discutindo formas de interação com alunos, seja na formação docente.
Escritores da liberdade é ambientado no ano de 1994, no 1º ano do ensino médio, de uma escola de periferia estadunidense, onde a professora Erin Gruwell, iniciante no magistério, escolhe por causa de seu idealismo e do programa de integração, a referida escola, onde existe problemas com gangues de alunos de origem afro, asiáticos e hispânicos.
"A luta verdadeira deve nascer aqui, na sala de aula", diz a profª. Erin, em cena inicial.
No primeiro contato em sala de aula: testando limites, não pode ser mais desalentador. Alunos desinteressados, fruto de um sistema que não lhes oferece uma oportunidade. O choque de realidade. A lógica vigente de deixá-los sumirem (evasão, violência, desistência). Quem desiste de quem? O aluno da escola ou esta dele, primeiro? A escola é uma prisão? Tribos, gangues, disputas pelo espaço. Divisão de território no bairro, na escola, na sala de aula. Algumas questões que desfilam, enquanto a professora Erin tenta dar aula de literatura.
Quando ocorre pancadaria generalizada no pátio, atrás da professora surge um mosaico com o símbolo da paz (16 min). Apesar de contraditório e paradoxal é um tanto também simbólico, pois como tenho dito: muitas vezes a educação tem avançado enquanto teoria, mas ainda possui uma prática extremamente conservadora. Uma resistência a tudo que seja inovador. Mais pelo desconhecimento do que outra coisa. Nem tudo que é novo é de fato inovador. O datashow, por exemplo, parece-me um show datado, à medida que for somente usado para reproduzir slides de terceiros, como era feito com o antigo retroprojetor
Não bastassem todos esses problemas, o pai de Erin lhe diz que é professora em um presídio, e não dá aula pra alunos mas sim criminosos. Professor também nos EUA não é uma profissão bem remunerada, se comparada a outras. A educador, apesar de tudo, inicialmente tem o apoio do marido.
Uma das estratégias que ela utiliza é a de colocar música para os alunos. Tupac Shakur, para falar de poesia. Mas é contestada pelos jovens, que não a consideram como alguém do local. Não a veem como um igual, até pelo fato de Erin usar boas roupas, joias no trabalho.
Um dia, ela perde a paciência. E ai redistribui os alunos, mudando-os de lugar na sala, principalmente por causa de Jamal, o engraçadinho da turma. Novas fronteiras são estabelecidas. Mas os mesmos procedimentos de convivência persistem. Toda mudança requer tempo e observação, planejamento e interação.
A política da escola é não discutir o assunto (violência) em sala de aula.
Aos 29 min. (parte 3, acima), por conta de desenho de Tito, que faz caricatura de Jamal como um macaco, Erin manda que fechem os livros, e começa a falar da gangue mais famosa da história, que não apenas dominou bairros e cidades, mas países, para delírio dos presentes. Mas trata-se na verdade de descrever os atos do nazismo, que começaram assim, fazendo caricaturas de judeus como ratos e distribuindo em jornais, até chegar onde chegou. Extremamente didático este sermão que cala fundo a todos na aula, de latinos, negros a asiáticos, todos se identificam com o que a professora conta. O poder da retórica e do conhecimento de causa.
Aos 40 min., outra cena emblemática, quando no pátio, Erin percebe que os alunos vivem em guetos, propondo em sala de aula um suposto jogo. Com uma fita adesiva vermelha, divide a sala em duas e pede que a cada pergunta, os alunos deem um passo a frente, tipo: quem tem CD do Snoopy Dog; quantos viram o filme Boys in the hood; quantos moram nos conjuntos residenciais; quantos conhecem alguém que já foi preso, seja amigo ou parente... Em seguida, o questionário disfarçado, vai aumentando o grau: quantos passaram por reformatório ou cadeia; quantos sabem onde se consegue drogas; quantos estão em alguma gangue... Posteriormente, pede que fiquem na linha vermelha se perderam algum amigo por causa da violência das gangues; que fiquem na linha se perderam mais de um amigo, três, quatro ou mais... Um exercício de identidade, que a professora, mais do que tentar descobrir o perfil de sua turma, faz com que seus alunos saibam mais sobre o outro (alteridade) e descubram que todos têm coisas mais em comum do que pensam. Após essa dinâmica de grupo, Erin pede uma homenagem de todas as pessoas, aonde quer que estejam. Nada mais é preciso ser dito naquele momento.
Noutra metodologia que a professora propõe, através da observação e tentativa de interação, é a da escrita de diários pelos alunos. Mas não é obrigatória a tarefa. Quem quiser pegue seu caderno e se quiser que ela leia, deixe ao final da aula no armário, no fundo da sala. A primeira a pegar o caderno é a que quase não fala em aula.
No dia da entrega de notas, logicamente, a maioria dos pais da sala 203 estão ausentes. Das leituras dos diários, Erin descobre o motivo de cada um ser o que é fruto de famílias desestruturas, passando por diversas dificuldades. Conhecer o aluno é desafiador, e propor formas de expressão, um dos caminhos ao educador.
Um dos alunos escreve: "Ninguém liga para o que eu faço, por que vou ligar pra escola?" Toda rebeldia, no fundo, é uma forma de dizer, eu estou aqui, me vejam!
Sem recursos nem apoio, Erin começa a trabalhar em uma loja no shopping (trabalho temporário) para poder comprar material para os alunos. Compra o livro sobre um ex-integrante de gangue, promovendo de novo a identificação do aluno com o material proposto, a partir da própria vivência de cada um.
Com muita dificuldade, consegue liberação para um passeio com os alunos. É primavera, 1º ano, primeiro semestre. Visitam o museu do Holocausto, e o pai de Erin dá carona a alguns dos alunos. Mais uma vez força a identidade dos alunos com o que é retratado no local. Os jovens veem jornais de época, imagens, vídeos, réplicas de campos de concentração, de guetos. Um choque de realidade, além do tempo-espaço, pois um dos alunos, acostumado com a violência se impressiona com a história de um dos meninos prisioneiro do campo de concentração. Erin chega a trazer sobreviventes do Holocausto para falar com os alunos sobre o passado. Usar literatura e história, real e imaginário, outra estratégia da professora.
Ao poucos se cristaliza o poder da mudança. Muitos alunos adquirem o hábito da leitura e da escrita. No 2º ano, no outono, a afetividade entre professor e alunos fica evidente. Através das leituras de relatos dos próprios alunos, feitas por eles mesmos, há uma identificação de grupo, turma. Um deles diz: "Professora maluca. Ano passado foi a única pessoa que me fez ter esperança. Estou em casa."
Uma aluna afro, considerada modelo pela escola, resolve mudar de turma, por ouvir falar das aulas da professora Erin. É o reconhecimento. A Sra. Campbell, uma professora conservadora da instituição, não vê com "bons olhos" as experimentações da professora Erin, que em sua metodologia, doa o livro Diário de Anne Frank aos seus alunos. Das leituras, a identificação dos alunos com as restrições feitas aos judeus, confinados também em guetos. Uma das alunas lê o diário como se fosse um romance, com final feliz, mas quando descobre que Anne morre no campo de concentrações, se irrita, chora, se decepciona.
Erin, graças a arrecadação feita pelos alunos, traz a Srª. que escondeu Anne Frank em sua casa, em mais uma estratégia de interação, motivação e inclusão. Uma educadora que conquista o respeito e a admiração dos alunos, mas que também sofre com ressentimento de colegas conservadores, que dizem que estão há mais de 30 anos naquele método e não querem mudar. A resistência ao novo. O que vem de encontro ao que penso, que melhor ajuda quem não atrapalha. Por diversas vezes a Sra. Campbell tenta inviabilizar as ideias de Erin, sem conseguir seu intento.
Por fim, Erin e os alunos juntam os diários em um livro, conseguindo a doação de 35 computadores para que os seus "escritores da liberdade" possam organizar todo o material. Os alunos escolhem o título do projeto, que torna-se livro e inspira este filme, e posteriormente criam uma fundação (em 1999) para ajudar outros alunos na mesma situação. Uma história real, motivadora e inspiradora, que todo educador deveria assistir com seus alunos, todo pai deveria ver com seu filho. Toda a comunidade escolar deveria assistir para redefinir cada um o seu papel, enquanto professor, aluno, gestor escolar, gestão público...
O Educa Tube sugere também a leitura do artigo Escritores da Liberdade: Palavras que emancipam, (link abaixo) de autoria do prof. João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva) e editor do portal VITHAIS.
ESCRITORES DA LIBERDADE: PALAVRAS QUE EMANCIPAM
Bem como, indica link abaixo para o download do filme Escritores da Liberdade, via blog Baixar Filmes Completos:
ESCRITORES DA LIBERDADE
Assistam também O Diário de Anne Frank, clássico de George Stevens, abaixo:
Sinopse do filme no You Tube:
A épica adaptação para as telas assinada por George Stevens de um dos mais comoventes documentos surgidos após a 2ª Guerra Mundial: o diário de uma garota judia de treze anos de idade, chamada Anne Frank. Para escapar aos horrores da perseguição nazista, Otto Frank (Joseph Schildkraut) escondeu sua esposa (Gusti Huber) e suas duas filhas, Anne (Millie Perkins) e Margot (Diane Baker) em um sótão desocupado em Amsterdã por dois anos. Lá, também escondidos, estavam o Sr. e Sra. Van Daan (Lou Jacobi & Shelly Winters), seu filho Peter (Richard Beymer) e um dentista, o Sr. Dussel (Ed Wynn).
Em seu diário, Anne registra as dificuldades e medos das pessoas à sua volta que tentavam viver uma vida normal mesmo confinados no minúsculo sótão, estando todo o tempo sob ameaça de serem descobertos pela Gestapo.
O estresse e a tensão quase insuportável da situação são habilmente expostos neste filme marcante e tocante.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Filhos do Paraíso: dois irmãos dividindo o mesmo par de calçados para ir à escola (cinema e educação)
O vídeo acima, é trailer do belíssimo e comovente filme iraniano FILHOS DE PARAÍSO, do diretor Majid Majidi, que em 1999, juntamente com Central do Brasil, de Walter Salles Jr. e A vida é bela, de Roberto Benigni, disputaram o Oscar de melhor filme estrangeiro, sendo vencedor o filme italiano, da distribuidora norte-americana Miramax. Nada contra o filme de Benigni, que é uma delirante fantasia. Contudo, apesar de ser também escritor de ficção, creio que coisa mais fantástica que a realidade não há.
O filme iraniano é inspirado num fato real: dois irmãos (menino e menina) têm que dividir o mesmo par de tênis velho para irem à escola, visto que o menino, logo no início da película, perde o surrado par de sapatos da irmã, este recém vindo do conserto. Ou melhor, deixa num canto, enquanto compra legumes pro almoço,e um catador de lixo, vendo o péssimo estado dos mesmos, crê que tinha sido largado na rua, como lixo. Pode-se, com esta cena inicial, trabalhar questões como preconceito, discriminação, sociedade.
A partir daí, para fugir do castigo do pai, as crianças passam a dividir o par de tênis surrado do menino com a irmã menor, que estuda pela manhã, enquanto ele a aguarda chegar em casa, para calçar o mesmo par e ir correndo para a escola, no turno da tarde. O diretor da escola, vendo apenas a "ponta do iceberg" começa a ameaçar o menino de expulsão se continuar com os seguidos atrasos, mas é um professor de educação física que vê no aluno um talento natural para o esporte. Ver o todo, conhecer o universo do aluno, às vezes com uma conversa, facilita a estratégia de interação e o processo de ensino-aprendizagem. Avaliar às pressas, corre-se o risco de apressar a evasão do aluno.
Em função da observação do professor, por conta do corre-corre e troca-troca, o jovem acaba se destacando por sua velocidade e é inscrito numa corrida, onde o 3º lugar é justo um par de tênis novos - para os dois irmãos, muito melhor que os primeiros lugares: viagem à colônia de férias, que eles jamais tinham ido também. Cruel dilema, que não conto o final, evidentemente, para que todos vejam o filme. História tocante, simples e bem contada, mostrando outra faceta do povo iraniano, que comumente têm sua imagem associada pela mídia ao suposto fanatismo religioso, terrorismo e a opressão.
Abaixo, o referido filme pode ser visto em partes, no YouTube, a partir da parte 1, logo abaixo:
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Educador, crie sua videoteca educacional
Educador, crie suas videoteca e audioteca, a partir do uso de softwares para baixar vídeos e músicas do You Tube, como por exemplo o aTube Catcher (que pode ser baixado livremente pelo Baixaki, AQUI).
Faça seu próprio acervo audiovisual para utilizar em sala de aula ou em laboratório de informática, sem a necessidade de conexão com a internet. É prático e possibilita a criação de um acervo digital no próprio computador pessoal, ou da escola.
Acima, vídeo aula de como baixar o aTube e instalá-lo em seu computador.
Abaixo, vídeo aula de como baixar vídeos e áudios e convertê-los para diversos formatos.
Como disse Pier Cesare Rivoltella, o educador do futuro deverá ser um mídia-educador. Saber incorporar as mídias dentro de um contexto educacional, seja utilizando pequenos vídeos (clipes, curtas, slides, etc), seja como introdução a uma atividade convencional, seja como dinâmica de grupo, auxilia e muito no processo de enino-aprendizagem de uma geração eminentemente audiovisual.
No You Tube encontra-se desde videoclipe, curta-metragem, vídeo aula, até filmes completos, documentários, séries etc.
Bom proveito a todos os educadores.
BAIXAR VÍDEOS E ÁUDIOS:
domingo, 24 de junho de 2012
Curta Cinderela às avessas: a história de uma professora escrita por uma professora
O curta-metragem acima, Cinderela às avessas, descobri no facebook da comunidade Escolas do Amanhã - Digital, do portal Escolas do Amanhã - Digital, e trata da história de uma professora, escrita e contada por uma professora, de autoria de Tania Araújo, do Rio de Janeiro - RJ - Brasil.
Um vídeo experimental que pode ser visto como um pequeno "reality show" do que muitos professores vivenciam, mostrando um lado nada romântico da profissão àqueles que sabem tudo sobre tudo, principalmente sobre o que não conhecem, que é a realidade da rede pública escolar.
Para refletir e repensar o papel social de cada ator na comunidade, seja professor, aluno, pai, gestor escolar.
Destaco este material, nem tanto pela forma, que a própria autoria diz ser expeimental, mas pelo seu conteúdo e pelo fato de ser produzido por uma educadora, com a sua visão de mundo, de dentro da educação.
Apresentação da professora Tania Araujo, no Facebook:
"Olá colegas! Estou agora CP em escola do Amanhã e minha escola tem o Projeto Cineclube, onde sou responsável. Fiz o curso de audiovisual e tb um vídeo experimental . Estou postando aqui o video que fiz em cima de um texto escrito por mim anos atrás... Gostaria da opinião de vcs sobre o assunto, que é o resultado do que venho escutando ao longo de muitos anos de trabalho. Meu desejo foi poder colaborar um pouco para a solução do sofrimento de alguns colegas..."
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Futebol e filosofia
Este divertido vídeo, um curta-metragem do grupo de comédia Monty Phyton, que batizei deFutebol e filosofia, encontrei por acaso, certa vez na web, e trata de forma humorada sobre Filosofia e Futebol, num hipotético jogo entre alemães e gregos e cujo juiz é Confúcio.
Publico no Educa Tube, dedicando o mesmo a dois amigos das redes sociais: o professor de filosofia Albio Fabian Melchioretto, de Blumenau - SC e o radialista e professor de História Fábio Beilfuss, de Rio Grande - RS.
Um vídeo que dá pra trabalhar questões como educação, filosofia, história, esportes na sala de aula ou no laboratório de informática, usando o humor para falar de algo sério. Afinal, depois de Sócrates, Aristóteles e Platão, na filosofia, apareceu outro trio talentoso (Sócrates, Zico e Falcão, em 1982), no futebol. Ao invés do campo das ideias, o outro trio, no campo verde dos sonhos, apesar de ter sido uma geração que não foi campeã, mas encantou o mundo pelo seu belo futebol. :-)
Afinal, há sempre uma filosofia nos esportes, principalmente os coletivos, e, em especial, no futebol.
Recentemente dei entrevista a Fábio, em seu programa de rádio, falando sobre Educação, tecnologia e suas múltiplas linguagens.
Posteriormente, Fábio fez-me a seguinte indagação:
- Dentro da atual conjuntura da educação, qual é a importancia do esporte para uma mudança do atual paradigma?
Abaixo a resposta, que vem de encontro ao vídeo acima, afinal, futebol é a grande metáfora da vida:
JOSÉ ROIG:
Acredito que o esporte tem grandes lições a dar aos educandos, pelo próprio espírito de organização, planejamento, e redenção que o mesmo tem.
Muitos são os exemplos de esportistas que superaram grandes desafios para conseguir seu objetivo de vida. Um dos exemplos mais emblemáticos é o caso de Cafu, ex lateral do São Paulo F.C., ex lateral e capitão da seleção brasileira de futebol na conquista do penta, nos EUA. Passou por mais de 5 clubes, diversas “peneiras”, até conseguir uma chance num grande clube. Assim é na vida, o jovem sem experiência de trabalho precisa ter essa persistência até conseguir o primeiro emprego.
É sabido que o esporte requer disciplina, e se modalidade coletiva, mais ainda, requer espírito de grupo, algo necessário no ambiente escolar, pois as boas práticas educativas, normalmente requerem projetos colaborativos para obtenção de sucesso. Existem diversos filmes que lidam com essa temática, um deles, chamado Um Sonho Possível, inspirado em fatos reais, mostra como um jovem sem lar, que é adotado por uma família de posses nos EUA, através do futebol americano, consegue superar seus limites. Neste filme, o papel da família é essencial, a começar pela mãe adotiva que percebe formas de ensinar, a partir da observação.
Este e outros filmes e vídeos, com foco educacional, divulgo em meu blog chamado Educa Tube, que é um espaço para indicar materiais de e para professores. Um espaço virtual mantido pelas sugestões de diversos educadores pelo país e exterior, que são responsáveis por cerca de 90% das sugestões do referido acervo digital. Trabalhar com a prática física e com recursos diversos, como vídeos e filmes (teoria e prática) são algumas das possibilidades de valorizar o espírito de equipe em uma turma, através do esporte.
Aqui, link para o filme no blog:
UM SONHO POSSÍVEL - Cinema, esporte e educação
segunda-feira, 18 de junho de 2012
O Mundo Sem Ninguém - Documentário do History Channel
https://www.youtube.com/watch?v=7_77n7CA3bw
Apresentação do vídeo acima, no You Tube:
O Mundo sem Ninguém - History Channel (Luciano Silva)
As piramides talvez existam para sempre. As cidades vão desaparecer. Nossas maiores obras primas vão desmoronar e desaparecer. E nossas garrafas de plástico formarão enormes ilhas flutuantes vagando pelos oceanos por milênios.A medida que o aquecimento global e a exaustão dos recursos naturais se tornam mais prementes, é importante considerar como podemos reduzir nosso impacto sobre o planeta. O MUNDO SEM NINGUEM leva em conta a redução total do nosso impacto: o desaparecimento do ser humano.
Opinião do Educa Tube:
Em abril de 2008, assisti a um documentário incrível, no canal por assinatura History Channel, intitulado O MUNDO SEM NINGUÉM, em que especialistas mostram o que aconteceria ao planeta Terra, caso a humanidade desaparecesse. É mostrada de forma didática como as coisas vão se deteriorando, de obras, construções a mídias, livros, e tudo que não foi gravado na pedra, graças a corrosão e intempéries, em função da falta de manutenção e conservação.
É um vídeo instigante de 120 minutos, em que são mostradas por etapas essas transformações: o que sobreviveria até 50 anos, após o desaparecimento da humanidade, depois 100 anos, 500, 1000, 10.000.
Um tema que me interessa muito e que já li e escrevi a respeito, em artigos de opinião e obra ficcional.
No conto A ESCAVAÇÃO, do livro Realidade Virtual (2004), ambos de minha autoria, já falei sobre essa questão, de uma civilização sobrepor-se a outra e deixar apenas vestígios do que já foi (algo meio bíblico: do pó viesses e ao pó voltarás?).
No documentário em questão, um dos entrevistados comentou que "é incrível que com todo esse avanço tecnológico, a humanidade ainda não criou uma forma de deixar sua história registrada e sobrevivendo, que não seja através da escrita na pedra" (ou algo nesse sentido), o que concordo plenamente. Se houvesse um hecatombe, daqui a meio ou um século, DVDs, CDs, vídeos, fitas de áudio, nada existiria mais, e se algum extraterrestre pousasse aqui, diria que esse mundo nunca teve vida inteligente (o que eu concordaria, se levado em conta os gastos assombrosos em armamentos e corrupção, e a ínfima parte de qualquer orçamento pra educação, saúde, segurança, etc. das populações de todos os países). Num panorama como este, os visitantes do além, quando muito, encontrariam ruínas de estranhos monumentos em pedra e seus "hieróglifos".
Saindo um pouco da ficção e adentrando na realidade circundante, li certa vez notícia que tratava da opinião de especialista, abordando um suposto fim da Sociedade de Consumo em que vivemos, a partir de radical mudança climática, que forçará também a mudarmos nosso modo de vida.
Enfim, um documentário para refletir e repassar aos amigos, colegas, alunos, para debater sobre o mundo ainda conosco e suas possibilidades de extinção (senão da humanidade, mas de seu modo inconseqüente de existência). Usem nessa discussão, palavras-chave como: tecnologia, informática, ambiente, ecossistema, educação.
domingo, 17 de junho de 2012
Arquitetura da destruição (documentário)
O vídeo acima, Arquitetura da destruição (em 12 partes), trata-se de "Documentário produzido e dirigido pelo cineasta sueco Peter Cohen e narrado por Bruno Ganz, que trata do uso da arte e da estética pela Alemanha nazista. Foi lançado originalmente na Suécia em 1989".
Um material relevante para trabalhar história e sociedade, aliado a cinema e literatura, respectivamente, apresentando aos alunos o filme Escritores da Liberdade e o livro Diário de Anne Frank, que se comunicam de forma intertextual com o documentário, ampliando o debate, como conteúdo curricular ou extra-classe.
Arte, cultura, propaganda, história, sociedade, totalitarismo, nazismo, facismo, eugenia, Segunda Guerra Mundial, holocausto são alguns temas relacionados.
Inclusive, na parte 11, quando trata da metáfora construída pelos nazista contra os judeus, comparando-os a vermes, insetos, para justificar o plano de extermínio, remeteu-me à leitura de A metamorfose de Franz Kafka e a cena de Escritores da Liberdade, em que a professora Erin critica duramente as ações de bullying contra um de seus alunos afro-descendente que é caricaturado na figura de um macaco. Erin compara aquele desenho às charges em jornais nazistas comparando judeus a ratos.
Enfim, um documentário que dialoga com cinema e literatura, com arte e cultura, com educação e sociedade.
Abaixo resumo do documentário Arquitetura da destruição pelo portal HISTORIANET:
TÍTULO DO FILME: ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO
DIREÇÃO: Peter Cohen
NARRAÇÃO: Bruno Ganz
Suécia 1992 - 121 minutos
RESUMO
Este filme é considerado um dos melhores estudos sobre o Nazismo. Lembra que chamar Hitler de artista medíocre não elimina os estragos causados por sua estratégia de conquista universal. O arquiteto da destruição tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
Esse documentário traça a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade; em oposição defende o ideal de beleza como sinônimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o "corpo" do povo.
Nasce assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estará disposta a erradicar os males que possam afetar essa obra.
Do ponto de vista social, o embelezamento é vinculado diretamente à limpeza. A limpeza do local de trabalho e a limpeza do próprio trabalhador. Os nazistas consideram que ao garantir ao trabalhador a saúde e a limpeza, libertam-no de sua condição proletária e, garantem-lhe dignidade de burguês, eliminando portanto a luta de classes.
A Guerra é vista como uma arte. Com cenas de época, oficiais, mostra-nos a visita de Hitler à Paris logo após a ocupação: O Fuher chega de avião durante a madrugada, visita a Ópera, o Arco do Triunfo, alguns prédios imponentes. Volta para a Alemanha no mesmo dia.
O domínio sobre a França, Bélgica, Holanda possibilitaram aos nazistas a pilhagem de obras de arte. Em 1941 a conquista da Grécia; nova viagem de Hitler, que tinha na beleza da antigüidade um de seus modelos.
O filme dedica ainda um bom tempo à perseguição e eliminação dos judeus como parte do processo de purificação, não só da raça, mas de toda a cultura, mostrando o processo de extermínio. É interessante perceber que, durante toda a guerra, mesmo no período final com a proximidade da derrota, os projetos arquitetônicos do III Reich tiveram andamento, pretendendo construir a nova Berlim, capital do mundo.
Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=102
Posteriormente a publicação deste post, achei no próprio You Tube a versão integral em inglês, abaixo, que para ativar legendas, basta clicar em play, depois na opção CC.
sábado, 16 de junho de 2012
Pensadores da Educação
A imagem acima, trata-se de uma curiosa árvore do pensamento educacional, através dos séculos, e suas várias correntes. Para conhecer um resumo de cada pensador da educação, basta clicar no link abaixo e sobre o rosto dos pensadores da educação.
Ótimo material para professores formadores de futuros educadores trabalharem com seus alunos do magistério e curso normal.
Pensadores da Educação
http://educarparacrescer.abril.com.br/pensadores-da-educacao/?utm_source=redesabril_educrescer&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_educrescer
Ótimo material para professores formadores de futuros educadores trabalharem com seus alunos do magistério e curso normal.
Pensadores da Educação
http://educarparacrescer.abril.com.br/pensadores-da-educacao/?utm_source=redesabril_educrescer&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_educrescer
Herdeiros do futuro: o futuro que queremos
O vídeo acima, O futuro que queremos, produzido pela educadora Marli Fiorentin, com alunos da Educação Infantil, respondendo à pergunta feita pela Rio +20 ,Conferência das Nações Unidas para um mundo sustentável.:"qual o futuro que queremos?"
Essa consciência de que o futuro se faz hoje, agora é fundamental, trabalhando conceitos como meio ambiente, sustentabilidade, reciclagem e tudo mais com os pequenos de hoje...
Sempre motivador mostrar a produção escolar em que alunos são co-autores de seus saberes... e que o educador é o mediador desse processo de aprendizagem mútua. Marli Fiorentin, coleg'amiga que sempre se destaca pela simplicidade e universalidade de seus projetos.
Marli Fiorentin é educador de Nova bassano - RS - Brasil e já foi eleita Educadora Inovadora pelo Prêmio Microsoft, por conta de projetos envolvendo literatura e é editora de diversos blogs, como o destacado Blogosfera Marli.
Eu sempre digo aos meus cursistas que o verdadeiro projeto de trabalho (e de vida) tem que ser calcado na simplicidade que promove a continuidade... Projetos mirabolantes e grandiosos, não se sustentam com o tempo, estressam todos os envolvidos e não tem permanencia... A simplicidade é a nossa essência... E o verdadeiro educador é esse que torna simples o que para outros parece complexo. E não aquele que faz questão de saber mais que seus alunos, mas que faz seus alunos aprenderem tanto quanto ele. Fazer ver o mundo com outros olhos, olhos de observador, de eterno aprendiz...
Educar é dialogar sempre... Ser educador é estar sempre disposto a aprender coisas novas e compartilhar seus saberes.
Educa Tube destaca a apresentação feita pela própria Marli de seu vídeo, no Facebook:
"As crianças da Educação Infantil, que só tem 5 anos,uns mais falantes, outros contidos, manifestaram consciência e deixaram seus recadinhos para a gente grande refletir. Afinal, eles são os herdeiros do futuro. Que futuro deixaremos para eles?"
Afinal, "o futuro já não é mais como era antigamente", vaticinou Renato Russo, em Índios. E as crianças não são mais como éramos antigamente também. :-))
sexta-feira, 15 de junho de 2012
A volta ao mundo em (+ de) 80 livros
A animação acima, referente a Biblioteca Básica para uma Volta ao mundo em (+de) 80 livros, que trata-se de indicação de leituras do portal Educar para Crescer, da Editora Abril, feita por educadores, e que descobri lendo o jornal virtual de iPad na sala de aula, de Porto Alegre - RS, Brasil, que possui o portal iPad na sala de aula.
Primeiramente, na animação há a oportunidade de clicar e indicar um livro, com título, autor, país e resumo.
Acima, imagem da indicação de livro que fiz.
Abaixo, imagem e link para a Biblioteca Básica, chamada Livros para uma vida, em que "dezoito educadores selecionaram 204 obras essenciais para serem lidas do Ensino Infantil ao Ensino Médio". Indicações dirigidas a leitores dos 2 aos 18 anos de idade, para sua formação adulta. Livro é realmente uma verdadeira viagem ao mundo da imaginação. Ler é ampliar horizontes e construir pontes entre a criança e o adulto. Uma bela iniciativa que o Educa Tube recomenda visitação, divulgação e socialização por outros educadores, visitantes e seguidores.
BIBLIOTECA BÁSICA
Na Biblioteca Básica há indicação de idade e pode-se ver a indicação por mês do ano de livros destinados àquele público leitor.
Vejam também o Guia da Alfabetização
10 dicas para incentivar o seu filho a ler: conheça atividades simples - e baratas! - que podem transformar seu filho em um pequeno grande leitor
Blog Ser Diferente é Normal
Imagem acima, do Blog Ser Diferente é Normal, de André Lima, do Rio de Janeiro - RJ - Brasil, que me foi indicado, via facebook, da coleg'amiga Lisandra Sandini Beutler, educadora do NTE de Santa Rosa - RS - Brasil.
O blog - Ser Diferente é Normal possui diversas indicações de filmes que os educadores podem utilizar no seu fazer pedagógico, alguns deles já destacados pelo Educa Tube.
O acervo é composto de filmes, documentários, livros e docs, vídeos do You Tube etc.
Para visitar o blog, basta clicar no link abaixo:
BLOG SER DIFERENTE É NORMAL
O blog - Ser Diferente é Normal possui diversas indicações de filmes que os educadores podem utilizar no seu fazer pedagógico, alguns deles já destacados pelo Educa Tube.
O acervo é composto de filmes, documentários, livros e docs, vídeos do You Tube etc.
Para visitar o blog, basta clicar no link abaixo:
BLOG SER DIFERENTE É NORMAL
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Brasiliana USP (baixe mais de 3 mil livros)
Imagem acima, da página inicial do site BRASILIANA USP, que conforme notícia do Catraca Livre, vide abaixo:
"A USP tem um site que disponibiliza 3.000 livros para download. Ao entrar no www.brasiliana.usp.br o internauta encontra livros raros, documentos históricos, manuscritos e imagens que são parte do acervo da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, doada à universidade.
Há planos de aumentar o catálogo para 25 mil títulos e incluir primeiras edições de Machado de Assis e de Hans Staden."
Para acessar essa acervo digital, basta clicar no link abaixo:
BRASILIANA USP
http://www.brasiliana.usp.br/
Poe-se pesquisar por titulo, autor, assuto, ano e texto, conforme imagem acima.
"A USP tem um site que disponibiliza 3.000 livros para download. Ao entrar no www.brasiliana.usp.br o internauta encontra livros raros, documentos históricos, manuscritos e imagens que são parte do acervo da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, doada à universidade.
Há planos de aumentar o catálogo para 25 mil títulos e incluir primeiras edições de Machado de Assis e de Hans Staden."
Para acessar essa acervo digital, basta clicar no link abaixo:
BRASILIANA USP
http://www.brasiliana.usp.br/
Poe-se pesquisar por titulo, autor, assuto, ano e texto, conforme imagem acima.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Uma banda lá em casa (música e animação)
Acima, animação criativa e original da abertura do seriado Uma banda lá em casa, do canal Disney XD. Unir música, dança, animação, tecnologia, televisão, mídias em geral, podem ser algumas das estratégias de interação com o alunado. Conhecer seu universo particular para pensar formas universais de diálogo, um caminho. Às vezes, pequenas inserções de vídeos, um bate-papo sobre o que gostam auxilia na prática pedagógica.
No caso do vídeo acima, pode-se também trabalhar com a questão artística, de criação de histórias em quadrinhos, ou de animação, através do movimento gravado por celular ou cãmera digital e depois manipulado por editor de vídeo. Arte e fato, artefato cultural, artefato educacional.
Abaixo, a abertura tradicional do referido seriado:
http://youtu.be/3CFG6Yma0Tk
Abaixo, link para o canal Disney XD:
DISNEY XD
domingo, 10 de junho de 2012
O Jogo de Ser Árvore
Jogo de Ser Árvore from Estúdio Nômade on Vimeo.
O vídeo acima o Jogo de Ser Árvore, foi indicação que recebi, via facebook de Luíza Müller e, conforme apresentação da mesma, trata-se de:
"Um projeto inovador que está acontecendo nas escolas públicas do interior e que trabalha com crianças entre 8 e 10 anos. O objetivo do Ser árvore é convidar a criançada a encontrar a árvore que mora dentro dela. A ação é realizada pela AES Sul numa parceria com as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e da Educação do RS, organizado pela ONG Net Impact e concebido pelo Estúdio Nômade. O jogo é muito divertido, desenvolvido em sala de aula por uma dupla de atores, que levam as crianças por uma jornada cheia de descobertas. [ No vídeo acima mostra como é a atividade]. A primeira edição ocorreu no ano passado [2011] e teve a participação de 3523 alunos e 173 professores de 60 escolas de 19 municípios do Rio Grande do Sul. Esse ano, as ações nas escolas iniciam pelo município de Bom Princípio no dia 28 de maio e encerram no dia 12 de julho em São Sebastião do Caí - Brasil "
Para acompanhar o desenvolvimento do projeto, visitem sua página no Facebook Jogo de Ser Árvore ( https://www.facebook.com/serarvore ).
Opinião do Educa Tube:
Um interessante projeto que trabalha com arte, cultura, educação, meio ambiente, sociedade, expressão (corporal e linguagem), atividades na web, imaginação criativa e produção de conteúdo educacional em co-autoria com os alunos.
Abaixo, apresentação do referido vídeo no portal VIMEO:
Jogo de Ser Árvore é uma vivência multissensorial de descoberta das árvores e seus poderosos ensinamentos. Dois sábios personagens, o Grande Mestre e sua assistente Raíza, vieram de uma grande floresta e estão viajando pelo mundo, visitando escolas para brincar de ser árvore com as crianças. Nesse jogo não existe apenas um vencedor, todos ganham se conseguirem passar pelo desafio de imaginação criativa, em que cada criança vai encontrar a árvore que mora dentro dela.
Abaixo, link para o jogo cvirtual:
SER ÁRVORE
serarvore.com.br/
flickr.com/photos/serarvore
Uma espécie de contos de fadas
O belo videoclipe acima A Sorta Fairtale (Uma Espécie de Contos de Fadas), da cantora Tori Amos, foi indicação via facebook da coleg'amiga Elisângela Zampieri, professora da educação especial de Curitibanos - SC - Brasil, editora do blog Sobre Educação e colunista do portal INCLUSIVE.
Vi o clipe com um duplo olhar, como tenho feito, desde que criei o blog Educa Tube: primeiro, como a metáfora do amor, depois como a da educação.
Do amor, por que um casal se constrói no cotidiano, um é perna (caminhante), outro é braço (apoio constante). Razão e Emoção. Teoria e Praticidade. Um depende do outro, um molda o outro no dia-a-dia.
Assim é o ato de educar, sejamos pais ou educadores, pois precisamos um do outro. Que seria dos pais sem os filhos, dos professores sem os alunos, um não existiria sem o outro.
Como educadores, precisamos saber conciliar a perna (suporte do referencial teórico) com o braço (da prática didática e metodológica). O sucesso da teoria depende da prática e vice-versa, não tem como ser diferente, e quem é indiferente a isso, provavelmente não obterá o devido sucesso em seu fazer pedagógico.
No clipe, mostra a trajetória de um casal simbólico, que representa muito a jornada amorosa de outros tantos pela face da Terra. Os que "crescem" e tornam-se seres humanos plenos, deixando de ser apenas perna ou braço, são aqueles que ajudam-se mutuamente, se constroem no caminhar, aprendendo um com o outro... A vida é uma eterna aprendizagem...
Eis a lição que este belo videoclipe me proporcionou e que incluo, desde já, no acervo digital do Educa Tube, como uma pequena reflexão sobre o amor ao outro e à educação. E que incorporarei também ao projeto Clipes que parecem Curtas (que reúno desde 2011, e indico videoclipes que parecem ter uma narrativa cinematográfica para trabalhar interpretação e produção textual em linguagem verbal e não verbal com alunos).
Para saber mais sobre o projeto Clipes que parecem Curtas, basta procurar nos marcadores deste blog.
Abaixo, link para a tradução da bela canção:
A Sorta Fairtale - Tori Amos
sábado, 9 de junho de 2012
O mundo é onde vivemos (o eco versus o ego)
O vídeo acima, O mundo é onde vivemos, um belíssimo jogo de imagens em tela dupla, entre o modo de vida da humanidade e as relações coma Natureza, descobri no You Tube, quando pesquisava um tema sobre gestão de pessoas em EaD, e é um ótimo material motivacional, para lidar justamente com a gestão, em sentido mais amplo, desde tempo e espaço, seres e coisas...
Mostrar que o particular está intimamente, umbilicalmente ligado ao universal. Que somos todos parte de uma engrenagem social e de uma mecânica natural, e que os atos de uns têm reflexos nos de todos.
De fato, estamos todos conectados a redes, sem fio ou não...
E o fio condutor de nossos atos deve estar focado em planejamento, estratégias, troca de informações, compartilhamento de ideias.
Mas precisamos que essas conexões (seja por fibra ótica ou simplesmente o olhar de observador), quando feitas por educadores e alunos, sejam efetivas e tenham o caráter mais pedagógico do que meramente social.
Se o mundo é onde vivemos, que a escola, que é o local que mais vivemos depois de nossa casa, seja também um local propício a interações efetivas, com a colaboração da família e da comunidade.
Estamos todos conectados, como mostra a frase final desse beli vídeo de apenas um minuto. Mas precisamos, para sermos naturais em nosso cotidiano, saber reconhecer as lições que existem ao redor, feitas pela Mãe Natureza, que mantém tudo em seus ECOssistemas, funcionando perfeitamente, até a intervenção, nem sempre adequada do chamado "bicho" homem, que é um apenas entre tantos seres vivos, mas que por conta de seu imenso EGO, quer ser sempre o centro das atenções.
Para refletir sobre isso, reproduzo imagem (abaixo) "Ego versus Eco", que descobri certa feita, no facebook da educadora Sonia Bertocchi, de Indaiatuba - SP - Brasil.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
O Líder da Classe (cinema e educação)
O filme acima O líder da classe (Front of the class), que trata da história real de um jovem, Brad Cohen, com Síndrome de Tourette, que tem o sonho de se tornar professor, é um daqueles filmes que todo educador deveria assistir com outros colegas e com seus alunos, pois trata-se de uma lição de vida e de superação das limitações que não impedem de sonhar e sonhos realizar. Depois de várias tentativas, de trabalhar na construção civil com o pai, enfim, Brad tem a chance de ser professor da educação infantil, e só assistindo ao filme para ver o resultado motivador.
Foi uma belíssima indicação feita pela coleg'amiga Lilian Baungratz de Oliveira, educadora de Santo Augusto - RS e que repassei a outra coleg'amiga a Elisângela Zampieri, professora da educação especial de Curitibanos - SC, Brasil, que utilizou com suas turmas de alunos do magistério
Um filme motivador, ótimo para trabalhar com alunos e professores, pais e filhos.
Sugiro a leitura da postagem feita pela educadora Elis Zampieri, em seu blog Sobre Educação, link abaixo:
O LÍDER DA CLASSE, no Sobre Educação
Abaixo, vídeo Síndrome de Tourette na escola e o tratamento multidisciplinar
Fonte: http://youtu.be/lhJeObd9NrA
Veja também o link abaixo para documentário sobre professor com síndrome de Tourette, Brad Cohen (que inspirou o filme O líder da classe) no programa da OprahWinfrey
Documentário com Brad Cohen, por Oprah
Fonte: http://youtu.be/g25by01m9r4