quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Oficina Pequenos Cineastas: cinema e educação
http://www.youtube.com/watch?v=Xqt0hwnxJ60&feature=player_embedded
http://www.pequenocineasta.com.br/index.html
O vídeo acima, Oficina Pequenos Cineastas, foi-me indicado tempo atrás, via rede social da professora Sonia Salim, educadora de Itaperuna, RJ, Brasil, editora do blog Adornando a Vida.
Um ótimo material que, conforme pesquisa no portal, tal oficina foi: "Concebida e ministrada por Daniela Gracindo e Cristina Savian a Oficina Pequeno Cineasta tem por objetivo educar crianças na arte cinematográfica com criatividade e liberdade de expressão contribuindo para que em um futuro próximo nossos jovens espectadores sejam mais críticos e seletivos com o que vêem e fazem. Na Oficina Pequeno Cineasta o aluno realiza um curta metragem vivenciando as etapas do processo de filmagem desde a criação do roteiro, storyboard, operação de câmera, luz, arte, direção, produção, som e montagem, até chegar ao grande momento: a experiência de assistir a sua obra."
Vejam abaixo, link para o portal e a seguir link para o canal de vídeo no You Tube:
OFICINA PEQUENO CINEASTA - O Portal
OFICINA PEQUENO CINEASTA (Canal de vídeos no You Tube)
O Educa Tube tem destacado desde a sua criação a importância da arte e cultura na prática escolar e, em especial, o cinema, tanto que criou o marcador CinEducação (coluna à esquerda, neste blog) para divulgar vídeos, filmes, curtas, cenas, animações, desenhos animados etc, seja de cineastas profissionais ou amadores, consagrados ou educadores.
Beste vídeo, trata-se de iniciativa de cineastas com crianças - que são alunos -, integrantes de uma geração audiovisual, que são tratados, não apenas como atores e receptores de conteúdo, mas ´produtores de arte, cultura e conteúdo próprios, inclusive, podendo ser educacionais, dependendo de sua utilização e/ou adaptação na rede escolar.
Como declara um desses pequenos cineastas: "Cinema uma das diversas formas de contar uma história".
Destaco dois depoimentos de atores consagrados do cinema, televisão e teatro: Primeiro, o de Débora Duarte, atriz, que diz: "Unir o lúdico, o maravilhoso, o imaginário em um filme". E o Paulo Gracindo Jr.: "Demorei muitos anos pra perceber que o olhar da criança é o mais importante para nos mostrar novas coisas. A gente está muito acostumado, como a formação que a gente tem, de ensinar para a criança, mas raras vezes temos a chance de mostrar o que a criança esta vendo, e nada melhor que isso do que botar uma câmera na mão de uma criança..." Uma bela iniciativa que o Educa Tube não poderia deixar de divulgar aos educadores, como um dos recursos que pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, com o aluno sendo não apenas receptor, mas produtor de um conteúdo educaiconal feito de forma colaborativa, entre o professor e sua turma.
Abaixo, destaco dois dos diversos curtas produzidos pela oficina, chamado Zero Rock, em que "Alienígenas anti-rock atacam roqueiro depois do show":
E o curta Nostalgia, produzido por alunos entre 9 e 16 anos, que é uma belíssima viagem no tempo, em que o livro tem o papel protagonista na história (Ler é uma viagem mesmo!):
O curta-metragem é a linguagem mais próxima desta geração das redes sociais e seus 140 caracteres, passando uma mensagem breve mas que pode ser ampliada no ambiente escolar, com o apoio do professor, na parte de conteúdo formal, e do aluno, na questão das TIC, mídias e redes sociais... Interação: tecnológica, educacional e social...
Era uma vez uma outra Maria e Minha Vida de João
O vídeo acima, Era uma vez outra Maria (em 2 partes), trata-se de uma narrativa visual, ou conforme a própria apresentação no You Tube: "Desenho animado sem palavras, com 20 minutos de duração, que focaliza a saúde e autonomia das mulheres jovens, a partir da historia de Maria, que busca construir uma OUTRA historia em sua vida. Pode ser usado com mulheres e homens jovens ou com profissionais de saúde e educação. Formato: desenho animado, em palavras."
Bem interessante a "transformação" do "príncipe encantado" em sapo, invertendo a lógica dos contos de fadas e aproximando a história da realidade de muitos jovens.
Abaixo, outra animação no mesmo estilo, e com os mesmos propósitos, para reflexão e discussão, chamada Minha Vida de João que igualmente trata-se de "Desenho animado sem palavras, com 20 minutos de duração, criado para gerar questionamento entre homens jovens sobre machismo, socialização masculina e relações de gênero. O filme acompanha a vida de João e ilustra aspectos de uma educação sexista, situações de violência doméstica, primeira experiência sexual, gravidez de sua namorada, primeiro emprego, entre outros."
Pensando nos contos de fadas, digamos que as animações acima (que se interligam) sejam um "João e Maria" atualizado, ou melhor, um João e uma Maria, frutos do mundo atual... Nestas animações, João e Maria não são irmãos, mas tem comportamentos espelhados em seus pais... Nem sempre com finais felizes...
Bom material para reflexão no ambiente educacional e na comunidade escolar. Dirigido a um público juvenil e a educadores em geral (sejam pais ou professores).
Aproveitando a menção do clássico da literatura infantil, João e Maria, indico abaixo filme inspirado nesta história dos Irmãos Grimm, que vem passando de geração a geração:
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Amiga da Pedagogia. Educação é tudo! (blog educacional)
A imagem acima, é do blog educacional AMIGA DA PEDAGOGIA, editado pela professora Natália Ferreira, de São Luís, MA, Brasil, e me foi indicado por correio eletrônico pelo professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
Conforme apresentação de Natália: "O Blog Amiga da Pedagogia foi criado em 2009, inicialmente, como requisito de uma disciplina que eu cursava na faculdade. Porém, o fascínio pela “blogosfera” foi tão grande que deixou de ser uma atividade curricular para se tornar mais uma forma de trabalho, onde posso compartilhar leituras e experiências desta área apaixonante que é a Pedagogia!
Aqui você vai encontrar artigos dos mais variados assuntos, dicas de como realizar trabalhos acadêmicos (para aqueles que precisam recorrer à internet para aprender como fazer um artigo científico, por exemplo, como eu fiz um dia), técnicas de ensino, reflexões sobre o ser e o fazer pedagógico e muito mais!"
E ao visitar o referido, tive uma grata surpresa em dose dupla: primeiro pelo conteúdo relevante; segundo, por encontrar o Educa Tube entre os blogues seguidos e indicados por Natália. Desde já agradeço a divulgação. Sempre bom saber que o Educa Tube, pensado como um espaço de e para educadores, encontra-se indicado em diversos blogues educacionais pelo Brasil e exterior. :-))
Abaixo, link para o blog e para sua página no Facebook:
BLOG AMIGA DA PEDAGOGIA
AMIGA DA PEDAGOGIA NO FACEBOOK
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Obsolescência Programada e a Sociedade de Consumo (documentário: Comprar, jogar fora, comprar)
O vídeo acima, trata-se do documentário COMPRAR TIRAR COMPRAR: A história secreta da Obsolência Programada, rodado na Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos e Gana, fruto de 3 anos de investigações, e que é quase uma aula de História, tratando do conceito de Obsolescência Programada, que nada mais é do que, como o próprio nome indica, a redução a vida útil de equipamento, utensílio ou qualquer coisa fabricada para ser comercializada, já na sua origem, promovendo indiretamente o consumo e a descartabilidade.
Um ótimo material para debater na comunidade escolar sobre justamente a sociedade de consumo em que somos peças de uma engrenagem maior, e que serve como reflexão até para o processo de ensino-aprendizagem, que deve ser algo duradouro e não frágil e descartável.
O vídeo inicia com as comemorações dos bombeiros em Livermore (EUA) para a durabilidade de uma lâmpada que funciona desde 1901. Devido a esta resistência e durabilidade, anos depois, inventores e engenheiros foram forçados a criar coisas mais frágeis...
Em 1924, na cidade de Genebra (Suíça), se reúnem fabricantes de lâmpadas para reduzir tecnicamente sua vida útil... O cartel força as empresas fabricarem lâmpadas mais frágeis. Quem desrespeitasse e ultrapasse o limite imposto era severamente multado, conforme documentos descobertos por historiador. Sociedades anônimas tornando-se sociedades secretas?
Em 1940 conseguiram atingir limite de 1.000 horas de vida útil, quando poderia ser mais de 2.500, desde a sua invenção.
E a lâmpada, que fora símbolo da ideia e da inovação, acaba tornando-se simbolo da obsolência programada, conforme depoimento. Uma ideia e um conceito que nas décadas seguintes, pós-guerra, tornou-se uma instituição: da obsolescência programada, da descartabilidade das coisas e das pessoas...
As impressoras começaram a ser desenhadas para falhar... A obsolência programada surgiu junto com a produção em massa e a sociedade de consumo. "Um artigo que não se desgasta é uma tragédia para os negócios", declara um texto em jornal de 1928. As pessoas começam a comprar por consumo e não por necessidade... O conceito de Obsolência Programada surge em 1929, criado por Bernard London, como um fim para a crise que se instaurou. E mesmo passado o período da Depressão, tal conceito e seus efeitos permaneceram até a atualidade.
Atualmente as impressoras com chip são programadas para determinado número de cópias e depois são bloqueadas. Já passei por situação assim, e consegui reviver uma impressora em bom estado de conservação, mas considerada sem conserto por diversos técnicos (que também me sugeriram comprar uma nova), graças a um amigo que além de trabalhar com informática, conhecia eletrônica. Até hoje ela está em pleno uso...
Um dos momentos mais interessante do documentário é quando mostra cenas de filme britânico de 1951: The Man in the White Suit (O Homem do Terno Branco), em que um inventor é perseguido por colegas, patrões e empregados por conta de sua invenção revolucionária, que acabaria com a descartabilidade das roupas e promoveria suposta demissão em massa nas fábricas.
As cenas com as meias de nylon super resistentes, que conseguiam rebocar até um carro por outro, e que saíram de circulação justamente por isso, substituídas por meias mais frágeis, lembra-me outros dois documentários: Da Servidão Moderna e Quem matou o carro elétrico?
Em contrapartida, o vídeo sobre Obsolescência Programada demonstra como este processo é mais ocidental, pois durante a Guerra Fria, nos países atrás da Cortina de Ferro, o que era incentivado era justamente o oposto: a durabilidade das coisas, por causa da crise econômica, já que lá tudo era feito para durar o máximo possível. Irônico o jogo de palavras que fui levado a pensar: consumismo versus comunismo. Mais em sentido econômico do que ideológico, embora cada qual tenha a sua ideologia por trás de suas ações e reações.
Para finalizar, o vídeo mostra como são tratados os resíduos (o lixo eletrônico) junto ao meio ambiente, em Gana, na África, sem nenhuma reciclagem. Lixo eletrônico até de empresas que dizem respeitar o meio ambiente, pelo menos em sua publicidade.
Enfim, um documentário que me remete a outros vídeos, já destacados pelo Educa Tube, como A História das Coisas, de Annie Leonard; o desenho animado Dr. Desperdício (Mr. Waste, de 1973) da Arca do Zé Colmeia (e as minhas primeiras noções de educação ambiental, quando ainda garoto nos anos 1970) e o filme Kinky Boots (Fábrica de Sonhos) que trata também, em parte, (quando da confecção de sapatos) desta sociedade de consumo em que vivemos (vejam links e resenhas).
Conforme o referido documentário, "a sociedade do crescimento precisa motivar o consumo..." E este consumo é programado. Neste contexto, a infância é um de seus maiores focos do mercado e da publicidade, já demonstrou isso outro documentário chamado Criança, a alma do negócio.
De tudo isso, serve o consolo de que um outro modelo de civilização e de mundo é possível (e que existe tecnologia para tal, faltando justamente o caráter social), através de algumas ações como de Warner Phillips e outros mais, que mudam essa lógica perversa...
Como bem declara Michael Braungart, autor de Cradle to Cradle: "A natureza não produz resíduos e sim nutrientes". Um outro ciclo. "Nada se cria, tudo se transforma", disse Lavoisier, séculos atrás. Nós, humanos, produzimos cada vez mais lixo, fruto de um modelo consumista. Mas é possível mudar, transformar, reciclar tudo isso, desde que mude a mentalidade, a começar pelas gerações que estão vindo e que herdarão este presente (de grego).
Abaixo apresentação do vídeo no You Tube:
OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA
Baterias que 'morrem' após 18 meses de ser estreadas, impressoras que bloqueiam ao chegar a um número determinado de impressões, lâmpadas que se fundem às mil horas... Porque, apesar dos avanços tecnológicos, os produtos de consumo duram cada vez menos?
O canal 2 da Televisão Espanhola e RTVE.es transmitem "Comprar, deitar fora, comprar" um documentário que nos revela o segredo: obsolescência programada, o motor da economia moderna.
Rodado em Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos e Gana, "Comprar, deitar fora, comprar" percorre a história de uma prática empresarial que consiste na redução deliberada da vida de um produto para incrementar o seu consumo porque, como já publicava em 1928 uma influente revista de publicidade norte-americana, "um artigo que não se desgasta é uma tragédia para os negócios".
O documentário, realizado por Cosima Dannoritzer e co-produzido pela Televisão Espanhola, é o resultado de três anos de investigação, faz uso de imagens de arquivo pouco conhecidas; junta provas documentais e mostra as desastrosas consequências para o meio ambiente que derivam desta prática. Também apresenta diversos exemplos do espírito de resistência que está a crescer entre os consumidores e recolhe a análise e a opinião de economistas, desenhadores e intelectuais que propõem vias alternativas para salvar economia e meio ambiente.
UMA LÂMPADA NA ORIGEM DA OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA
Edison pôs à venda a sua primeira lâmpada em 1881. Durava 1500 horas. Em 1911 um anúncio na imprensa espanhola destacava as mais-valias duma marca de lâmpadas com uma duração certificada de 2500 horas. Porém, como se revela no documentário, em 1924 um cartel que agrupava os principais fabricantes da Europa e Estados Unidos pactuou limitar a vida útil das lâmpadas eléctricas a 1000 horas. Este cartel chamou-se Phoebus e oficialmente nunca existiu porém em "Comprar, deitar fora, comprar" é-nos mostrado o documento que supõe que seja o ponto de partida da obsolescência programada, que se aplica hoje a produtos eletrónicos de última geração como impressoras ou iPods e que se aplicou também na indústria têxtil com a conseguinte desaparição das meias de vidro à prova de rasgões.
CONSUMIDORES REBELDES NA ERA DA INTERNET
Através da história da caducidade programada, o documentário pinta também um fresco da história da Economia dos últimos cem anos e aponta um dado interessante: a mudança de atitude nos consumidores graças ao uso das redes sociais e Internet. O caso dos irmãos Neistat, o do programador informático Vitaly Kiselev ou o catalão Marcos López, dão boa conta disto.
ÁFRICA, VAZADOURO ELETRÔNICO DO PRIMEIRO MUNDO
Este "usar e deitar fora" constante tem graves consequências ambientais. Como vemos neste trabalho de investigação, países como o Gana estão a converter-se na lixeira electrónica do primeiro mundo. Ali chegam periodicamente centenas de contentores carregados de resíduos a coberto duma etiqueta que diz 'material em segunda mão' e duma suposta contribuição para reduzir o fosso digital mas que acabam por ocupar o espaço dos rios ou os campos de jogos das crianças.
Mas para além da denuncia, o documentário trata de dar visibilidade a empreendedores que põem em prática novos modelos de negócio e escuta as alternativas propostas por intelectuais como Serge Latouche, que diz empreender a revolução do 'decrescimento', da redução do consumo e a produção para liberar tempo e desenvolver outras formas de riqueza, como a amizade ou o conhecimento, que não se esgotam ao usá-las.
(Tradução livre do texto de SUSANA RODRÍGUEZ 04.01.2011).
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Meditação em um instante, por Martin Borosson
O vídeo acima, One Moment Meditation (Meditação em um instante), de Martin Borosson, descobri via Facebook de Fernando Mozart, cineasta do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, que atua na Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia do Rio de Janeiro.
Diante da cada vez maior "aceleração do tempo", ou melhor, a sua sensação, às vezes precisamos desacelerar nosso tempo interior, buscando justamente dentro de nós mesmos o alívio para as situações estressantes do cotidiano, seja no estudo, no trabalho, no trânsito, nas redes sociais, enfim, tanto no mundo dito real como nos espaços virtuais de interação.
Recentemente me vi envolvido numa falsa polêmica, em uma rede social, pela má interpretação de minhas palavras. Eu criticava e refletia sobre situações em minha cidade, e uma pessoa conhecida fez diversas intervenções que foram se agravando no tom, até que precisei intervir e fui mal recebido e interpretado, e simplesmente a jovem começou a desferir palavras duras contra mim, chamando-me inclusive de hipócrita. Disse-me que o pai dela sempre falava: "Quem fala muito pouco faz" e que eu deveria ter um espelho para me olhar. E que não adianta falar se nada se fizer para mudar...
Tudo por que refleti sobre crescimento e desenvolvimento humanos, sobre custo de vida na região, sobre o choque cultural etc.
Primeiramente, fiquei surpreso, pois se fosse uma ilustre desconhecida, relevaria, mas sendo conhecida (morando atualmente noutro estado) e, em tese, conhecendo uma pequena parte de minha vida e trabalho (dos 25 anos de exercício, 20 deles dedicado à educação, com diversos projetos e atividades de valorização de educadores e da própria Educação), me chamar e acusar, só por que contra-argumentei, achei desproporcional. Ainda mais que sempre fui cordial e procuro sempre manter o mínimo de gentileza, até quando criticado. Tentei contato, ainda naquele momento pela rede social, para amenizar a situação e foi ficando pior o tom de minha interlocutora, tanto que ponderadamente concluí minha fala/escrita, antes que a coisa piorasse ainda mais. Logo em seguida ela me deletou de sua rede de amigos, dizendo inclusive que não possuía amigos e sim conhecidos.
Sinceramente, até hoje, quando faço pausa para pensar no ocorrido, não encontro uma explicação lógica para o acontecido, mas que uma coisa é certa: a intolerância, a agressão, a discussão e/ou o desrespeito normalmente são frutos de situações mal resolvidas e mal interpretadas que, como uma bomba-relógio, esperam apenas uma fagulha para acender o estopim, apenas uma gota d'água para transbordar a represa interior. Mas o que mais me impressionou no acontecido é o chamado "fogo amigo", que nunca esperamos, mas acaba acontecendo.
A breve e necessária lição que Martin Borosson nos brinda acima é algo que precisamos refletir no dia a dia, como educadores, sujeitos a crítica, tanto do alunado, de colegas, de pais de alunos, da comunidade em geral.
Ainda que sob pressão, somos o que chamo de "A pedagogia do Exemplo", e devemos, principalmente em situações críticas, pausar para contornar os problemas, sem deixar que questões universais sejam levadas para a questão pessoal, o que mal comparando, lembra-me a própria situação do condutor de veículo automotor, que ao fazer uma curva precisa desacelerar para não sair fora da pista. Assim sendo, devemos nós, pessoas em geral, nos portarmos em comunidade, pausando e pensando, meditando, nem que seja por uns instantes. Vendo o que erramos e o que acertamos, sejamos ou não educadores. Talvez, se fizéssemos isto diariamente muita coisa pudesse mudar ou situações constrangedoras pudessem ser evitadas. Repassar este conselho a nossa rede de amigos, colegas, conhecidos, vizinhos não custa nada e poderá no futuro nos ser um ótimo aliado na vida e no trabalho.
Como bem disse Mahatma Gandhi: "Sejamos a mudança que desejamos para o mundo". Que esta mudança comece primeiramente por nós. Não existe crítica sem autocrítica, sempre digo. E precisamos ter a consciência de que toda a ação gera uma reação, uma das mais conhecidas leis da física, e revogam-se as disposições em contrário.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Momentos, de Nuno Rocha: a vida é curta e pode ser arte
O belíssimo vídeo acima, emocionante e comovedor, chamado Momentos, descobri via Facebook do colega e amigo Júlio Sosa, educador de Rio Grande, RS, Brasil e editor do Blog do Prof. Julio Sosa.
O curta-metragem com direção de Nuno Rocha cativa e emociona, pois promove diversas reflexões sobre educação, família e sociedade. Dos descaminhos que as pessoas podem tomar, seja pelas drogas, por algum distúrbio, "más" influências ou o que for. Mas acima de tudo pela segunda chance que se pode ter de recomeçar.
A história é simples, mas criativa e original: Uma noite, um morador de rua, dormindo em frente a uma loja, de repente é desperto por um carro e seus ocupantes trazem TV, vídeo e outras coisas. Não demora e a TV é ligada por controle remoto e começa a passar cenas que atraem outros dois moradores de rua, mas o filme que passa diante dos olhos deles são momentos únicos daquele primeiro, que ali estava, até então, dormindo.
Lembrei-me até dos versos da canção Monte Castelo, de Renato Russo: "Ainda que eu falasse/ A língua dos homens/ E falasse a língua dos anjos,/ Sem amor eu nada seria./ (...) Estou acordado e todos dormem,/ todos dormem, todos dormem.../ Agora vejo em parte,/ Mas então veremos face a face."
A vida passa como um filme e às vezes tomamos caminhos que nunca imaginamos... No caso do curta, a televisão funciona como um espelho social e uma pequena máquina do tempo, promovendo a redenção.
Um curta para pais e filhos ou responsáveis, professores e alunos assistirem juntos.
A música que encerra o vídeo é muito bonita e chama-se Back in the day (Voltar no dia), de Darren & Stephen Loveday, que reproduzo abaixo:
Aproveito também por causa do tema, Momentos, fazer link com outra postagem do Educa Tube, que justamente apresenta um videoclipe e um curta-metragem com mesmo nomes, logo a seguir:
A vida intertextual: "Moments", de Will Hoffman & Momento de Pedro Abrunhosa
A vida é feita de momentos, instantes que podem ser mágicos ou não...
Flores, educadores, lápis, lapso e tempo na educação
O belo filme acima, Flowers Time Lapse, de Katka Pruskova, fotógrafa da República Checa, vídeo feito em 2012, através da técnica fotográfica "Time Lapse" (Lapso de Tempo), foi indicação via Facebook do colega e amigo Robson Garcia Freire, educador de Itaperuna, RJ, Brasil e editor do premiado blog educacional Caldeirão de Ideias.
A técnica do Time Lapse consiste em filmar/fotografar (filmagem é fotografia em movimento) quadro a quadro uma sequência e depois acelerar as imagens, dando esta impressão de viagem no tempo...
No caso do vídeo acima, foram necessárias 7.100 fotos com um intervalo de mais de 730 horas entre a primeira e a última para resultar em um vídeo de apenas 2 minutos e 41 segundos.
A vida, às vezes, passa diante de nosso olhos como um filme acelerado, principalmente quando sentimos fortes emoções, um "time lapse" natural e sentimental que todo ser humano dispara em situações traumáticas ou de extrema alegria.
Katka ou Katherine Pruskova diz que a: "Fotografia tornou-se uma parte da minha vida e mudou a minha visão de mundo, não importa se estou a fotografar um evento de casamento, ou por do sol sobre o oceano..."
Faço minhas as palavras dela, no que tange à tecnologia educacional, que mudou minha visão de mundo e de meio, tanto que hoje utilizo em meu fazer pedagógico todo tipo de audiovisual, desde que tenha foco (de fotografia também) educacional.
Refletindo sobre o vídeo Flowers Time Lapse, penso justamente nesta metáfora dos alunos como flores e o professor como um jardineiro fiel ao seu trabalho de educar, que nada mais é do que cuidar cada a dia, anos após ano, e até depois da aposentadoria pelo desabrochar de ideias, dando tempo ao tempo (time lapse), observando quadro a quadro (além de giz, e outras tecnologias no ambiente escolar) o processo de transformação do meio ambiente educacional. Afinal, cada aluno tem o seu próprio tempo (seu lapso de tempo, seu lápis e seu tempo) de aprender... E manter as flores sempre belas no jardim do conhecimento, que é uma sala de aula, requer cuidado, atenção, saber regar com a água da informação na medida certa, nem mais nem menos, para o que é informado gere e germine em conhecimento mútuo, em florescimento de ideias e renascimento de valores...
Entre o lápis e o lapso de tempo, cabe ao educador fotografar quadro a quadro o seu ambiente, com a lente da memória do que já foi (quando aluno), aproveitando esta experiência de vida para interagir com a sua turma e colegas, seja professor do "Jardim de Infância" ou do ensino superior. Educar é um ato universal e atemporal, apesar dos lápis e lapsos de tempo que todos estamos sujeitos...
O Time Lapse é uma técnica fotográfica e não educacional. Na educação não se deve apressar o tempo, acelerar o processo de ensino-aprendizagem, que requer muito mais do que 200 dias letivos e 800 horas aula. Educar e educar-se é um processo contínuo e eterno... Apressar o tempo serve para a fotografia, para os efeitos visuais do cinema, para os jogos eletrônicos (password), mas no ambiente escolar a tal aceleração traz efeitos que poderão comprometer a própria aprendizagem e a forma de ensinar... Metodologias e didáticas precisam levar em conta o lápis e o tempo e outras formas de interagir, usando ou não tecnologias no ambiente escolar...
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Maneco, o Super Tio (1978): educação, história, arte, cultura, cinema e meio ambiente
O vídeo acima, é o filme Maneco, o Super Tio, que assisti na TV, anos atrás, na famosa Sessão da Tarde, e que vinha procurando no baú da memória e no mundo virtual, para refletir sobre cinema e educação, através do marcador CinEducação deste blog.
O referido filme faz parte de uma série chamada As Aventuras do Tio Maneco, com o ator Flávio Migliaccio que, na minha infância, protagonizou com o ator Paulo José o seriado televisivo Shazam, Xerife e Cia (vídeo abaixo, ainda do tempo da TV em preto & branco), onde dois amigos participavam de aventuras em uma caminhonete maluca. Conforme dados do vídeo: "Shazam e Xerife foram personagens criados por Walter Negrão em sua novela 'Meu Primeiro Amor', que foi ao ar em 1972. Fizeram tanto sucesso, sobretudo entre o público infanto-juvenil, que acabaram ganhando um seriado, que ficou no ar entre outubro de 72 e março de 74'.
Retornando ao filme "Maneco, o Super Tio", estrelado por Flávio Migliaccio, eis Sinopse:
"Um velho cientista inventa uma máquina de tempo e fica preso no ano de 1926. Tio Maneco e os sobrinhos, visando encontrar uma fotografia que o libertaria, enfrentam um homem ganancioso, dono de uma cidade totalmente contaminada pela poluição. Depois de muitas aventuras, libertam o povo da cidade e embarcam na máquina do tempo para recuperar o cientista".
Anos depois, ao assistir o ótimo filme O Efeito Borboleta (de 2004 e inspirado na Teoria do Caos), em que um jovem ao olhar para fotos antigas, literalmente, viaja no tempo, recordei deste filme do Tio Maneco, e tentei localizá-lo. O visual do filme (do Tio Maneco) mostra fotografias de época que servem de cenário para simular a viagem no tempo, até o Brasil de 1926. Um filme que além da questão sentimental (poluição) e histórica, proponho uma leitura ambiental, pois apesar de o filme ter sido feito em 1978, infelizmente a questão do meio ambiente continua delicada e em alguns casos até crítica, cabendo aos educadores (seja pais ou professores) passarem alguns valores e limites aos seus filhos/alunos. Afinal, estes serão os verdadeiros construtores do futuro. Depois que a situação ambiental for irreversível não adiantará sequer tentar viajar no tempo...
Abaixo, reproduzo na íntegra um texto do portal InfanTV, que traz diversas curiosidades sobre As Aventuras do Tio Maneco, outro filme da série de longas-metragens produzidos nos anos 1970, no Brasil, e que considero que deveriam ser veiculados nas escolas, não apenas como arte e cultura, mas como educação e meio ambiente:
AS AVENTURAS DO TIO MANECO
As Aventuras do Tio Maneco começaram com um filme lançado em 1971, dirigido por Flávio Migliaccio e com roteiros de Roberto Farias junto com o próprio Migliaccio. Nele o surpreendente Tio Maneco conduz seus três sobrinhos por incríveis aventuras durante as férias no sítio do avô, nas selvas do Mato Grosso. Quando chegam lá, eles não encontram o dono da casa, se deparam com um disco voador e ficam sabendo que o avô recebera dos extraterrestres a missão de recuperar uma flor de importância vital para os habitantes do estranho planeta. Tio Maneco e seus sobrinhos vivem as maiores loucuras: se envolvem com uma tribo indígena, com contrabandistas e com um robô inimigo, além de animais ferozes e outros perigos da selva. São transformados em desenho animado, vão parar no planeta das Sete Dimensões e finalmente voltam à Terra, sendo recebidos com grande festa.
O filme, de 93 minutos de duração é recheado com histórias divertidíssimas e cheias de fantasias com um elenco de feras como Flávio Migliaccio, no papel principal, Odete Lara, Walter Foster e Rodolfo Arena. As Aventuras do Tio Maneco teve uma excelente repercussão entre a criançada e alcançou um grande sucesso de bilheteria nos anos 70, dando origem a mais dois episódios, além de uma série de programas para a TVE, em 1978, chamada O Super Tio Maneco. Na série, o personagem de Migliaccio, novamente como destaque, e seus sobrinhos estavam sempre metidos em grandes confusões. O programa criado por Flávio Migliaccio, mostrava as aventuras desse tio maluco com suas invenções geniais.
Na série estão os três filhos de Roberto Farias na vida real, Lui, Mauro e Maurício, fazendo os papéis dos sobrinhos do tio Maneco, Beto, Pedro e Zequinha.
Essa série é um marco na produção infantil brasileira, num tempo onde nem as loiras de programas infantis existiam, Tio Maneco trouxe imaginação, criatividade e muito bom humor, num formato que se tornaria clássico, com história ingênua, que mistura aventura na floresta com seres extraterrestres e não tem quase nenhum efeito especial, assim como nenhum apelo erótico ou cena de violência explícita - continua emocionando nossas crianças.
Elenco
Flávio Migliaccio .... Tio Maneco
Rodolfo Arena .... Camargo
Lui Farias .... Beto
Mauro Farias .... Pedro
Maurício Farias .... Zequinha
Produção:
Emissora: TVE.
Ano de Produção: 1978.
Cores.
Companhias Produtoras: Produções Cinematográficas R. F. Farias Ltda.
Fonte: http://www.infantv.com.br/maneco.htm
Maiores informações sobre As Aventuras do Tio Maneco, consulte link abaixo:
CINEMATECA - Filmografia - Maneco, o Super Tio
Vejam também entrevista com o ator, roteirista e cartunista Flavio Migliaccio à PUC-Rio, vide abaixo, em que ele "respondeu algumas perguntas de alunos (João Balbi, João Otávio e Rodolfo Menezes) de Comunicação Social da PUC-Rio montando um perfil sobre ele, que seria tudo transcrito depois para o trabalho da professora Sandra Bernardo de Comunicação e Expressão 1, para ser entregue no dia 21/09/2012":
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Terra de Gigantes e a Mídia como exército regular
Terra De Gigantes 1T.01 por rosadesafira
O vídeo acima, trata-se de primeiro episódio de Terra de Gigantes (Land of the Giants), uma série de televisão criada e produzida por Irwin Allen (Master of Disaster) nos anos 60, e que faz parte de minha economia sentimental e televisiva, que garimpei no fundo do baú sem fundo da memória e que localizei através da internet, e que trago nesta postagem como reflexão educacional sobre o papel da mídia.
Conforme apresentação do vídeo: "A série mostrava uma tripulação de uma nave orbital chamada Spindrift, que durante uma viagem de Los Angeles até Londres, entra numa dobra espacial e cai num planeta onde todos são gigantes. A tripulação, chamada pelos gigantes de "pequeninos", passa por diversas dificuldades, quando ocasionalmente um deles é pego por algum gigante. Criam alguns utensílios, usando barbantes como cordas, pregadeiras ou clips como ganchos. Constantemente defrontam-se com os animais gigantes, principalmente gatos."
Eu cresci assistindo a esta e outras séries produzidas por Irwin Allen, produtor de cinema e televisão, séries que marcaram época, como: Viagem ao Fundo do Mar, O Túnel do Tempo, Perdidos no Espaço e A Família Robinson.
O curioso do episódio 1 da série (produzida de 1968 a 1970) é que a nave viaja e se perde no espaço, chegando a Terra de Gigantes em 12/06/1983.
Em novembro de 1982 vim da pequena cidade de São José do Norte, morar na cidade vizinha de Rio Grande, bem maior, tanto que eu e meu irmão Marco Antonio saímos, ainda garotos, caminhando pelas ruas, e lá pelas tantas, pegávamos um mapa de papel (não existia GPS naquela tempo) e tentávamos nos localizar. Saudosas expedições, hoje feitas apenas pela pequena máquina do tempo que é a memória.
Mais curioso foi o episódio 22, da segunda temporada, chamado A Pequena Guerra (A Small War), traduzida no Brasil por Guerra Violenta (imagem abaixo), em que "um garoto gigante que possui uma coleção de brinquedos de guerra automáticos, e acredita que os pequeninos são brinquedos de outro garoto que é seu rival. Ele então lança seus brinquedos de guerra contra os terrestres, e estes terão que convencer o garoto que eles não são brinquedos. Há quem diga que esse episódio de TDG seja uma metáfora sobre a Guerra do Vietnã, com os pequeninos sendo os "viets" e o garoto gigante representando poder bélico americano. A cena em que Phitzhug brinca com um "soldado de chumbo" gigante é hilária. Mas o destaque fica com a sequência em que Betty, ferida, tenta convencer o garoto gigante de que eles não são brinquedos ..."Vê...isto é sangue...somos reais"- grita Betty para o garoto".
Conforme pesquisa na web, encontrei um forum no Orkut que tratava de curiosidades da série, e tomei liberdade de reproduzir a postagem com resumo da mesma, abaixo:
Resumo Série Terra de Gigantes: Em 1983 o Spindrift, uma nave espacial comercial em um voo de Los Angeles City a Londres, perdeu-se quando uma turbulência a arrastou e a fez passar através de uma nuvem estranha, causando pânico entre os passageiros. O piloto conseguiu fazer uma aterrissagem forçada, mas todos. logo perceberam que estavam em um estranho planeta, onde tudo era gigantesco. Uma gota de Chuva poderia matá-los, um inseto tornou-se um perigoso monstro. Os gigantes descobrem que os pequeninos náufragos do espaço estão em seu planeta e tentam capturá-los.
Para realizar o seriado com o máximo de realismo, o produtor Irwin Allen, responsável pela criação de outras séries de sucesso como Perdidos no Espaço, O Túnel do Tempo e Viagem ao Fundo do Mar, montou num estúdio da Fox, um complicadíssimo sistema de trucagem, para filmar simultaneamente pessoas de tamanho normal, coisas e indivíduos gigantescos. O resultado foi excelente, criando uma ilusão perfeita de que os heróis de Terra de Gigantes estão vivendo num mundo onde tudo tem 20 vezes seu tamanho normal.
Os astros da série foram Gary Conway (Capitão Steve Burton), Don Matheson (Mark Wilson), Stefan Arngrim (Barry Lockridge), que aos 11 anos sempre aparecia com seu cãozinho Chipper, Don Marshall (Dan Erickson), Deanna Lund (Valerie Ames Scott), Heather Young (Betty Ann Hamilton), Kurt Kasznar (Alexander B. Fitzhugh, uma espécie de Dr. Smith de Perdidos no Espaço) e Kevin Hagen, como o Inspetor Dobbs Kobick.
O Educa Tube, lendo o texto A MÍDIA COMO EXÉRCITO REGULAR (de João Brant, Revista FORUM), não pode deixar de linkar o mesmo ao referido episódio 22, da segunda temporada de Terra de Gigantes por conta das similaridades, pois atualmente a maior parte da Mídia brasileira parece se comportar como o menino gigante e seu exército de soldadinhos de chumbo manipulados por controle remeto, numa guerra violenta contra os "pequeninos" que nem sempre tem vez nem voz para expressar a sua opinião. Há por parte deste exército regular que usa câmeras e microfones como metralhadoras giratórias o foco em apenas um dos lados da questão e o total desconhecimento ou ponto de vista alheio, do contraditório, dos dois lados de uma questão. E não me referido apenas ao ponto de vista político, mas também artístico, cultural, educacional e social. Pois é público e notória que cana rede de televisão tem seus próprios atores, cantores, etc. Cada uma tem o seu melhor cantor do Brasil, na sua opinião, simplesmente desconhecendo ou jamais divulgando alguém que faz sucesso pela concorrente. Uma guerra midiática pela audiência, as vezes utilizando-se de artilharia pesada. Agindo assim, não há como não pensar no referido texto que tomo a liberdade de publicá-lo na íntegra, com a devida referência, logo abaixo:
Observação: Imagem acima, Guerra Violenta, ep. 22, 2ª T., série Terra de Gigantes.
A MÍDIA COMO EXÉRCITO REGULAR, por João Brant
Quando se analisa a ligação entre comunicação e política, a tendência é olhar para a cobertura do período eleitoral ou para os escândalos políticos. São, de fato, dois bons termômetros. Mas entre uma eleição e um escândalo há o noticiário do dia a dia, aquele que fala dos fatos de hoje que serão esquecidos depois de amanhã, mas que ajudam a consolidar o entendimento de cada um sobre o mundo.
Não dá para falar de como os meios de comunicação contribuem para a disputa de hegemonia sem olhar para esse “varejo”. Quase todos os especialistas ouvidos pelos noticiários de televisão têm pensamento alinhado com o da emissora – em geral, liberal do ponto de vista econômico e conservador no campo político. Os mesmos nomes se repetem em várias emissoras, muitas vezes sem especialidade alguma sobre o assunto.
Pois bem, escrevo esse texto no dia em que assisti a um programa de debates da Globo News sobre a situação política da Venezuela. Os três convidados tinham abordagens diferentes, mas todos em torno de um certo ponto de partida comum, que enxerga Chávez como um ditador e o chavismo como um fenômeno a ser derrotado. Nenhum deles ousou ao menos se perguntar por que será que o povo apoia Chávez e suas políticas.
Já há mais de 15 anos que estudo os meios de comunicação e é evidente que essas coisas não me surpreendem mais, como não devem surpreender a nenhum leitor deste Brasil de Fato. Mas o problema está justamente aí. A exclusão de determinadas vozes do noticiário e dos raros programas de debate é tão comum que nós já naturalizamos este fato. Buscar a presença de diversidade e pluralismo nos meios de comunicação significa se irritar todos os dias com a ausência deles. Nestes casos, não é raro a resignação se tornar uma autodefesa.
É claro que a experiência pessoal de cada um e os espaços alternativos de informação, em especial na internet, ajudam a contrabalançar este quadro. Mas o cenário ainda é muito desigual. Como avaliou outro dia o sociólogo Emir Sader, “eles têm o exército regular, nós só contamos com a guerrilha”.
João Brant é coordenador do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.
Artigo originalmente publicado na edição 516 do Brasil de Fato.
Opinião do Educa Tube:
O vídeo Guerra Violenta é um daqueles que garimpei no baú da memória infanto-juvenil, dos filmes, desenhos animados, seriados etc que assisti quando menino e que tenho utilizado com foco educacional. Como diz João Brant: "Buscar a presença de diversidade e pluralismo nos meios de comunicação significa se irritar todos os dias com a ausência deles". Como educador, que incentiva a análise de qualquer assunto por mais de um ponto de vista, que é favorável ao contraditório, a argumentação e a reflexão, este texto e o vídeo, que tratam de uma terra de gigantes (ora real, ora ficcional), ambos servem para uma ampla discussão no ambiente escolar entre professores e colegas, bem como com seus alunos.
Falando sobre diversidade e pluralismo, sugiro também leitura do texto abaixo:
PLURALIDADE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Ainda sobre este tema que envolve mídia, educação, terra de gigantes e guerras violentas ou não, sugiro a leitura do texto sobre o poder da Mídia, de autoria de Paulo Nogueira, link abaixo:
O ÚLTIMO SUSPIRO DE INFLUÊNCIA DA MÍDIA
Em tempo, o episódio Guerra Violenta, pode ser baixado, para conhecimento e reflexão, através do link abaixo:
GUERRA VIOLENTA - Ep. 22, 2ª T. - TERRA DE GIGANTES
Sempre bom lembrar que parte da Mídia "elegeu" e depois destronou um presidente da República, no Brasil, na década de 1990. E para finalizar esta postagem, coloco o videoclipe da banda Engenheiros do Hawaii, que justamente chama-se Terra de Gigantes, para ampliar esta postagem e reflexão:
Posterior a publicação deste post, encontrei um artigo intitulado justamente TERRA DE GIGANTES, que recomendo leitura (link abaixo), pois vem ao encontro ao objetivo desta publicação:
TERRA DE GIGANTES - CARTA CAPITAL
O skate, a internet e a educação a distância
O vídeo acima, descobri por acaso zapeando a TV, e trata-se de performance de Ana Maria Suzano, de 15 anos, que mora na praia de Camburi, ES, Brasil, e que, segundo a própria, aprendeu a fazer estas manobras vendo vídeos na internet. Isto mesmo! Total domínio do equipamento (skate - longboard), fazendo movimentos complexos como se fossem simples, isto se chama talento. Para ela é uma brincadeira (chega a dançar em cima do skate); para mim exemplo da educação a distância, de como a atual geração consegue descobrir coisas de seu interesse na rede mundial de computadores, e em rede, conectados, conseguem criar seu estilo próprio. Um filão ainda pouco explorado pelos educadores, da aprendizagem via internet, através das TIC, mídias e redes sociais.
O esporte é este elo de interação com a educação, não apenas a física, mas a educação em sentido mais amplo, pois desde a antiguidade, os sábios já diziam: mente sadia, corpo são. E eu inverto esta oração: corpo são, mente sadia. O esporte dá disciplina, moderação, condicionamento físico, ético e moral, quando praticado dentro destes princípios e por um instrutor, treinador, educador qualificado.
Apesar de toda a perícia da menina, na cena final do vídeo, mais um ótimo momento reflexivo. Ela leva um tombo, cai de cócoras, e sente dor... A gente aprende com o erro, e é levantar e seguir em frente. A educação verdadeira é a que reconhece que o erro faz parte do aprendizado, seja no esporte ou em qualquer situação.
Abaixo, reportagem que vi na TV com a menina Ana Maria, no programa TV Revista:
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Steve Frayne: O Ilusionista e a magia da educação
O vídeo acima, foi-me indicado via e-mail pelo colega e amigo Robert Betito, professor do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil e trata-se de 3 criações de Steve Frayne, mágico britânico, considerado um dos maiores ilusionistas do mundo.
Na primeira cena, Frayne realiza um número incrível ao atravessar, caminhando sobre as águas, o Rio Tâmisa, em Londres, diante de olhos incrédulos. Depois, em outro evento, escondido atrás de um casacão de um dos seguranças, atravessa uma parede de vidro. E no terceiro momento deste vídeo consegue colocar um ipod dentro de uma garrafa de vidro.
Todos sabemos que é um truque, uma magia, uma ilusão, não se trata de milagre, desmaterialização ou coisa parecida. Mas como ele faz isso? Eis a questão!
O Educa Tube, noutra postagem, já mencionou que educar não é fazer truques, mas pode tornar-se magia, seja através da matemática e sua linguagem dos números, ou da gramática e sua ordenação das palavras. Todo educador tem um pouco de ator e de mágico. Ator, de interpretar um papel (social), seguir um roteiro (planejamento) e encantar o público (alunado), fazendo-o acreditar naquilo que diz... Já como mágico, este tem a obrigação, não de fazer prestidigitação (esconder coisas, atravessar paredes, dividir pessoas dentro de baús, tirar coelhos da cartola, pompas do casaco etc), mas justamente de ensinar o truque de como informação gera conhecimento mútuo. De incentivar ao aluno também fazer suas descobertas e saber compartilhá-las com os colegas e não guardar o segredo a sete chaves, como fazem os bons ilusionistas.
Educar é tornar mágico o simples e desmistificar o complexo... E para isso não precisa de truque algum apenas domínio de conteúdo e de classe, através de metodologia e didáticas adequadas a cada conteúdo, tipo de ensino, escola, turma etc.
A tecnologia pode ser para uns considerada magia, coisa de outro mundo, mas cabe ao educador dar sentido às TIC, mídias e redes sociais no ambiente escolar para que não sejam apenas vistas como um brinquedo, um truque, mas algo que auxilie de fato no processo de ensino-aprendizagem.
Pense bem: um professor de matemática mostrar a magia dos números, fazendo cálculos matemáticos em segundos, sem mostrar as fórmulas nem o caminho que chegou ao resultado lógico? Estou falando neste sentido, de que o educador é um outro tipo de mágico que logicamente precisa mostrar o truque da ilusão matemática, científica e tudo mais...
Nicolas Winton: um exemplo de humanidade em pleno caos
Um vídeo comovedor, sobre a história de vida e o heroismo de um inglês, chamado Nicolas Winton, que arriscando a própria vida salvou a vida de 669 crianças durante a Segunda Guerra Mundial.
Para nunca esquecer dos horrores da guerra, para manter a história das vítimas sempre viva, para evitar que se repita... E mostrar que apesar do caos, ainda é possível não perder a humanidade, a solidariedade e a esperança na própria vida.
Uma bela indicação, via e-mail, feita pelo colega e amigo Robert Betito, educador do IFRS Campus Rio Grande, da cidade do Rio Grande, RS, Brasil.
A cena final da reportagem é comovedora e motivadora, para pais e filhos, professores e alunos assistirem juntos.
Juntamente com este vídeo, indico filmes como A Lista de Schindler, O Diário de Anne Frank, O Menino do Pijama Listrado, entre outros, para debater no ambiente escolar temas como intolerância, dignidade e humanidade.
Recomendo também um curta-metragem que retrata este período, já divulgado no Educa Tube, conforme link abaixo:
O UNICÓRNIO DE PORCELANA E OS ESCRITORES DA LIBERDADE
Parede de Fogo (Firewall): música, artes plásticas e tecnologia
O belo vídeo acima, Firewall (Parede de Fogo), foi-me indicado, via Facebook pelo colega e amigo Robson Garcia Freire, educador de Itaperuna, RJ, Brasil e editor do premiado blog educacional Caldeirão de Ideias.
Uma instalação artística criada pelo músico norte-americano Aaron Sherwood e o artística plástico Mike Allison, une justamente música, artes plásticas e tecnologia, através de uma parede musical que produz sons.
Conforme apresentação do vídeo no portal Vimeo:
"Uma instalação de mídia interativa criada em colaboração com Mike Allison. Uma folha esticada de spandex atua como uma interface, uma membrana sensível à profundidade que as pessoas podem empurrar para dentro e criar sons e efeitos visuais e tocar música."
De acordo com outro portal:
"A instalação se constitui, basicamente, de uma membrana em fibra sintética de poliuretano sensível ao toque. Apenas roçada pela mão de um espectador ela modifica os seus padrões luminosos e emite sons de piano (ou de instrumento de cordas elétrico, pode-se escolher) cuja intensidade é mais ou menos forte segundo a pressão da mão sobre o suporte. E mais: como podemos ver no vídeo, esses sons não são aleatórios, caóticos. Organizados por padrões algorítmicos eles se organizam em ritmo, melodia e harmonia, criando às vezes frases musicais de grande beleza".
Arte, música e tecnologia unidas em uma experiência motivacional, e que dão uma pequena amostra do que a ciência nos proporcionará em um futuro não muito distante, fazendo muita coisa que era mera ficção científica tornar-se realidade.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
O Quarto da Chuva: arte, dança, música, cinema e tecnologia
O belíssimo vídeo acima, O Quarto da Chuva, trata-se de instalação de arte na galeria Curve, no centro de Londres, onde os visitantes andam tranquilamente. Uma produção da Random International.
Segundo consta: "O quarto da chuva tem um campo de 100 m2 de queda de água, a qual os visitantes são convidados a andar em seu interior. Sensores detectam onde os visitantes estão parados, e a chuva para ao redor deles, dando uma experiência de como seria ter o poder de controlar a chuva."
Um belíssimo exemplo de fusão entre arte e tecnologia. Sem falar que parece ótima terapia para quem gosta de caminhar e/ou dançar na chuva. E que lembrou-me cena de clássico do cinema, chamado Cantando na Chuva (1952), com o ator e dançarino Gene Kelly, vide abaixo:
Posteriormente, encontrei esta canção antiga de Demétrius, Ritmo da Chuva, de 1968, versão de "Rhythm of the Rain" de John Gummoe, para ilustrar e complementar esta postagem, direto do túnel do tempo e do fundo do baú da memória sem fundo.
100: De 0 a 100, 5050 anos em 150 segundos
O cativante vídeo acima, 100: De 0 a 100, 5050 anos em 150 segundos, de Jeroen Wolf (2012), para a Imagem Vídeo Productions, descobri no portal Vimeo.
Uma ideia simples mas de uma execução primorosa e universal. Durante quatro meses, a partir de outubro de 2011, a agência holandesa Imagine saiu pelas ruas de Amsterdã pedindo para pessoas desconhecidas revelarem a idade diante da câmera. O objetivo era o de reunir exemplos de 0 a 100 anos. Juntas, essas pessoas já viveram 5.050 anos...
Eis um belo exemplo de uma pequena eternidade através deste vídeo singular.
Penso, que vídeos como este, com ideias simples mas criativas e originais, deveriam ser pensados dentro do ambiente escolar, retratando este contexto educacional, como uma pequena cápsula do tempo, para as gerações futuras, com breves depoimentos de alunos, professores, equipe diretiva, pais, comunidade escolar sobre os mais variados assuntos daquela coletividade.
Quem sabe algum educador crie esta videoteca escolar a partir de curtas-metragens, seja de seu fazer pedagógico, seja das atividades da escola, até da reunião de imagens capturadas pelos alunos durante um projeto extraclasse ou alguma saída de campo, que possa ser reunido em um vídeo único, exibido primeiro à comunidade e depois deixado à posteridade...
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Uma bela resposta da jornalista ao bullying de um telespectador
O vídeo acima, que descobri via Facebook, trata-se de resposta de Jennifer Livingstone, jornalista e âncora da rede de televisão estadunidense CBS, que responde ao vivo a telespectador que a chamara de gorda, via email (ciberbullying), acusando-a de ser mau exemplo aos jovens e meninas que assistem seu programa. Absurdo, pois o assunto do e-mail dirigido a Jennifer era "Responsabilidade Social".
A resposta de Jennifer é sensata, digna e contundente, assistam, reflitam, compartilhem, pois é um basta a esta ditadura da beleza, dos reality shows, que não reproduzem a realidade do mundo, pois não existe apenas pessoas belas, atléticas, a história da Humanidade é feita de todo tipo de pessoas e belezas. O próprio padrão de beleza na pré-história e na antiguidade privilegiava as chamadas, hoje, de gordinhas, pela questão de fertilidade e da reprodução da espécie. Desconhecer isto é no mínimo ser leviano e preconceituoso. Fala com pretensa propriedade de algo que desconhece: a vida, o trabalho e a personalidade de Jennifer.
A escola, como ? Educa Tube sempre tem reiterado, é o espelho da sociedade, que nem sempre se vê refletida nela, e ainda cobra da instituição de ensino, responsável pela instrução, a educação que deveria vir inicialmente de casa, através de valores e limites, em alguns casos, inexistentes. Pais omissos geram filhos sem limites nem valores. Precisamos educar pelo exemplo e não sermos exemplos negativos às crianças, incutindo nelas nossos pré-conceitos, preconceitos, racismo e tudo mais.
E um dos fatores que tem crescido na escola, não é somente o bullying de aluno contra aluno, e de professor contra aluno, como os noticiários não se cansam de mostrar (ainda que jamais mostrem também as coisas boas da escola, que existem mas são desconhecidas para a maior parte da sociedade). Existe também o bullying contra o professor, feito tanto por alunos como por pais (como no vídeo em questão), que muitas vezes não é apenas verbal ou escrito, mas chegando as vias de fato.
É preciso que a escola chame a comunidade para tratar deste tema e discutir com o alunado esta questão, que poderá assim, levar aos pais omissos uma outra visão de mundo, mais solidária e menos crítica... Afinal, somos muito mais do que aparentamos... E as aparências às vezes enganam... Somos muito mais do que demonstramos, sejamos magros ou gordos, baixos ou altos, negros, brancos, pardos, mestiços, hetero ou homossexuais, etc etc etc. Somos todos seres humanos, passíveis de erros e acertos.
Para ampliar a discussão, sugiro a leitura do artigo de opinião O bullying contra o professor, por Cristiana de Barcellos Passinato, do Rio de Janeiro, Rj, Brasil, editora do blog Pesquisas Químicas, vide link abaixo:
O BULLYING CONTRA O PROFESSOR
Posteriormente a esta publicação, encontrei mais um artigo de opinião que traz depoimento que vem de encontro a este tema (vide abaixo):
BULLYING: COMO RESOLVER?
domingo, 20 de janeiro de 2013
Negros no Porão: do escravo ao rei (Pelé) / arte e cultura na educação
O vídeo acima, Negros no Porão (1998), de Fernando Mozart, é uma preciosa animação de apenas 40 segundos, que inicia com uma gravura de Maurice Rugendas, fazendo a passagem de escravo ao rei (Pelé). Analogia do esporte como uma nova alforria, talvez... Uma realização da TVE Brasil, com roteiro, direção e produção de Fernando Mozart (fmozart.baum@gmail.com), animação de Mauro Heitor e som de Chico Adnet.
Uma animação que apesar do pequeno tamanho se presta a diversas interpretações, sob o ponto de vista da arte, cultura, história, educação, esporte, sociedade etc.
Negros do Porão é um daqueles vídeos que tenho garimpado no baú da memória e envolvido as redes sociais (como Twitter e Facebook), no auxílio à pesquisa.
Eu tinha assistido essa criativa e original animação em Brasília, alguns anos atrás, numa formação MEC/Proinfo/SEED, mas não recordava o nome da mesma. Através de contato, via e-mail, com o professor Alberto Tornaghi - que foi meu formador, à época -, atual editor da Revista Educação e Cultura Contemporânea, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, pude recordar o nome do vídeo.
A partir daí, consegui encontrar uma versão (acima) de Negros do Porão, no You Tube, através de links do Festival do Minuto.
Indico também um outro vídeo criativo de Fernando Mozart, chamado Pau-Brasil que em poucos segundos deixa sua mensagem contundente, utilizando a obra de Cândido Portinari para tratar e desmatamento, exploração dos recursos naturais, do meio ambiente etc:
PAU-BRASIL
O terceiro vídeo de Fernando Mozart, também traz a arte plástica como pano de fundo para discutir educação e sociedade. Trata-se de Elevação da Cruz, pintura de Pedro Perez (abaixo), cujo vídeo de 2000 promove "Uma crítica à catequização dos índios na época do descobrimento do Brasil".
Sugestões de Atividades: Uma breve pesquisa no Google sobre o vídeo Negros no Porão, com propostas de aula no Portal do Professor MEC (sugerida pelo prof. Alberto Tornaghi), e o Educa Tube achou algumas possibilidades de seu uso pedagógico. Vejam só algumas delas a seguir (links):
Visões do negro na poesia romântica - prof. Wendell de Freitas Amaral (Juiz de Fora, MG)
O tráfico de escravos africanos sob o olhar do poeta Castro Alves - prof. Leide Divina Alvarenga Turini (Uberlândia, MG)
O Educa Tube tem reiterado por diversas vezes e postagens sua opinião do uso da arte e da cultura no ambiente escolar, não apenas como atividade introdutória (dinâmica de grupo), mas como recurso pedagógico e crítico de análise social. Os vídeos em questão e outros tantos divulgados neste blog demonstram estas possibilidades, que vem de encontro ao que o filósofo e educador italiano Pier Cesare Rivoltella chama de mídia-educação, e seu pensamento de que "o professor do futuro deverá ser um mídia-educador". O Educa Tube diz mais, um arte-educador em sentido amplo, não apenas na análise da obra de arte em si, mas da arte como recurso didático no ambiente escolar, em vista de que o aluno, fora da escola ouve música, dança, vê vídeos e tudo mais, mas com caráter apenas recreativo.
O editor deste blog é suspeito, pois filho de artista plástico, criou em 2006 para seu pai, o pintor José Américo Roig, o Zeméco (falecido em 2010), o blog Olhar Virtual, que serve de acervo digital de sua vida e obra, que proporcionou através desta um resgate artístico, histórico e cultural de sua cidade natal, São José do Norte, RS, Brasil, estampada em suas telas, desde marinhas a casarios, figuras populares a paisagens que não existem mais, salvo em tela, tinta e moldura.
Utilizando-se da arte (música e videoclipes), o editor do Educa Tube criou em 2010 e repetiu em 2011, respectivamente, no ensino fundamental e médio, com alunos da rede pública municipal e estadual de Rio Grande, RS, Brasil, o Projeto Clipes que parecem Curtas, em que apresentava histórias cantadas e propunha aos alunos uma narrativa escrita sobre a leitura daquelas imagens (interpretação e produção textual). Um dos momentos mais significativos foi quando da apresentação do videoclipe Minha Alma, da banda O Rappa, aliado a fragmentos do livro O Cortiço, de Aluízio Azevedo, e após pesquisa no Google por imagens de favelas e cortiços, pedir aos alunos que comparassem tempo, espaço e histórias narradas no clipe e no livro. Foi uma atividade significativa para educador e educandos.
Unir arte, cultura, educação e sociedade, é sempre uma iniciativa que dá bons frutos.
sábado, 19 de janeiro de 2013
Holodeck: Uma Viagem Fantástica ao Fabuloso Mundo da Educação
A imagem acima, que descobri visitando o portal Hypescience, é ilustração de uma tecnologia que ainda não existe mas poderá revolucionar, não apenas o mercado dos jogos eletrônicos, mas para o do Educa Tube, num futuro não tão distante assim, principalmente a educação.
Trata-se do "Holodeck", que conforme notícia no portal Hypescience, em matéria sobre as 27 ficções científicas que se tornaram fatos científicos, "(...) é uma espécie de “caverna digital“, uma das tecnologias futuristas apresentadas na série de ficção científica “Jornada nas Estrelas”. A patente sugere que a Microsoft quer levar os games para além da tela única, e transformá-los em uma experiência imersiva – com holografia por toda a sala, aproveitando até mesmo os móveis, expondo gráficos ao redor dos jogadores, etc., para criar um ambiente complexo."
Ou seja, uma espécie de Matrix, em que o jogador se transformaria literalmente na personagem viva daquele jogo, semelhante ao que se vê no filme citado.
Primeiramente, creio que pelo caráter visionário de Gene Roddenberry (1921-1991), criador de Jornada nas Estrelas, que imaginou o comunicador (moderno fone celular), uma equipe internacional no comando de uma nave interplanetária (a mítica USS Enterprise, em plena Guerra Fria, décadas antes da criação da Estação Especial Internacional), seria justo pagar direitos autorais para os herdeiros do escritor que quase tudo que imaginou tornou-se realidade, exceto "ainda" o teletransporte. A vida, neste caso, literalmente, imita a arte. E a tecnologia imita a ficção.
Dentro deste contexto ainda futurista, penso nas possibilidades de o Holodeck ser usado não apenas na recreação, mas principalmente na Educação. Imaginem só um videogame em que nos transformamos como a personagem do filme Tron (que revolucionou os filmes de ficção com seu visual, técnica e temática), e podemos vagar pelos cenários os mais variados, como Roma antiga e outros períodos históricos para dar uma aula de História, ou paisagens do Google Earth para aulas de ciências, geografia, biologia, mas em 3D e como se estivéssemos realmente lá. Uma verdadeira Matrix mesmo, com fundo educacional. Pensem nos efeitos de rotação e troca de ângulos de câmera que possuem os jogos de futebol para videogame, no "replay", em que temos a visão do jogador, como se estivéssemos dentro do jogo mesmo, podendo girar o cenário em todas as direções. Seríamos como a personagem de outro filme, chamado O Passageiro do Futuro.
O Holodeck, quando existir de fato, se adaptado à educação, penso que poderia unificar estes recursos já existentes, só que em uma versão e uma plataforma (console) que promova esta inclusão do usuário (educador e educandos), promovendo a interação de diversos recursos como Google Earth e Maps, Second Life, Tron, Matrix, Xbox 360 etc... numa experiência de imersão, não apenas no jogo, mas no jogo do saber, da aprendizagem, do ensino, da informação que gere conhecimentos múltiplos, ao educador e seus educandos; até a comunidade escolar participando, se pensado este jogo em rede de computadores, não apenas restrito ao espaço escolar. A escola se tornando uma rede maior e além do tempo e espaço físicos.
E vejam bem, o Educa Tube não esta sendo tão visionário, como Gene Roddenberry, pois estas tecnologias já existem, faltando apenas a unificação em um formato, como o Holodeck, que permita essa imersão em 360 graus.
O cinema está repleto de filmes que, ainda na ficção, promovem esta imersão, como os já citados Tron, O Passageiro do Futuro, Matrix, mas conversando com a professora Andréa Barreto, educadora do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, e editora do blog Dicas de Ciências, sobre um filme antigo, de 1966 (com Raquel Welch) e refilmado nos anos 1980 (com Rick Moranis, chamado Querida, Encolhi as Crianças), que ilustraria isso, chamado Viagem Fantástica, que trata-se justamente de uma aula cinematográfica de ciências, através de uma viagem ao interior do corpo humano, por uma equipe de cientistas em uma nave que é miniaturizada.
Enfim, imaginem jogos temáticos criados para a educação, com rico potencial para brincar e aprender ao mesmo tempo. Uma imersão na informação que geraria conhecimento múltiplo a todos. Afinal, parafraseando versos de Renato Russo, ex-líder e vocalista da banda Legião Urbana, em sua canção Índios: "O futuro não é mais como era antigamente". Provavelmente inspirado tais versos em máxima de Yogi Berra: "O futuro não é mais como costumava ser." De fato, nossa visão do futuro, a cada década e a cada invento tecnológico nos faz ir além das expectativas presentes. Cada geração tem sua visão do futuro. O próprio Berra dizia: “Previsões são dificílimas. Em especial quando se trata do futuro.”
Enquanto este futuro e o Holodeck não chegam, não custa sonhar e especular estas possibilidades tecnológicas e educacionais. E para dar vazão a isto, localizei no You Tube um curta-metragem de ficção científica, feito na Holanda, em que é possível, através de uma cena, perceber como o Holodeck poderia ser. Vejam e reflitam também. Chama-se Lágrimas de Aço (vide abaixo)
Sinopse do curta holandês:
"Em uma Amsterdã tomada por robôs, uma equipe de cientistas procura compensar um evento ocorrido 40 anos antes que está por trás desse cenário de destruição. “Tears of Steel” (“Lágrimas de Aço”) foi produzido com financiamento coletivo (crowdfunding) e usou o software livre Blender para criar efeitos 3D impressionantes".
O grande desafio da educação e dos educadores não é simular a realidade através de jogos eletrônicos, nem fazer do ensino algo mecânico e robotizado, tampouco encarar as maquinas como extensões humanas. Mas humanizar o processo de ensino-aprendizagem, em que as tecnologias, reais e as que ainda nem existam, possam ser complementos do ato de educar, que é dialogar, estabelecer trocas de experiências de vida, de trabalho, de convívio social, que por mais que as máquinas evoluam, não creio (além da ficção científica), que poderão um dia ter emoções e tornarem-se humanas como um bom educador, seja ele pai ou professor.
O importante é não perder a noção de real e de ficcional, como acontece no filme 13º. Andar, em que criador e criatura se fundem e se confundem. Mas que a recreação e a educação, possam ser experiências imersivas, prazerosas e relevantes a todos.
Esta postagem especial do Educa Tube é fruto de uma conversa informal, via redes sociais, principalmente Facebook, em tempo real, com a professora Andréa Barreto, que depois de algumas trocas de ideias online chegamos ao acordo de produzir cada qual um post em seus blogs sobre o tema, convidando posteriormente outros colegas e amigos para esta "imersão" sobre tecnologia e educação.
Vejam logo abaixo, link para a postagem da professora Andréa Barreto em seu blog:
Tecnologias da Ficção, ideias para a Sala de Aula, no Dicas de Ciências
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Consciente Coletivo - Canal Futura (educação e meio ambiente)
Os dez vídeos acima, que encontrei no You Tube, após achá-los no Canal Futura, do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, fazem parte, conforme apresentação do próprio canal, da "série Consciente Coletivo faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e consumo de hoje. Tudo de um jeito simples e divertido. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, estilo de vida, entre outros, que permeiam o universo da consciência ambiental".
O projeto Consciente Coletivo é uma parceria do Instituto Akatu, Canal Futura e HP do Brasil.
Bem interessante que cada pequeno vídeo aborda a figura de um jovem humano e seu comparativo com seres vivos e aspectos do cotidiano, sob ponto de vista sócio-ambiental, em uma linguagem acessível, direta, divertida e também educacional, unindo o útil ao agradável.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Se o dinheiro não existisse?
O belo vídeo acima, Se o dinheiro não existisse?, foi indicação via Facebook do colega e amigo Alexsandro Oliveira, advogado e educador de Rio Grande, RS, Brasil.
Um vídeo motivacional que é uma profunda reflexão para os educadores que formam outros educadores: seus alunos. Isso se pensarmos a educação como o ato de formar uma geração e não apenas indivíduos.
O vídeo parte de duas perguntas: O que você gostaria de fazer se o dinheiro não existisse? Como realmente você gostaria de viver a sua vida?
De fato: o sistema educacional está alicerçado muitas vezes na preparação para o trabalho, seja no anseio dos pais, seja no desejo da escola. E neste contexto o sonho, a criatividade, a brincadeira, o talento nato não são muitas vezes percebidos e valorizados, muito pelo contrário.
O Educa Tube sempre tem reiterado a importância da educação incorporar ao fazer pedagógico as manifestações artísticas, culturais, esportivas e tudo mais, ou seja, o universo que o alunado vivencia fora da escola e que nela nem sempre é utilizado.
O papel social da escola (e do professor) não é preparar para o trabalho, para isto existem os cursos profissionalizantes e o ensino profissional. A função social da escola é preparar o aluno para a vida, emancipá-lo como cidadão do mundo, de preferência, com o apoio da família e da sociedade, ensinando valores e limites, mas valorizando os sonhos de cada um.
O ideal é ganhar dinheiro fazendo o que se gosta, ou gostar do trabalho que faz, além do dinheiro que ganha...
Este vídeo se presta a estas reflexões e outras mais, e traz imagens de uma beleza singular, como do homem subindo na árvore e sendo acompanhado pelo olhar digital da câmera; em paralelo com outro, ao lado de uma montanha de papel, em um escritório qualquer, e outras mais...
O "universo paralelo" de um jovem programador de 16 anos
O vídeo acima, 5 séries que você deveria assistir, trata-se da indicação de um jovem de 16 anos, chamado João Pedro C. Mota, de São Paulo, SP, Brasil, que desde os 11 anos de idade é programador de computador e que tem um canal de vídeos no You Tube para indicar séries, livros e falar de coisas do cotidiano.
No video acima, João indica 5 seriados (Arrow, série da CW; Homeland, da ShowTime; Doctor Who, da BBC; Sherlock, da BBC e Continuum, da Showcase). As indicações parecem ótimas!
Considero essencial, como educador, conhecer o universo (paralelo?) de filhos/alunos. É importante para estabelecer um diálogo e fazer trocas de informações. É uma geração que vai atrás, que compartilha descobertas, que troca informações constantemente. Deem a eles vez voz e vocês se surpreenderão com certas coisas como essa análise de seriados feita por este garoto. Gostei demais da apresentação que ele faz, de seu jeito tranquilo e ao mesmo tempo crítico de ser... Eu aprendo muito quando converso com a garotada e ensino também... É o que chamo de "viagens no tempo"... Eu, vindo de "Em algum lugar do passado", eles, "De volta para o futuro!" :-)))
Recomendo também outros vídeos do João Pedro (vide abaixo) e a sua visão peculiar sobre as coisas do Mundo Jovem.
NÃO MATE SEUS SONHOS
A JUVENTUDE NÃO ESTÁ PERDIDA
AS PESSOAS ESTÃO FICANDO CADA VEZ MAIS ESTÚPIDAS
Uma sugestão de atividade do Educa Tube seria que os educadores (pais e professores), gravassem com seus alunos (e filhos) pequenos vídeos como o de João, sobre determinados assuntos do cotidiano escolar e social. E depois promovesse um debate com este material, inclusive convidando a comunidade escolar para assistir.
Indico estes vídeos e o canal do João Pedro a todos os educadores, principalmente àqueles que acham que a menina Isadora Faber (13 anos), editora do Diário de Classe (editora de página no Facebook que discute a realidade de sua escola), assim como João, não têm idade e nem maturidade suficientes para tais situações.
Em 2012, me envolvi em debate nas redes sociais, justamente por que um educador renomado considerava que o Diário de Classe não era mantido exclusivamente por Isadora, pois a menina com 13 anos, ele julgava que a mesma não tinha maturidade para criar um site no Facebook nem discutir temas sobre a escola e a educação, como ela fazia e ainda faz. Pré-conceitos que precisam ser vistos e revistos.
Isadora e João Pedro podem não ser a regra, mas tampouco a exceção. Existem muitos jovens que leem, que fazem vídeos, que trocam experiências e convidar este jovem, quando aluno, para ser uma liderança positiva no ambiente escolar é o desafio para o educador do século XXI, que poderá contar com um valioso monitor e colaborador em suas atividades, envolvendo não apenas as TIC, mídias e redes sociais, mas as atividades em geral da sala de aula e além do mundo presencial, naquilo que chamo de mundo digital...
Estes universos paralelos de João, Isadora e outros jovens existem, mas nem todos conhecem, às vezes nem mesmo seus pais e professores sabem deste talento que possuem ao seu lado. Descobrir, divulgar, debater e refletir sobre o universo escolar é o objetivo principal do Educa Tube.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Manuel Castells: “A cooperação é superior à competição”
O vídeo acima, Manuel Castells: “A cooperação é superior à competição",é reprodução título dado pelo blog Mídi@as na Educação, onde encontrei o referido material.
O Educa Tube tem por diversas vezes em inúmeras postagens, justamente ressaltado a importância da cooperação (entre professores da mesma escola e além desta) e da colaboração (entre educadores e educandos, além do tempo-espaço escolar tradicional, utilizando-se das mídias e redes sociais).
A fala de Castells vem ao encontro destes princípios e é bem motivadora, afinal tnho dito que educar é ato universal e atemporal, além das fronteiras, sejam físicas, políticas, administrativas, virtuais etc.
Destaco abaixo, apresentação do blog Mídi@s na Educação, da entrevista de Manuel Castells:
"A cooperação, em seus distintos contextos (laboral, educativo, etc.), apresenta melhores resultados sociais do que a competição, defende o sociólogo Manuel Castells. Ainda segundo ele, a internet e as tecnologias favorecem a cooperação, atuando em mudanças sociais, para as quais os jovens estão melhor preparados ou adaptados. Porém, a escola precisa compreender as mudanças e o papel da tecnologia, abrindo-se ao mundo atual, integrando e educando os jovens, de modo a fazer com que estes construam orientações e critérios válidos tanto na rede quanto fora dela."
Para refletir, debater e divulgar...
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Que seria do mestre sem o aprendiz e vice-versa: aprendendo a descer a escada
O curioso e belo vídeo acima, uma pequena e inusitada lição de vida, chamado Aprendendo a descer a escada, descobri via Facebook do professor Jarbas Novelino, de São Paulo, SP, Brasil e editor do blog Boteco Escola.
Trata-se de uma mãe ensinando o seu filho a descer a escada de uma casa qualquer. Mas não se trata de uma mãe qualquer, e sim, uma cachorra e seu filhote, num instante engraçado e comovente, e que se presta a diversas reflexões, principalmente sob o ponto de vista educacional.
A começar pelo próprio Novelino que disse: "O VT pode ser utilizado em comunicações sobre educação que leva em conta o construtivismo. [ET: eu disse "leva em conta", pois não acho que exista educação construtivista. Construtivista é a tendência natural de desenvolver saberes. Precisamos conhecer bem circunstâncias e situações nessa direção..."
O Educa Tube diz: "Que seria do mestre sem o aprendiz, e vice-versa... Um dá sentido ao outro sempre, não importa o tipo de educação e nem quem é o educador. Para enfrentar o desconhecido precisamos de um Batedor, de alguém que siga em frente, nos mostre o caminho... E nisto o professor, seja qual for, sempre será necessário e eterno, por mais que nem sempre seja valorizado na devida proporção de sua função social.
Aproveito para publicar também comentário no meu Facebook de Leandro Groba, de Salvador, BA, Brasil, a partir do que eu chamo de "A Pedagogia do Exemplo": "O poder do exemplo para o processo de ensino. O educador deve estar sempre atento as suas ações, para que elas não desdigam suas teorias. Teoria intrinsecamente ligada a prática e visualizadas nas ações concretas da vida vivida pelo educador. Esse processo educativo é possível notar no cachorro, vcs percebem? :)
Num mundo onde há mais exemplos de desumanidades e violências, ver um cachorro usar essa pedagogia do exemplo de uma forma saudável nos desconstrói um pouco".
Como o Educa Tube reforça sempre, há por parte de filhos/alunos um comportamento espelhado em seus educadores (sejam eles pais ou professores), que lhes ensinam desde a falar, caminhar, viver, estudar, trabalhar, sonhar... O vídeo em questão é a prova deste comportamento e do valor do mestre diante do discípulo, seja quem for...
Alta Ansiedade - A Matemática do Caos
O vídeo acima, Alta Ansiedade - A Matemática do Caos, descobri no You Tube, e trata-se de ótimo documentário da BBC de Londres, exibido e disponível no portal da TV Escola / MEC.
Um material para tratar justamente da importância do conhecimento humano que a cada geração se transforma, novos avanços reformulam teorias e até a noção de realidade que temos.
Vejam e reflitam sobre o conceito de "ponto de virada" e a noção de "futuros possíveis". Conforme apresentação no You Tube:
"Sempre tivemos a convicção, de que o mundo é decifrável e portanto controlável. Porque a matemática que governa o mundo mostrava isso.
Mas o que acontece quanto esta certeza nos é tirada e que a matemática nos mostra agora que tudo não é assim previsível e controlável?
Na maior parte dos últimos 100 anos, apesar dos avisos de matemáticos e historiadores, nos recusamos a ver a realidade como ela é.
Estamos numa posição, em que há futuros possíveis, só que desta vez tivemos centenas de anos para aprender as lições matemáticas; e, talvez desta vez, possamos fazer o que não fizemos antes: encarar a realidade como ela é. Porque esta realidade está diante de nós".
domingo, 13 de janeiro de 2013
Palavra (En)Cantada: documentário sobre poesia, música e literatura oral
O vídeo acima, Palavra (En)Cantada, descobri via Twitter da Fundação Cultural de Curitiba, PR, Brasil.
Trata-se do ótimo documentário (2008) de Helena Solberg, que "tem a sua narrativa construída na costura de depoimentos, performances musicais e bela trilha sonora", com entrevistas com diversos cantores da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Arnaldo Antunes, Tom Zé etc.
Interessante a colocação de Ferréz, de que "O rap é a continuação da literatura de cordel".
O vídeo é uma reflexão sobre arte e cultura, música popular, poesia e literatura oral.
Rico material para professores de Língua Portuguesa e Literatura, Artes e demais educadores. A música, a arte, a dança e outras manifestações culturais, o Educa Tube tem reiterado sua opinião sobre ser um grande aliado à educação.
O passo da Lua: o equilibrista e o meio ambiente
O fabuloso vídeo acima, Moonwalk (Passo da Lua), descobri via Facebook da colega e amiga Andréa Barreto, educador do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e editora do blog Dicas de Ciências.
Trata-se de proeza do equilibrista Dean Potter que atravessou com corda no Cathedral Peak, no Yosemite National Park, Califórnia, tendo a Lua como companheira de viagem.
A música de fundo é Will Bolton.
Este vídeo foi parte de um projeto maior para a National Geographic chamado The Man Who Can Fly, produzido por Bryan Smith.
A cena foi feita por Bryan Smith a uma milha de distância. Segundo a notícia, não se trata de filme de “time-lapse” em que há aceleração; tanto o equilibrista como a Lua estão se movendo em tempo real.
Educar é algo assim, saber em tempo real, sintonizar o meio e o ambiente educacional do professor ao do aluno, ainda que o equilíbrio seja distante e nem sempre plenamente atingido. Saber cronometrar o início da jornada, ao chão, que coincida com a travessia, mais ao alto, é buscar essa sintonia e equilíbrio entre o individual e o coletivo. Não é uma tarefa fácil, mas requer trabalho de equipe entre o que planeja, documenta e o que executa, arrisca... Viver é uma ousaDIA constante e manter o equilíbrio corporal e emocional é uma "prova de fogo" a todo educador, diante do desafios, cada vez maiores, da Educação e da Sociedade.
Um pequeno vídeo para diversas reflexões sobre educação, arte, cultura e sociedade. Sobre o ato de planejar uma escalada e de se manter equilibrado; dos dois desafios: do ir e do voltar; de ser o fio condutor entre a aprendizagem e o ensinar; ser a corda e o despertar... Transformar informação em conhecimento mútuo.
Vejam abaixo, outro vídeo incrível de Bryan Smith, via Reel Water Productions, sobre outros voos da imaginação que foram concretizados por Dean Potter:
RWP 2012 - o voo de Dean Potter
sábado, 12 de janeiro de 2013
Luto em Luta: documentário sobre as mortes no trânsito
O vídeo acima, Luto em Luta, trata-se de relevante documentário sobre as mortes no trânsito e foi-me indicado pela colega e amiga Elis Zampieri, professora da educação especial e coordenadora pedagógica da APAE de Curitibanos, SC, Brasil, editora do blog Sobre Educação.
Luto em Luta, produzido pela Like Filmes e apoio do Movimento Viva Vitão, sob direção e roteiro de Pedro Serrano, traz diversos depoimentos de especialistas em trânsito e outras áreas.
Trata-se, como um dos entrevistados diz, de "Ação educativa de trânsito". Um documentário que embora traga alguns dados da realidade da cidade de São Paulo, a maior do Brasil e uma das maiores do mundo, retrata também a dura realidade das grandes, médias e pequenas cidades do país, no que tangem a violência no trânsito.
Alguns conceitos como individualidade e individualismo; a pessoa e o porsche, o status que o carro dá ao condutor; direção e potencia versus impotência promovem reflexão. Uma sociedade individualista em que o transporte coletivo é precário, que a bicicleta e outros meios saudáveis não são bem vistos. Que o pedestre também é motorista e vice-versa.
Uma dura realidade, parecida em toda parte, dadas as devidas proporções. Velocidade excessiva, alta velocidade e uso de álcool são os componentes deste caos. Conforme Bernardo Tanis, psiquiatra, "o álcool faz perder os reflexos e a autocensura". Os dados estatísticos comprovam isso.
Enfim, um documentário dividido em 3 partes (A Barbárie, O Luto e A Luta), traz depoimentos de pessoas direta ou indiretamente envolvidas com a problemática do transito no Brasil. Um material para conscientizar as futuras gerações, os jovens, os futuros condutores, não apenas dos veículos automotores, mas da própria sociedade.