quinta-feira, 18 de abril de 2013
Como crianças reagem a um prato vazio: educação, cidadania e solidariedade
O vídeo acima, Como crianças reagem a um prato vazio, foi-me indicado via Facebook pelo amigo Fernando Luis, músico de Rio Grande, RS, Brasil e editor do blog Zé Urbano.
Trata-se de uma campanha promovida pela organização Accion Contra El Hambre - ACF Internacional (Ação contra a fome), cujo mote do vídeo diz: "Em um mundo com capacidade para alimentar o dobro de sua população, 3,5 milhões de crianças continuam morrendo por desnutrição aguda a cada ano. Deveríamos aprender".
Usando esta campanha de solidariedade (que aceita contribuições, via rede social), e pensando o vídeo acima, dentro de um enfoque educacional, penso que o que ele demonstra é o que todo educador deveria conhecer e, por conta disto, estabelecer novas estratégias de interação, que é o fato de que as crianças sabem melhor compartilhar coisas do que os adultos. São mais solidários em suas brincadeiras e descobertas. Basta observar os alunos no laboratório de informática, quando existem menos máquinas do que crianças, e eles se sentam de duplas e trios e, às vezes, levantam-se para auxiliar o colega que tem menor conhecimento, Um rico potencial, ainda pouco explorado pela educação, pois os jovens trocam roupas, calcados, entre si; emprestam celular etc, compartilham informações, socializam descobertas, cabendo ao educador mediar esta realidade em sala de aula...
O educador do século XXI não é mais o centro do processo de ensino-aprendizagem. Mas o aluno continua e deveria ser o objetivo principal de uma escola, pois prédios, estrutura, funcionários, equipe diretiva, professores e tudo mais só existem por conta da figura do aluno.
Pensar projetos em co-autoria, que envolvam ética e solidariedade, aprendizagem coletiva e trocas de saberes é, ao mesmo tempo, desafio e solução para a educação do século XXI.
Transformar a rede social em rede educacional, mais desafiador ainda, mas o professor precisa ter esta consciência de que, se motivado, o aluno pode ser monitor no uso das TIC, por exemplo, e co-autor no desenvolvimento de projetos didáticos, orientados pelo educador.
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