domingo, 10 de julho de 2016
"Infelizmente para alguns, a fantasia é a única maneira de escapar da realidade" (campanha em defesa das crianças refugiadas)
O vídeo acima Warchild - Batman, descobri na internet via portal B9, e é um comovente e surpreendente vídeo institucional da Warchild, uma ONG internacional que se dedica a ajudar crianças afetadas pela guerra, sejam refugiadas ou não. Neste comercial, ao som da linda canção “For Once In My Life” de Stevie Wonder, o super-herói Batman salva o dia de um garoto refugiado, fazendo diversas brincadeiras para que o mesmo não sinta tanto aquela situação caótica e desumana, algo que lembra o filme de Roberto Benigni "A Vida é Bela", em que um pai num campo de concentração nazista, esconde do filho a tragédia daquela prisão.
O comercial que parece um curta-metragem (e de certa forma o é), encerra com uma bela, profunda e poética mensagem: "Infelizmente para alguns, a fantasia é a única maneira de escapar da realidade..."
Na vida real, seja num campo de refugiados, numa favela, em qualquer parte, muitos pais (ou responsáveis) são heróis aos olhos de seus filhos, assim como professores aos olhos de seus alunos, por tornarem o mundo trágico em algo mágico, com afeto, carinho, atenção, cuidado, ensinando e os fazendo reimaginar a vida, sem escapismos, mas com criticidade, inventividade, mitologia, simbologia,imaginação e dedicação, usando música, dança, esportes, teatro, etc.
Entre o amigo imaginário que toda criança tem, idealiza, há que, como educadores, sejamos pais ou professores, contribuirmos para o imaginário infantojuvenil com pequenas viagens no tempo sem sair do lugar, relembrando a eles brincadeiras, sonhos, desejos, que tínhamos quando também crianças e jovens, num dialogo atemporal e universal.
Abaixo, cena do filme "A Vida é Bela" para comparação, em que o pai traduz ameaças de oficiais nazistas aos prisioneiros, mas dirigindo=se ao filho, como se fossem regras de um jogo, em que chorar e pedir comida perderiam pontos e outras coisa mais, numa tradução impagável e improvável, mas como arte, nos faz refletir sobre a própria existência neste imenso Teatro do Absurdo em que vivemos:
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