quarta-feira, 17 de abril de 2013
Fotógrafo amador surpreende a NASA: tecnologia de baixo custo e criatividade (entre o ideal e o possível)
O vídeo acima, Fotógrafo amador surpreende a NASA, descobri por acaso no You Tube, e trata-se de um ótimo material para refletir sobre o poder da criatividade humana, no eterno debate entre o ideal e o possível.
Robert Harrison é fotógrafo amador, pai de 3 filhos, que mora no Norte da Inglaterra e que fez de forma autodidata um projeto ambicioso de baixo custo, no quintal de sua casa. E por conta disso, foi apelidado de NASA caseira, alusão a agência especial dos EUA.
O que Harrison fez? Simplesmente algo genial, ainda mais se analisado o resultado. Munido de apenas uma câmera digital comum, dois balões e um chip para controlá-los, mais um microprocessador com navegação por GPS, com informações de latitude e longitude, o invento de Harrison fez fotos do espaço a cerca de 35 km de altitude. E as fotos, quando publicadas na internet, por conta de sua qualidade, chamaram a atenção da NASA, a poderosa agência espacial, que gasta bilhões de dólares para projetos semelhantes.
O custo do projeto de Harrison? Apenas 600 euros. Isto mesmo! Algo impressionante, se levado em conta justamente o resultado.
Fato que vem ao encontro do que o Educa Tube sempre destaca: há que se lutar pelas condições ideais de trabalho, mas o trabalho educacional deve também saber lidar, diante das limitações, sejam de recursos humanos, financeiros etc, com as inúmeras possibilidades de usar a criatividade de professores e alunos. Em matéria de tecnologia e informática, o que é ideal hoje, daqui a seis meses estará ultrapassado. Discordo de eleger o equipamento como prioridade, seja ele desktop, notebook, agora o famoso e badalado tablet, se o uso deles for convencional, e mero substituto de um pelo outro, sem que a metodologia se altere.
A inventividade humana é imensa, e o projeto de Harrison é a prova disto. Tenho descoberto e divulgado diversos projetos educacionais, tecnológicos e sociais que envolvem às vezes baixo custo e criatividade. Com apenas 600 euros, Harrison conseguiu imagens tão boas como as que a NASA faz com investimentos milionários, digamos, "astronômicos".
Vídeos e reportagens como estas devem ser socializadas na escola, como motivadoras da inventividade e criatividade, em projetos didáticos envolvendo a parceria de professores e alunos. Entre o ideal e o possível, lutemos pelo ideal, mas trabalhemos também com as possibilidades, enquanto o ideal não é atingido...
Para refletir sobre projetos educacionais sustentáveis e de baixo custo, por conta de sua simplicidade, versus projetos mirabolantes, complexos e estressantes, sem continuidade, no ambiente escolar. O que dá de fato visibilidade ao aluno, professor, escola e educação, como um todo, são projetos simples e sustentáveis, que envolvam o conhecimento compartilhado pelo grupo e socializado na comunidade.
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