sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
O espelho verdadeiro e "a arte de ser você mesmo": palestra inspiradora de Caroline McHugh ao TED
O vídeo acima, A arte de ser você mesmo, descobri no YouTube e é uma interessantíssimo e instigante palestra de Caroline McHugh ao TED, que são pequenas conferências mundo afora, contando com especialistas em alguma área, contando alguma experiência relevante entre 15 a 20 minutos.
Antes de tudo, recomendo que ativem legendas e tradução nos ícones no canto inferior direito da tela de exibição do vídeo.
Conforme sinopse do YouTube: "Nessa palestra inspiradora, Caroline McHugh explica que o nosso único trabalho nessa vida é ser tão bom quanto conseguirmos em sermos nós mesmos.
Caroline é fundadora e CEO do IDEOLOGIA, um movimento dedicado a ajudar indivíduos e organizações a serem completamente distribuídos, versões originais de si mesmos e autora de um livro chamado "Never Not a Lovely Moon: The Art of Being Yourself" ["Nunca uma Lua Não Adorável: A arte de ser você mesmo"].
Inspiradora mesmo, e o que mais me despertou a atenção, já de início, foi o conceito de "ESPELHO VERDADEIRO", traziudo por Caroline, que é um mecanismo de observação desenvolvido pelos irmãos John e Catherine Walters, em Nova Iorque, que trata-se de um espelho duplo que reinverte a imagem que vemos, que já é uma inversão da nossa, nos mostrando a verdadeira imagem que os demais nos veem. Afinal, se prestarmos bem a atenção, quando nos olhamos num espelho simples, o que vemos é nosso reflexo invertido, já que se partimos o cabelo para a esquerda, no espelho mostrá à direita do que vemos.
Dessa forma, quando dizemos que somos o espelho de alguém, estamos de fato projetando-nos numa imagem que vemos de forma direta, mas quando nos enxergamos em qualquer tipo de superficie reflexiva, estamos nos vendo de um jeito indireto, que não é o mesmo que os outros nos percebem.
Sermos nós mesmos, então, sob está perspectiva, é usarmos um espelho duplo, tipo a história e a literatura, a ciência e a arte, a poesia e a matemática, etc, para assim podermos ver o mundo mais amplo e menos invertido... ou convertido. Vermos o mundo de forma côncava e convexa. De certa forma, quando lemos um livro, vemos o mundo com os olhos emprestados por alguém...
Caroline indica que no espelho regular procura-se reafirmação da autoimagem, e, penso que talvez por isso mesmo o desconforto que temos com fotos 3x4, dizendo-nos que aquela imagem capturada não parece conosco. Não parece cokm a nossa autoimagem...
Porém, no "espelho verdadeiro" ocorre a revelação das coisas como de fato são, e como bem diz Caroline: "[...] pessoas que têm medo de ser elas, vão trabalhar para aquelas que não têm medo".
Que vivemos com base em arquétipos e modelos, até o nascimento da consciência, principalmente em relação ao outro: ao estranho, ao estrangeiro, e o início das fronteiras, barreiras e bandeiras que a sociedade impõe...
Em busca da autenticidade, identidade, Caroline propõe o "Complexo do eu", que é um teste para saber se alguém tem complexo de superioridade, inferiodade ou um termo interessante: o de interioridade, um neologismo para sensiblidade e orientação, sem ser preciso referir-se a alguém, sem estar acima ou abaixo do outro, mas simplesmente ter como referência a si mesmo, ser você mesmo, de forma simples, sem grandes preocupações em fazer um tipo, interpretar uma personagem.
Para isso, é preciso conhecer as caracterísitas do que ela denomina de "Os quatro eus":
Primeiramentem, a percepção de contexto e o vício de aceitação [e que chamo de sentimento de tribo];
Em segundo lugar, a persona, a imagem que se quer que os outros tenham de nós e o poder de adaptação;
O terceiro círculo, o do ego, que é o que você pensa de si e, por fim, o quarto círculo: o Você mesmo, o espiritual acima do físico ["Minha vida é a minha mensagem", Gandhi, ilustra essa ideia].
Pensando além, lembrei de duas citações. Uma do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre: "Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós” e a outra citação, do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano: "Somos o que fazemos mas somos especialmente o que fazemos para mudar o que somos".
Enfim, "Ser ou não ser, eis a questão!", diria Hamlet, um dos personagens mais complexos e humanos de Shakespeare.
Mais do que nos vermos no espelho, sermos o espelho do que acreditamos é buscar essa autoimagem no espelho verdadeiro, independentemente da superfície que nossa imagem possa ser captada.
Uma ótima palestra que serve para uma aula de filosofia, sociologia, história e muito mais...
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
Metáfora para a Linguagem de Programação: analise os dados, veja as variáveis, pense no problema, elabore uma solução prática, objetiva e eficiente
A imagem acima, que intitulei Uma metáfora para a Linguagem de Programação, trata-se de vídeo de humor que encontrei no Tik Tok e carreguei para a página do Educa Tube Brasil no Facebook com uma breve reflexão sobre a Linguagem de Programação, através de linguagem figurada, de metáfora para discutir questões como algoritmos, variáveis, análise de dados, observação do problema e proposta de resolução direta, prática, objetiva e eficiente, achando um caminho que sempre esteve ali diante dos olhos, bastando ter a percepção desse atalho, desse novo caminho.
Assim faz o gatinho: olha o espaço, olha a altura, mede a situação, calcula o salto, mas acaba preferindo se enfiar pelas grades, criando um caminho alternativo e mais prático para ele e menos arriscado. ;-)
Linguagem de Programação é bem assim. Diante dos dados há que se pensar numa solução prática que facilite a execução. O bom código de programação é aquele que facilita a vida do usuário e do próprio programador. Logicamente, quanto mais complexa a situação, mais complexo será o código. O que não se pode é dificultar situações simples, através de um código muito amplo, confuso e complexo. Praticidade é essencial.
Abaixo, segue link para o referido vídeo:
Um bom vídeo para Introdução à Linguagem de Programação
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
"Clara dos Anjos" (clássico de Lima Barreto): Leitura obrigatória para entender o racismo estrutural e o lugar da mulher no início do século XX
O vídeo acima, CLARA DOS ANJOS, trata-se de ótima análise da obra literária de Lima Barreto, um dos maiores escritores brasileiros e um dos destaques do Pré-Modernismo na Literatura, que encontrei em grupo de professores digitais no WhatsApp que participo.
A análise é da professora Valéria Mayworm Woll, de Petrópolis-RJ, mas residindo em Varginha-MG, e editora do canal de vídeos no YouTube Esquema Cursos: Aulas de Redação etc.
Conforme indica Valéria, "Clara dos Anjos" foi o livro escolhido como leitura obrigatória pelo CEFET-MG para o processo de seleção para o ano de 2022. Mas independentemente disso, é uma obra genial para entender além do racismo estrutural no Brasil, também o lugar da mulher, não apenas a carioca, no início do século XX, no Brasil.
Lima Barreto, autor da célebre frase, "No Brasil não tem povo, tem público" [que lembra muito a postura de espectador diante das tragédias sociais, como se assistindo pela TV um reality show], é um autor essencial para entender justamente a alma brasileira, através de sua riquíssima obra, em especial "Triste Fim de Policarpo Quaresma" que trata do ufanismo patriótico e o fanatismo; de "O Homem que sabia javanês", que critica a postura daqueles que fingem saber o que desconhecem, algo ainda terrivelmente atual e cultural no país e da crônica "O pai da ideia", que justamente ironiza a apropriação de ideias de terceiros feita por pessoas emcerta posição social, angariando "louros da fama" por algo que não lhe pertence...
Aqui no blog Educa Tube, algumas postagens já destacaram a genialidade de Afonso Henriques de Lima Barreto [1881-1922], conforme links a seguir:
"Lima Barreto: triste visionário", com Lázaro Ramos e Lilia Schwarcz (Flip 2017): aula magna sobre literatura, cidadania e sociedade brasileiras
A vida e obra de Lima Barreto, um dos autores mais INVENTIVOS da literatura brasileira (ótima resenha literária do canal Antofágica)
"O Homem que Sabia Javanês": conto clássico e emblemático de Lima Barreto que é uma radiografa da alma e do jeitinho brasileiros [Direito, Literatura e Sociedade]
Portal da Crônica Brasileira com riquíssimo acervo digital e "O pai da ideia", crônica centenária de Lima Barreto, terrivelmente atual (Literatura, História e Produção Textual]
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
domingo, 16 de janeiro de 2022
A evolução cognitiva e as revoluções tecnológicas: fragmento de palestra de Suzana Herculano-Houzel ao Fronteiras do Pensamento
O vídeo acima, A evolução cognitiva e as revoluções tecnológicas, trata-se de fragmento de palestra de Suzana Herculano-Houzel, neurocientista brasileira, ao Fronteiras do Pensamento em 2015.
Nela, Suzana "[...] explica a evolução cognitiva do cérebro. Como o cérebro contemporâneo, com os mesmos 86 bilhões de neurônios do cérebro de 200 mil anos atrás, pode ter criado sociedades tão mais complexas? Houzel atribui esses feitos às chamadas revoluções tecnológicas, dando importância máxima à habilidade de cozinhar os alimentos, que considera o grande diferencial da espécie humana".
Suzana demonstra como as habilidades humanas foram transformando a humanidade a partir de descbertas e invenções como ferramentas, cozinha [fogo], cultura, roda, agricultura, revolução industrial [maquinários, carvão, energia elétrica, automação, robotização, internet, nuvem etc] e a 6ª revolução tecnológica.
Um bom material para debater sobre a evolução do conhecimento humano a partir das descobertas e invenções tecnológicas.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
sábado, 15 de janeiro de 2022
A educação dos sentimentos por António Damásio ao Fronteira do Pensamento [ou as Pedagogias do afeto e a do espelho]
O vídeo acima, A educação dos sentimentos, descobri no YouTube e trata-se de palestra do médico e neurocientista português António Damásio ao evento Fronteiras do Pensamento, em 2013.
Segundo sinopse do referido vídeo, "[...] vencedor do Prêmio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica e Técnica, António Damásio, detalha e exemplifica como se dá, na prática, uma das características que diferenciam os seres humanos de outras espécies.
Segundo ele, apesar de haver uma base biológica para os sentimentos, um dos aspectos que distingue os sentimentos nos seres humanos é a possibilidade de serem educados, embora sejam naturais.
E um dos aspectos da nossa vida cultural é que ela não é selvagem. Ou seja, o ser humano tem a possibilidade de ser educado pelos pais, pela escola e pelo meio ambiente em que vive. E esta educação é essencial para a expressão, a continuação e até o melhoramento destes sentimentos".
A educação dos sentimentos é o que chamo de Pedagogia do afeto ou Pedagogia do espelho, pois é inegável o poder do afeto, da empatia e da alteridade no processo educactivo, seja na família, na escola, no trabalho e em toda a sociedade. Damesma forma, agimos como espelhos uns dos outros, imitando desde criança a fala, o andar, depois as ideias e ideiais de quem nos circunda e com quem convivemos.
Damásio fala de uma base biológica que temos, e penso que essa base biológica vive em interação com a base sociológica e filosófica, artística e cultural, histórica e social com os demais, pois somos seres sociáveis, como dizia Aristóteles: "[...] o homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie". E esses tempos padêmicos e quase distópicos deram razão ao ilustre filósofo grego, pois o confinamento social demonstrou a importância do convívio em sociedade, não apenas por meios digitais, mas presenciais. Na educação, por exemplo, por melhor que seja a Inteligência Artificial, ela por si só é incapaz de substituir um bom professor, que carrega em si, não poderosos algoritmos, mas uma bagagem sentimental imensa de experiências que servem de mapa do tempo, de mapa mental, de trajetos, sensações e emoções compartilhadas em grupos.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
Uma história de amor e fúria: longa de animação que lembra em parte livro "As Aventuras de Tibicuera" de Erico Verissimo [intertextualidade]
O vídeo acima, Uma História de Amor e Fúria, foi indicação via twitter do amigo Umanto, que é cantor, compositor, músico, trilheiro e artista empreendedor.
O longa animação é produção brasileira de 2013 que, conforme sinopse no YouTube, trata-se "[...] do gênero ficção científica, escrito e dirigido por Luiz Bolognesi. O filme é produzido pela Gullane e Buriti Filmes, com a coprodução da Lightstar Studios. [...] O enredo conta a história de um homem que está vivo há 600 anos no Brasil. O protagonista passa por momentos marcantes da história do país, desde os conflitos indígenas na época da chegada dos europeus, passando pela Balaiada, no Maranhão, pela ditadura militar e a guerra pela água num futuro não tão distante em 2096."
Uma história que lembra em parte o livro "As Aventuras de Tibicuera" [1937] de Erico Verissimo e também a animação "Pajerama" [2008] [vide links ao final desta postagem], além de alguma intertextualidade com "Macunaíma" [1928], de Mario de Andrade.
Ainda, de acordo com a sinopse: "A trama situa-se em quatro datas na história do Brasil: 1500, quando o país foi descoberto pelos exploradores portugueses, 1800, em eventos durante a escravidão; 1970, durante o ponto alto da ditadura e no futuro em 2096, quando haverá uma guerra sobre a água. O filme narra o amor entre Janaína (Camila Pitanga) e guerreiro nativo (Selton Mello) que, quando morrer, terá a forma de um pássaro. Durante seis séculos, a história do casal sobrevive através desses quatro estágios na história do Brasil."
Consta que o diretor, Bolognesi "fez uma longa pesquisa com profissionais das áreas de história e antropologia para definir quais períodos da história do Brasil seriam mencionados no filme".
A história do Brasil é repleta de histórias que merecem ser recontadas, através da arte...
Abaixo, resenha sobre o livro de Erico Verissimo, e a animação Pajerama:
Em obra de 1937, Érico Veríssimo usou imortal para contar história do Brasil
Pajerama: vídeo animação sobre viagem no tempo de um menino índio
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Tesouro: divertida e encantadora animação para ver, rir e refletir sobre tesouros culturais e imateriais que temos ao redor e nem percebemos
O vídeo acima, Treasure [Tesouro], é um divertido curta de animação de Alexandre Manzanares, Guillaume Cosenza, Philipp Merten and Silvan Moutte-Roulet que conta de forma simples e criativa, primeiro, uma inusitada história de amor entre um polvo e um imensa estátua de seria, dessas que ficavam fixadas na frente de embarcações do passado. Em segundo plano, apresentado dois caçadores de tesouros em sua pequena embarcação, tentando içar a sereia, tendo que conviver com percalços nessa empreitada.
Entre erros e acertos, essa pequena comédia de erros acerta no tom da narrativa visual, deixando nas entrelinhas para o espectador ver que às vezes quem tudo quer com nada fica, como é exemplificado com a perda da estátua e a descoberta de um baú cheio de moedas de ouro e por aí vão os atropelos até que tudo dá errado e os caçadores de tesouro ficam sem tesouro algum além da própria vida, esta o maior tesouro que temos. Existem outros em nosso entorno, que nem sempre percebemos, como que escondidos em baús, como a própria natureza marinha, a natureza terrestre, a natureza em si, que são nossos maiores tesouros, com seus ecossistemas, fauna, flora e tudo mais...
Uma saída de estudos pelo entorno da escola poderá proporcionar a alunos e professores uma riquezas de detalhes para aulas inter e multidisciplinas, por exemplo. Tesouros em placas de anúncios ou de nomes de rua, arquitetura de prédios, das calçadas, o linguajar peculiar de cada local, seus sotaques, gírias, expressões populares, ditados e tudo mais, são tesouroso de uma riqueza artística, cultural, histórica, social e imaterial.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
"O Caso Google Earth" e a batalha bilionária em torno da quebra de patente do algoritmo que transformou o mundo
O vídeo acima, Batalha Bilionária: O Caso Google Earth, trata-se de trailer de minissérie da Netflix que conta a incrível história de "[...] dois hackers alemães [que] lutam contra uma das maiores empresas americanas pelo reconhecimento de serem os verdadeiros inventores de uma das tecnologias mais importantes da era digital", intitulada por eles de Terravision, e que "inspirou" o Google Earth.
A minissérie, ou docudrama [documentário dramático], conta com 4 episódios e conforme sinopse da própria Netflix: "Na Berlim dos anos 1990, um artista e um hacker inventam uma nova maneira de ver o mundo. Anos depois, eles processam o Google por violação de patente."
Terravision foi oficialmente apresentado ao mundo em 1994 e o Google Earth em 2005, 11 anos após...
De acordo com o portal Olhar Digital: "A minissérie de quatro episódios é baseada em fatos reais e foi criada por Oliver Ziegenbalg e Robert Thalheim. Em 2014, a empresa ART + COM, com sede em Berlim, capital da Alemanha, processou o Google por violação de patente. A companhia alega as semelhanças gritantes entre os dois serviços de mapas".
A minissérie alemã, feita para a TV, conta com a participação de Mark Waschke no papel do artista Carsten Shlüter e Mišel Maticević, no do hacker e programador Juri Müller.
A minissérie e fascinante, como diria o Senhor Spock, até pelo fato de que há, no transcorrer dos episódios diversas referências a Star Trek, uma série icônica de TV, dos anos 60, criada por Genne Roddenberry, que influenciou gerações e antecipou diversas tecnologias, antes pura sci-fi, que depois se tornaram realidade como os comunicadores [smartphones], a estação espacial internacional [a sala de comando da Enterprise com norte-americanos, russos, japoneses, afros e até um vulcano, fruto da Federação de Planetas], algo revolucionário, inovador e originalíssimo para a época da Guerra Fria. Aguardamos ainda a invenção do teletransporte, embora, conste que cientistas chineses já conseguiram algo semelhante em escala "nanoscópica"... ;)
Fascinante pois Carsten e Juri imaginaram uma ferramenta e um algoritmo que depois tentaram vender na própria Alemanha dos anos 90, buscando a criação de uma Vale do Silício por lá, o que não foi bem recebido pelos céticos da época, principalmente a empresa de telefonia alemã. Pensar nos anos 90 em um portal que além de imagens de satélite pra ver do espaço até o chão onde se mora e além disso poder integrar diversas ferramentas de busca, de compra e venda, pequenas telas nos acentos dos aviões etc, era algo muito "Star Trek" para os homens e mulheres de negócios daquele tempo. Mais ficção científica do que realidade.
Juri e Carsten foram visionários, revolucionários e inovadores e pagaram um alto preço pela ingenuidade diante dos "Piratas do Vale do Silício", menção à região que ficou célebre e ao espírito dos empreendedores digitais daquela região. Entendedores entenderão e até recomendo justamente este filme para a TV, contanto também a vida de outros dois visionários Bill e Steve, casualmente que atendiam pelos sobrenomes de Gates e Jobs. Gates, literalmente abriu portas, portões e portais com seus softwares, enquanto Jobs, abriu novas formas de trabalho com seus equipamentos, hardwares.
Enfim, "Batalha Bilionária: O Caso Google Earth" e os "Piratas do Vale do Silício" são dois filmes essenciais, não apenas para tratarmos de alrotimos, linguagem de programação, mas para pensar tecnologia, inovação, inventividade, pensar "fora da caixinha", mudanças culturais e tudo mais.
Dois materiais que são um baita Cine Pipoca entre pais e filhos e Cine Educação entre professores e alunos, para um belo de um diálogo, roda de conversas, debate e reflexão entre gerações, pois a maioria dos pais da Geração atual vivenciou ou as transformações trazidas pelos "Piratas do Vale do Silício", nos anos 70, ou pelo que Carsten e Juri imaginaram lá nos anos 90.
Fica a dica de material para projetos envolvendo Arte e Cultura, Educação e Tecnologia, Memória e História no ambiente escolar.
Abaixo, trailer do filme [docudrama] "Piratas do Vale do Silício" [1999]:
Em tempo: Conforme sinopse no YouTube: "[...] Este filme é um 'docudrama' não autorizado feito para a TV, escrito e dirigido por Martyn Burke. Baseado no livro 'Fogo no Vale: O Nascimento do Computador Pessoal', por Paul Freiberger e Michael Swaine, este filme documenta a ascensão do computador pessoal e a rivalidade entre Apple Computer (Apple II e o Apple Macintosh) e Microsoft (DOS, PC da IBM e Windows)."
Observação:
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domingo, 9 de janeiro de 2022
Coração Vago: clipe que parece curta, numa intertextualidade entre cinema e música, aproximando dois clássicos da Sétima Arte
O vídeo acima, Heart Vacancy [Coração Vago], é um belíssimo videoclipe do grupo vocal The Wanted [Os Procurados] e me remeteu imediatamente ao projeto que desenvolvi a partir de 2010, com alunos do ensino fundamental e depois do ensino médio, intitulado CLIPES QUE PARECEM CURTAS, de propor à narrativa visual uma interpretação e leitura imaginante, em que da palavra cantada surgisse uma palavra contada pelos jovens, muitas vezes preenchendo lacunas, dando novos finais, interpretando dados, observando a sequência lógica das cenas, a continuidade, a coesão e coerência da descrição, como se numa redação para o Enem.
"Heart Vacancy" é belo, criativo e encantador, pois flerta, de forma inetrtextual com dois clássicos da sétima arte, os famosos e maravilhosos "Cinema Paradiso" [1988], de Giuseppe Tornatore e "A Rosa Púrpura do Cairo" [1985], de Woody Allen. O clipe, primeiro mostra uma pequena vila, parecendo italiana, em que famílias se reúnem na rua para assistir a uma filme com cenas de uma família no interior de uma casa reunidas, e, em um segundo momento e plano, o protagonista do filme em questão percebe o interesse amoroso de uma espectadora em especial, retribuindo o afeto e atravessando a tela rumo à sua amada, como na obra de Allen.
Uma pequena história de amor, em múltiplos sentido: do amor entre um homeme e uma mulher, de uma fã e seu galã, da arte com a vida, da ficção com a realidade, etc.
Dando margem a uma interpretação livre do título da canção, de certa fomra, quando o coração está vago ele não impõe, geralmente, muitas barreiras, não delimita muitas fronteiras, que poderão ser ultrapassadas se a imaginação, a magia, a alegria, a simpatia e empatia favorecerem a relação entre duas pessoas que se olham, vindas de mundos tão diferentes, como se morassem em outra dimensão, independente de religião, raça, orientação sexual, classe social etc.
Um clipe que tem um tom de comédia romântica com os dois clássicos acima citados, em que o amor humano é pano de fundo para a grande declaração de amor à Sétima Arte, feita por Tornattore e Allen.
O final humorado, quando o casal retorna ao filme e as demais personagem enconsta o rosot na tela, tentando atravessá-la demonstra que não basta desejo, é preciso sentimento, emoção, talento, vocação no que se faz, nos ritos de passagem que a vida nos indica, que nem ser professor, por exemplo. Não basta estar diante de alunos, como se fossem espectadores diante de uma tela de cinema ou uma imagem projetada por um datashow. O espetáculo deve continuar com a participação do aluno, também como protagonista e não coadjuvante ou figurante do filme da nossa vida. O aluno quando atravessa a tela da informação que gera conhecimento, nunca mais será o mesmo e isso também é uma pequena declaração de amor à Educação emacipadora, libertária e inclusiva em todos os sentidos.
Quem nunca se apaixonou por uma personagem de livro ou filme? Quem não sonhou de olhos abertos em ser o protagonista do filme da própria existência?
No trânsito entre realidade e ficção, personagens de clássicos da Literatura ou do Cinema parecem ser mais reais que seres de carne e osso; pessoas reais, muitas vezes agem de forma caricata, como personagens de ficção. Quem não as encontrou em seu cotidiano, tanto uma como outra, que atire o primeiro livro ou smartphone no chão...
O coração quando está vago deve ser preenchido com informação que gera conhecimento, seja da pessoa amada, do cursos que se está participando, da profissão que se escolhe, da família que nos adota, do grupo social que nos acolhe...
Um clipe que parece um curta, e que me proporcionou essa reflexão sobre cinema, literatura, vida, amor, educação e muito mais. Se a vida imita a arte, o vice-versa tambem acontece, quando "passa um filme em nossa cabeça" em certas situações do cotidiano.
Abaixo, trailer's dos filmes mencionados anteriormente e quem merecem uma revisitação à luz do videoclipe em questão:
Por fim, a seguir, link para o PROJETO que desenvolvi usando clipes como se fossem curtas:
PROJETO CLIPES QUE PARECEM CURTAS
Observação:
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sábado, 8 de janeiro de 2022
Bela animação comemorativa dos 80 anos de nascimento do genial Stephen Hawking, com a voz sintetizada do cientista, via Google Doodle
O vídeo acima, Stephen Hawking's 80th Birthday, trata-se de um Doodle do Google para celebrar "uma das mentes científicas mais influentes da história, o cosmólogo inglês, autor, e o físico teórico Stephen Hawking. Desde a colisão de buracos negros ao Big Bang, as suas teorias sobre as origens e a mecânica do universo revolucionaram a física moderna, enquanto os seus livros mais vendidos tornaram o campo amplamente acessível a milhões de leitores em todo o mundo", conforme o próprio Doodle.
Conforme consta, "No Doodle, a voz de Stephen Hawking foi gerada e utilizada com a aprovação da propriedade de Hawking."
É possível ativar legadas e tradução, selecionando os ícones na parte inferior direta da janela de exibição do vídeo no YouTube.
Em tempo: "Um doodle do Google é uma alteração especial e temporária do logotipo nas páginas iniciais do Google com o objetivo de comemorar feriados, eventos, conquistas e figuras históricas notáveis."
Observação:
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
"O Outro Eu": criativo curta de animação sobre um empregado robotizado que segue sua sombra junto a um mundo desconhecido
O vídeo acima, "The Other Me" [O Outro Eu], encontrei nos vídeos correlatos do YouTube e é uma criativa animação em curta-metragem que mostra a vida de "Arthur, empregado júnior de uma empresa autoritária, tem estado para sempre em conflito com a sua sombra. Até ao dia em que a sua oposição os levaria a um mundo desconhecido".
Uma obra de arte não é para ser tomada em seu sentido literal, mas em seu simbolismo, metáfora e significação, por isso, esse vídeo se presta a diversas reflexões.
Uma delas, já na introdução, ao viver para trabalhar e não trabalhar para viver, das pessoas sendo submetidas a ritmos robotizados e repetitivos. Em segundo plano, a "sombra", como a consciência" do jovem que age de forma maquinal sem perceber o entorno.
Por fim, a viagem no elevador, para um outro mundo, nada artificial, mas pelo contrário, próximo de uma natureza delirante, rica e bela, onde as coisas têm outra proporção e quando, enfim, Arthur consegue uma simetria, sintonia e sincronia com sua sombra.
Observação:
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terça-feira, 4 de janeiro de 2022
Arquivo Nacional do Brasil: acesso on-line para imagens, documentos, mapas e materiais diversos que podem ser pesquisados via WikiCommons
A imagem acima é do ARQUIVO NACIONAL DO BRASIL, em sua versão de acesso on-line que desobri via Twitter do próprio Arquivo Nacional.
Na referida plataforma é disponibilizado, conforme consta no perfil, parte do acervo para ser pesquisado on-line no WikiCommons. Segundo consta, "A iniciativa está inserida no projeto GLAM, da Wikimedia Foundation, cujo objetivo é disseminar #cultura e #educação na #internet".
] Através de pesquisa, é possível localizar diversas imagens, documentos, mapas e materiais diversos sobre a História do Brasil. Vide link a seguir:
COLEÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL - BRASIL
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
domingo, 2 de janeiro de 2022
A raposa solitária e o filhote de pássaro: a metáfora da adoção e o voo além da imaginação
O vídeo acima, The Fox and the Bird [A reposa e o pássaro], trata-se de um curta de animação suíço de 2019, com direção de Fred e Sam Guillaume, que narra, segundo a sinopse do YouTube, a história de "Uma raposa solitária [que] encontra-se a improvisar a paternidade de uma ave bebé recém-nascida. Dois caminhos se cruzam e forma-se uma família, até que o destino recorda a cada um a vida que lhe é destinada."
Uma pequena fábula moderna sobre duas figuras com características diferentes, uma da terra e outra do ar que abprendem a coviver e se ajudar. A raposa é a astúcia, a ave o voo da imaginação...
Uma bela metáfora também da adoção, do poder da criação dos filhos, de ensiná-los a atravessar o rio da vida, em seus rituais de passagem, de valorizar a individualidade e o talento nato de cda um, do instinto voo longo e o reconhecimento da mãe original em relação à adotiva. Afinal, somos todos passageiros, todos temos uma missão, uns na vida dos outros.
Mais um vídeo que classifico como de "pedagogia do espelho e do afeto".
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.